135: O enfermeiro e a enfermidade: a produção do cuidado às gentes
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: ICB Sala 07 - Djúcu    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1045 APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM HIDRADENITE SUPURATIVA: RELATO DE CASO
Tatiane Lima da Silva, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Marcelo Silva de Paula, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes

APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM HIDRADENITE SUPURATIVA: RELATO DE CASO

Autores: Tatiane Lima da Silva, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Renan Fróis Santana, Marcelo Silva de Paula, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes

Apresentação: A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica com prevalência entre 1 e 4% da população europeia, predominantemente em mulheres, no qual possui características recorrentes e debilitantes. A patogênese envolve a oclusão folicular com lesões dolorosas nas áreas de glândulas apócrinas, comumente nas regiões axilares e inguinais, também fatores genéticos, ambientais e imunológicos estão relacionados às causas da doença. O diagnóstico é predominantemente clínico e a abordagem terapêutica tem por conduta medidas não farmacológicas, essencialmente através da promoção de um estilo de vida saudável, agentes tópicos, retinoides, anti-inflamatórios, antibióticos e, por fim, intervenção cirúrgica. Não há consenso sobre o tratamento ideal, pois os resultados são variados e o aspecto estético após o procedimento é geralmente desfavorável. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de caso. A pesquisa foi realizada em uma instituição hospitalar pública, no município de Santarém-PA, no setor de clínica médica, durante as aulas práticas da disciplina de Doenças infecciosas e parasitárias com os acadêmicos de bacharelado de enfermagem do 8º período da Universidade do Estado do Pará (UEPA), campus XII, realizado em outubro de 2017. Para análise do caso houve o acesso ao prontuário da cliente e a aplicação dos cuidados de enfermagem, fazendo-se uso da sistematização da assistência de enfermagem (SAE), seguindo a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), após prévia autorização de acesso ao prontuário. Foram obedecidos os aspectos éticos da pesquisa, de acordo com a resolução 466/12.  Resultados e/ou impactos: A.C.S.M., 30 anos de idade, sexo feminino, solteira, sem filhos, natural e procedente de Santarém-PA, Bairro Prainha, professora de Inglês. Histórico pessoal: paciente relata que no mês de dezembro de 2006 apresentou nódulo na axila esquerda com crescimento lento e pouco doloroso, que após esforço fistulou com saída de secreção purulenta acompanhado de dor forte, realizando drenagem na unidade básica, porém manteve secreção e nódulos axilares bilateralmente. Em junho de 2016, surgiram adenomegalias na região inguinal com secreção de característica serosa. Relatou perda de peso, cerca de 20 quilos nos últimos 6 meses com hiporexia, sintomas depressivos, sem tratamento, com manutenção do quadro e alterações no hábito intestinal com defecação a cada 6 dias, tosse seca intermitente e sensação de febre nas últimas semanas, dispneia e queda de cabelo. Negou alergias, diabetes mellitus, hipertensão arterial e cardiopatias. Nunca teve contato com pacientes portadores de tuberculose. Relatou não ter tido internações prévias e que manteve relações sexuais protegidas nos últimos 10 anos, também informou uso de perfurocortante (manicure) sem conhecimento da higienização. Não fez uso de drogas intravenosas. História familiar: diabetes mellitus e esquizofrenia na família. Aos exames complementares, apresentou no resultado do hemograma completo anemia e plaquetose, enquanto na ultrassonografia axilar foi demonstrado abscessos subdérmicos em axila esquerda. A paciente foi admitida na clínica médica da instituição hospitalar do município no dia 21 de setembro de 2017 e segue aos cuidados multiprofissionais, aguardando procedimento cirúrgico de plastia. Os diagnósticos de enfermagem e prescrição foram: Risco de infecção relacionada aos procedimentos cirúrgicos e invasivos, com o objetivo de prevenir a infecção, os cuidados foram examinar a condição da incisão cirúrgica e cateteres a cada 15 minutos na primeira hora e sucessivamente a cada 30 minutos; monitorar sinas e sintomas de infecção (edema, hiperemia, calor, rubor, hipertermia); higienizar as mãos com gel alcoólico antes e depois de cada procedimento, realizar desinfecção com álcool a 70% nos dispositivos endovenosos (equipo, bureta), antes de administrar medicações; utilizar técnica asséptica para punção venosa e em outros procedimentos em que seja pertinente. Dor aguda relacionado à evidência observada de dor verbal, a partir desse DE, as prescrições foram avaliar características, intensidade e local da dor; aplicar escala numérica de dor ou outra escala pertinente; considerar escore de dor relatado pelo paciente; avaliar alterações de sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequências cardíaca e respiratória); administrar analgésicos conforme prescrição médica; reavaliar dor após administração da medicação; oferecer informações sobre a dor; reduzir ou eliminar os fatores que precipitem ou aumentem a experiência de dor e ensinar princípios de controle da dor. O DE Integridade da pele prejudicada relacionada ao rompimento da superfície da pele evidenciado por lesão axilar, teve como assistência propiciar a recuperação adequada da pele, através da avaliação de condições da incisão cirúrgica, condições do curativo, presença de sinais flogísticos (dor, calor, rubor, edema) em incisões cirúrgicas e em locais de inserção de sondas, drenos e cateteres e monitorar a  temperatura da pele do paciente. Também foi trabalhado o Risco de baixa autoestima situacional relacionado a distúrbio na imagem corporal, tendo por intervenções escutar atentamente a paciente; encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e medo; estimular a socialização com participação em grupos específicos de autoajuda e incentivar a prática do autocuidado. O diagnóstico Controle ineficaz do regime terapêutico relacionado ao déficit de conhecimento evidenciado em falha para reduzir fatores de risco, tendo por resultados esperados a realização de escolhas apropriadas de atividades diárias, apresentar sintomas da doença dentro de uma variação normal de expectativas e verbalizar intenção de reduzir fatores de risco de progressão da doença e de suas sequelas, no qual o profissional de enfermagem deve orientar sobre o que a paciente pode esperar da clínica da patologia; determinar o conhecimento da paciente sobre a condição e as necessidades terapêuticas e conversar sobre os recursos atuais utilizados pela paciente.  Considerações finais: A hidradenite supurativa é uma patologia pouco comum que requer cuidados especiais alcançados a partir dos diagnósticos de enfermagem e condutas empregadas, objetivando oferecer maior segurança e conforto ao paciente, havendo um progresso na melhora do quadro, evidenciado pelo relato da satisfação durante o período de internação quanto ao alívio da dor, conscientização acerca da terapêutica, estabilização dos sentimentos de autoimagem e colaboração na dieta hipocalórica. A pesquisa possibilitou a observação da falta de estudos voltados para a temática, o que requer maior participação da enfermagem nos fundamentos bibliográficos. Assim, é perceptível a importância da equipe enfermagem no trabalho embasado pela sistematização da assistência que influencia diretamente na qualidade de vida do cliente, utilizando métodos científicos de educação em saúde como fundamento para o autocuidado e esclarecimento dos pacientes, indispensáveis na recuperação e reabilitação destes.  

