130: O fazer saúde no cotidiano: desmistificando as doenças crônicas
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: ICB Sala 16 - Cauxi    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
585 DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: MONITORAMENTO NA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Cinthia E Silva Lira, Bruna da Silva Pereira, Gleidson Colares de Oliveira, Giovanna Costa Perdigão, Jhonaliton Freitas da Silva, Maria Raika Guimarães Lobo, Vanessa Santarem da Silva

DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: MONITORAMENTO NA CONSULTA DE ENFERMAGEM

Autores: Cinthia E Silva Lira, Bruna da Silva Pereira, Gleidson Colares de Oliveira, Giovanna Costa Perdigão, Jhonaliton Freitas da Silva, Maria Raika Guimarães Lobo, Vanessa Santarem da Silva

Objetivo: Descrever o monitoramento da Diabetes Mellitus tipo 2 na consulta de enfermagem na Estratégia Saúde da Família. Materiais e Método: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, através da análise de artigos científicos publicados na base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), por meio dos seguintes descritores: Monitoramento, Estratégia de Saúde da Família, Diabetes Mellitus Tipo 2 e Consulta de Enfermagem. Resultado e discussão: Avaliando os estudos, a  maioria dos resultados apontam para um acompanhamento bastante deficiente às pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 2, apontando para necessidade de revisão da eficácia de registros e educação permanente dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento. Os resultados evidenciaram que a atuação do enfermeiro no monitoramento da Diabetes Mellitus Tipo 2 se limita a apenas duas fases do processo de enfermagem: o histórico e a implementação. Observou-se na descrição dos autores que a necessidade de ampliação das ações que visem a melhoria do cuidado a esse paciente na Estratégia Saúde da Família é imperativa, tornanto a consulta de enfermagem um elemento essencial se realizada de forma sistemática e resolutiva para corroborar com os princípios da promoção da saúde e da atenção integralizada. Considerações Finais: Verificou-se que cabe aos gestores e profissionais o aprimoramento do acesso e da qualidade dos serviços de saúde, especialmente no fortalecimento da consulta de enfermagem no monitoramento da Diabetes Mellitus Tipo 2 na Estratégica da Saúde da Família, com ênfase na promoção de hábitos de vida saudáveis, incentivando a participação dessas pessoas no planejamento das intervenções nos fatores de risco evidenciados.

654 UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DO GÊNERO MASCULINOS COM CÂNCER ATENDIDOS NO HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS (HRBA)
ariane sales cintia

UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DO GÊNERO MASCULINOS COM CÂNCER ATENDIDOS NO HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS (HRBA)

Autores: ariane sales cintia

A SAE visa organizar a execução do processo de enfermagem desde o histórico de enfermagem até a evolução de enfermagem com uma visão holística e composta por etapas inter-relacionadas, pois de acordo com a lei 7498 de 25/06/86, que rege o exercício profissional. O processo de enfermagem (PE) vem sendo amplamente estudado e aplicado nos serviços de saúde em todo mundo. No Brasil o modelo mais conhecido para a implantação do PE é constituído por cinco fases: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação de enfermagem e evolução de enfermagem. Objetivo: Verificar a estruturação do processo de enfermagem aplicado na atenção ao cuidar do homem com câncer. Metodologia: Estudo de método descritivo-estatístico-documental, do tipo transversal. Os dados deste estudo foram coletados de 54 prontuários de pacientes internados na Clínica Oncológica do HRBA no ano 2014. Resultados: Observou- se que o modelo de estruturação do processo de enfermagem é seguido em 100% dos prontuários, ou seja, todos os 54 prontuários estudados mostraram que as fases da SAE foram realizadas. Esses resultados apontam o grau de responsabilidade, seriedade e comprometimento da equipe de enfermagem no cuidar ao paciente oncológico, pois, a realização de todas as fases do processo de enfermagem na totalidade de prontuários analisados aponta que o objetivo de realização de assistência sistematizada por completo está sendo buscado e refletindo em melhorias ao paciente. Considerações finais: Levando em consideração o contexto de atuação do enfermeiro nos cuidados paliativos, compreendemos que embora o trabalho sistematizado venha sendo realizado, esse momento indica que novas indagações sejam feitas em prol do aprimoramento contínuo da prática do processo de enfermagem, uma vez que constatamos por meio deste estudo que embora problemas de saúde sejam identificados e mencionados nas evoluções de enfermagem, as prescrições de enfermagem não condizem com todos os problemas elencados.    

1142 Atuação dos enfermeiros da estratégia saúde da família na atenção oncológica
Geize Rocha Macedo de Souza, Luiza Helena Oliveira Cazola, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira

Atuação dos enfermeiros da estratégia saúde da família na atenção oncológica

Autores: Geize Rocha Macedo de Souza, Luiza Helena Oliveira Cazola, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira

