162: Os processos saúde-doença: usos das tecnologia do cuidado no trabalho
Debatedor: A definir
Data: 02/06/2018    Local: ICB Sala 02 - Cabaça    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1475 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO SUBMETIDO À ELETROCONVULSOTERAPIA: Relato de experiência
EVERTON LUÍS FREITAS WANZELER, MARIA TITA PORTAL SACRAMENTO, RITA DO SOCORRO RIBEIRO QUARESMA OLIVEIRA, CAMILA ALMEIDA BONFIM, NICÉLIA PEREIRA DA SILVA, SEVERA PEREIRA CARNEIRO SOUZA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO SUBMETIDO À ELETROCONVULSOTERAPIA: Relato de experiência

Autores: EVERTON LUÍS FREITAS WANZELER, MARIA TITA PORTAL SACRAMENTO, RITA DO SOCORRO RIBEIRO QUARESMA OLIVEIRA, CAMILA ALMEIDA BONFIM, NICÉLIA PEREIRA DA SILVA, SEVERA PEREIRA CARNEIRO SOUZA

Apresentação: Poucos relatos têm sido observados sobre a melhora de pacientes esquizofrênicos submetidos a sessões de eletroconvulsoterapia (ECT) (FREGNI, 2004). Descreve se o caso de um paciente do sexo masculino de 26 anos, portador de esquizofrenia crônica, submetido a ECT com melhora considerável do quadro de delírios e alucinações persistentes. Objetivo: Mostrar à comunidade acadêmica a eficácia da eletroconvulsoterapia em paciente esquizofrênico. Método: Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência, realizado através da vivência em uma clínica psiquiátrica na cidade de Belém, observou-se o paciente antes e depois do mesmo ser submetido a sessões de ECT. Resultados: Paciente esquizofrênico crônico, agressivo vivia contido no leito, cuspia, chutava e beliscava as pessoas, sempre pornofônico, delirante, alucinando, confuso com discurso desconexo. Já tinha ingerido rato e introduzido um cabo de vassoura no ânus, com história de abuso sexual na infância. Familiares informam longa permanência de internação no Hospital de Clinicas Gaspar Viana, recebendo toda a assistência de enfermagem, depois em clínica particular onde esta ofereceu ao paciente as sessões de ECT. Foi observado que após sessões o paciente teve melhora considerável, apresentando-se tranquilo, mais calmo e conseguindo conviver normalmente a ponto de sentar-se para almoço com os demais pacientes sem estar contido e agressivo e isso chamou a atenção de todos. A equipe do psicossocial levou o mesmo para passear no mangal das garças onde podemos perceber a socialização do mesmo com as pessoas que ali estavam. Após o tratamento o paciente foi liberado para convívio familiar e a sua última internação foi dois anos atrás onde novamente foi submetido a 12 sessões. Considerações finais: A eletroconvulsoterapia tem diversos e complexos efeitos no sistema nervoso. Esses efeitos, ainda pouco entendidos, diferem entre os pacientes e devem ser individualizados. Embora nosso paciente tenha se beneficiado com a melhora da esquizofrenia após a ECT, não é uma resposta comum à prática. Mais estudos devem ser realizados em pacientes esquizofrênicos submetidos a ECT, com história prévia de esquizofrenia crônica. Podemos também afirmar que a assistência de enfermagem nesse caso fez todo o diferencial para o sucesso obtido com as sessões de ECT, pois o paciente criou laço com a equipe e passou a confiar na enfermeira que lhe atendia tanto no hospital quanto na clínica.

2010 SUICÍDIO, SOFRIMENTO E SAÚDE MENTAL: Um relato de experiência
Dayani Silva, Fernanda Tabita Zeidan de Souza

SUICÍDIO, SOFRIMENTO E SAÚDE MENTAL: Um relato de experiência

Autores: Dayani Silva, Fernanda Tabita Zeidan de Souza

O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente à uma roda de conversa que abordou a temática “suicídio, sofrimento e Saúde Mental”, realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na região do baixo-amazonas, Santarém-PA. A intervenção refere-se a prática em estágio básico de Psicologia da Saúde, do Instituto Esperança de Ensino Superior - IESPES. A proposta de atividade foi apresentada em formato de palestra, no entanto, devido o número de pessoas presentes, e a possibilidade de se trabalhar de forma horizontal e dialogal, a configuração foi alterada para uma roda de conversa. A atividade teve início às 8h10minutos da manhã e contou com a participação de 9 (nove) pessoas, sendo incluso na somatória as estagiárias responsáveis. O objetivo inicial (palestra) era de sensibilizar os usuários quanto ao mês de prevenção do suicídio (Setembro Amarelo) abordando os diferentes aspectos que perpassam a temática. Na nova configuração, a atividade foi conduzida a partir de um viés vivencial, onde os usuários relataram o contato anterior com o tema, seus conhecimentos, experiências e sentimentos presentes ao se refletir sobre o suicídio. As falas apresentadas pelos mesmos denotaram um contato próximo com pessoas que idealizaram, tentaram ou cometeram suicídio, sendo atribuído ao fator desencadeador condições de fraqueza mental ou situações “sem relevância”, a partir do julgamento de alguns participantes. Desse modo, foi possível conduzir a roda para um momento de reflexão quantos as singularidades presentes nas formas de sentir, vivenciar, estar saudável ou adoecido, sofrer e existir. Foi perceptível a forma como passaram a questionar algumas situações e demonstrar maior interesse para fatores que não, a relação de saúde e doença mental, e sim histórico de vida, fatores culturais e ambientais que atravessam as relações enquanto um ser potencialmente suicida. Em seguida, a atividade foi encerrada com uma dinâmica de contato, na qual foi colocada a música “esse seu olhar” de autoria de Elis Regina, e solicitado que fizessem dupla de fronte e permanecessem com olhos fixos nos olhos por alguns segundos. Alguns participantes apresentaram dificuldades em manter contato visual e com isso foi questionado o nível de abertura que esses sujeitos têm para o estabelecimento de contato com outras pessoas. Diante disso, esta atividade contribuiu grandemente, para proporcionar trocas de diferentes lugares de fala, onde possibilitou uma troca vivencial enriquecedora para a experiência de estágio.  

2710 Violência urbana com agente indutor de Burnout entre profissionais da APS de Manaus-AM – Relato de vivências dos profissionais de saúde após um caso de homicídio ocorrido na UBS.
Tatiane Lima Aguiar, Ana Beatriz Werneck

Violência urbana com agente indutor de Burnout entre profissionais da APS de Manaus-AM – Relato de vivências dos profissionais de saúde após um caso de homicídio ocorrido na UBS.