1486 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE COM SIDA ASSOCIADA À MENINGITE CRIPTOCÓCICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
ERIKI HIROYUKI CUNHA MIYAZAKI, SANDE DE ALMEIDA MOREIRA, LARISSA DOS SANTOS ALMEIDA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE COM SIDA ASSOCIADA À MENINGITE CRIPTOCÓCICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: ERIKI HIROYUKI CUNHA MIYAZAKI, SANDE DE ALMEIDA MOREIRA, LARISSA DOS SANTOS ALMEIDA

Introdução: Na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida plenamente manifesta, são frequentes as septicemias bacterianas e disseminação das infecções oportunistas, que conduzem o paciente a um estado toxêmico. A criptococose por sua vez é uma das infecções fúngicas sistêmicas mais comuns no paciente imunodeprimido. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência acadêmica vivenciada na aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem a uma paciente com SIDA associadas à meningite criptocócica. Método: Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência acadêmico. Realizado entre os períodos de 18 de outubro a 03 de novembro em um hospital de grande porte e referência em doenças infectocontagiosas localizado na região metropolitana de Belém-PA. O presente relato foi subsidiado através de informações coletadas durante as visitas diárias de enfermagem e como o aporte teórico norteado pela Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em conjuntura com a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e Nursing Interventions Classification (NIC) respectivamente. Resultados: Paciente, sexo feminino, 67 anos residente de Cametá região interiorana do Estado do Pará, internada desde o dia 28/09/2017, com diagnostico base referente a SIDA e diagnostico infeccioso meningite criptocócica. NHB: Alimentação satisfatória, evacuação e diurese presente, sono e repouso prejudicados devido as cefaleias noturnas causadas pela meningite. Exame físico: AP; MV presentes S/RA, AC; BCNF em 2T sem sopros, Abdome; flácido, RH presentes. SV: PA; 110/64 mmHg, FC; 74 bpm, FR; 19 irpm, T; 35.9 ºC­. Foi realizado a troca de curativo de CVC em subclávia esquerda, com sinais flogísticos. Onde foram traçados como principais diagnósticos de enfermagem: Conforto prejudicado relacionado a cefaleia evidenciado por alteração no padrão do sono; Integridade tissular prejudicada relacionada a procedimento cirúrgico (AVC) evidenciado por lesão tecidual. Foram realizadas as seguintes intervenções: Avaliar com o paciente e a equipe cuidados de saúde e eficácia de medidas passadas utilizadas para controlar a dor; Administrar analgésicos quando prescritos; Investigar os fatores que aliviam ou pioram a dor; Realizar o curativo com a medicação tópica adequada; Observar sinais e sintomas de infecção em punção venosa; Fazer limpeza diária da incisão operatória; Observar alterações na pele. Conclusão: Atividades como esta, tornam-se relevantes visto que trazem experiências voltadas para aplicabilidade da SAE em pacientes imunodeprimidos com coinfecções oportunistas, contribuindo para a formação acadêmico/profissional qualificada no campo de prática voltado para Doenças infecciosas e parasitarias.

1847 A Importância do profissional enfermeiro na captação de potencial doador de órgãos para transplante mediante a morte encefálica.
Rodrigo de Morais Torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga, Wanderson Patrick Nogueira, Priscilla Passarelli Tostes, Priscilla Passarelli Tostes

A Importância do profissional enfermeiro na captação de potencial doador de órgãos para transplante mediante a morte encefálica.

Autores: Rodrigo de Morais Torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga, Wanderson Patrick Nogueira, Priscilla Passarelli Tostes, Priscilla Passarelli Tostes

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que terá por objetivo relatar a importância do profissional enfermeiro no processo de doação de órgãos para transplante mediante a morte encefálica (ME) desde o início do protocolo de ME até o momento da doação quando assim, autorizado pela família. Assim como abordará, as mudanças realizadas no protocolo de morte encefálica recentemente e publicadas no diário oficial da união buscando mostrar o antes e depois das mudanças no protocolo. A doação pode ser de órgãos, tais como o rim, coração, fígado, pâncreas, pulmão e de tecidos como córnea, pele, osso e valvas. A morte encefálica representa o estado clínico irreversível em que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas. São necessários três pré-requisitos para defini-la: coma com causa conhecida; ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave; exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos sedativos. Baseia-se na presença concomitante de coma sem resposta ao estímulo externo, inexistência de reflexos do tronco encefálico e apneia. Em relação à atuação do enfermeiro, na prática profissional brasileira, destacam-se o  coordenador de transplante. O enfermeiro clínico é aquele que cuida dos pacientes em geral, que também assiste ao doente candidato ao transplante ou o transplantado. Assiste às famílias também de uma maneira geral. O enfermeiro coordenador de transplante é aquele que atua especificamente na área da doação, na identificação do PD (potencial doador), o acompanhamento do exame clínico, a manutenção hemodinâmica, assistência ‘a família, entrevista familiar, coordenação de sala cirúrgica e liberação do corpo, além de ser muito importante na educação permanente da instituição, buscando treinamento constante do assunto. Estar com a família  é uma situação extremamente difícil vivenciado pelo enfermeiro. Nesse instante, o profissional encontra-se numa situação muito delicada no quesito respeitar a dor da perda dos familiares, porém o profissional deve explicitar o real sentido da doação, dando assim o direito de decisão. Concluímos que o enfermeiro tem um importante papel a desempenhar no processo de Doação de órgãos. O Conselho Federal de Enfermagem preconiza ao enfermeiro responsável pelo processo de doação de órgãos o planejamento, execução, coordenação, supervisão e avaliação dos procedimentos de Enfermagem prestados ao doador. Esse profissional também fica responsável por planejar e implementar ações que visem a otimização de doação e captação de órgãos e tecidos para transplante. Sua atuação vai desde educar a respeito da doação de órgãos e tecidos até a manutenção do potencial doador e/ou doador elegível, e provisão de cuidados aos pacientes submetidos a transplante. 

1980 IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - (SAE) EM UMA CASA DE APOIO FUNDAMENTADA PELA TEORIA DE WANDA HORTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Anny Michelly Coelho do Nascimento, Ana Karolina Rodrigues da Silva, Alex Mariano Rosa da Silva, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Gonçalves de Oliveira

IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - (SAE) EM UMA CASA DE APOIO FUNDAMENTADA PELA TEORIA DE WANDA HORTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Anny Michelly Coelho do Nascimento, Ana Karolina Rodrigues da Silva, Alex Mariano Rosa da Silva, Zilmar Augusto de Souza Filho, Beatriz Gonçalves de Oliveira