Introdução A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no ano de 2030, serão 27 milhões de casos incidentes de câncer, com 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivas anualmente com câncer.  Para o Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima, para o biênio 2016 - 2017, aproximadamente 600 mil casos novos de câncer. Mediante o cenário oncológico, já em 2005, o Ministério da Saúde (MS) instituiu a Política Nacional de Atenção Oncológica (PNAO), determinando que o usuário portador de câncer deva receber cuidados que contemplem os diversos níveis de atenção, ou seja, a atenção primária e a especializada, de média e alta complexidade, com ações voltadas para o indivíduo e o coletivo, com foco na promoção da saúde e prevenção do câncer, bem como o diagnóstico oportuno e o apoio à terapêutica de tumores e cuidados paliativos. O trabalho realizado pelo enfermeiro que atua na ESF envolve monitoramento das condições de saúde da população, como essência da atenção de enfermagem, seja individual ou coletivo, no monitoramento de problemas de saúde e intervindo nos agravos de ordem patológica. O enfermeiro integrante da equipe das unidades de ESF tem posição de relevância, por exercer papel proativo em suas atividades e destacar-se como o profissional mais preparado e disponível para apoiar e orientar o paciente e a família na vivência do processo de doença, tratamento e reabilitação. Os profissionais de saúde, especialmente os da enfermagem, devem incluir, em suas atividades diárias, a atenção domiciliar aos pacientes com câncer e seus familiares, atuando no sentido de apoiar a família, estabelecer vínculo, identificar os pensamentos angustiantes do doente de ter suas vontades atendidas, reconciliar-se consigo e com os outros, bem como apoiar a família no processo de morte, de forma solícita e humana. Vale destacar que a atuação do enfermeiro na atenção hospitalar em oncologia é amplamente discutida, porém a literatura pouco tem destacado ações de promoção e prevenção, cuidados continuados extra-hospitalares e/ou paliativos presentes na atenção básica. O presente estudo objetivou conhecer a atuação dos enfermeiros da ESF na atenção oncológica, visto que a assistência prestada a esse paciente e seus familiares é desafiante, devido às suas peculiaridades de adoecimento e dos diversos tipos de câncer que o profissional identifica em seu local de trabalho. Métodos Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) do município de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul (MS). A população foi composta por 99 enfermeiros que atuavam nas 39 UBSF, sendo três delas unidades rurais. Foram excluídas aquelas equipes que não contavam com enfermeiros. Dessa forma, foram excluídas nove equipes que, no momento da coleta de dados, estavam sem os profissionais, nove enfermeiros que se encontravam de férias ou de licença médica e quatro que não aceitaram participar. Ao final, compuseram a amostra 77 enfermeiros de 37 unidades, que foram convidados a participar da pesquisa e que, após o aceite, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados primários ocorreu no período de outubro a dezembro de 2015, nas próprias unidades de saúde e de acordo com a disponibilidade dos enfermeiros. Para a coleta de dados, foi utilizado um formulário constituído de 25 questões fechadas, que abordaram as seguintes variáveis: quanto à caracterização sociodemográfica e profissional do enfermeiro: sexo, faixa etária, vínculo empregatício, tempo de serviço na ESF e na área adscrita, tipo de vínculo empregatício, especializações e capacitações realizadas referentes à atenção oncológica; quanto à atuação na atenção dessa área: pacientes com câncer em sua área e atividades com os pacientes e seus familiares, entendimento sobre a PNAO, facilidades e dificuldades em assistir pacientes e capacitações mencionadas como necessárias pelos profissionais. O formulário foi validado após um pré-teste aplicado a 10 profissionais de saúde, sendo uma enfermeira com especialização em oncologia, uma com experiência em atendimento ao paciente oncológico e oito que já atuaram na Estratégia Saúde da Família. As entrevistas ocorreram em horário previamente agendado pelos enfermeiros, individualmente, realizadas pelas próprias pesquisadoras e com duração média de 45 minutos. Foi realizada análise descritiva dos dados que foram organizados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel®, sendo as questões agrupadas conforme respostas afins e apresentados em formato de tabelas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o Parecer n. 1.249.953.   Resultados O estudo encontrou, na análise das características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros da ESF, uma predominância do sexo feminino (91%), na faixa etária de 31 a 40 anos (54%), com vínculo empregatício estatutário (77%), tempo de atuação na ESF e na área adscrita de 24 a 72 meses, correspondendo a 40% e 46% respectivamente. Para o quesito especialização, 77% afirmaram possuir e, dentre estes, 58% com especializações relacionadas à área de saúde pública ou saúde da família. Em relação à capacitação em saúde oncológica, mais da metade afirmou não ter realizado, 65%. A maioria dos enfermeiros possuía pacientes oncológicos na sua área adscrita e realizava acompanhamento destes, predominantemente, por meio da visita domiciliar, seguido da realização da consulta de enfermagem. A maior parte dos entrevistados relatou ter conhecimento sobre cuidados paliativos, porém, mais da metade, afirmou não realizá-los por considerarem desnecessários. Em relação à quimioterapia e radioterapia, houve uma prevalência na não realização de orientações direcionadas à temática e, quando estas ocorriam, estava majoritariamente direcionada à orientação com alimentação. Verificou-se que a maioria dos enfermeiros desconhecia a PNAO e que poucos possuíam um bom entendimento sobre atenção oncológica. Referente às dificuldades em assistir o paciente oncológico, menos da metade relatou possuí-las, sendo a falta de capacitação em oncologia o motivo preponderante. Já para as facilidades, dentre os que referiram possuir, as orientações sem abalo emocional foram as mais relatadas. No que tange a cursos e capacitações, quase a totalidade dos enfermeiros afirmou ter interesse em adquirir novos conhecimentos, principalmente, sobre a PNAO e os cuidados paliativos.   Considerações Finais A atenção prestada pelo enfermeiro é realizada de forma variável, tanto na assistência direta ao paciente como aos seus familiares, o que evidencia, principalmente, que os profissionais inseridos nas equipes de ESF estão despreparados para assistirem os pacientes portadores de câncer em suas áreas adscritas. Diante de tal despreparo, a assistência oferecida pela atenção primária à saúde do município se fragiliza, ocasionando um impacto negativo na prestação de cuidados e na qualidade de vida desses pacientes e seus familiares. O desconhecimento dos enfermeiros sobre a PNAO constitui um desafio para os gestores, visto que ela norteia a assistência ao usuário com câncer, sendo necessária sua ampla divulgação dentro das equipes de ESF. O investimento nesse profissional é imprescindível, devido à necessidade explícita de educação permanente, para qualificá-lo e garantir ao paciente oncológico e seus familiares uma assistência eficiente e modificadora. 

1991 PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE EM RESULTADOS NEGATIVOS MEDICAMENTOSOS DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DA CIDADE DE MANAUS
Luciene Oliveira da Cruz, Naiara Ramos de Albuquerque, Everton de Oliveira Pinto, José Wilson do Nascimento Côrrea

PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE EM RESULTADOS NEGATIVOS MEDICAMENTOSOS DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DA CIDADE DE MANAUS

Autores: Luciene Oliveira da Cruz, Naiara Ramos de Albuquerque, Everton de Oliveira Pinto, José Wilson do Nascimento Côrrea

