128: O específico das crônicas: as relações entre saúde e doença
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FEFF Sala 05 - Jirau    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
459 REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE A DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ
Wanessa Jéssica Dinelly da Luz de Azevedo, Géssica Lange Sarmento Gentil

REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE A DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ

Autores: Wanessa Jéssica Dinelly da Luz de Azevedo, Géssica Lange Sarmento Gentil

APRESENTAÇÃO: As Doenças Cardiovasculares são a maior causa de morte a nível mundial, sendo a Hipertensão Arterial um dos principais fatores de risco para o agravamento de problemas cardíacos. Quando associada à gestação, gera maior susceptibilidade tanto para a mãe quanto para o feto. A presente Revisão Integrativa da Literatura teve como objetivo identificar o perfil de gestantes que apresentam a Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) e as principais complicações observadas na atuação da Enfermagem através de publicações científicas de janeiro de 2010 a janeiro de 2016. DESENVOLVIMENTO: Foram pesquisados artigos, monografias e dissertações disponibilizados nos bancos de dados sciELO, LILACS e BDENF com os descritores “DHEG”, “Enfermagem” e “Gravidez e Hipertensão”. Após o descarte de repetições e atendimento aos critérios de inclusão, totalizou-se uma amostra de 11 publicações. Para a coleta de informações foi utilizado o instrumento validado por Ursi em 2005 e adaptado para este estudo. Os dados foram tratados através da Análise de Conteúdo de Bardin, organizados de maneira descritiva. Surgiram quatro categorias: Características dos estudos; Perfil das mulheres que apresentam complicações relacionadas à hipertensão na gravidez; Concepções sobre a DHEG, suas principais complicações e a Atuação do enfermeiro diante desta patologia. RESULTADOS: Todos os estudos foram escritos no idioma português. Quanto à metodologia utilizada na sua elaboração, 27,2% foram descritivos e retrospectivos. O Rio de Janeiro foi o Estado com maior número de publicações, correspondendo a 36,3% da amostra. Quanto ao local, 54,5% das pesquisas selecionadas foram realizadas em Hospitais ou maternidades. Foi revelado que a DHEG acomete em maior número mulheres pardas e houve convergência entre as pesquisas ao destacar como faixa etária de comum ocorrência 19 a 25 anos, assim como apontam a obesidade como um dos fatores predisponentes de maior destaque. Quanto à concepção das gestantes, notou-se entendimentos fantasiosos sobre a manifestação da patologia, assim como o medo de evolução a óbito. Como principais complicações envolvidas, destacaram-se:o aumento da mortalidade fetal, neonatal e materna, considerando a morbidade materna por insuficiência renal, pré-eclampsia severa, edema pulmonar e descolamento de placenta, com identificação de convulsão, inchaço generalizado, edema agudo de pulmão, complicações renais, hepáticas e cerebrais. As morbidades neonatais, por sua vez, incluíram o baixo peso ao nascer, prematuridade e síndrome do desconforto respiratório. Os estudos foram unânimes quanto à constatação da competência dos enfermeiros no reconhecimento dos sinais e sintomas sugestivos da DHEG e as condutas que deveriam ser adotadas diante desta situação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a DHEG acarreta medo, preocupação e ansiedade devido às suas repercussões para a saúde do binômio mãe-bebê. Assim, torna-se necessária a realização minuciosa do pré-natal para a identificação de riscos potenciais e acompanhamento da gestação, destacando a atuação do enfermeiro como educador quanto às orientações às gestantes sobre mudanças de hábitos neste período, além da abertura de espaços formais de discussão sobre esse assunto na Universidade, com indispensável realização de outros estudos que contribuam para futuras intervenções relacionadas a esta temática em saúde.