Introdução: A importância de um trabalho organizado e sistematizado de enfermagem foi confirmada pela resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem- COFEN que dispõe sobre a obrigatoriedade da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em instituições públicas e privadas. Trata-se de um método científico cuja finalidade é oferecer subsídios e organizar o trabalho profissional da enfermagem através de um processo de enfermagem estruturado em cinco etapas: 1) Coleta de dados de enfermagem/histórico de enfermagem, 2) Diagnóstico de enfermagem, 3) Planejamento assistencial, 4) Implementação da assistência de enfermagem e 5) Avaliação/evolução.  A SAE visa a implantação de uma teoria de enfermagem na prática profissional, por isso, o primeiro passo para implantá-la é escolher uma teoria de enfermagem e depois aplicar o processo de enfermagem para colocar em prática a teoria escolhida. Para a implantação da SAE na Casa de Apoio foi escolhida a Teoria Das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, fundamentada na Teoria de Maslow, na qual a enfermagem constitui-se um instrumento de assistência ao homem em suas necessidades básicas de nível psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual para mantê-lo em equilíbrio, prevenindo ou revertendo desequilíbrios.  Objetivo: relatar a experiência da implantação da SAE individualizada e humanizada na casa de apoio de São Paulo de Olivença  localizada no município de Manaus- Amazonas tendo como referencial a Teoria Das Necessidades Humanas Básicas De Wanda Horta e o Diagnósticos de Enfermagem (DE). Método: trata-se de um estudo do tipo relato de experiência sobre a implantação da SAE na Casa de Apoio de São Paulo de Olivença, vivenciada por uma equipe composta por uma enfermeira, um enfermeiro responsável técnico, uma acadêmica do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), uma acadêmica do curso de enfermagem da Universidade do Norte (UNINORTE) e trinta clientes. A referida instituição de saúde recebe, acolhe e presta assistência de enfermagem integral aos clientes. Estes são encaminhados à Casa de Apoio em Manaus quando são diagnosticados com patologias que necessitam de avaliação médica especializada, tratamento, intervenção cirúrgica e exames específicos. Com intuito de oferecer uma assistência organizada e sistematizada a essa clientela, o enfermeiro responsável técnico estabeleceu que a SAE deveria ser implantada para buscar identificar as necessidades humanas básicas dessa clientela e posteriormente atendê-las. O trabalho iniciou- se em setembro de 2017 e foi concluído no início do mês de dezembro do mesmo ano com a implantação da SAE e pode ser descrito em cinco passos. O primeiro passo foi realizar uma reunião com a equipe para planejamento, discussão e definição de como a SAE seria implantada. No segundo passo os enfermeiros realizaram busca em base de dados científicos para construção de um questionário que contemplasse as seguintes informações: situação sócio-econômica, fatores de risco para doenças cardiovasculares, histórico familiar, alimentação, imunização, uso de medicações, avaliação médica anual, queixa principal e exame físico.No terceiro passo já com o questionário construído, os enfermeiros e acadêmicas se reuniram para discutir se o mesmo atendia às necessidades da clientela, para sua posterior aplicação. No quarto passo iniciou-se a aplicação do questionário, os clientes eram convidados a comparecer à sala destinada a consulta de enfermagem, onde eram entrevistados pelos enfermeiros e acadêmicas, de forma individual sendo respeitada a sua privacidade. Depois de se alcançar o número total de 30 clientes, as informações eram arquivadas em base de dados do Microsoft Word, foi criada uma pasta de arquivo para cada cliente contendo suas informações pessoais para posterior consulta,análise e consequentemente dar continuidade ao processo de enfermagem que passaria a ser executado.  No quinto passo: iniciou-se o trabalho de criação do plano de cuidados para cada cliente, seguido por sua implementação e por fim, a avaliação de cada cliente.Resultados e/ou impactos: Percebeu-se que a partir do processo de implantação da SAE na Casa de Apoio segundo a teoria de Wanda Horta que é baseada na satisfação das necessidades humanas básicas do homem, houve os seguintes ganhos:início de uma  relação de confiança entre a equipe e os clientes (nível psicossocial), antes quase inexistente, essa confiança gerou aproximação e permitiu os meios favoráveis para coletar, organizar, analisar e interpretar seus dados e  com isso  dar um passo  indispensável  para a implantação  da SAE. Melhoria na assistência à saúde dos clientes (nível psicobiológico), pois estes passaram a receber cuidados de qualidade em um tempo cada vez menor, porém, com eficiência e eficácia.  Além disso, a implantação da SAE comprovou seus benefícios através do auxílio na definição correta dos diagnósticos de enfermagem,classificando-os como real(que efetivamente existia)ou potencial(que poderia desenvolver-se em vista da vulnerabilidade do cliente), prevenindo erros e realização de ações e procedimentos desnecessários,  auxiliou no controle dos recursos financeiros, diminuindo gastos gerados por erros de cálculos e desperdício de tempo, resultantes de um ambiente de trabalho desorganizado, contribuiu para tomada de decisões relacionadas a definição de prioridades e por  fim, no estabelecimento da principal meta a ser atingida: uma assistência de enfermagem com qualidade através de um plano de cuidados que na prática fosse eficaz e demonstrasse a assistência individualizada ao cliente, alcançando resultados positivos que contemplassem essas pessoas em suas necessidades e capacidades de nível psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual. Considerações finais: É inegável que a SAE desempenha um papel fundamental na rotina diária do enfermeiro, pois é uma ferramenta que direciona as ações de intervenção de enfermagem, apoiando a organização, o planejamento e a execução do cuidado. Constitui o alicerce indispensável para entender os problemas de cada cliente e oferecer um cuidado individualizado de qualidade, afirmação reforçada pela Lei 272/2002 que diz que a implantação da SAE constitui melhoria para a qualidade da assistência. Portanto apesar da rejeição por parte de muitos enfermeiros por considerá-la falha e impraticável, a SAE tem se mostrado poderosa aliada na prestação do cuidado de excelência. Enfim, ressaltamos que maior do que os entraves e as dificuldades encontradas para a implantação da SAE, foi a plena satisfação relatada verbalmente pelos clientes, associada aos resultados positivos alcançados. Sem dúvida a experiência se transformará em prática contínua.

2454 COMUNICAR É PRECISO: USANDO O MÉTODO SBAR PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO CUIDADO NO CENÁRIO DE IETC
Nátali Vidal Rocha, Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Carla Oliveira Souza da Silva, Joelma de Rezende Fernandes

COMUNICAR É PRECISO: USANDO O MÉTODO SBAR PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO CUIDADO NO CENÁRIO DE IETC

Autores: Nátali Vidal Rocha, Weslley dos Passos Verissimo, Tayná Lívia do Nascimento, Carla Oliveira Souza da Silva, Joelma de Rezende Fernandes

INTRODUÇÃO: Desde Florence Nightingale que se assume a importância da comunicação oral como essencial à continuidade dos cuidados. A fim de centrar os cuidados na pessoa torna-se fundamental encontrar formas de comunicação e utilizar uma linguagem em que a pessoa esteja presente, sob pena de se uniformizar as situações que se pretendem descrever. A passagem de plantão em enfermagem assegura a continuidade de cuidados, pela transmissão verbal de informação. Assim é necessário desafiar os enfermeiros a compreender a importância da informação a transmitir, do tempo necessário e dos comportamentos a promover. Na experiência do IETC no cenário do Pronto Socorro e na UPA percebemos a necessidade da informação clara, sem equívocos e sistematizada, de modo a evitar a banalização deste momento, contribuindo para a continuidade e qualidade do cuidado e a segurança do paciente. Quando um hospital recebe um paciente, a principal preocupação da instituição é que ele não seja colocado em risco durante o cuidado. Os profissionais devem criar estratégia para garantir uma comunicação efetiva e segura e o método SBAR (Situação; Background – história prévia; Avaliação; Recomendação) é uma tática que fornece estrutura para comunicação entre os profissionais a respeito da situação e da condição do paciente. JUSTIFICATIVA: estudos apontam que falha no trabalho em equipe e na comunicação entre os profissionais de saúde tem sido um dos principais fatores que contribuem para os erros e eventos adversos e a diminuiçãoda qualidade dos cuidados. Essa técnica usada numa unidade de pronto socorro contribui para a segurança do paciente e a comunicação eficaz entre os profissionais de enfermagem. OBJETIVO: construir um instrumento de passagem de plantão para unidades de emergências baseado método SBAR. METODOLOGIA: serão três etapas: 1) Realizar reuniões com a direção de enfermagem, presidente do núcleo de segurança do paciente e a coordenação do ano, sugerindo o método SBAR como estratégia para melhorar a comunicação, visando segurança do paciente, durante as atividades de IETC; 2)Realizar um levantamento bibliográfico acerca da utilização da metodologia SBAR e sua implicação para a segurança do paciente; 3)Elaborar um instrumento de padronização de comunicação com o método SBAR. RESULTADO E DISCUSSÃO: implantar essa metodologia nas unidades de emergência entre as equipes de enfermagem visando o cuidado seguro com informações claras e objetivas priorizando o registro de informações pontuais, e indispensáveis à continuidade da assistência, através segurança das informações transmitidas. CONCLUSÃO: o trabalho da equipe de saúde é complexo e a comunicação efetiva é o ponto-chave, portanto a adoção de estratégias para melhoria da comunicação da equipe representa desafio que requer mudança na cultura de segurança do paciente nas organizações de saúde. 