Autores: Tatiane Lima Aguiar, Ana Beatriz Werneck

APRESENTAÇÃO: A Síndrome do Esgotamento Profissional ou Síndrome de Burnout (SB) é definida como um processo sequencial que envolve exaustão emocional (perda ou desgaste dos recursos emocionais), despersonalização (sentimentos e atitudes negativas no trabalho) e baixa realização pessoal (sentimentos de inadequação e fracasso)  que pode acometer profissionais que trabalham no atendimento a pessoas. A SB vem sendo estudada entre profissionais médicos em geral  e, mais recentemente, entre os profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS). Entretanto, há poucos trabalhos indicando a exposição à violência urbana no ambiente da APS como um agente estressor com potencial para gerar Burnout neste cenário. Diante do número significativo de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que foram assaltadas nos últimos dois anos na cidade de Manaus-AM, é possível que profissionais de saúde que atuam na APS local sejam acometidos de sentimentos de impotência e insegurança quando expostos à violência urbana no ambiente de trabalho e, por conseguinte, desenvolvam Síndrome de Burnout. RELATO DA EXPERIÊNCIA: Relatamos o aparecimento de sintomas indicativos de exaustão emocional em profissionais da UBS L 30 que surgiram logo em seguida à tentativa de assalto à UBS que, devido a reação dos usuários, culminou com o espancamento dos assaltantes e com a morte de um deles no local. Após este incidente, os funcionários apresentaram quadro de choro constante, dificuldade para dormir, medo de sair de casa, dificuldade de retornar às atividades laborativas e irritabilidade no trato com os demais. No decorrer do tempo e com a instituição de intervenções de apoio por parte da gestão municipal, do distrito de saúde e de psicólogos, a equipe retornou às atividades profissionais com algumas limitações. IMPACTOS: A ocorrência de sintomas sugestivos de Burnout em profissionais da APS de Manaus, posteriormente a um evento traumático e violento no ambiente de trabalho, sugere que a violência urbana é um fator adicional e local que contribui para o surgimento desta síndrome nesta população de trabalhadores da saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A correlação entre violência urbana no local de trabalho e Burnout deve ser melhor estudada a fim de que sejam propostas intervenções específicas para o enfrentamento do problema no cenário da APS da cidade de Manaus.VIOLÊNCIA URBANA COMO AGENTE INDUTOR DE BURNOUT   ENTRE PROFISSIONAIS DA APS DE MANAUS – RELATO DE VIVÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE APÓS UM CASO DE HOMICÍDIO OCORRIDO NA UBS.

3194 A síndrome de burnout e análise de um grupo de professores
John Henry de Oliveira Vale, Amanda Nascimento Brito, Jackson Celso Pereira Pires, Marcela Godinho Miranda do Vale, Robert Douglas Costa de Melo

A síndrome de burnout e análise de um grupo de professores

Autores: John Henry de Oliveira Vale, Amanda Nascimento Brito, Jackson Celso Pereira Pires, Marcela Godinho Miranda do Vale, Robert Douglas Costa de Melo

A Síndrome de burnout é considerada uma resposta ao estresse laboral crônico e ocorre principalamente em profissinais que mantêm contato direto e exercem o cuidado com o outro, como professores, médicos e enfermeiros. O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência da síndrome de burnout em professores de uma escola de ensino técnico na cidade de Santarém, Pará. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descrtitiva, que utilizou como instrumento de coleta de dados o questionário de investigação da síndrome de burnout CESQT-PE. Participaram deste estudo 34 professores de um total de 42 professores elegíveis para a pesquisa. Não foi constatada a ocorrência da síndorme de burnout em nenhum dos participantes. A grande maioria apresentou-se bastante entusiasmada com o trabalho visto que 97% estavam com altos níveis da dimensão ilusão pelo trabalho. Todos os participantes estavam com baixos níveis de indolência, enquanto apenas 6% estavam com altos niveis de culpa. Em contra partida observou-se que 24% da amostra estava com altos níveis de desgaste psíquico o que demonstra que apesar de apresentarem-se entusiasmados com a profissão, os docentes investigados também se encontram esgotados emocional e fisicamente em decorrência da atividade de trabalho. Dessa forma, pode-se observar que a maioria dos professores não apresenta características preditoras da síndrome de burnout, entretanto merece atenção a porcentagem de docentes que apresentou altos níveis de desgaste psíquico e/ou de culpa e baixos níveis de ilusão pelo trabalho, pois isto pode indicar uma tendência para o aparecimento da síndrome de burnout depois de um período de exposição a estressores. Assim, faz-se necessário que novos estudos com professores desse nível de ensino sejam feitos afim de aprofundar o conhecimento na área e gerar respostas que possibilitem a prevenção da síndrome de burnout em professores.

3222 ALCOOLISMO E ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DESTA DOENÇA: UM ESTUDO NO GRUPO ESPERANÇA DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NO MUNICÍPIO DE PARINTINS-AM
Naimara Silva de Assis, Rosiane do Carmo Farias de Souza, Liliane dos Santos valente

ALCOOLISMO E ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DESTA DOENÇA: UM ESTUDO NO GRUPO ESPERANÇA DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NO MUNICÍPIO DE PARINTINS-AM

Autores: Naimara Silva de Assis, Rosiane do Carmo Farias de Souza, Liliane dos Santos valente

O ato de beber integra o modo como se vive em sociedade, mas quando não se tem o controle sobre o mesmo, acaba tornando-se um problema e/ou uma doença, tanto para o indivíduo quanto para as pessoas que o cercam. O Alcoolismo é a dependência do álcool e vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento, dentre os quais cita-se a quantidade e a frequência com que esta droga é ingerida, a dificuldade de controlar esse consumo e crises de abstinência, quando não ingerido. Na atualidade o alcoolismo tem alcançado dimensões alarmantes, pois é considerado um dos principais responsáveis pelo crescente índice de mortes, não só por enfermidades, mas sobretudo por acidentes de transito, causados em sua maioria pelos usuários de álcool. Contudo, o álcool é uma droga lícita a qual pode ser produzida, comercializada e consumida, embora promova prejuízos aos órgãos do corpo, é liberado e aceito pela sociedade. Em face disso, este artigo teve por objetivo promover uma reflexão acerca do alcoolismo na vida do usuário e as formas de tratamento para o combate a essa doença, em Parintins/AM. Como procedimentos metodológicos utilizou-se a pesquisa bibliográfica, documental, de campo, de natureza qualitativa e utilizou-se o método dialético para a análise dos dados obtidos. O sujeito da pesquisa foi o coordenador do grupo de alcoólicos anônimos intitulado Grupo Esperança de Alcoólicos Anônimos(A.A.), entrevistado num período de um mês. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o formulário de entrevista semiestruturada. O estudo divide-se em três momentos, o primeiro esboça uma breve apresentação do contexto do álcool, sua origem, conceituando alcoolismo, apresentando o momento em que o mesmo passou a ser considerado doença e as alternativas para tratamento. Já na segunda parte são apresentadas algumas políticas públicas que são voltadas a essa questão, no qual evidencia-se o alcoolismo como droga. A terceira parte destaca os resultados da pesquisa de campo enfatizando o grupo de A.A. em Parintins/AM, no trabalho de apoio aos indivíduos que desejam se recuperar socialmente. Quanto aos resultados, o estudo apontou que a problemática do alcoolismo implica graves danos à saúde do indivíduo, comprometendo muitas vezes a sua própria vida, pois é uma doença progressiva e incurável, mas que pode ser controlada com a ajuda dos grupos de Alcoólicos Anônimos, com a força de vontade e o desejo de enfrentar e vencer o vício do álcool. Trata-se de um trabalho árduo e coletivo, no qual a jornada é longa, mas os resultados serão vistos no cotidiano do indivíduo. Diante disso, a necessidade de fomentar a discussão sobre o alcoolismo abordando o tratamento ofertado por meio dos Grupos de A.A no município de Parintins/AM.