Introdução: Prejuízos na adesão ao tratamento medicamentoso podem ser observados em indivíduos que precisam utilizar vários medicamentos simultaneamente, caracterizando a polifarmácia. Tal condição pode gerar problemas relacionados à medicação (PRM) definidos pelas situações em que o processo de uso do medicamento causa ou pode causar o aparecimento de Resultados Negativos Medicamentosos (RNM). Metodologia: Estudo de caráter quantitativo, descritivo e prospectivo que visou propor medidas de intervenção para amenizar e/ou evitar os RNM’s detectados. Este trabalho faz parte de um projeto maior que obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas, com CAAE: 49066815.0.0000.5020. Participaram 382 pacientes com media de idade de 58,2 anos cadastrados no programa de Hipertensão e Diabetes da cidade de Manaus. Resultados: Neste estudo foi observado a prevalência da HAS de (47,6%), HAS+DM (33,5%), DM2 (14,4%) e DM1 (4,5%). A frequência por categoria de RNM foi de 78% efetividade, 19,8% segurança e 2,2% necessidade. O PRM de Não Adesão foi o mais prevalente (48,4%), seguido pela dose, esquema terapêutico e/ou duração não adequada (26,1%), característica pessoal (24,8%) e administração errada do medicamento (0,7%). As intervenções foram agrupadas em três categorias: Intervir na Quantidade de Medicamentos, Intervir na Estratégia Farmacológica e Intervir na Educação ao Paciente sendo a ultima com caráter mais representativo com cerca de 82,5% dos pacientes do estudo, seguido de Intervir na Estratégia Farmacológica com 18,8%. Conclusão: A importância de intervenções reflete no aumento da adesão terapêutica, favorece o esclarecimento sobre a farmacodinâmica de forma clara e de fácil compreensão  que são essenciais para um bom prognóstico. Tais fatores contribuem para reduzir a incidência ou minimizar a ocorrência de RNM e podem contribuir para a melhora da adesão do paciente ao tratamento.

2050 O SABER E O FAZER DOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TIMBÓ-SC NA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Fernanda Vicenzi Pavan

O SABER E O FAZER DOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TIMBÓ-SC NA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Autores: Fernanda Vicenzi Pavan

A Atenção em Saúde para as doenças crônicas constitui-se um desafio para as equipes de saúde da família. As doenças crônicas, em geral, estão relacionadas a múltiplas causas, caracterizam-se por início gradual, de prognóstico geralmente incerto, com uma duração longa e indefinida. Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura. Dentre as doenças crônicas não transmissíveis, elenco como foco principal neste trabalho o Diabetes Mellitus (DM), por ser considerado pelo Ministério da Saúde um dos problemas mais comuns que as equipes de saúde enfrentam e por se tratar de uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) de crescente prevalência. Os profissionais da Atenção Básica (AB) têm importância primordial nas estratégias de prevenção, diagnóstico, monitorização e controle do DM. É importante que o profissional de saúde volte sua prática para a pessoa e envolva usuários e cuidadores na definição e implementação de estratégias de controle ao DM. Este estudo teve como objetivo analisar os saberes e práticas dos profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família de uma cidade de pequeno porte de Santa Catarina quanto ao cuidado prestado às pessoas com Diabetes Mellitus (DM), a partir da perspectiva ergológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, classificada como estudo de caso e pesquisa-ação. A amostra é composta por 60 profissionais de 6 equipes de Saúde da Família que atendem pessoas cadastradas com DM. Foram realizados 11 Encontros de Trabalho para a produção dos dados, que foram gravados em áudio, transcritos e analisados através da análise de conteúdo. Os profissionais privilegiam a prescrição de normas aos usuários, sem considerar o contexto em que vivem. Espaços de reuniões não são percebidos pelos trabalhadores como potenciais espaços de Educação Permanente. A educação em saúde se faz a partir de grupos nas Unidades de Saúde. Há necessidade dos profissionais serem escutados pela gestão. A maioria dos trabalhadores desconhece a proposta do modelo de autocuidado apoiado como uma das mudanças fundamentais na atenção à saúde das pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como recomenda o Ministério da Saúde. Além dos saberes adquiridos na graduação, utilizam-se daqueles produzidos no cotidiano do trabalho, mais no sentido de alcançar a produtividade prescrita em detrimento do apoio às singularidades das pessoas sob seus cuidados. Os encontros de trabalho realizados durante a pesquisa produziu a observação do trabalho e escuta pelos trabalhadores quanto às renormalizações inerentes às atividades de trabalho.

2357 ATENÇÃO À HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O PROGRAMA MAIS MÉDICOS
Solane Pinto de Souza, Tiótrefis Gomes Fernandes

ATENÇÃO À HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Autores: Solane Pinto de Souza, Tiótrefis Gomes Fernandes

A Atenção Básica é porta de entrada preferencial do serviço de saúde no Brasil, e cumpre papel fundamental na oferta de cuidados a população, especialmente aqueles portadores de hipertensão arterial e diabetes, devido estas estarem entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis de maior prevalência e por sua magnitude, e a Atenção Básica é campo prioritário para o controle de ambas. O Programa Mais Médicos traz consigo a expectativa de avanços nos entraves da atenção básica quanto ao déficit de profissionais, uma vez que, a presença deste, possibilita a criação de novas equipes de Estratégia Saúde da Família, reduzindo disparidades entre as regiões quanto a falta de médicos, sendo uma problemática para o acesso aos serviços de saúde. Este trabalho descreveu os indicadores de cuidado na linha de atenção a hipertensos e diabéticos na Estratégia Saúde da Família no Brasil e mostrou como se comporta esses indicadores nas equipes convencionas e naquelas que aderiram ao Programa Mais Médicos. Estudo ecológico descritivo e exploratório sobre os indicadores de cuidado das ESF no Brasil com enfoque Programa Mais Médicos (equipes convencionais e equipes mais médicos) nos anos 2013 e 2014 a partir de dados secundários do Siab. Foram construídos indicadores que contemplassem a linha de atenção de interesse: proporção de hipertensos e/ou diabéticos cadastrados, proporção de hipertensos e/ou diabéticos acompanhados e média de atendimentos a hipertensos e/ou diabéticos no ano, e a razão para cada morbidade pela proporção de idosos no território segundo as regiões brasileiras, perfil de municípios e tipo de equipe. A proporção de hipertensos e diabéticos cadastrados nas ESF no Brasil foi 12,7% e 3,1% respectivamente, com variações entre as regiões Norte 7,3% para hipertensão e 1,8% para diabetes e Sudeste 15,5% para hipertensão e diabetes 4,1%. O perfil de municípios mostrou maiores proporções nas Regiões Metropolitanas e Demais localidades para as duas morbidades; a proporção de acompanhados no Brasil foi de 87,7% para hipertensos e 89,5% para diabetes, maiores proporções foram encontradas na região Norte e Perfil de Pobreza para hipertensão e diabetes. A média de atendimento pelas equipes no Brasil foi de 3,3 para hipertensos e 4,7 para diabéticos. A análise por tipo de equipe (convencionais e mais médicos) mostrou pouca diferença quanto ao cuidado a doenças crônicas neste estudo. O estudo encontrou baixa prevalência de hipertensos e diabéticos cadastrados nas ESF no Brasil que podem estar associados a subnotificação de casos pelas equipes ou a diferença diagnóstica entre estudos e daquele praticado na AB. Não houve diferenças consideradas significativas entre as equipes com e sem o profissional mais médicos no Brasil na linha de atenção a hipertensos e diabéticos.