2838 A aplicabilidade da SAE por acadêmicas de Enfermagem em uma clínica cirúrgica de um Hospital Oncológico: um relato de experiência.
Monique Lameira Araújo Lima Lima, Camila Leão do Carmo, Marcia Cristina Souza da Cruz, Maridalva Ramos Leite

A aplicabilidade da SAE por acadêmicas de Enfermagem em uma clínica cirúrgica de um Hospital Oncológico: um relato de experiência.

Autores: Monique Lameira Araújo Lima Lima, Camila Leão do Carmo, Marcia Cristina Souza da Cruz, Maridalva Ramos Leite

INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um método que organiza, qualificando assim o cuidado prestado pela equipe de enfermagem, atendendo as necessidades do paciente. Desse modo, foi aplicado a SAE, seguindo os preceitos de NANDA, NIC e NOC. OBJETIVOS: Relatar a experiência de 02 alunas do curso de graduação em enfermagem ao aplicar a sistematização da assistência de enfermagem, segundo Taxonomia I de NANDA a pacientes oncológicos de uma clínica cirúrgica. MÉTODO: Para esse estudo, utilizou-se a metodologia qualitativa, por meio do relato de experiência das autoras ao realizar a prática da assistência de enfermagem na clínica cirúrgica. Foram aplicadas as etapas da SAE: Histórico de enfermagem; Diagnóstico de enfermagem; Planejamento de enfermagem; Implementação e Avaliação. Esse relato emerge a partir das atividades realizadas na disciplina Introdução à Enfermagem, que ocorreu em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia, referência na assistência a pacientes com câncer e doenças crônico degenerativas na Região Norte, localizado no município de Belém. RESULTADOS: A aplicação da SAE possibilitou a real experiência prática e evidenciou a importância da utilização desta ferramenta para intensificar o cuidar/cuidado o qual é o núcleo da prática cotidiana de enfermagem. Dessa forma, verificou-se que o enfermeiro necessita de conhecimento instrumental, conceitual e técnico para abordar a prática da SAE a qual permite a manifestação de diversas características e o surgimento de seus métodos e instrumentos de trabalho. CONCLUSÃO: Diante da vivência das acadêmicas com o enfermeiro, verificou-se a importância da utilização da Sistematização da Assistência na prática diária do cuidar, promovendo o conhecimento e a habilidade prática do uso da SAE na futura profissão, tornando assim, esta vivência de extrema importância para acadêmicos de enfermagem, visto que, ela viabiliza um olhar minucioso das necessidades dos pacientes, promovendo assim, um cuidado melhor e mais humanizado preconizado nas diretrizes do Sistema Único de Saúde. Assim sugere-se a criação de novos Hospitais Escola e Hospitais Universitários para promover esta e outras experiências aos acadêmicos e futuros profissionais.

3052 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RELACIONADO A QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA HEMODIÁLISE
Keila Cristina Félis, Iel Marciano de Moraes Filho, Eliane Arantes de Freitas, Edilaine Arantes de Freitas, Maria de Fátima dos Santos, Osmar Pereira dos Santos, Rodrigo Marques da Silva, Thaynnara Nascimento dos Santos

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RELACIONADO A QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA HEMODIÁLISE

Autores: Keila Cristina Félis, Iel Marciano de Moraes Filho, Eliane Arantes de Freitas, Edilaine Arantes de Freitas, Maria de Fátima dos Santos, Osmar Pereira dos Santos, Rodrigo Marques da Silva, Thaynnara Nascimento dos Santos

Introdução: As doenças crônico-degenerativas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), proporciona uma etiologia duvidosa, apresentando vários fatores de risco, vastos períodos de latência, caminho contemporizado, preponderância não infecciosa, estando conexas às deficiências e inabilidades funcionais. O seu caminho clínico é modificado ao longo do tempo, com prováveis períodos de agudização, podendo provocar inabilidades ao indivíduo. A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é considerada um problema de saúde pública, carecido ao elevado índice de sua prevalência entre a população e ao seu impacto na morbimortalidade dos indivíduos vítimas de tal patologia. A IRC é caracterizada pela a perda progressiva da função renal e se não tratada pode levar o indivíduo ao óbito. Deste modo, prologar a vida, é possível através da busca de tratamentos permanentes por parte de cada indivíduo. Isto é o que ocorre com o paciente portador das IRC, que através da hemodiálise e do transplante renal, passando a ter uma melhor qualidade de vida. O diagnóstico de uma doença é algo incerto e de aceitação complexa para os indivíduos de um modo geral, ocasionando aos seus portadores diversas reações como medo, fuga, rejeição, pena, entre outras. Hoje em dia a doença crônica tem-se manifestado com maior assiduidade pelo fato de existir vários atores, entre eles, os avanços nos processos diagnósticos e terapêuticos que admitem uma maior sobrevivência. Atualmente, existe uma crescente preocupação com a condição da assistência do enfermeiro, em cuidados individuais e integral a estes pacientes, compreendendo atuações interpessoais na prática do cuidado que vai além do simplesmente tecnicista, tem se contornado o alvo de pesquisas abrangendo o enfermeiro. O enfermeiro é um profissional que tem bastante contato com o paciente, portanto este paciente julga as organizações pela qualidade do trabalho da enfermagem. O paciente submetido ao tratamento através da hemodiálise necessita de um cuidado humanizado e a implementação da SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), objetiva ajudar no plano de cuidados prestado aos pacientes submetidos a hemodiálise. É importante que os indivíduos com IRC submetidos a hemodiálise, tenham uma assistência adequada e de qualidade por parte do enfermeiro, contribuindo assim na diminuição da alta taxa de morbidade e mortalidade analisada nesta população. Objetivo: Compreender a importância da assistência de enfermagem, voltada a qualidade de vida do paciente renal crônico. Materiais e Método: estudo do tipo exploratório, bibligráfico com análise integrativa, qualitativa da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais. Resultados: identificou-se que o enfermeiro tem papel fundamental em ajudar o paciente a ter uma expectativa de melhorar a qualidade de vida, orientando o paciente a viver com seus limites e acompanhando a evolução do tratamento. Considerações finais: A qualidade de vida dos pacientes com doença crônica renal é de grande importância, especialmente no que diz respeito ao impacto da doença em suas vidas, cabe ao enfermeiro, estimular a autonomia dos pacientes renais crônico por meio de estratégias que promovem o autocuidado, constituindo uma relação de confiança com a equipe através de um vínculo terapêutico.