3354 POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM CARBAMAZEPINA EM USUÁRIOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Ilka Kassandra Pereira Belfort, Mirlley Cristina Ferreira Borges, Suanne Ferreira Marinho, Mauricio Avelar Fernandes, Márcia de Souza Rodrigues, Sally Cristina Moutinho Monteiro

POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM CARBAMAZEPINA EM USUÁRIOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Autores: Ilka Kassandra Pereira Belfort, Mirlley Cristina Ferreira Borges, Suanne Ferreira Marinho, Mauricio Avelar Fernandes, Márcia de Souza Rodrigues, Sally Cristina Moutinho Monteiro

Introdução: A carbamazepina é um medicamento utilizado em psiquiatria para tratamento de transtornos de humor e síndrome de abstinência alcóolica. Apesar de possuir indicação e comprovação clínica, pode causar uma série de reações adversas, como: sedação, turvação visual, tontura, ataxia e diplopia; além de interferir no metabolismo mineral ósseo por diferentes mecanismos. Objetivo: Este objetivou verificar potenciais interações medicamentosas com carbamazepina, entre usuários atendidos no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS-ad). Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo, realizado através da avaliação de prontuários do CAPS-ad do município de São Luís/MA.Resultados: Dentre os prontuários analisados (151) apenas 32 prontuários que apresentaram prescrição de carbamazepina.Desses, 31 (96,9%) pertenciam ao sexo masculino e apenas um (3,1%) do sexo feminino. A média de idade dos usuários foi de 38,38 anos (± 10,97). Foram identificadas potenciais interações medicamentosas (risco moderado) com carbamazepina através do mecanismo de indução enzimática com os fármacos citalopram, risperidona, diazepam, clonazepam, sinvastatina, haloperidol, topiramato, bupropiona e nortriptilina. Além disso, verificou-se que dentre os prontuários analisados não havia avaliação de dados laboratoriais do metabolismo ósseo, como cálcio sério, fosfatase alcalina, vitamina D e hormônio da paratireoide. Conclusão: Os dados analisados demonstraram haver potenciais interações medicamentosas entre usuários acompanhados no CAPS-ad e carência de acompanhamento de marcadores laboratoriais dos mesmos. Esses dados servem de alerta para os profissionais de saúde para a necessidade de um acompanhamento efetivo da terapêutica medicamentosa nesse Serviço de Saúde objetivando a minimização de riscos à saúde e eventos adversos dos usuários.

3629 CÂNCER DE PROSTATA: atendimento psicossocial em usuários de uma Unidade Básica de Saúde acerca da prevenção: um relato de experiência no Município de Santarém-PA
Inglith Rodrigues de Lima, Joseane Silva Oliveira, Nilce da Silva Baltazar, Eliane dos Santos Campos, Rogéria da Silva Farias, Fernanda Tabita Zeidan de souza

CÂNCER DE PROSTATA: atendimento psicossocial em usuários de uma Unidade Básica de Saúde acerca da prevenção: um relato de experiência no Município de Santarém-PA

Autores: Inglith Rodrigues de Lima, Joseane Silva Oliveira, Nilce da Silva Baltazar, Eliane dos Santos Campos, Rogéria da Silva Farias, Fernanda Tabita Zeidan de souza

O presente estudo caracteriza-se como um relato de experiência, através de uma intervenção realizada durante o Estágio de Saúde, em uma Unidade Básica de Saúde localizada no Baixo Amazonas, especificamente no Município de Santarém-PA.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Câncer de próstata é o que acarreta mais óbitos na população masculina. Cestari e Zago (2005) contribuem afirmando que, para prevenir o câncer a população deve ser informada sobre os comportamentos de risco, os sinais de alerta e a frequência da prevenção. Nesse sentido, foi abordado com os usuários do sexo masculino, sobre a importância da prevenção do câncer de próstata. A programação contou com a participação de toda equipe de saúde, como médicos, enfermeiros, agente comunitários de saúde e estagiários de psicologia, havendo a participação de cinquenta pessoas do sexo masculino. Foi oferecido pela equipe da UBS diversos serviços específicos para cuidados com a saúde, bem como, teste de glicemia, medição de pressão arterial e serviços de beleza, como corte de cabelo e barba, sendo distribuídos fichas de encaminhamento para exame preventivo. A programação foi dividida em dois ambientes, sendo o primeiro para a recepção dos usuários, e o segundo onde ocorria as diversas atividades, dentre estas, foi realizada pelos acadêmicos de psicologia uma roda de conversa, a qual foi instigado sobre as razões em realizar o exame de próstata, bem como uma escuta coletiva acerca dos sentimentos que envolvem as dificuldades em se fazer o exame. O estudo é classificado como qualitativo, de abordagem descritiva. Como resultados foi possível perceber a participação dos usuários da UBS, visto que, houveram muitas falas por parte destes, e muitas dúvidas em relação ao exame em si, em como era feito e quais as diferenças do exame de sangue (PCA) e o Toque Retal. Foi notório perceber a maior procura por informações sobre questões voltadas à saúde, por parte da população masculina, chamando assim atenção da equipe multidisciplinar.  Contudo ainda é possível perceber a dificuldade e receios existentes por parte dos homens em fazer o exame preventivo, e é necessário que haja uma discussão mais ampliada acerca dos sentimentos que envolvem essas preocupações, visto que ainda é pouco discutido por essa população.