4141 Pandora: Avaliação e acompanhamento de pacientes diabeticos
VALÉRIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA, nathalie Xavier de almeida, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA

Pandora: Avaliação e acompanhamento de pacientes diabeticos

Autores: VALÉRIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA, nathalie Xavier de almeida, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA

Apresentação O projeto pandora foi implantado pela necessidade de monitorar os pacientes que se recusam a aderir ao tratamento da diabetes mellitos , sendo esta uma doença crônica não transmissível a qual, se não estiver devidamente controlada pelo uso adequado de medicações e bons hábitos alimentares pode gerar sequelas irreparáveis para o portador.   A finalidade é monitorar os pacientes diabéticos em suas residências, onde é realizada a avaliação dos pés do usuário e em seguida o mesmo recebe as orientações necessárias para manutenção da sua saúde. Descrição da experiência O projeto recebeu esse nome pela lenda mitológica da caixa de pandora, a qual ao ser aberta espalhou todos os males pela humanidade, assim acreditamos ser a diabetes descompensada, pois ao negar a doença e seu tratamento os pacientes começam a sofrer varias consequências que podem se manifestar por todo o organismo do individuo, como a cegueira, perda auditiva, amputação dos membros corporais e outros. Analisando o aumento dos casos referentes a pé diabético em pacientes da UBS Raimundo Rosário de Melo encaminhados para o NASF foi identificada a necessidade de elaborar um projeto destinado a esses usuários, os quais geralmente são os pacientes que não aceitam sua condição de saúde e muitas vezes recusam as medicações e as restrições alimentares. Contudo para selecionar esses usuários na área de abrangência, o NASF junto com a equipe ESF, fizeram um levantamento dos pacientes com diabetes que totalizou 94 pessoas, ao excluir os pacientes que fazem o tratamento adequadamente e eliminar aqueles que estão com os valores glicêmicos adequados, foram filtrados os resultados e reduzido para 34 pacientes com perfil para o projeto. A equipe do NASF passou por um treinamento para identificar sinais de comprometimento do pé diabético. Após a capacitação, os pacientes são visitados pelos profissionais em conjunto com os acs`s. Durante as visitas os usuários têm seus pés avaliados e em seguida recebem orientações de acordo com a demanda. Impactos Após o inicio das visitas os paciente começaram a aceitar mais suas condições, ao saber que o monitoramento seria regular a maioria dos pacientes começaram a se cuidar mais, mesmo com a resistência de alguns foi possível perceber a diferença no comportamento das famílias, as quais se interessaram pelo cuidado com o paciente e passaram a se comprometer com o tratamento medicamentoso e nutricional. Considerações Realizar intervenções com pacientes resistentes ao tratamento é um desafio sem igual, no entanto são pacientes que necessitam de cuidados especiais e caso não seja realizado nada para mudar o comportamento negativo deles, mais a frente serão pacientes acamados precisando de cuidados contínuos pela equipe de saúde. A ideia do projeto foi tentar ultrapassar as barreiras da teimosia e em lentos passos tentar modificar os comportamentos inadequados desses pacientes para incentivar o autocuidado.

4519 REFLETINDO SOBRE O MANUAL DO PÉ DIABÉTICO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA VIVÊNCIA DE ENFERMEIRAS ATRAVÉS DA FERRAMENTA AGREE II
Karen Weingaertner del Mauro, Niani Emanuelle Deitos, Êrica Rosalba Mallmann Duarte, Maria Lia Silva Zerbini, Alcindo Antônio Ferla, Fernanda Roth Zamo, Patricia Venzon Muller

REFLETINDO SOBRE O MANUAL DO PÉ DIABÉTICO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA VIVÊNCIA DE ENFERMEIRAS ATRAVÉS DA FERRAMENTA AGREE II

Autores: Karen Weingaertner del Mauro, Niani Emanuelle Deitos, Êrica Rosalba Mallmann Duarte, Maria Lia Silva Zerbini, Alcindo Antônio Ferla, Fernanda Roth Zamo, Patricia Venzon Muller