3150 Papel da assistência de enfermagem dentro da classificação dos cuidados ao paciente de alta complexidade
Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Monica Karla Vojta Miranda, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, JOCILÉIA DA SILVA BEZERRA, Mariane Santos Ferreira

Papel da assistência de enfermagem dentro da classificação dos cuidados ao paciente de alta complexidade

Autores: Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Monica Karla Vojta Miranda, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, JOCILÉIA DA SILVA BEZERRA, Mariane Santos Ferreira

Apresentação: O atendimento de alta complexidade é considerado aquele que envolve um grande aparato tecnológico, assim como uma equipe multiprofissional cujo intuito é desenvolver meios para que o paciente recupere sua saúde no menor tempo possível, sem danos que possam interferir na sua vida no momento que receber alta hospitalar. A hospitalização e uma experiência nada agradável ao paciente. O paciente internado na unidade de terapia intensiva pode apresentar vários distúrbios devido ao estado que se encontra dos quais podemos citar: a perda da autonomia, desequilíbrio emocional e do sono, estresse, ansiedade entre outros. A longa duração de um cliente internado pode gerar vários inconvenientes, em função do período de internação, do risco de infecção hospitalar e do aumento dos custos para a instituição. A eficácia da assistência é um componente determinante para assegurar a redução e controle dos distúrbios a que o paciente estará exposto enquanto estiver internado. Diante disso, é essencial ações conjuntas, que visem o controle e regulamentação das atividades em saúde que são importantes para identificar antecipadamente as eventualidades que afetam o paciente e dessa forma evitar outros problemas de saúde.É importante destacar que a equipe de multidisciplinar, especialmente, a equipe de enfermagem deve identificar os problemas que o paciente possa apresentar, tanto físicos quanto emocionais, intervindo de forma terapêutica, possibilitando um período de internação com as mínimas complicações possíveis. Dentre as funções do enfermeiro na unidade de atendimento de alta complexidade, destaca-se a admissão, a avaliação por meio da anamnese, exame físico e história pregressa, além de elaborar intervenções e planos de cuidado através da SAE, bem como também gerenciar a unidade. Considerando isso a assistência de enfermagem é crucial no atendimento intra-hospitalar, pois realizar a manutenção de recursos humanos, para que os cuidados feitos ao pacientes tenham qualidade. Visando a melhoria da assistência, a equipe de enfermagem passou a contar com instrumentos que permitem a classificação da complexidade dos cuidados com o pacientes, favorecendo assim a divisão dos profissionais para efetivar os cuidados ao cliente sem sobrecarregar os profissionais que trabalham na unidade de internação. A adoção de medidas desse tipo permite uma melhor gestão de recurso humanos, ponderando que a demanda de pacientes que precisam de cuidados é superior ao número de profissionais preconizado pelo ministério da saúde para realizar assistência. No Brasil, a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP) é uma das classificações adotadas por alguns hospitais e visa a categorizar o grau de complexidade dos pacientes, considerando os cuidados assistências como cuidados mínimos, intermediários, de alta dependência, semi-intensivos e cuidados intensivos. Ademais considera parâmetro como a integridade cutâneo-mucosa, comprometimento tissular, curativo e tempo de utilização dos curativos. Desse modo este estudo tem por objetivo avaliar o nível de complexidade dos cuidados assistenciais em pacientes de uma unidade de terapia intensiva. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, transversal de cunho quantitativo. O período em que ocorreu o estudo foi entre novembro e dezembro de 2017 durante o estágio supervisionado de UTI dos acadêmicos do ultimo semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. O campo de estudo foi a unidade de terapia intensiva para adultos, de um hospital considerado referência para o tratamento de problemas de saúde com alta complexidade, localizado no município de Santarém-Pará. A unidade de terapia intensiva é composta por vinte leitos, sendo dois isolamentos e dezoito leitos normais. A unidade de internação é dividida em duas alas, compreendendo dez leitos cada uma delas. Fizeram parte deste estudo apenas os pacientes internados na ala A desta unidade de internação, totalizando dez participantes. Os dados foram obtidos através de uma ficha estruturada, elaborada e preenchida pelos próprios acadêmicos, composta por seis variáveis sendo: idade, sexo, tempo de internação, patologia, cidade de domicílio e o score de Fugulin ( sistema de classificação do paciente).Optou-se por utilizar essa ficha de classificação pois tem como finalidade avaliar cada um dos pacientes considerando parâmetros importantes que permite   traçar o plano de cuidado destinados a cada paciente através do grau de complexidade do mesmo.A analise se deu atraves da estatística descritiva, os coletados foram tabulados e analisados no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: Observou-se que a média de idade dos participantes foi de 59 anos, quanto ao sexo 60% são do sexo feminino, em relação à cidade de domicílio 60% não eram de Santarém, quanto ao período de internação varia entre 5 dias e 149 dias, sendo que 70% dos pacientes apresentavam tempo de internação superior a 30 dias.Diante disso, é sabido que o fato de está em outra cidade interfere no bem estar psíquico do paciente, principalmente para pacientes do sexo feminino, tendo em vista que devido a continuidade tratamento se viu forçada a deixar sua casa, família e filhos em outra cidade. Ademais, isto influência diretamente na resposta do organismo deste paciente, considerando que a família é um dos principais pilares no que diz respeito ao apoio emocional e amparo psicológico na luta contra o seu estado patológico.Em relação à doença 100% dos pacientes estavam acometidos por mais de duas patologias graves, sendo que 60% apresentavam insuficiência renal aguda e 40% insuficiência cardíaca, e isso demonstra o quanto se faz necessário a assistência da equipe de enfermagem,haja vista que são doencas que requerem do profissional enfermeiro uma atenção maior e cuidado mais especifico, uma vez que qualquer falha pode causar danos irreversíveis ou até o óbito do paciente.Quanto a classificação de complexidade 70% foram classificados em cuidados intensivos e 30% em cuidados semi-intensivos isso demonstra o quanto é fundamental o dimensionamento da equipe de enfermagem dentro da unidade de terapia intensiva,para manter o equilíbrio entre os profissionais da equipe de enfermagem e uma assistência eficaz.    Considerações finais: Os dados são contundentes em relação ao tipo de cuidado que deve ser realizado ao paciente, considerando que a maioria foi classificada como cuidados intensivos, isto se deve ao grau de comprometimento da saúde do paciente e quanto ele esta debilitado. Diante disso, torna-se fundamental a assistência de enfermagem para a melhora do paciente, tendo em vista que são estes profissionais os responsáveis de elabora um plano terapêutico cuja a finalidade é melhorar a saúde deste paciente.Em relação ao tempo de internação é fundamental o papel da família para a recuperação do paciente através de visitas e o apoio emocional , uma vez que pacientes que encontram-se a mais de um mês internados estão mais suscetíveis a desenvolver problemas psicológicos,infecção hospitalar,além da piora do quadro patológico.Outro ponto a ser considerando está relacionado a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP), uma vez que este instrumento viabiliza uma melhor distribuição de insumos e recursos humanos dentro da unidade,oportunizando ao cliente uma melhor assistência e a equipe enfermagem o equilíbrio evitando a sobrecarga de alguns profissionais. No entanto é essencial que em pesquisas futuras procure associar a classificação do paciente com contingente de enfermeiros assistencialistas da unidade, tendo em vista que apesar da escala de Fugulin ser um instrumento muito bom por ajuda a gerenciar os cuidados na unidade de nada adianta se o número de trabalhadores for muito inferior ao preconizado pelo ministério da saúde e pelo COFEN.

3575 Avaliação da função renal em diabéticos usuários da atenção básica em saúde na prática clínica do enfermeiro.
Valdir Soares da Costa Neto, Vanessa Araújo Duarte da Silva, Laurimar Vinhote de Souza, Dayse de Azevedo Mendes, Natalí Magno de Deus e Silva, Marcos David de Souza Monteiro

Avaliação da função renal em diabéticos usuários da atenção básica em saúde na prática clínica do enfermeiro.