2143 DIABETES MELLITUS TIPO 2: FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO EM ADULTOS
Tainara Silva Thomaz, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

DIABETES MELLITUS TIPO 2: FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO EM ADULTOS

Autores: Tainara Silva Thomaz, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O crescimento e envelhecimento populacional, agregado a maior urbanização, obesidade e sedentarismo aumenta significativamente o número de diabéticos. O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a forma prevalente (90-95% dos casos) e a maioria dos pacientes com essa forma de diabetes apresenta sobrepeso ou obesidade, por consequência, a sua prevenção baseia-se em intervenções na dieta e na prática de atividades físicas, visando combater o excesso de peso. O controle de fatores de risco modificáveis do DM2, como dieta habitual, atividade física, tabagismo e excesso de peso, associa-se a redução na incidência da doença com ou sem histórico familiar. Desse modo, o objetivo do estudo foi verificar os fatores de riscos presentes nos adultos participantes da pesquisa para o Diabetes mellitus tipo 2. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa, realizado no mês de novembro de 2015, através de uma ação em saúde efetuada em um shopping no município de Santarém/PA, com a população adulta que aceitou participar do estudo, de acordo com a Resolução 196/96 da CNS. Os dados obtidos foram tabulados por meio da utilização do pacote estatístico Excel 7.0. A ação realizada contou com atividades voltadas para a prevenção do Diabetes mellitus e outras doenças, sendo ofertadas orientações sobre os alimentos que devem ser utilizados moderada ou raramente pelos indivíduos, dispondo-se da respectiva quantidade de açúcar em cada alimento, com o objetivo de chamar maior atenção dos participantes, para que ocorresse a conscientização sobre o risco do consumo exagerado dos alimentos para o surgimento do DM tipo 2 e outras patologias crônicas. Além disso, na atividade foram ofertados serviços básicos em saúde, como verificação da pressão arterial e da glicemia capilar. De acordo com os resultados encontrados, os participantes eram orientados quanto à necessidade de mudança de hábitos, bem como à procura de um serviço de saúde. Resultados e/ou impactos: participaram do estudo 19 pessoas, 42% proferiram ser solteiros, 58% autodeclararam-se pardos, 79% exercem atividade remunerada; em relação à renda familiar mensal, 21% expressaram obter 3 salários mínimos mensais; no que concerne aos fatores de risco não modificáveis no DM2, o gênero exerce significativa influência, juntamente com a idade e histórico familiar, desse modo, 58% eram do sexo masculino e 42% do feminino, é importante destacar que no Brasil e em todas as regiões, a prevalência do diabetes ocorre entre mulheres, ressaltando-se o gênero feminino como um fator de risco não modificável; a idade também denota um elemento de risco para o DM, visto o incremento de 2,7% na faixa de 30 a 59 anos para 17,4% na de 60 a 69 anos, em relação a faixa etária dos participantes (19 a 56 anos), média de 35 anos, 53% estão na faixa de 30 a 59 anos; Considerando o histórico familiar da doença, 53% atestaram não possuir nenhum caso, 26% afirmaram possuir familiares de 1º grau (pais, irmãos) e 21% de 2º grau (avós, tios ou primos), o histórico é relevante, observado