O profissional que atua na Atenção Primária no Brasil presta atendimento para usuários de ampla faixa etária, realizando diferentes atendimentos, dos mais simples aos mais complexos. Para que haja uma visão integral do usuário é necessário que este profissional tenha uma formação generalista, visto que a equipe de saúde atende usuários que apresentam diferentes situações de vida. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são doenças multifatoriais que surgem no decorrer da vida. As doenças de maior impacto no mundo, aquelas identificadas como sérios e importantes problemas de saúde pública, são as cardiovasculares, as metabólicas, o câncer e as doenças respiratórias crônicas. No Brasil, estima-se que a perda de produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar são resultantes da presença de três dessas doenças: o diabetes, a doença cardíaca e os acidentes vasculares encefálicos. Tal fato impactou na economia brasileira com uma perda de 4,18 bilhões de dólares, entre os anos de 2006 e 2015. O diabetes mellitus é um transtorno metabólico de etiologia heterogênea, caracterizado por hiperglicemias e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, que resultam de defeitos na secreção ou ação da insulina no corpo do indivíduo. As lesões de pele constituem um sério problema de saúde pública, devido ao grande número de pessoas com alterações na integridade tissular, o que onera o gasto público, e os cuidados com feridas crônicas fazem parte da rotina do profissional que trabalha com Atenção Básica de Saúde e em centros especializados em tratamento de feridas. O Manual do Pé Diabético foi lançado pelo Ministério da Saúde, em 2016, com o propósito de investir em ferramentas para qualificar o cuidado ao usuário com diabetes e buscar ampliar a resolutividade da Atenção Primária à Saúde. É um instrumento para qualificar a prática diária do atendimento ao paciente com diabetes, proporcionando aos profissionais de saúde uma sistematização do atendimento clínico e organizacional para ser seguido, ou ajustado, a fim de otimizar o serviço e o cuidado prestado aos usuários, no adequado enfrentamento da patologia abordada. Objetivo: Avaliar o Manual do Pé Diabético, a partir da vivência de enfermeiros que atuam na rede de assistência primária a saúde e no serviço especializado. Definição do objeto: O Manual do Pé Diabético é um instrumento que busca qualificar a prática diária do atendimento ao paciente com diabetes, proporcionando aos profissionais de saúde uma sistematização do atendimento clínico e organizacional a ser seguido, ou ajustado, a fim de aperfeiçoar o serviço e o cuidado prestado aos usuários diabéticos. Metodologia: Pesquisa qualitativa que utilizou o método de estudo de caso. Utilizou-se o instrumento AGREEII que avalia a qualidade de diretrizes clínicas. A avaliação por este instrumento inclui o julgamento sobre o método utilizado para elaborar as diretrizes clínicas, o conteúdo das recomendações finais, ou fatores que estão ligados à sua aplicação. É uma ferramenta composta por 23 itens que abrangem seis domínios de qualidade: Domínio 1: Escopo e finalidade; Domínio 2: Envolvimento das partes interessadas; Domínio 3: Rigor do desenvolvimento; Domínio 4: Clareza da apresentação; Domínio 5: Aplicabilidade; Domínio 6: Independência editorial. O Instrumento AGREE II é genérico, e pode ser aplicado a diretrizes relacionadas a qualquer patologia em qualquer etapa do cuidado em saúde, incluindo aspectos relacionados à promoção da saúde; saúde pública; rastreamento; diagnóstico; tratamento ou intervenções. O AGREE II sugere que no mínimo sejam dois avaliadores, entretanto idealiza que sejam quatro. O estudo faz parte da Pesquisa Integrada sobre Organização do trabalho e integralidade nos serviços: novas tecnologias no cuidado a usuários com lesão de pele na rede de atenção à saúde no Estado do Rio Grande do Sul aprovado no CEP/UFRGS sob o nº 56382316.2.0000.5347. Resultados: O estudo contou com a experiência de dois enfermeiros. O manual possui 6 domínios de avaliação e uma classificação geral e foi bem avaliado, resultando na  pontuação geral em 4,7 onde a nota mínima a ser dada era 1: discordo totalmente, e a máxima 7: concordo totalmente. O manual foi bem avaliado por seus objetivos e apresentação, recebendo uma nota média de 4,7 através da avaliação de qualidade AGREE II. O Manual do Pé Diabético não é extenso, é de fácil manuseio e possui lista de figuras, de quadros e sumário, o que reforça a sua praticidade. As diretrizes avaliadas destinam-se principalmente aos profissionais da Atenção Básica incluindo os Agentes Comunitários de Saúde. Possui uma linguagem simples e de fácil interpretação, o que facilita o aproveitamento do material pelo profissional, trazendo como principal recomendação à avaliação periódica dos pés dos Diabéticos, salientada ao longo de tal texto. No capítulo em que são apresentados os tipos de lesões e seus respectivos tratamentos, as úlceras e os cuidados de curativo, o conteúdo é bastante limitado, com poucas imagens. Nas orientações de tipos de cobertura, as imagens são de qualidade razoável, e os tipos de cobertura sugeridos não estão disponíveis na rede básica de saúde do Sistema Único e Saúde. Apesar do foco do manual ser a Atenção Básica sugere-se que sejam incluídas na diretriz, orientações e cuidados a nível secundário, já que seria, também, de grande valia para a organização da rede de atendimento aos usuários e do processo de trabalho dos profissionais desse nível de atenção como referência e contra-referência. Os pontos positivos explicitados pelos avaliadores foram clareza, objetividade, recomendações importantes para o cuidado no dia a dia e ênfase na avaliação constante do pé do usuário. Como sugestões, os avaliadores, trazem a inserção de mais imagens para melhor auxílio na avaliação do pé diabético, inclusão da padronização de materiais e insumos a serem utilizados nos curativos e incorporação de orientações sobre órtese e prótese e fitoterápicos, visto que, muitos usuários com pé diabético precisam fazer uso desse tipo de material, e nem sempre os profissionais têm a visão da necessidade da utilização destes.  Considerações: O manual foi bem avaliado e houve sugestão para uma nova edição. A ênfase dada a Rede de Atenção Básica e sua organização e qualificação dos profissionais demostra a necessidade de literaturas como esta para apoiar equipes que estão distantes de centros que possam mantê-los de forma constate atualizados. Os avaliadores enfatizaram os profissionais da atenção secundária, inclusão de conteúdos de órtese e prótese e uso de fitoterápicos. Questionam-se os materiais de cobertura sugeridos, uma vez que na rede básica do município e estado, não existe disponibilização do material na rede para seu uso habitualmente. O manual tem possibilidade de ampliar o conhecimento da equipe de saúde e a sensibilização para que as equipes realizem avaliações de materiais oferecidos pelo Ministério da Saúde e cria uma nova estratégia de educação permanente. Sugere-se a continuação do estudo com a participação de um número maior de avaliadores.

4522 A DESMITIFICAÇÃO DO CÂNCER MAMÁRIO ATRAVÉS DE UM PROJETO DE PRÁTICAS INTERVENCIONISTAS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE
JOYCE CAROLINE SOUSA, JOSONILTON COSTA RÊGO, JOELSON DOS SANTOS ALMEIDA, DENYS WANDERSON FRAZÃO, FELIPE FERREIRA DOS SANTOS, CLYSLANE ALVES FRANÇA, GABRIELA DA SILVA ARAÚJO, HUGO JARDEL DE LIMA

A DESMITIFICAÇÃO DO CÂNCER MAMÁRIO ATRAVÉS DE UM PROJETO DE PRÁTICAS INTERVENCIONISTAS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Autores: JOYCE CAROLINE SOUSA, JOSONILTON COSTA RÊGO, JOELSON DOS SANTOS ALMEIDA, DENYS WANDERSON FRAZÃO, FELIPE FERREIRA DOS SANTOS, CLYSLANE ALVES FRANÇA, GABRIELA DA SILVA ARAÚJO, HUGO JARDEL DE LIMA