3917 O ITINERÁRIO TERAPÊUTICO NO MANEJO DA CRISE PSICÓTICA: FLUXOS E PRÁTICAS DE CUIDADO NA REDE PSICOSSOCIAL
IAGO ROQUE ROLIM DOS SANTOS, JOSÉ ALMIR DE SOUSA CARNEIRO, JAMINE BORGES DE MORAIS, ILSE MARIA TIGRE DE ARRUDA LEITÃO, MARIA SALETE BESSA JORGE

O ITINERÁRIO TERAPÊUTICO NO MANEJO DA CRISE PSICÓTICA: FLUXOS E PRÁTICAS DE CUIDADO NA REDE PSICOSSOCIAL

Autores: IAGO ROQUE ROLIM DOS SANTOS, JOSÉ ALMIR DE SOUSA CARNEIRO, JAMINE BORGES DE MORAIS, ILSE MARIA TIGRE DE ARRUDA LEITÃO, MARIA SALETE BESSA JORGE

APRESENTAÇÃO: O debate em torno da articulação entre as políticas, os discursos e as práticas em saúde mental se concentram em discutir e problematizar como construir o entendimento da crise, como um momento que deve ser cuidadosamente investido em seu potencial transformador e criativo. O presente trabalho buscará conhecer o itinerário terapêutico de um usuário em crise psicótica e as interfaces no cuidado integral em saúde mental. Para isso, objetiva analisar o itinerário terapêutico de usuários em crise psicótica e as interfaces das redes no cuidado em saúde mental. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, com abordagem hermenêutica de análise, pois alcança uma compreensão aprofundada da realidade investigada. A pesquisa foi realizada em Fortaleza, Ceará, em um CAPS geral, adscrito na Secretaria Executiva Regional IV. Os participantes foram 01 usuário, 01 Familiar e 04 profissionais de saúde, escolhidos por terem experiências singulares no que diz respeito ao processo de saúde-adoecimento-cuidado desse usuário. Para a coleta das descrições foi utilizada a técnica de entrevista em profundidade – partindo de temas norteadores. Para análise do material empírico foi utilizada a análise hermenêutica das narrativas escritas. Seguiram-se os preceitos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. A pesquisa constitui-se de um recorde da pesquisa intitulada: “Inquérito sobre o funcionamento da atenção básica à saúde e do acesso à atenção especializada em regiões metropolitanas brasileiras, submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UECE, com parecer Nº 948.554. RESULTADO E/OU IMPACTOS: Os resultados da pesquisa revelam que o vínculo com o CAPS aparece como um cuidado co-responsabilizado pelo processo saúde-doença, com potencial resolubilidade. Contudo, percebe-se a necessidade de alternativas de mudanças de processos de trabalho a operacionalizar-se em relação ao território comunitário dos usuários, pois este encontra-se fragilizado. A usuária narra em suas trajetórias de vida, as dificuldades enfrentadas ao caminhar de forma contínua nos diversos pontos da RASM. Diante disso, cabe insistir na potência de uma rede de serviços, sua capacidade de propiciar condições para que os sujeitos construam significações sobre os momentos de crise, aproveitando também seu potencial criador e podendo construir novas possibilidades para o viver. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Propõe-se que o estudo contribua para outros desdobramentos com melhores possibilidades de afirmação da saúde do usuário.

5311 PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICA: UM RELATO DE CASO
Mônica Oliveira Silva Barbosa, Fernando Lobão Camelo Silva, Jackeline de Oliveira Castro, Laena de Brito Marino, Vanessa de Sousa Silva, Rocilda Castro Pinho, Yaciara Casimiro Bonfim

PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICA: UM RELATO DE CASO

Autores: Mônica Oliveira Silva Barbosa, Fernando Lobão Camelo Silva, Jackeline de Oliveira Castro, Laena de Brito Marino, Vanessa de Sousa Silva, Rocilda Castro Pinho, Yaciara Casimiro Bonfim