que são mais propensas para desenvolver a doença pessoas que o possuem; no que se refere as condições passíveis de modificações pelo indivíduo e que contribuem para o surgimento da doença, o excesso de peso apresenta-se como relevante variável, em vista disso, a partir dos critérios do IMC, 42% apresentaram peso normal, 21% obesidade, 26% sobrepeso e 11% não verificaram peso e altura, a julgar a intima relação do DM2 com a obesidade, o equilíbrio do peso torna-se essencial para a sua prevenção, em razão do tecido adiposo aumentar a demanda por insulina no organismo, criando uma resistência a esta; todos afirmaram não ser ou não sabiam se eram diabéticos; na questão aliada ao tabagismo, 95% declararam nunca terem sido fumantes, também foi indagado se os participantes conviviam com alguma pessoa tabagista (fumante passivo), 74% disseram que não, 21% enunciaram já terem convivido e 5% emitiram que convivem; no que diz respeito ao consumo de bebida alcoólica, 37% asseguraram não utilizar, 37% alegaram o uso de uma a três vezes ao mês, 16% de uma a três vezes na semana e 11% menos de uma vez ao mês, evidências indicam que o tabagismo e o etilismo contribuem para o desenvolvimento de DM tipo 2, principalmente quando associados ao histórico familiar e obesidade; quanto à alimentação, foi questionada a frequência que os entrevistados iam à fast food, lanchonetes, lanches de rua ou pizzaria, 47% disseram ir frequentemente, 42% não frequentam e 11% raramente; no tocante ao consumo diário de frutas e/ou verduras, 84% afirmaram consumir e 16% não; relativo a prática de atividade física, 53% não efetuam nenhum tipo de exercício, 26% dizem desenvolver menos de três vezes por semana e 21%  mais de três vezes por semana. Cabe ressaltar que, atualmente, é recomendado pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica moderada na semana ou então, 75 minutos de atividade aeróbica vigorosa na semana. Além disso, dado que mudanças na alimentação inadequada (quantidade e qualidade) e inatividade física são efetivas na prevenção do DM e outras doenças, na medida em que se evita a obesidade, os aspectos dessas duas causas modificáveis devem ser consideradas, logo a quantidade energética ingerida deve ser adequada à atividade física e ser fracionada em 5 a 6 refeições/lanches diários, considerando que cerca de 80% dos pacientes recém-diagnosticados com o diabetes são obesos. Considerações finais: Em consideração as condições de risco que não são susceptíveis de alteração presentes nos colaboradores da pesquisa, que favorecem a ocorrência do DM tipo 2, 42% são do gênero feminino, 53% estão na faixa de 30 a 59 anos e 47% afirmaram possuir algum familiar do primeiro ou segundo grau com a doença, já em conformidade aos que decorrem da vontade pessoal para serem remodelados, 47% mostraram-se com sobrepeso ou obesos; 16% alegaram o consumo de bebida alcoólica de uma a três vezes na semana; 47% afirmam ir frequentemente à fast foods, lanchonetes, lanches de rua ou pizzaria e 53% não fazem nenhum tipo de atividade física. Assim, concebendo o atual contexto do Diabetes mellitus tipo 2, a prevenção assume papel irrevogável, tornando-se imperativo que a comunidade saiba como prevenir a doença, dirigindo-se aos profissionais de saúde, em especial ao enfermeiro, o fomento da educação em saúde com o propósito de identificar grupos de risco, educar e preparar a população.  