O câncer de mama é um dos tipos de tumores mais frequentes no mundo e o mais comum entre as mulheres. No território brasileiro, a incidência aumenta progressivamente. O controle do câncer de mama tem sua importância, especialmente, em decorrência deste tipo de câncer ainda ser considerado um problema de saúde pública para as organizações de saúde como o Sistema Único de Saúde (SUS), INCA e MS.O câncer de mama possui uma papel devastador no  contexto sócio e econômico da paciente diagnosticada com esta neoplasia principalmente por envolver uma região relacionada a feminilidade e a sexualidade e ser cercada de misticismo. O momento de um possível diagnóstico pode comprometer profundamente em dimensões biopsicosocioespirituais, tendo-se a clareza que essa patologia pode provocar em um período de longo ou médio prazo, mutilação da mama e, às vezes, a morte.O SUS é o principal âmbito de atendimento às mulheres no Brasil, devendo estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde da população feminina, o controle de doenças mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde. Entretanto, a deficiência do desenvolvimento de políticas públicas referentes à saúde da mulher, aliado ao desconhecimento da população feminina sobre o câncer de mama e os métodos de diagnóstico, bem como o medo condicionado à neoplasia, ainda contribuem significativamente com o diagnóstico tardio dificultando o tratamento e desestabilizando o emocional da mulher. De forma que, há uma necessidade de fortalecimento da integralidade e da equidade na assistência à população. Diante deste panorama, este projeto visa colaborar com o SUS e com a sociedade em geral complementando ações de prevenção, detecção e tratamento do câncer de mama para redução da mortalidade deste tipo de câncer no estado do Piauí através de intervenção social.A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como pesquisa-ação, que possibilita ao pesquisador intervir dentro de uma problemática social, analisando-a e anunciando seu objetivo de forma a mobilizar os participantes a construir novos saberes.A pesquisa-ação a ser desenvolvida será colaborativa a qual pode ser caracterizada pela busca da transformação na qual o pesquisador tem a função de participar e sua pesquisa de promover um processo de mudança. Palestras realizadas por profissionais, pesquisadores e acadêmicos capacitados e com atuação nas áreas de Enfermagem e Radiologia, informando e respondendo a dúvidas referentes ao câncer de mama. Ainda serão realizadas atividades demonstrativas de como realizar o autoexame e da frequência que deve procurar um médico e realizar os exames para prevenção da doença, respostas das dúvidas mais frequentes e os direitos e campanhas públicas que o SUS e o MS ofertam às mulheres.As ações de rastreamento do câncer de mama que visam a cada dia uma identificação cada vez mais precoce da doença por meio de imagens e menos por sintomas, ampliando-se as possibilidades de intervenção conservadora e de prognóstico favorável. Dessa forma, a relevância da mamografia é colocada em foco, muito embora tenha uma conotação não muito agradável pelas pacientes, que referem dor, ansiedade, desconforto durante a realização do exame, sua excelência em diagnosticar precocemente essa neoplasia é reconhecida mundialmente. O que fez o projeto ter como um pilar a informatização a respeito dos exames preventivos, para a conscientização da mulher frente ao que previne o câncer mamário. A execução de um projeto de intervenção comunitária na saúde da mulher  tem como objetivo apresentar ações de educação em Saúde que possam intervir nos processos que comprometem a saúde da mulher através de uma política pedagógica que busca promover melhoria da atenção a saúde, estimulando a participação da população por meio de rodas de conversas, encontros, debates e palestras educativas, contribuindo para que as ações em saúde seja uma meta de todos os profissionais que trabalham em contato com o público feminino, e não apenas daqueles, que atuam em programas específicos de prevenção.Ao analisarmos os programas e planos governamentais para o controle e o rastreamento do câncer de mama, podemos evidenciar as contribuições que eles podem oferecer à população mais carente e totalmente dependente do SUS. Devemos, contudo, também ter em mente que restrições, do ponto de vista da adesão a esses programas e planos por parte dos gestores de saúde, assim como da própria população alvo são os grandes limitadores de sucesso em nosso país. Apoiado essa ideia e, a fim de possibilitar uma informação mais precisa para as mulheres carentes de recursos, vimos à necessidade do investimento em pesquisas e ações em prol de um sistema informativo comunitário, colocando à disposição de forma clara e concisa a implementação de um aplicativo explicativo, além de tentar motivar a mulher por meios de esclarecimentos em palestras, cartilhas e demonstrações táteis-visuais na busca pela sua saúde.E a partir dos resultados encontrados, o projeto desenvolverá um aplicativo para celulares com as principais informações sobre o tema, trazendo demonstrativos de como realizar o autoexame e da frequência que deve procurar um médico e realizar os exames para prevenção da doença, respostas das dúvidas mais frequentes e os direitos e campanhas públicas que o SUS e o MS ofertam à mulher. Fator que se estende às mulheres, estudantes, profissionais e a todos aqueles interessados em aprofundar sua percepção a cerca do tema.A temática que circunda o câncer de mama é revestida de múltiplos aspectos sejam estes sociais, culturais, religiosos e ou  econômicos. A grande maioria dos casos revelados anualmente já encontram-se  em estadiamento avançado e com a mama feminina bastante comprometida.A disseminação de práticas de prevenção e ou  detecção precoce do câncer de mama são  vitais para esclarecer que prevenir é sempre a melhor atitude e que no mínimo  sinal de alterações em qualquer função corporal deve-se imediatamente buscar ajuda médica.A educação em saúde voltada para a mulher requer uma abordagem reflexiva que considere a compreensão das mesmas no seu contexto social, de acordo com suas crenças, valores e saberes, para que lhe seja favorecida a autonomia do cuidado com sua saúde. 

4977 Câncer oral: abordagem de odontólogos na Atenção Básica
Luciana Carnevale, Tainá Eloise Weber

Câncer oral: abordagem de odontólogos na Atenção Básica

Autores: Luciana Carnevale, Tainá Eloise Weber

Apresentação: O câncer bucal compreende o conjunto de tumores que acometem a cabeça e o pescoço. Considerado um problema de saúde pública principalmente entre os países em desenvolvimento, apresenta magnitude no estado do Paraná expressa por taxas de incidência e mortalidade bastante significativas. Esta pesquisa teve por objetivo descrever e discutir em que medida as práticas realizadas por odontólogos atuantes em Equipes de Saúde Bucal dos municípios da 4ª Região de Saúde do Paraná contemplam ações pertinentes ao cuidado em rede dos usuários com câncer bucal ou que apresentam lesões sugestivas desse agravo. Desenvolvimento: A pesquisa descritiva, transversal teve caráter quantitativo e qualitativo. A coleta de dados ocorreu mediante a distribuição de 26 questionários aos odontólogos atuantes nas Equipes de Saúde Bucal existentes nos nove municípios integrantes da 4ª Regional de Saúde do estado do Paraná. Houve o retorno de 18 questionários. O instrumento, composto por questões diretivas, de múltipla escolha ou descritivas, com espaço para registros livres dos participantes, permitiu uma breve caracterização do perfil dos mesmos em termos de idade, tempo de formação e tempo de atuação na Atenção Básica. Foram obtidas, ainda, informações acerca do reconhecimento de lesões precursoras, malignas ou benignas, das condutas adotadas frente às lesões sugestivas de câncer de boca, bem como do seguimento e acompanhamento dos casos confirmados. Resultados: Quanto à análise dos dados, as respostas foram agrupadas por questão o que permitiu a proposição de dois eixos temáticos de discussão: 1. O perfil dos odontólogos; 2. Detecção, diagnóstico e seguimento dos usuários com lesões precursoras ou confirmadas de câncer oral: delineamentos da rede real nos registros dos odontólogos. O procedimento de análise dos dados foi interpretativo, com base na “análise de conteúdo”. As idades dos participantes variaram de 22 a 60 anos com uma média de 40 anos. Na maioria dos casos, os dentistas iniciaram suas atividades profissionais no contexto dos serviços públicos e na Atenção Básica. Os tempos médios de formação e atuação nesta esfera da atenção permitem supor que a maioria dos odontólogos possui experiência profissional e conhecimento acerca da atuação na Atenção Primária à Saúde. Dificuldades na detecção de lesões precursoras do câncer oral dificultam o diagnóstico precoce. As respostas evidenciaram um conhecimento ainda incipiente da linha de cuidado voltada a esse agravo sinalizando para o distanciamento entre o que é previsto na Linha Guia de Saúde Bucal proposta na dimensão do funcionamento de um sistema de saúde em rede e a rede real. Considerações Finais: o fortalecimento da Atenção Básica deve ser reconhecido no nível da gestão a partir da qualificação técnica dos odontólogos na área oncológica e da criação de mecanismos indutores de articulação entre ações e serviços de saúde das diferentes esferas da atenção.