Apresentação: A Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo de evolução crônica, caracterizado por uma alteração cerebral que dificulta o correto julgamento sobre a realidade, tendo sintomas classificados como positivos (por exemplo, alucinações e delírios) ou negativos (dificuldades de expressar sentimentos e emoções e pobreza no discurso). É subdividida em cinco tipos: hebefrênica, paranóide, catatônica, residual e indiferenciada. Neste estudo abordaremos a Esquizofrenia Hebefrênica. A Esquizofrenia Hebefrênica, também conhecida como desorganizada, é caracterizada por uma acentuada regressão de comportamento, tendo como principais sinais e sintomas estão a infantilidade, discurso incoerente, enfraquecimento intelectual, perturbação dos afetos, ideias delirantes, alucinações, pensamento desorganizado, gesticulação exagerada, comportamento irresponsável e imprevisível, com tendência ao isolamento social. Geralmente, começa a ser percebida dos 15 aos 25 anos de idade. A causa ainda não é totalmente definida, mas hoje sabe-se que se trata de uma doença química cerebral que decorre de alterações nos vários sistemas bioquímicos, que são os neurotransmissores, e vias neuronais cerebrais. Nessa conjuntura, o presente trabalho faz uma análise acerca do diagnóstico de Esquizofrenia Hebefrênica de uma jovem assistida pelo Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juventil de Imperatriz – MA e tem por objetivo conhecer o contexto da Esquizofrenia Hebefrênica, compreendendo os fatores que ocasionam influência sobre a mesma, além de conhecer a realidade da pessoa com Esquizofrenia Hebefrênica, bem como contexto familiar e alterações sociais que esta pode vim a causar, entender o processo de acompanhamento e tratamento da paciente realizado pela equipe multiprofissional do CAPS IJ, com destaque para a Enfermagem e elaborar problemas e intervenções, visando a melhora na qualidade de vida da paciente. Desenvolvimento: O estudo realizado é descritivo, do tipo relato de caso, pois segundo Parente (2010), tem como característica a descrição detalhada, contendo características importantes sobre sinais, sintomas e outras características do paciente e relata os procedimentos terapêuticos utilizados, bem como o deslanche do caso. A coleta de dados foi realizada no Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil - CAPS IJ, na cidade de Imperatriz – MA, no dia 27 de Setembro de 2017, com observação da consulta de Enfermagem com a mãe e revisão do prontuário da paciente, entrevista direta com a enfermeira e assistente social da unidade, e ainda com busca eletrônica e literária, incluindo artigos científicos na língua portuguesa, para uma abrangente revisão. Foi consultado o prontuário da mesma a fim de compreender as principais causas do ocorrido e propor intervenções para melhor qualidade de vida. Para a construção dos diagnósticos/problemas e intervenções de enfermagem foi utilizado o NANDA 2015-2017 e NIC, para estudos de medicações utilizou-se o AME e manual da ANVISA. Resultados: Com a busca desenvolvida, acerca das informações e histórico da paciente soube-se que a mesma possui 20 Anos, é estudante, reside na cidade de Imperatriz – MA, com pais divorciados e uma irmã com 15 anos, foi diagnosticada em 2013, aos 15 anos, com Esquizofrenia Hebefrênica (CID 10 F20.1). A mãe da paciente relata que teve parto normal de 7 meses, porém laborioso – ocorrido na recepção do hospital, tendo em decorrência deficiência na oxigenação cerebral (hipóxia neonatal) e convulsão. A paciente teve crescimento retardado, veio a andar apenas com 3 anos e falou as primeiras palavras com 4 anos de idade, mas apresentava boa socialização. Apresenta retardo mental, relata a equipe multiprofissional do CAPSIJ que ouve vozes, vê um homem com capa preta, tem delírios, convulsões, dificuldade no controle dos esfíncteres, apresenta alterações na compreensão, alterações no humor, dificuldade motora, fala desconexa, em contexto fora da realidade, relata que nunca viu o pai, informação que, segundo a mãe, não é verdadeira. Fala em namoro, mas de forma infantilizada, grita muito, não tem paciência em escutar, possui baixo nível de atenção e gosta de pintar e ouvir músicas, se ocupando assim, por vezes, durante o dia inteiro. A paciente iniciou acompanhamento após início dos primeiros sintomas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, tendo de início as seguintes hipóteses diagnósticas: Epilepsia (CID 10 G40), Retardo Mental moderado (CID 10 F71), Transtornos Mentais e Comportamentais associados ao puerpério (CID 10 F53), Transtorno Psicótico Agudo e Transitório (CID 10 F23) e Esquizofrenia (CID 10 F20). Em seguida foi encaminhada ao CAPS IJ onde em 2013, aos 15 anos, L.G.S foi diagnosticada com Esquizofrenia do tipo Hebefrênica (CID 10 F20.1) e iniciou acompanhamento e tratamento com  equipe multiprofissional da Unidade, com atendimentos psiquiátrico, com nutricionista, enfermeira, assistente social e psicóloga, e atualmente também participa de oficinas de arte e teatro, que a paciente relata que gosta, mas tem aversão aos grupos de adolescentes, pois diz que são mais velhos e a mesma prefere se relacionar com crianças. Atualmente, tendo 20 anos e com tratamento medicamentoso, acompanhamento com equipe multiprofissional e participação em oficinas, obteve melhora do quadro, melhora na socialização, o que possibilitou também diminuição na medicação, passando a ser iniciado com a mesma o processo de alta da Unidade de Atendimento, com comparecimento da paciente de 15 em 15 dias para interação social e acompanhamento com a equipe até que esteja pronta para a alta. Fez-se levantamento das medicações utilizadas pela paciente e de diagnósticos de Enfermagem, como: • Atividade de recreação deficiente, caracterizado pelo tédio, relacionado a atividades de recreação insuficientes. confusão aguda, controle de impulsos ineficaz, comunicação verbal prejudicada•            Interação social prejudicada, caracterizada por função social prejudicada, interação disfuncional com outras pessoas, relacionado ao conhecimento insuficiente para de como fortalecer a reciprocidade, distúrbio no autoconceito, isolamento terapêutico e processos de pensamento perturbados, síndrome de estresse por mudança, risco de automutilação e risco de violência direcionada a si mesmo. Fez se também o levantamento de intervenções, que foram: Aplicar arteterapia, praticar musicoterapia, estipular terapia socioambiental, utilizar brinquedos terapêuticos e administrar medicação quando prescrito. Considerações Finais: Em suma, o referido estudo possibilitou como ferramenta fundamental para conhecimento na prática em relação às principais alterações e especificidades de um paciente com Esquizofrenia Hebefrênica, trazendo um olhar crítico para a importância da equipe de enfermagem nos cuidados e acompanhamento do paciente acometido, assim abrindo a concepção para uma análise sobre a patologia, além disso, possibilitou a capacidade de realizar uma pesquisa cientifica em bases de dados e literária, que é primordial para a formação acadêmica.

2262 ESQUIZOFRENIA COMO FATOR DE ALTO RISCO NO PERÍODO GESTACIONAL: UM RELATO DE CASO
Juliana Araújo, Kamile da Silva Cerqueira, Simone da Silva Aguiar Figueira, Ilma Pastana Ferreira

ESQUIZOFRENIA COMO FATOR DE ALTO RISCO NO PERÍODO GESTACIONAL: UM RELATO DE CASO

Autores: Juliana Araújo, Kamile da Silva Cerqueira, Simone da Silva Aguiar Figueira, Ilma Pastana Ferreira