888 Principais diagnósticos de enfermagem mais evidentes em pacientes com Púrpura Trombocitopenica Imune: relato de experiência
Letícia Ivylla Nunes da Silva, Mônica Bianca Brasil Xavier da Silva, Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Eliane Andressa Moreira Navarro, Marcelle Monique da Cruz Soares, Maryllia Brunna Vieira Araújo, Sislândio Costa Bohry

Principais diagnósticos de enfermagem mais evidentes em pacientes com Púrpura Trombocitopenica Imune: relato de experiência

Autores: Letícia Ivylla Nunes da Silva, Mônica Bianca Brasil Xavier da Silva, Lília Maria Nobre Mendonça de Aguiar, Eliane Andressa Moreira Navarro, Marcelle Monique da Cruz Soares, Maryllia Brunna Vieira Araújo, Sislândio Costa Bohry

INTRODUÇÃO: a Púrpura Trombocitopênica Imunológica é conhecida também como auto imune (PTI), uma patologia hematológica frequente na infância, diagnosticada pela produção de autoanticorpos dirigidos contra proteínas da membrana plaquetária. Os sinais clínicos dessa enfermidade se dá pela presença de plaquetopenia, petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia e menorragia, quadro muito comum em crianças de 2 a 5 anos de idade. OBJETIVO: descrever os principais diagnósticos de enfermagem mais evidentes da PTI, relacionando-a com os achados clínicos em um paciente pediátrico em um ambiente hospitalar. METODOLOGIA: trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e bibliográfico a partir de um relato de experiência de um caso pediátrico em um hospital público localizado no Oeste do Pará, cuja base de dados foi definida por meio de uma revista eletrônica da Sociedade de Pediatria, do Rio Grande do Sul. RESULTADO E DISCUSSÃO: observou-se, a partir do relato de experiência, dentre os diagnósticos de enfermagem mais frequentes sobre a Púrpura Trombocitopênica Imune dentro de um setor pediátrico: Risco de sangramento, relacionado a coágulopatias intrínsecas; Risco da integridade da pele prejudicada relacionada a fatores mecânicos; Risco de infecção relacionada ao ambiente hospitalar e os procedimentos invasivos; Mucosa oral prejudicada relacionada a doença autoimune evidenciado por redução do nível das plaquetas; Conforto prejudicado relacionado ao ambiente hospitalar evidenciado pela ansiedade e a agitação da criança; Padrão alimentar em nível diminuído evidenciado pela gengivorragia. CONCLUSÃO: ao fim deste trabalho fora possível detectar a ampliação um conhecimento, ímpar, maior no âmbito da Púrpura Trombocitopênica Imune, proporcionando melhor visão a cerca dos diagnósticos de enfermagem, correlacionado a enfermidade estudada nessa clínica pediatria, visando, desde os cuidados físicos e os emocionais, facilitando, assim, a minimização dos danos decorrentes da purpura trombocitopenia imunológica no período da internação hospitalar deste menor.  

3353 PERCEPÇÃO DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE ACERCA DO SERVIÇO DE CONTROLE DA HIPERTENSÃO E DIABETES
ROSILENE DAS NEVES PEREIRA, Diego Micael Barreto Andrade, Luana Machado Andrade, DIESLLEY AMORIM DE SOUZA, ELIONARA TEIXEIRA BOA SORTE, BÁRBARA TEIXEIRA CARVALHO

PERCEPÇÃO DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE ACERCA DO SERVIÇO DE CONTROLE DA HIPERTENSÃO E DIABETES

Autores: ROSILENE DAS NEVES PEREIRA, Diego Micael Barreto Andrade, Luana Machado Andrade, DIESLLEY AMORIM DE SOUZA, ELIONARA TEIXEIRA BOA SORTE, BÁRBARA TEIXEIRA CARVALHO

 Apresentação: O desenvolvimento de políticas de atenção à saúde e avaliação da qualidade dos serviços pode se efetivar a partir da opinião do paciente. Desse modo, considera-se que a percepção do usuário sobre determinado serviço constitui-se como dado relevante para repensar a forma de organização da rede assistencial. Nessa perspectiva, o objetivo  desse estudo é verificar a percepção do paciente em hemodiálise sobre ações do serviço de controle de hipertensão e diabetes. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo qualitativo realizado em uma clínica de hemodiálise (HD) de um município do sudoeste da Bahia. Os participantes foram 25 pacientes da referida clínica elegidos a partir dos seguintes critérios: realizar HD, residir no município do estudo e que aceitar ser entrevistado mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).Os dados foram coletados no período de 23 de julho a 7 de agosto de 2015 nos respectivos dias da realização da HD, por meio de entrevista aberta semiestruturada, a partir de um roteiro elaborado pelos autores. As entrevistas foram transcritas e posteriormente analisadas através da análise temática, proposta por Bardin (2015).4 O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (CEP/UESB) sob nº do parecer 1.157.243.Resultados: As pessoas que participaram do estudo perceberam o serviço de controle de hipertensão e diabetes, com relação à doença renal, como elementar, embora conhecidamente imprescindível dentro do sistema de saúde, isso pelo descuido quanto à utilização das ferramentas de prevenção e controle desta patologia. Considerações finais: Acredita-se que ainda não é possível contemplar os objetivos do Plano de Atenção à Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus sem pensar em estratégias que contemple as limitações enfrentadas por usuários(as) e por profissionais.  