Autores: Valdir Soares da Costa Neto, Vanessa Araújo Duarte da Silva, Laurimar Vinhote de Souza, Dayse de Azevedo Mendes, Natalí Magno de Deus e Silva, Marcos David de Souza Monteiro

Apresentação: O estudo trata da avaliação da função renal de diabéticos usuários de uma Unidade Básica de Saúde por meio da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) realizada durante a consulta de enfermagem. Uma das formas de avaliar a função renal em pacientes diabéticos é a partir do cálculo da Taxa de Filtração Glomerular, por ser simples e de baixo custo além de apresentar melhores índices de avaliação da função dos rins que outras medidas. A enfermagem por possuir compromisso com a qualidade de vida torna-se protagonista no cuidado com os usuários diabéticos, sendo que o enfermeiro pode, nas consultas de enfermagem, recrutar esses usuários para realizar uma abordagem holística e agir na identificação precoce de lesão renal, visto que, quanto mais cedo for rastreada a lesão, maiores as chances de se promover o retardamento da doença. Assim, o objetivo destes trabalho é avaliar a função renal dos usuários diabéticos a partir da Taxa de Filtração Glomerular e fatores associados à sua diminuição. Por meio desta pesquisa é possível que o enfermeiro identifique diabéticos com lesão renal e trace um perfil de saúde, permitindo assim estimar a saúde renal dos diabéticos no município de Parintins-Amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Foi avaliada a função renal dos pacientes diabéticos a partir do cálculo da Taxa de Filtração Glomerular. Estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados durante as consultas de diabetologia com usuários, atendidos por profissionais enfermeiros e médicos, cadastrados na Unidade Básica de Saúde Mãe Palmira, sendo esta escolhida por ser uma das unidades com maior demanda de diabéticos na cidade de Parintins-Amazonas. Os 215 usuários diabéticos cadastrados foram acompanhados durante as consultas, dos quais foi selecionada a amostra do estudo composta por 32 participantes. Os dados foram coletados a partir de um instrumento onde foram consideradas as seguintes variáveis: sexo, idade, cor de pele, etilismo, tabagismo e atividade física. Ao prontuário utilizou-se os últimos dados registrados: peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC) calculado pela fórmula da razão entre o peso (quilogramas) e o quadrado da altura (metros), sendo classificado da seguinte forma: normopeso, sobrepeso, obesidade grau I, grau II e mórbida; 3 últimos valores da pressão arterial (média dos três valores acima de 140x90mmHg considerou-se pressão não controlada). Três últimos valores da glicemia (média dos três valores acima de 130 foram considerados glicemia não controlada). A TFG foi calculada por meio da fórmula de Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) que considera a idade, sexo, cor da pele e creatinina sérica. Foram considerados para avaliação da função renal os estágios da Doença Renal (DR) estimada pela TFG em mL/min. No estágio 1 a TFG deve ser ≥ 90 (TFG normal); no estágio 2, a TFG deve estar entre 60 – 89 (TFG reduzida). O Estágio 3A apresenta TFG entre 45 – 59 (TFG moderadamente reduzida) e o 3B, entre 30 – 44 (TFG marcadamente reduzida). Da mesma forma, no Estágio 4, a TFG encontra-se entre 15 – 29 (gravemente reduzida) e no Estágio 5, menor que 15 mL/min/1,73m² (insuficiência renal). As variáveis relacionadas a diminuição da TFG foram variáveis sociodemográficas, clínicas, nutricionais e estilo de vida. Para análise estatística utilizou-se teste T Student e teste Qui-Quadrado. Resultados e/ou impactos: No presente estudo constatou-se que 50% dos usuários diabéticos apresentam algum grau de comprometimento renal e que necessitam de acompanhamento nas unidades básicas de saúde para estabelecer medidas de lentificação da progressão da doença. Predominou o sexo feminino, 84% dos participantes, e idade entre 50-55 anos. O consumo de bebidas alcóolicas predominou em 100% dos participantes da pesquisa. Quanto as variáveis clínicas e laboratoriais, 84% dos participantes são diabéticos do tipo II, 59% estão com a pressão arterial descontrolada. Quanto ao controle glicêmico, 62% estão com a glicemia descontrolada. Do total de 32 usuários, 50% estão classificados no Estágio 1; 43,8% estão no estágio 2; 3,1% estão no estágio 3A e 3,1% estão no estágio 3B. A média de idade foi de 59,5 (±10,8) e da creatinina sérica 0,79 (±0,18). A análise bruta e ajustada das variáveis associadas à diminuição da Taxa de Filtração Glomerular, pode-se observar que do total de usuários, 13 são mulheres e 2 são homens que apresentam a TFG diminuída (<90ml/min). Na comparação entre médias de idade os usuários com a média de 65 anos de idade apresentaram Taxa de Filtração Glomerular diminuída, a partir do teste verificou-se que a idade avançada é um fator relevante relacionado a diminuição da TFG. Quanto aos 62% dos participantes com valores da glicemia descontrolada, 09 deles possuem TFG diminuída. E as pessoas com pressão arterial descontrolada, esses valores encontrados não diferem estatisticamente, não tendo relação com a diminuição da TFG. Ao tipo de diabetes, os diabéticos do tipo II é o grupo que mais apresenta diminuição da Taxa de Filtração Glomerular. Quanto a creatinina sérica, a média para os usuários com TFG diminuída foi de 0,92 e dos com TFG normal foi de 0,67. Sendo assim, a Taxa de Filtração Glomerular apresentou-se desfavorável em idosos, tabagistas e usuários com creatinina elevada. Conclusão: No presente estudo constatou-se que 50% dos usuários diabéticos, apresentam algum grau de comprometimento renal e que necessitam de acompanhamento nas unidades básicas de saúde para estabelecer medidas de lentificação da progressão da doença. Torna-se necessário que o enfermeiro utilize a Taxa de Filtração Glomerular para a avaliação renal dos pacientes nas unidades básicas de saúde. Embora a TFG seja um método eficaz e que apresente melhores índices durante a avaliação da função renal em pacientes diabéticos, sua eficiência e eficácia dependerá da responsabilidade profissional, da gestão de qualidade e de cuidados e do desenvolvimento de aprendizagens pelo enfermeiro. Contudo, é necessário implantar campanhas educativas, mais efetivas, na tentativa de prevenir e retardar complicações renais, assim como reforçar as medidas protetivas para rastrear usuários diabéticos portadores de lesão renal. Sendo assim, o enfermeiro da atenção básica, como agente responsável pela qualidade de vida dos usuários, precisa estar atento para esse grupo de risco, realizando anualmente o cálculo da Taxa de Filtração Glomerular juntamente com o exame de creatinina, para avaliar a sua função renal e promover melhor qualidade de vida a esta população.