APRESENTAÇÃO: A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave, de caráter crônico, que acomete cerca de 1% da população mundial de mesma prevalência entre homens e mulheres. Esta patologia é caracterizada pelo aparecimento de sintomas como delírios, alucinações, fala e comportamento desorganizado, apatia entre outros sinais que são clinicamente classificados como positivos ou negativos. Apesar de sua fisiopatologia ainda ser pouco compreendida, sabe-se que a maioria dos sintomas deste transtorno aparece entre os 15 e 35 anos de idade com duração mínima de seis meses na primeira crise. O período gestacional constitui uma fase de grandes mudanças físicas e mentais na vida de uma mulher, estas alterações podem gerar ansiedades que deixam a genitora mais vulnerável a perturbações emocionais tanto durante a gestação quanto no período puerperal. Sabe-se que é no período gravídico-puerperal que se encontra a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher e, quando já se tem um transtorno psiquiátrico desenvolvido, esta situação torna-se mais grave. De acordo com os estudos de Seeman (2013), o risco de desenvolvimento de psicose pós-parto entre primigestas com histórico de hospitalização devido a transtornos psiquiátricos é mais do que 100 vezes maior que o da população em geral, 25% das mulheres com esquizofrenia desenvolvem psicoses pós-parto. Os sintomas psicóticos ativos, presentes nas crises esquizofrênicas, podem trazer sérios riscos tanto para período gestacional quanto para puerpério, uma vez que os mesmos têm sido associados à autoagressão materna, danos físicos à criança, inadequada inserção materno-infantil e trajetórias de desenvolvimento infantil mais precária, segundo Rochon – Terry, 2016. O impacto provocado pelo transtorno psiquiátrico no período gravídico-puerperal é evidenciado por altas taxas de abortamento, prematuridade, baixo peso ao nascer, pré-eclampsias, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor do feto e depressão pós-parto materna, bem como maiores dificuldades em realizar adequadamente os cuidados necessários no pré-natal, conforme afirma Brasil, 2010. Este estudo tem como objetivo descrever o período gestacional de uma paciente portadora de esquizofrenia, acompanhada pela Unidade de Referência Especializada durante o período de janeiro a outubro de 2015. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo de abordagem qualitativa do tipo relato de caso, tendo sido coletados dados dos prontuários de uma paciente atendida em uma Unidade de Referência Especializada do município de Santarém-PA. Foram recolhidas informações de 18 consultas, incluindo médicas e de enfermagem das quais foram selecionadas as informações pertinentes da história clínica de todo o pré-natal da paciente, das quais foram utilizadas as informações de maior relação com vulnerabilidade e riscos potenciais para a saúde materna e fetal. Posteriormente, foram realizadas consultas à literatura como forma de proporcionar embasamento teórico para o relato. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: A Paciente do estudo em questão, tinha 33 anos, portadora do transtorno psicótico Esquizofrenia, compareceu para inscrição de pré-natal no dia 14 de janeiro de 2015 em uma Unidade de Referência Especializada com 6 semanas e 3 dias de amenorreia, encaminhada pelo Centro de Assistência Psicossocial, onde foi acompanhada pelos 6 anos anteriores a gestação, informou fazer uso dos medicamentos: Haldol 1mg e Prometazina 25mg (um comprimido ao dia). Descreveu ser sua primeira gestação, planejada e aceita até o momento da consulta com data provável do parto para o dia 08/09/15. Esta informação é discordante dos estudos de Guedes (2007), nos quais são descritos que as pacientes com transtornos mentais são mais vulneráveis a terem uma gestação não planejada devido a fatores, como: dificuldade para estabelecer uniões estáveis, ser vítima de abuso sexual, estar com o juízo crítico prejudicado em surtos psicóticos, hipersexualidade e impulsividade.  No decorrer da realização das consultas subsequentes de pré-natal, foi possível observar também, ganho ponderal de peso nas primeiras semanas de gestação, no qual se destacou o ganho de 4,6 quilos em apenas 13 dias registrado na vigésima segunda semana de amenorreia. Sobre este fato, estudos de Leite Sampaio et al (2015) destacam que os antipsicóticos podem levar ao aparecimento efeitos adversos como: ganho de peso, alterações no perfil lipídico e metabolismo da glicose, exigindo, desta forma, um controle nutricional ainda maior destas pacientes devido a estes fatores. Através da análise do prontuário, também se pôde constatar o aparecimento de alguns sintomas relacionado à esquizofrenia, como alterações no padrão de sono, tristeza profunda e fácil choro que desencadearam em uma crise no dia 20 de março, na qual a paciente informa ter cogitado suicídio. As estimativas variam, mas os estudos colocam que até 15% dos pacientes podem morrer devido á tentativa de suicídio em momentos de crise devido à instabilidade do momento. Nas consultas posteriores houve relativa estabilidade do quadro psicótico da paciente, uma vez que, por recomendação psiquiátrica, a mesma teve medicação alterada para Haldol Decanoato intramuscular a cada 25 dias e acompanhamento periódico do CAPs. Na consulta puerperal, paciente comparece com 18 dias após parto cesáreo, informa que RN nasceu com 3375 gramas, 36 centímetros de perímetro cefálico, 35 centímetros de perímetro torácico, 52 centímetros de estatura, parto sem intercorrências, sem alterações patológicas e de humor até o momento da consulta. No que diz respeito aos efeitos no RN devido a medicação utilizada pela paciente, apesar de não haver estudos comprovando a teratogenicidade do Haloperidol durante o período gestacional, a bula do medicamento indica que a utilização desta droga durante o terceiro trimestre pode trazer ao neonato o aparecimento de sintomas como agitação, hipertonia, hipotonia, tremor, sonolência, dificuldade respiratória ou transtornos alimentares, sintomas extrapiramidais ou de retirada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A esquizofrenia traz riscos inerentes à saúde materno-fetal, assim como a maior parte dos transtornos mentais graves, portanto, é essencial que haja um bom acompanhamento por parte da equipe de saúde em dar assistência não somente a gestante, mas aos familiares, alertando-os para as principais necessidades da paciente, suas limitações e sinais de riscos. A partir deste estudo, pôde-se perceber que o atendimento prestado a paciente foi prejudicado por falta de comunicação entre os setores de saúde, CAPs e a Unidade de Referência, que tinha como único vínculo os receituários e relatos da própria paciente. A continuidade das informações entre os profissionais é essencial, pois melhora significativamente a assistência prestada a paciente. Espera-se, que a partir deste estudo, novas pesquisas surjam no ramo de planejamento familiar às pacientes de saúde mental e esquizofrenia destacando a importância clínica que este transtorno nos riscos gestacionais.

776 O PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS ACERCA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS
Brenda dos Santos Coutinho, Andreza Dantas Ribeiro, Isabela Maria da Costa Buchalle, Renan Fróis Santana, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Érika Marcilla Sousa de Couto

O PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS ACERCA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS

Autores: Brenda dos Santos Coutinho, Andreza Dantas Ribeiro, Isabela Maria da Costa Buchalle, Renan Fróis Santana, Thais Chrystinna Guimarães Lima, Érika Marcilla Sousa de Couto