1540 VERIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS DO DIABETES MELLITUS EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO INTERIOR DO PARÁ
Andreza Cavalcante de Almeida Lopes, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Renan Fróis Santana, Tatiane Lima da Silva, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

VERIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS DO DIABETES MELLITUS EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO INTERIOR DO PARÁ

Autores: Andreza Cavalcante de Almeida Lopes, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Renan Fróis Santana, Tatiane Lima da Silva, Mariane Santos Ferreira, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Apresentação: O diabetes mellitus do tipo 2 é uma doença grave que mantem estreita relação com estilo de vida adotado pelo indivíduo, tendo como um dos seus fatores de risco o sedentarismo e excesso de peso. Objetivo: Investigar os possíveis fatores de risco para o diabetes mellitus do tipo 2 presentes em estudantes de uma instituição pública de Santarém. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal de cunho quantitativo, realizada no mês de maio de 2017, em uma instituição pública de ensino localizada na zona rural de Santarém, em meio as ações educativas na prevenção de agravos a saúde, realizada por acadêmicos e professores do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará Campus XII. Os dados coletados abrangeram teste de glicemia, índice de massa corpórea, pressão arterial, informações sobre o histórico familiar e prática de atividade física. Estas informações foram analisadas no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: Dos participantes avaliados 100% apresentaram glicemia normal, 27% apresentaram excesso de peso com índice de massa corpórea superior a 25 kg/m², 23% apresentaram valores de pressão arterial diastólica ≥ 140 mmHg, 27% afirmaram possuir no histórico familiar de 1° grau com diagnostico de diabetes e 50% informaram possuir parentesco de 2° grau com diagnóstico de diabetes, em relação a prática  de atividade física 59% informaram faze-la, porém  com duração de trinta minutos ao dia ou totalizando quatro horas em uma semana. Considerações finais: A principal ferramenta de combate e redução dos casos de diabetes mellitus do tipo 2, continua sendo a prevenção dos seus fatores de risco. A troca e aquisição de experiência na execução destas ações em saúde evidenciam a importância da Enfermagem na educação em saúde.

3857 A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHANTE NO TRATAMENTO DO PACIENTE ACOMETIDO POR LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA.
Isabelle Vasconcelos de Sousa, Samuel Lima Ferreira, Arinete Véras Fontes Esteves, Ellen Pessoa Rocha

A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHANTE NO TRATAMENTO DO PACIENTE ACOMETIDO POR LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA.

Autores: Isabelle Vasconcelos de Sousa, Samuel Lima Ferreira, Arinete Véras Fontes Esteves, Ellen Pessoa Rocha

A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) abrange aproximadamente 80% de todos os casos de câncer em crianças e se tornou o mais comum na faixa etária pediátrica, representando cerca de 30% das doenças malignas em pacientes com menos de 15 anos de idade. A LLA ocorre quando células-tronco se tornam linfoblastos, linfócitos B ou T e não se maturam, resultando assim em células funcionalmente comprometidas, incapazes de combater infecções. O tratamento é longo e extenuante, podendo ocasionar o desfecho de cura em anos ou a não resposta à terapia, submetendo o paciente a vários protocolos de tratamentos em busca da melhoria do quadro clínico e sobrevida. Objetivo: Analisar resultados obtidos sobre pacientes acometidos com LLA tratados na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM), destacando a relevância do acompanhante no tratamento do paciente. Metodologia: Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, de caráter documental, sobre os casos de 43 pacientes tratados na FHEMOAM portadores de LLA, na faixa etária de 0 a 19 anos incompletos, no período de janeiro a dezembro de 2014. Resultados e/ou impactos: Durante a pesquisa realizada, observou-se através dos dados obtidos que as faixas etárias de 4 e 6 anos apresentaram valor significante de 20,9%, acompanhados pela idade de 3 e 5 anos com 9,3% cada, os adolescentes apresentaram um menor percentual de acometimento da doença. A idade do diagnóstico dos pacientes é precoce, já que 64,9% dos pacientes diagnosticados com esta doença apresentavam entre 01 e 05 anos de idade. Identificou-se a prevalência de acompanhantes do sexo feminino (N=92,6%). Os acompanhantes com idade menor que 30 anos representaram 20% do total, enquanto os que possuem mais de 30 anos, 80%. As preocupações das mães concentravam-se em enfrentar os sintomas físicos do paciente provenientes da situação de tratamento, dando importância à criança e dedicando integralmente seu tempo para cuidar do filho. Ainda que haja apoio para essa criança e seu acompanhante, o impacto da doença no seu núcleo familiar é massivo. No processo de enfrentamento das dificuldades conhecidas, estas devem ser contornadas através de uma comunicação efetiva com os envolvidos no cuidado da criança, e as tomadas de decisões devem ser partilhadas. Considerações finais: A Leucemia Linfoblástica Aguda é uma doença crônica em que o sistema imunológico do paciente se torna debilitado, sua maior incidência ocorre em crianças abaixo de 5 anos, estabelecendo uma responsabilidade maior aos acompanhantes em relação ao início/manutenção do tratamento. Deve-se envolver o acompanhante como um dos agentes ativos no processo do cuidar, estabelecendo uma relação através da educação em saúde e levando em consideração seus conhecimentos, que também são importantes para um cuidado eficiente na prevenção de infecções oportunistas e suas consequências.