4252 CONSTRUÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM: FORTALECIMENTO DA INTERAÇÃO ENSINO SERVIÇO
Ana Carla Ferreira Picalho, Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane Dos Santos Valério, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves

CONSTRUÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM: FORTALECIMENTO DA INTERAÇÃO ENSINO SERVIÇO

Autores: Ana Carla Ferreira Picalho, Andrea Paradelo Ribeiro, Thais Nayara Soares Pereira, Taciane Dos Santos Valério, Josué Souza Gleriano, Lucieli Dias Pedrechi Chaves

Uma das formas de nortear práticas de uma organização é o uso de manuais que reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informações necessárias para a execução das ações de saúde. As informações podem estar agrupadas em um único manual ou divididas de acordo com sua finalidade para subsidiar treinamento e supervisão da gestão e dos responsáveis técnicos. Estudos apontam que a prática orientada por instrumentos que norteiam o trabalho, reduz o risco de eventos adversos, favorece uma atualização e revisão dos processos, conduz a uma exigência nacional e internacional de consenso, garante as exigências dos órgãos fiscalizadores e uma proteção institucional de processos jurídicos de pacientes e trabalhistas. Diante da busca pela eficiência e eficácia a universidade deve ter o compromisso de estimular a construção e a troca de conhecimentos, assim como de capacitar os envolvidos de forma permanente e, um dos meios para essa concretização é a extensão universitária, que se configura como um processo educativo e científico. Ao desenvolvê-la obtém-se um conhecimento que viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade e vice-versa. A extensão possibilita a experiência na sociedade, uma práxis de um conhecimento acadêmico que não se basta em si mesmo, esta alicerçado numa troca de saberes entre os saberes populares e pesquisadores acadêmicos que têm por objetivo produzir e aplicar ciência. Muitas vezes há, nessas práticas, confronto e desse espaço pode surgir novos saberes produzidos pelo diálogo entre a comunidade científica e a população, oportunizando ao aluno a obtenção de uma formação crítica e construtiva, além da experiência de construção de saberes. O objetivo deste trabalho é relatar a interação ensino serviço na elaboração do Manual de Procedimentos de Enfermagem. A construção do manual de procedimentos de enfermagem foi articulada com o curso de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Tangará da Serra e Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito do município de Tangará da Serra – MT, no período de 2015 e 2016, e utilizou o espaço físico das salas de aula, laboratórios de informática, biblioteca da universidade e do centro cultural. Os dados levantados para esse relato são dos relatórios de prestação de contas à Pro Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC/UNEMAT) das fases de formação do grupo de trabalho, cursos de qualificação do corpo discente, docente e de profissionais do serviço provenientes do hospital municipal e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). O produto construído foi uma demanda do serviço de saúde do município e das reflexões das reuniões de campo prático do corpo docente, que observaram a distância do conhecimento teórico apresentado em sala de aula e como se executava as práticas no campo de estágio dos acadêmicos. O primeiro passo estabelecido foi uma reunião com as organizações para elaboração de um cronograma, que aconteceu no mês de dezembro de 2015 e definiu-se a equipe técnica – Staff responsável pelo acompanhamento das fases de construção do manual com interação entre a equipe que conduziu a elaboração. Nos encontros dessas equipes percebeu-se o conhecimento das rotinas das unidades e a construção de um material aplicável à prática. A inclusão dos alunos foi por meio de processo de seleção. A validação interna da necessidade apresentada pelo serviço e percebida pelos docentes da universidade foi testada por ferramentas de identificação, formulação, priorização e análise do problema situacional, que identificou a necessidade do produto e reconheceu que era necessária uma homogeneidade na equipe, por isso, propôs-se a formação do pessoal, por meio de dois cursos. O primeiro abordou os Conceitos para Elaboração de Manuais e Protocolos para os Serviços de Saúde (12h) e possibilitou apresentar aos profissionais de saúde da rede de assistência e acadêmicos do curso de enfermagem e administração, do Campus Tangará da Serra, conceitos necessários para a elaboração de protocolos e manuais em específico para os serviços de saúde. Foi estratégica a aproximação das áreas de atuação dos profissionais no cenário de reflexão na modalidade de grupo técnico e a reflexão da importância desse material para os serviços. Nesse curso houve uma atividade de dispersão que compôs a construção de um fluxo de assistência dos serviços que direcionou a atividade do segundo curso que abordou os Conceitos e a prática da Busca de Materiais Científicos, Consensos das Sociedades Brasileiras e do Ministério da Saúde (12h). Nesse curso foram apresentados os conceitos sobre organização de uma empresa: Organogramas, Fluxogramas, Cronogramas, Departamentalização e Rotinas, aplicados na modalidade de estudo de caso. A apresentação dos principais modelos de pesquisas clínicas: como estruturá-los, com ênfase em testes diagnósticos, ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas, análises econômicas, avaliações tecnológicas e os caminhos para uma prática sistematizada de avaliação crítica da literatura das melhores revistas e teses, incluindo estudos sobre tratamento, diagnóstico, prognóstico e análise econômica, sistematizando a importância de uma boa busca para a elaboração de um manual. Por último foi apresentado, as normas da ABNT para a confecção de documentos. A população desses dois cursos totalizou 25 participantes. Após a formação da equipe (docentes, discentes, instituições solicitantes, responsáveis técnicos e profissionais) detalhou-se o plano de trabalho desenvolvido por meio do cronograma do projeto, atividades a serem realizadas, prazos previstos e cumprimento de cada passo. A equipe reunia-se quinzenalmente com as câmaras técnicas e mensalmente com o grupo técnico staff. A definição da metodologia para elaboração do Manual de Procedimentos de Enfermagem foi por construção coletiva com os profissionais que atuam em cada fluxo de trabalho no intuito de minimizar as resistências para a implementação, bem como estratégia de aprendizado, tanto do processo organizacional em si para permitir possíveis atualizações do manual. A padronização dos processos e procedimentos em todas as unidades foi eixo primordial para que os procedimentos fossem redesenhados. A estrutura do manual seguiu como base as normas da ISO 9000 e ABNT. Foram detalhados 77 procedimentos de enfermagem, que seguiu após conclusão do produto consulta pública aos profissionais do hospital e revisão técnica pela professora da disciplina de semiologia/semiotécnica do curso de enfermagem. Percebe-se que a proposta resultou em frutos para as organizações que se envolveram nessa cooperação. A interação entre os autores, mesclando docentes, discentes e profissionais de saúde proporcionou novas experiências e troca contínua de conhecimento, formando um espaço de educação permanente. Os desafios para a operacionalidade prática desse produto são grandes, pois requer mudanças comportamentais e culturais, porém isso esta sendo analisado em uma pesquisa que acompanha o processo de implantação. Em suma, o produto elaborado é guia para a disciplina de semiologia/semiotécnica o que articula cada vez mais a implantação do manual no serviço, visto que os alunos fazem suas práticas nesse hospital.

4492 CUIDADO DE ENFERMAGEM AO POLITRAUMATIZADO COM GLASGOW 03 COM POTENCIAL PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃO
Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Stéfany de Albuquerque Braga, Bruna da Silva Simões, Karla Christina Bernardes, Hernou Oliveira Bezerra, Paulo Henrique Lira Matos, Auriane Bessa da Silva

CUIDADO DE ENFERMAGEM AO POLITRAUMATIZADO COM GLASGOW 03 COM POTENCIAL PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃO

Autores: Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Stéfany de Albuquerque Braga, Bruna da Silva Simões, Karla Christina Bernardes, Hernou Oliveira Bezerra, Paulo Henrique Lira Matos, Auriane Bessa da Silva