Apresentação: Os direitos humanos obtiveram destaque com a ditadura militar, e a experiência bem sucedida dos países europeus na substituição do modelo hospitalocêntrico por um baseado em serviços comunitários fez com que a atual política de saúde mental brasileira fosse possível, mediante a mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da saúde, no início da década de 1980. Dentro desse eixo, os CAPS assumem papel estratégico na articulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sendo definido como um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, e outros quadros, cuja permanência é justificada pela severidade e/ou persistência. Diante do exposto, buscou-se estabelecer uma aproximação dos discentes do curso de graduação de Enfermagem, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), campus XII, com os usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), no município de Santarém/PA, a fim de compreender as dificuldades enfrentadas pelo portador de transtorno mental no seu cotidiano, bem como sua percepção sobre os serviços oferecidos pelo respectivo CAPS. Desenvolvimento do trabalho: Estudo de caráter descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a experiência acadêmica realizada em um CAPS, no município de Santarém/PA, no mês de maio de 2016, durante a oferta da disciplina de Saúde Mental, no quinto período do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Por meio da vivência e do diálogo estabelecido com os usuários foi possível compreender as dificuldades enfrentadas pelo portador de transtorno mental no seu cotidiano, sua percepção referente aos serviços oferecidos e como estes os auxiliam no seu cuidado. Resultados: As unidades retiradas a partir das vivências e do diálogo com os usuários do respectivo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II puderam ser divididas de três formas: 1. O portador de transtorno mental e as dificuldades enfrentadas; 2. Os desafios dos Centros de Atenção Psicossocial e 3. As potencialidades dos Centros de Atenção Psicossocial. Diante disso, o primeiro tópico foi construído a partir da identificação no discurso dos portadores de transtorno mental, das dificuldades vivenciadas por estes no seu contexto familiar e social, algumas diretamente relacionadas ao próprio transtorno mental, dado que as alterações dos processos afetivos, cognitivos, do desenvolvimento intelectual e social causam danos aos pacientes, assim como para sua família. Dessa forma, alguns usuários relataram que a tristeza, em especial o desejo de isolamento e fobia social bloqueiam seu convívio, participação social, bem como o seu desejo de frequentar os serviços ofertados pelo CAPS. Outro obstáculo relatado pelos pacientes diz respeito à mudança de personalidade, sobretudo onde permeiam a indiferença e irritabilidade, características relatadas pelos usuários como irreprimível e inexplicável, que atua como objeção para a coabitação com os familiares. À vista disso, é notório que a família é afetada quando um de seus membros encontra-se em sofrimento psíquico e, ao considerar esse meio social como protagonista do cuidado, este sofre com as demandas, como as dificuldades de lidar com as situações de crise, com a culpa, pessimismo, pelas complexidades do relacionamento com esse familiar e, dentre outros quadros. Outra problemática referida pelos portadores de transtorno mental é o estigma que parte da sociedade e da própria família, bem como a expressão de “mente fraca”, ou que está “sofrendo porque quer”. De forma velada, foi observado que os próprios usuários guardam estigma da sua condição. Observa-se que se faz necessário superar o estigma da população, dos trabalhadores da saúde, da família e dos próprios usuários, uma vez que dificulta a busca pelo tratamento e a compreensão da doença, o que afeta diretamente a reabilitação psicossocial do indivíduo. Já a segunda unidade retrata as deficiências visualizadas pelos usuários nos serviços ofertados pelo CAPS, apesar de todos terem referido que os serviços contribuem de forma significativa para a sua reabilitação, foram discutidos dois eixos principais: o primeiro destaca a falta de atenção dos profissionais de saúde em decorrência da não frequência dos usuários, ou seja, a não procura pelos profissionais, dos motivos que levaram o individuo em sofrimento psíquico a não comparecer as atividades. Dentro dessa perspectiva, ressalta-se que deveria haver articulação entre saúde mental e atenção básica, o que amplificaria o potencial do CAPS como gerenciadores de novos modos de cuidado e estenderia a outros espaços a responsabilização pelo cuidado integral às pessoas em sofrimento psíquico. Outro aspecto citado foi à sobrecarga dos profissionais com inúmeros pacientes, o que dificulta a humanização. Entretanto, um ponto implícito visualizado nos pacientes diz respeito à atribuição do CAPS como uma “família”, desse modo, se não for dada a devida atenção, o risco de repetir nesses ambientes antigas práticas, criando um manicômio sem muros torna-se real, considerando que a reabilitação psicossocial consiste em restituir o pleno exercício da cidadania ao portador de um transtorno psíquico, com a presença do cenário da casa, trabalho e rede social. No que diz respeito à última unidade, esta traz as potencialidades dos CAPS, na visão de seus usuários. Em vista disso, os pacientes alegaram que o CAPS contribui de forma significativa para a melhora do seu quadro, destacado por estes o acompanhamento realizado pelos profissionais especializados, o tratamento medicamentoso, em especial as terapias e atividades realizadas em grupos, que permite a interação com outros usuários. A socialização e interação com outros portadores de transtorno mental também são aludidos como um momento de relaxamento e descontração pelos usuários, além de assumir uma ocasião para visualização de que não é somente um indivíduo que se encontra em sofrimento psíquico, ao contrário é um problema compartilhado por muitas pessoas e, que estas estão superando-os. As pessoas que estão com um grau elevado de sofrimento psíquico, muitas vezes, deixam de fazer atividades que lhes dão prazer. O fato de o indivíduo ser portador de um transtorno mental não é sinônimo de invalidez e isolamento, por isso o lazer e inserção na sociedade devem ser sempre estimulados, visto que atividades prazerosas melhoram a autoestima e contribuem para o bem-estar e eficácia do tratamento. O fato de o usuário estar em tratamento no CAPS não significa que ele tenha que ficar a maior parte do tempo no CAPS, ao contrario a reabilitação psicossocial pode ser articulado pelo CAPS, no seu inicio, entretanto o objetivo primordial é a reinserção social do individuo na comunidade, no trabalho e na vida social. Considerações Finais: Esta experiência contribuiu para o crescimento humano, intelectual e profissional dos acadêmicos envolvidos, pois foi estimulado o ver e tratar o paciente com particularidade, sendo este um indivíduo, e como parte de uma sociedade, de um coletivo, atentando para suas dificuldades, perspectivas e realidade de vida não apenas no CAPS, mas no meio em que se vive. Diante do cenário e do que foi vivenciado, destaca-se a importância das atividades realizadas no CAPS para o portador de transtorno mental, assim como os benefícios gerados, o que por vezes reflete a dependência e ligação afetiva destes ao centro. Devem-se considerar também as dificuldades e fragilidades relatadas pelos pacientes, dentro e fora do CAPS e refletir sobre possíveis soluções, facilitando, apoiando e orientando os usuários e seus familiares a serem protagonistas das mudanças necessárias.  

1136 O uso crônico de benzodiazepínicos e a experiência de começar o cuidado em grupo, em uma comunidade de Macaé
Leila Tatiana Manes Romanini de Abreu, Luciana Cajado, Rafael Bussola

O uso crônico de benzodiazepínicos e a experiência de começar o cuidado em grupo, em uma comunidade de Macaé