5306 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CÂNCER PULMONAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA AMAZÔNIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Antenor Matos de Carvalho Junior, Ana Flávia Chaves de Souza, Poliana Ulatoski

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CÂNCER PULMONAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO DA AMAZÔNIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Antenor Matos de Carvalho Junior, Ana Flávia Chaves de Souza, Poliana Ulatoski

APRESENTAÇÃO: Dentro do cotidiano da enfermagem, assim como nas demais áreas da saúde, permanecemos em constante contato com pessoas que apresentam patologias distintas, necessitando de uma avaliação apurada dos profissionais e um cuidado integral ao indivíduo. O câncer pulmonar, por sua vez, é uma patologia pertencente ao grupo de doenças respiratórias e tem 90% dos casos relacionados ao tabagismo, sendo que os outros 10% divididos em fatores ocupacionais, ambientais e genéticos. O objetivo deste estudo é relatar a experiência vivenciada por duas acadêmicas do curso de graduação em enfermagem, acerca da sistematização da assistência de enfermagem aplicada a paciente portadora de Câncer de Pulmão. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo foi realizado de forma qualitativa-descritiva, através do relato de experiência. As informações foram obtidas com base no prontuário de uma paciente internada em um Hospital da cidade de Santarém-PA, seguida da coleta e validação de dados. A construção dos diagnósticos de enfermagem teve como auxílio o livro de Diagnósticos de Enfermagem, NANDA. RESULTADOS: Observamos que a nutrição estava sendo realizada por meio de sonda nasoenteral, em decorrência de um Acidente Vascular Encefálico, o que lhe impossibilitava de deglutir os alimentos, quanto a perfusão periférica o enchimento capilar ocorria em 6 segundos, tornando-a ineficaz, o padrão respiratório ineficaz devido ao uso da musculatura acessória para respirar, presença de ruídos estridores em base e consequente algia torácica. Alguns riscos foram identificados à paciente como: risco de quedas, pois em todas as visitas ao quarto nos deparávamos com as grades laterais do leito rebaixadas, risco de integridade da pele e úlcera por pressão associamos ao longo período acamada, presença de hiperemia na região sacrococcígea e evidente atrito do colchão com a pele e pressão sob as proeminências ósseas, risco de broncoaspiração, em virtude da necessidade de oxigênioterapia contínua e ainda o risco de infecção, por conta da presença de acesso venoso, uma porta de entrada para infecções. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Falar e viver o câncer para qualquer pessoa é difícil, pois abala as estruturas emocionais, tanto para quem está com a neoplasia, à família, bem como, a equipe multiprofissional, os quais presenciam todos os dias a luta do paciente. Notamos a alta incidência em números de casos de Câncer de Pulmão nos últimos anos e os avanços nesta área, a oncologia requer profissionais aptos ao cuidado humanizado para com o paciente, outrora sabemos da importância da busca pela prevenção de neoplasias pulmonares e realização periódica de exames para detectá-las precocemente, para uma mais eficaz intervenção.