5371 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA GERÊNCIA DO PROGRAMA MUNICIPAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES EM PARINTINS
Darlane Valério Pinto, Luene Silva Costa

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA GERÊNCIA DO PROGRAMA MUNICIPAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES EM PARINTINS

Autores: Darlane Valério Pinto, Luene Silva Costa

A hipertensão arterial e o diabetes são os principais fatores de risco à saúde no mundo, e causam doenças do coração, derrame cerebral e doenças renais. A estratificação do risco cardiovascular precisa ser realizada na consulta de enfermagem e tem como objetivo estimar o risco de cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa se baseia na presença de múltiplos fatores de risco (sexo, idade, níveis pressóricos, tabagismo, níveis de HDLc). A partir da estratificação de risco, selecionam-se indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de intervenções mais intensas. Dados mundiais apontam 7 milhões de óbitos de pessoas e 1,5 bilhão adoecem por causa da pressão alta. No Brasil, atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% de idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV), sendo a principal causa de morte no país. Em Parintins, aproximadamente 4.500 são hipertensos e cerca de 1.000 possuem hipertensão e diabetes. No período de 2012 a 2016, ocorreram respectivamente, 54; 76; 84; 56 e 34 internações por hipertensão, enquanto por diabetes foram 121; 195; 175; 152 e 91 internações. No que tange às amputações, ressalta-se que foram predominantes no sexo masculino com 63 e foram realizadas 30 nas mulheres. Dentre as atividades realizadas no ano de 2017, baseadas nas informações epidemiológicas apresentadas pode-se destacar: Oficina com médicos e enfermeiros para a realização da Estratificação do Risco Cardiovascular; Elaboração da 2ª edição do Protocolo Municipal de Hipertensão; Garantia das medicações; Implantação de formulários para organizar o serviço, inclusive para contra-referenciar os usuários internados decorrentes da hipertensão e diabetes dos hospitais para as Unidades Básicas de Saúde; Entrega de instrumentos de trabalho (aparelhos de pressão e estetoscópio, seringas de insulina, tiras de glicemia, lancetas, insulinas);  E retorno aos atendimentos de prevenção do pé diabético. Dessa forma, é de suma importância analisar a situação epidemiológica para desenvolver as ações em saúde baseadas nas informações encontradas, buscando melhorar a redução das internações por hipertensão e diabetes.

1225 Dor crônica e cuidado em saúde na Atenção Básica - a experiência de São Bernardo do Campo
Janainny Magalhães Fernandes, Vinicius Santos Sanches, Kátia Fernanda Trentini Fraga, Edineide de Jesus Sousa, Sueli Capana, Rodrigo Taricani, Renata Maia, Camila Mantovani Domingues

Dor crônica e cuidado em saúde na Atenção Básica - a experiência de São Bernardo do Campo

Autores: Janainny Magalhães Fernandes, Vinicius Santos Sanches, Kátia Fernanda Trentini Fraga, Edineide de Jesus Sousa, Sueli Capana, Rodrigo Taricani, Renata Maia, Camila Mantovani Domingues

Apresentação:Em 2016, o município de São Bernardo do Campo implantou os projetos de “Fisioterapia Territorial” na Atenção Básica a fim de propiciar um cuidado continuado e coletivo pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) para as pessoas com dor crônica. Desde então, nos territórios da saúde, que compõem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) pela estratégia, vêm sido realizadas ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, onde a “Fisioterapia Territorial” se transformou em um projeto de Cuidados Integrados para a Dor Crônica, realizado de maneira interdisciplinar em todos os territórios. Descrição da Experiência:Este projeto inclui atividades semanais nas UBS com práticas corporais orientadas, educação em saúde em rodas de conversa e aplicação de técnicas das práticas integrativas e complementares, como auriculoterapia e Lian Gong. Participam do grupo profissionais da ESF e Núcleo de Apoio à Saúde da Família, onde, a cada encontro, são abordados assuntos relacionados ao autocuidado e promoção da saúde, tais como uso racional de medicamentos, incentivo à desmedicalização e uso de fitoterápicos, nutrição e alimentação, exercícios para relaxamento muscular, dentre outras que surgem de demanda dos usuários. Os usuários participantes são avaliados individualmente de maneira integrativa e depois convidados à participar do grupo. Os exercícios realizados são globais, funcionais e sem contraindicações, podendo todos os participantes realizar, dentro de sua condição e limitação funcional. Impactos:Algumas dificuldades encontradas para a qualificação do projeto é a dificuldade de retaguarda da Atenção Especializada para os casos de maior complexidade ou de reagudização do quadro álgico; a participação efetiva de profissionais que não são da reabilitação, a fim de ampliar o cuidado para além dos sintomas e disfunção; aumento da demanda reprimida, posto que os usuários que não conseguem acesso aos serviços especializados devido à dificuldade de locomoção para a reabilitação, visto que estes serviços ficam em regiões centrais, e os usuários preferem realizar o cuidado próximos de suas casas; falta de materiais para as práticas e auriculoterapia. Ao passo que as potencialidades dos grupos estão justamente no acesso ao cuidado, com trabalho realizado no território e próximo às pessoas; a maioria dos usuários relatam melhora no quadro álgico, na qualidade do sono, na percepção corporal, no autocuidado, no humor, nas atividades funcionais e laborais da vida diária, principalmente aqueles que recebem auriculoterapia concomitante aos grupos; realização de práticas corporais sem custo e sem necessidade de uso de materiais que gerem gastos para o usuário e serviço; redução da automedicação dos usuários; diminuição de consultas, exames e encaminhamentos para quadros de dor crônica para a Atenção Especializada (e consequentemente redução dos gastos em saúde); redução da medicalização e aumento do uso de fitoterápicos, massagem, termoterapia e autocuidado corresponsável. Considerações finais:Acreditamos que com esses benefícios, a proposta desse projeto possa servir de estímulo aos gestores e profissionais do SUS, para serem implantados em toda a Atenção Básica, no intuito de fortalecer a coletividade, o trabalho em equipe, a corresponsabilização do cuidado, promoção de práticas e ambientes saudáveis para além da doença e a desmedicalização da vida.