No Brasil estima-se que cerca de 1.000 brasileiros morrem por trauma a cada ano, destes, sua grande maioria são por traumatismos cranioencefálicos (TCE), dependendo da intensidade, local e extensão da lesão entre outros fatores, leva ao diagnóstico de morte encefálica (ME) rapidamente, entretanto a notificação de morte encefálica (paciente com diagnóstico e Escala de Coma de Glasgow 3) é baixa, interferindo no manejo do paciente como possível doador de órgãos e tecidos. Este estudo objetiva apresentar com base na literatura problemas relacionados ao cuidado de enfermagem ao paciente politraumatizado com Glasgow 3 em uma unidade de urgência e emergência. A metodologia de estudo é uma revisão narrativa, cujas fontes bibliográficas foram: manual da AMIB e publicações em periódicos nacionais de enfermagem de Qualis A, no período de 2013-2017. A análise foi descritiva, representada em números absolutos. Foram incluídos na análise 13 artigos. Os problemas encontrados mais frequentes relacionados ao cuidado de enfermagem ao paciente politraumatizado com Glasgow 3 foram: A falta de entendimento sobre morte encefálica (3); sobrecarga de trabalho da enfermagem (13); falta de equipe treinada para a avaliação neurológica adequada (7) e subnotificação dos casos de morte encefálica (7). CONCLUSÃO. Os resultados apontaram para a necessidade da criação e implantação de um fluxograma de atendimento e cuidados de enfermagem para que os pacientes politraumatizados com Glasgow 3 sejam avaliados de forma correta pela Comissão Intrahospitalar de Doação e Transplante de Órgãos ou Organização de Procura de Órgãos e mantenha-se sob cuidados adequados para possível manutenção clínica do doador falecido.

5136 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A VISÃO DE USUÁRIOS VÍTIMAS DE ESCORPIONISMO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO OESTE DO PARÁ
Erli Marta Reis, Mirian Betcel Bentes, Francisco Oscar Siqueira França, Sheyla Mara Oliveira, Ana Cely Sousa Coelho, Maria Rita Bertolozzi, Lucia Yasuko Izumi Nichiata

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A VISÃO DE USUÁRIOS VÍTIMAS DE ESCORPIONISMO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO OESTE DO PARÁ

Autores: Erli Marta Reis, Mirian Betcel Bentes, Francisco Oscar Siqueira França, Sheyla Mara Oliveira, Ana Cely Sousa Coelho, Maria Rita Bertolozzi, Lucia Yasuko Izumi Nichiata

Resumo Introdução: Nos últimos anos os acidentes escorpiônicos são considerados um problema de saúde pública, pois podem levar a graves problemas de saúde ao indivíduo, além de atingir danos irreversíveis. Para evitar tais complicações, faz-se necessário uma assistência de qualidade. Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem na visão de usuários vítimas de escorpionismo atendidas no Pronto Socorro Municipal de Santarém. Metodologia: Pesquisa de campo; descritiva, prospectiva com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado com vítimas de escorpionismo atendidas no setor de emergência do PSM de Santarém. Aplicou-se questionário de entrevista semiestruturado cujos dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Resultados e/ou impactos: Participaram do estudo dez vítimas de acidente escorpiônico. O perfil sócio demográfico destas revelou que a maioria eram do sexo masculino, com faixa etária entre 20 e 69 anos, sendo a maioria agricultores e trabalhadores braçais, a renda familiar da maioria foi inferior que 1 salário mínimo, o local de ocorrência do acidente foi predominante na zona rural. As características clínica, tratamento e cuidados de enfermagem, evidenciaram que, o tempo de internação foi de 2 a 3 dias, os casos foram classificados graves, administrou-se analgésicos, anti-heméticos, e Soro Antiescorpiônico, os cuidados de enfermagem mais realizados foram o acesso venoso e a administração de medicamentos. A análise qualitativa dos depoimentos revelou dois Temas: Descrição e percepção a cerca da assistência de enfermagem recebida no Pronto Socorro Municipal; Sugestão das vítimas para a melhoria da assistência de enfermagem. No tema 1 os sujeitos consideraram a assistência recebida insatisfatória. No tema 2 elencou-se, sugestões dos sujeitos para melhorar a assistência prestada as vítimas de escorpionismo. Considerações finais: Há necessidade de implementar ações educativas que visem minimizar as dificuldades encontradas na assistência prestada às vítimas de escorpionismo, através da capacitação dos profissionais de enfermagem, no intuito de melhorar a qualidade do atendimento, o vínculo entre profissional/paciente, e a diminuição do tempo de espera para o atendimento. Palavras – chave: Escorpionismo. Assistência de Enfermagem. Melhoria no atendimento

3231 A CONDUTA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES NO PERÍODO GESTACIONAL
Keila Cristina Félis, Yasmym Maiara Mendes Vieira de Moraes, Iel Marciano de Moraes Filho, Osmar Pereira dos Santos, Aline Aparecida Arantes, Thaynnara Nascimento dos Santos, Ricardo César Ramalho

A CONDUTA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES NO PERÍODO GESTACIONAL

Autores: Keila Cristina Félis, Yasmym Maiara Mendes Vieira de Moraes, Iel Marciano de Moraes Filho, Osmar Pereira dos Santos, Aline Aparecida Arantes, Thaynnara Nascimento dos Santos, Ricardo César Ramalho

Introdução: A gestação é um fenômeno que envolve diversas emoções e sentimentos, sendo um momento marcante na vida de uma mulher. Para o desenvolvimento adequado deste período, é indispensável que a mulher esteja orientada quanto às transformações fisiológicas e psicossociais envolvidas no processo gestacional e reconheça sua autonomia em relação ao parto. Este período compõe uma das principais experiências vivenciadas pelas mulheres, tratando-se de um momento único, envolvido por emoções distintas e sentimentos particulares, saboreados individualmente por cada mulher frente à possibilidade de ser mãe. O enfermeiro possui em sua formação embasamento teórico-cientifico suficiente para conduzir a assistência pré-natal de risco habitual, tendo como característica de sua profissão, o cuidado voltado para o ser humano na promoção da saúde. Neste contexto o enfermeiro torna-se um elemento protagonista no processo educativo, que visa estabelecer o desenvolvimento adequado do período, através do pré-natal qualificado, enfatizando o aconselhamento, a educação em saúde e a detecção precoce de situações de risco. Objetivo: A finalidade deste trabalho foi descrever a conduta do enfermeiro como ferramenta de promoção da saúde e prevenção de complicações no período gestacional. Método: Trata-se de um estudo descritivo de cunho bibliográfico com análise integrativa, qualitativa da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais, onde foram utilizadas 42 produções, selecionadas através da avaliação dos critérios de inclusão e exclusão. Resultados: O pré-natal é um fator imprescindível para a qualificação da assistência prestada, e deve ser iniciado logo após a descoberta da gestação, levando em consideração os sentimentos da grávida em relação à maternidade, procurando auxilia-la na adaptação do papel de mãe. Embora a gestação trate-se de uma vocação biológica, nem todas as mulheres estão preparadas para vivenciá-la, fortalecendo a necessidade de orientação e acompanhamento do período, que é responsabilidade de toda a equipe de saúde, especialmente do enfermeiro, uma vez que este é o profissional que mantém maior proximidade com a gestante, favorecendo a consolidação de vínculos. Ressalta-se, portanto, que o processo de enfermagem é uma prática fundamental para a promoção da saúde gestacional atuando na prevenção de complicações durante o período e na qualificação do atendimento prestado. Considerações Finais: A gestação é um período de vulnerabilidade e intensas transformação físicas e emocionais na vida de uma mulher, principalmente se ela não está preparada para ser mãe. É função da equipe de saúde acolher a gestante e familiar com humanidade e respeito, independentemente dos sentimentos desta em relação a maternidade, procurando auxilia-la no desenvolvimento seguro do processo gravídico. Neste aspecto o enfermeiro ocupa papel indispensável, tratando-se do profissional qualificado para prestar o atendimento pré-natal de baixo risco, atuando na perspectiva preventiva.