Autores: Leila Tatiana Manes Romanini de Abreu, Luciana Cajado, Rafael Bussola

Apresentação: O internato de Medicina de Família e Comunidade da UFRJ-campus Macaé propõe aos internos a elaboração de um projeto de intervenção na comunidade, ao longo da vivência no estágio, numa equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF).  Durante uma dessas experiências no município, a observação de consultas, da dinâmica do território e do processo saúde-doença revelou que a população merecia um olhar mais ampliado no campo da saúde mental. Naquele serviço, havia uma elevada demanda por medicamentos, em especial ansiolíticos, alguns com uso crônico de longa data sem indicação clínica, caracterizando um fenômeno. Medicalização é quando problemas que não são de ordem médica transformam-se em problemas de saúde. A medicamentalização é o uso de medicamentos nessas situações. Nesse sentido, propôs-se junto à equipe da ESF a construção de um grupo com usuários de benzodiazepínicos, como uma forma de abordagem não medicamentosa.   Desenvolvimento: Através do canhoto das receitas tipo B (“azul”), utilizadas para prescrição (com dados como: nome, medicação, dosagem e quantidade que utiliza), fez-se um primeiro levantamento dos usuários a serem convidados para participar. Os convites ocorreram, principalmente, durante as consultas. Para a abordagem em grupo, utilizou-se a pratica do tipo operativo, com duração de até uma hora e meia. Os coordenadores do grupo foram os internos e a médica da equipe. Utilizou-se a diretriz da Associação Médica Brasileira: “Abuso e Dependência de Benzodiazepínicos” (2013) como material de apoio. Ocorreram três encontros, com intervalos mensais, durante a experiência do estágio. Por sugestão da equipe, ao final de cada encontro, renovavam-se as receitas propondo redução das doses, como forma de estimulo para as pessoas frequentarem o grupo.   Resultados: Quarenta e cinco pessoas foram convidadas. Apenas quatro participaram dessa primeira experiência. Durante os encontros, abordou-se o significado do remédio para a pessoa, experiência do sofrimento, da ansiedade, além de outros temas da vida. Os motivos relatados para início do benzodiazepínico foram insônia, ansiedade relacionada com compulsões alimentares e agorafobia. Alguns meios de lidar com o sofrimento foram sugeridos pelos coordenadores do grupo, como exercícios físicos regulares e prática de meditação. Além disso, orientou-se sobre dispositivos da rede de saúde com práticas integrativas e complementares. Nas avaliações individuais feitas por cada participante, todos consideraram a experiência boa e duas pessoas iniciaram a prática de meditação orientada nos grupos.   Considerações Finais: A pessoa possui dimensões orgânica, psíquica e social. Para compreendê-la e cuidar, é importante não negligenciar nenhuma delas. O desemprego que afeta milhões de brasileiros, as condições de moradia, de alimentação, de saneamento básico, de acesso a estudo, de trabalho, de condições de transporte público, não podem ser dissociadas de uma abordagem em saúde. Mudanças nessas variáveis também podem levar ao adoecimento e o medicamento, em muitos casos, apenas silencia os sintomas. É necessário repensar a medicalização e a medicamentalização, fenômenos da contemporaneidade, bem como construir novos espaços de cuidado, na Atenção Básica, incluindo recursos terapêuticos não medicamentosos.

2125 SOFRIMENTO PSÍQUICO E COMPORTAMENTOS AUTOMUTILATÓRIOS - CUTTING/SELF
Dayani Silva, Fernanda Tabita Zeidan de Souza

SOFRIMENTO PSÍQUICO E COMPORTAMENTOS AUTOMUTILATÓRIOS - CUTTING/SELF

Autores: Dayani Silva, Fernanda Tabita Zeidan de Souza

O presente estudo tem como base, a pesquisa bibliográfica, objetivando contribuir para o processo reflexivo do leitor acerca do cutting/self, como uma expressão do sofrimento psíquico em adolescentes. A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano, compreendida como a transição da infância para a idade adulta, caracterizada por diferentes mudanças de cunho físico, hormonal, cognitivo e social. Um fenômeno peculiar ocorre neste estágio da vida, conhecido como puberdade, que refere-se a maturidade sexual, em meninos pode iniciar aos 12 anos, em meninas acontecendo cerca de 2 anos mais cedo, entre 8 e 10 anos, surgindo espinhas e pelos, aumento da altura e mamas. Já nos meninos o crescimento da barba o alargamento dos ombros, alteração na voz e crescimento do pênis são características bem evidentes. As poucas modificações citadas são exemplos comuns a pessoa humana e ocorrem de forma singular em cada qual, tais processos podem gerar estranheza em membros de grupos sociais, desencadeando por parte destes, piadas acerca do corpo gerando sofrimento ao adolescente, um exemplo dessas atitudes é o bullying, um padrão de violência que possui um caráter repetitivo, frequentemente presente em escolas. O teórico Erick Erickson apresentou duas formas de reações nessa fase, a coesão de identidade ou confusão de papeis, crises familiares podem se tornar comuns, sendo este um período pelo qual o(a) jovem passa a deligar-se do grupo familiar buscando autonomia e modelos externos, em nenhuma outra fase observa-se tanto a influências nos comportamentos como nesta, no processo de busca pela identidade muitos jovens tendem a ingressar em grupos com ideais, gênero musical, vestimentas e atitudes comportamentais estabelecidas, esse fato é comum na adolescência, entretanto a tendência a modelos, pode acarretar condutas prejudiciais ao indivíduo e a terceiros, como o uso de drogas, atitudes violentas e até mesmo a automutilação. O cutting propriamente dito não representa tentativa de suicido entretanto, tais práticas podem acarretar riscos para saúde como; infecções, hemorragias, doenças transmitidas por vias sanguíneas ou até mesmo, morte não intencional. Em muitos casos, pessoas que apresentam tais comportamentos alegam encontrar nele, alívio para o que chamaram de “dores emocionais”, alguns estudos apontam as seguintes hipóteses: quando o corpo é cortado o organismo como forma de defesa libera a chamada β endorfina, responsável por diminuir as dores permitindo assim uma melhora acelerada, isso provocaria um conforto momentâneo tanto da dor física como “emocional”. Tomando a via de que tais comportamentos caracterizam-se como uma forma de expressão do sofrimento psíquico, sendo importante medidas interventivas em Saúde Mental de âmbito doméstico e principalmente em estabelecimentos de ensino formal.

3910 Ação educativa sobre o uso abusivo de álcool em uma tribo indígena – Relato de Experiência
Ilka Kassandra Pereira Belfort, Ivone de Oliveira Ferreira, Sally Cristina Moutinho Monteiro

Ação educativa sobre o uso abusivo de álcool em uma tribo indígena – Relato de Experiência

Autores: Ilka Kassandra Pereira Belfort, Ivone de Oliveira Ferreira, Sally Cristina Moutinho Monteiro

Introdução: O alcoolismo é um problema social, de saúde pública que produz situações excludentes e de caráter pejorativos, rotulando indivíduos e grupos sociais. Esta realidade também ocorre entre os indígenas, onde as discussões e debates sobre a questão da alcoolização perpassa por pontos complexos e amplos que geralmente culminam em abuso, dependência e violência. Objetivo: Realizar ação de intervenção educativa acerca do consumo indevido do álcool na população indígena jovem da aldeia Escalvado/MA. Metodologia: As atividades foram divididas em 3 etapas, a saber: Reunião com lideranças para conhecimento e autorização das atividades; Ciclo de Palestras e Rodas de Conversa. Resultados: Participaram da reunião inicial 27 lideranças (incluindo o cacique), os quais entenderam a importância da ação e autorização sua realização, com o compromisso de participação ativa. As palestras foram realizadas nas escolas (período vespertino e noturno), onde abordou-se de forma lúdica os malefícios do álcool, enfatizando que a alcoolização é um processo de dependência biológica e não uma doença em si. As rodas de conversa, objetivaram o olhar crítico sobre o reconhecimento dos diversos estilos de consumo de bebidas alcoólicas entre os povos indígenas e entre outros povos, ressaltando a importância do contexto sociocultural e de confrontar o problema em comunidade.  Conclusão: A população adscrita reconheceu o uso abusivo de álcool e sua relação com a violência e acidentes locais. Dessa forma, a comunidade entendeu a importância dos cuidados e disseminação de informação sobre essa questão, reforçando assim, ações de promoção e prevenção em relação a temática.