4144 Pse: saúde, educação e família
VALÉRIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, arlei barbosa da costa, erllen rayssa vaz da silva

Pse: saúde, educação e família

Autores: VALÉRIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, arlei barbosa da costa, erllen rayssa vaz da silva

  O programa saúde na escola (PSE) é uma parceria entre as secretarias de educação e saúde com a finalidade de reduzir os agravos a saúde dos educandos e assim beneficia-los com um melhor nível de rendimento escolar. De forma geral, além dos temas a serem trabalhados as equipes realizam um diagnostico de cada aluno e ao ser constatado qualquer alteração esses educandos são encaminhados para as unidades básicas de saúde, onde devem comparecer com seus pais ou responsáveis. No entanto onde estão esses pais? Atualmente a finalidade do PSE em nova Olinda do norte é incluir na parceria do programa a família, tornando cada pai/mãe um co-responsável pelos resultados desse programa. As equipes de saúde são vinculadas a um numero determinado de escolas e ambas assumem a responsabilidade de realizar ações de prevenção e promoção à saúde por meio de trabalhos variados que incluem avaliações clinicas e a discussão de temas como drogas, gravidez na adolescência, ist’s, praticas corporais, saúde bucal, saúde auditiva, alimentação saudável entre outros previamente pactuados pelo município. No município de nova Olinda do norte, além de serem trabalhados os educandos, as equipes também desenvolvem ações paralelas que incentivam a participação dos pais no âmbito escolar. Tanto as equipes pedagógicas quanto as equipes de saúde aproveitam os momentos de reuniões com as famílias para repassarem orientações de promoção e prevenção à saúde enfatizando os mesmos temas que são trabalhados em sala de aula nesses encontros com as famílias. Quanto às avaliações clinicas, a escola recebe das equipes de saúde uma relação dos alunos que apresentaram algum tipo de alteração e a mesma envia aos pais um encaminhamento do aluno para o serviço necessário. Dessa forma o pai/responsável deve ir à unidade básica de saúde para fazer o agendamento ao qual foi encaminhado. O não comparecimento desse aluno é informado à escola a qual torna a fazer contato com as famílias na tentativa de que o aluno receba atendimento clinico. Impacto Aos poucos as escolas estão conseguindo trazer esses pais para convívio acadêmico de seus filhos, no entanto, embora ainda seja baixo o numero de pais que participam dos encontros nas escolas, das atividades coletivas, das mobilizações e que comparecem nas unidades básicas de saúde, o objetivo do programa é aumentar cada vez mais e tornar essa parceria produtiva. Considerações finais A única forma de conseguirmos ter uma mudança real nos costumes e praticas errôneas dos nossos escolares é instigar a participação continua das famílias no âmbito escolar, uma vez que o empoderamento desses pais pode influenciar diretamente no comportamento de seus filhos e ate mesmo traze-lo de volta dos caminhos errados.

3852 O entendimento das mães sobre a relevância da consulta de enfermagem em puericultura
Vanessa Santarém da Silva, Cinthia e Silva Lira, Bruna Silva, Giovanna Costa, Jhonaliton Freitas, Gleidson Colares

O entendimento das mães sobre a relevância da consulta de enfermagem em puericultura

Autores: Vanessa Santarém da Silva, Cinthia e Silva Lira, Bruna Silva, Giovanna Costa, Jhonaliton Freitas, Gleidson Colares

A consulta de enfermagem constitui-se em uma importante estratégia de mudanças significativas para o cuidado prestado às crianças, pois as mães passam a entender a importância do aleitamento materno, da imunização, do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, da higiene correta, dos cuidados adequados a seus filhos e o valor do acompanhamento de puericultura. Este estudo tem como objetivo descrever a percepção materna em relação a consulta de enfermagem em puericultura e identificar os fatores que limitam na adesão regular às consultas em puericultura. Foi realizada uma Revisão de literatura de artigos científicos, no período de Janeiro de 2010 a Junho de 2017, o acesso à bibliografia foi realizado de dois modos: manualmente ou eletronicamente, os artigos foram obtidos através das bases de dados como da BIREME e nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Os seguintes descritores foram: saúde da criança, comportamento materno e puericultura. Foram selecionados 32 trabalhos conforme critérios de inclusão pré-estabelecidos, excluídos 22 e analisados 10 artigos para compor esta pesquisa. A pesquisa corrobola com Delane  et al (2016) que retrata que os maiores desafios para a consolidação da puericultura estão: obstáculos estruturais, falta de compromisso de alguns profissionais, divergências de condutas, déficit de conhecimento materno, profissionais desmotivados devido à sobrecarga de trabalho e deficiência de qualificação da equipe de saúde. De acordo com Neto ( 2010) avaliou a percepção das mães sobre a importância da puericultura, os resultados demonstraram que o baixo nível socioeconômico e a pouca escolaridade interferem na compreensão da importância da puericultura e de não levarem os filhos à consulta, em que o  estudo apontou os seguintes fatores para o insipiente comparecimento as consultas de puericultura: esquecimento do dia, falta de aviso, falta de tempo, questão do horário, insignificância e acaso, por tanto coloca-se a necessidade de introduzir o conhecimento às mães através da promoção à saúde, com técnicas e linguagem de fácil entendimento adaptando-se com a realidade individual. Vasconcelos et al (2012) ressalta que as consultas favorecem o cuidado das mães ao filho, proporcionando saúde de qualidade, por meio da promoção da saúde e prevenção de doenças. Conclui-se que as atribuições dos enfermeiros são representativas no momento que se consegue distribuir informação, retirar dúvidas e elevar a adesão dessas mulheres no programa de puericultura.