1440 CÂNCER COLORRETAL: ÍNDICE DE NOVOS CASOS REGISTRADOS E OCORRÊNCIA DE ÓBITO NOS ANOS DE 2013 E 2014 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM
Ana Paula Almeida Alvarenga, Andreia do Amaral Alves, Albanira Dias Bruce, Elzo Everton vieira

CÂNCER COLORRETAL: ÍNDICE DE NOVOS CASOS REGISTRADOS E OCORRÊNCIA DE ÓBITO NOS ANOS DE 2013 E 2014 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

Autores: Ana Paula Almeida Alvarenga, Andreia do Amaral Alves, Albanira Dias Bruce, Elzo Everton vieira

A incidência de novos casos e óbito pelo câncer colorretal tem aumentado a cada ano, configurando um problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, devido a extensão do território nacional e as diferenças socioeconômicas, percebe-se a necessidade de implantar políticas públicas voltadas para o rastreamento do câncer colorretal na população saudável, evitando assim que a doença seja diagnosticada em estágio avançado, fator determinante para o aumento da mortalidade pela neoplasia. O objetivo do trabalho foi verificar o índice de novos casos e óbito por câncer colorretal, entre os anos de 2013 e 2014 em um hospital de referência em oncologia no município de Santarém, Pará. Trata-se de um estudo retrospectivo que incluiu pacientes com câncer colorretal registrados no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) nos anos de 2013 e 2014. O gênero feminino foi o mais prevalente (n=25/58%), com idade média de 66 a 75 anos (n=11/52%), sendo a maioria proveniente da cidade de Santarém (n=28/65%), sede do HRBA. Percebeu-se diminuição dos índices de novos casos e óbito pela doença entre os referidos anos, onde, dos 43 casos, 23 foram diagnosticados no ano de 2013. Do total de pacientes, 10 evoluíram a óbito, notando-se declínio de 2013 para 2014 (n=7/70%; n=3/ 30%). A maioria dos pacientes registrou-se com estágio indeterminado (n=18/42%), contudo grande parte dos demais, encontrava-se em estágio III da doença n=13/30%). Compreende-se, portanto, que é urgente a necessidade da implantação de políticas públicas ainda na atenção primária, voltadas para o rastreamento do câncer colorretal, fator predisponente para que a doença seja prevenida e/ou diagnosticada em estágio inicial. É imprescindível que a equipe multiprofissional de todas as esferas de atenção esteja capacitada e apta a identificar os fatores de risco aos quais a população está exposta, bem como organizar ações preventivas e de conscientização sobre a doença.

927 FALTA DE MEDICAÇÃO PARA O CONTROLE DOS EFEITOS ADVERSOS DECORRENTES DO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
Diego Lucas Teixeira Vieira

FALTA DE MEDICAÇÃO PARA O CONTROLE DOS EFEITOS ADVERSOS DECORRENTES DO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Autores: Diego Lucas Teixeira Vieira

O tratamento quimioterápico e radioterápico do câncer frequentemente vem acompanhado de uma variedade de efeitos adversos indesejáveis decorrentes do uso da radiação e ou medicação, como consequência disso os prescritores veem a necessidade de prescrever uma série de medicamentos para o tratamento paliativo com o intuito de tornar menos sofrível e melhorar a qualidade de vida do paciente durante o tratamento oncológico. O presente trabalho se propõe a elencar os principais medicamentos utilizados no combate aos efeitos adversos do tratamento oncológico e avaliar a sua disponibilidade nos municípios integrantes da regional de saúde de Ponte Nova, ou seja, será feito um estudo se os medicamentos se encontram disponíveis para a população. O paciente em tratamento com medicação antineoplásica muitas vezes sai da consulta médica com prescrições de outros medicamentos, como vitaminas, suplementos nutricionais e medicação paliativa para controle dos efeitos adversos, tais como, diarreia, constipação, depressão, ânsia de vômito, entre outros. Muitos desses medicamentos fazem parte da RENAME, porém muitas vezes nos deparamos com a paciente custeando essa medicação do próprio bolso, e nos casos em que a paciente não tem condição financeira suficiente para adquirir essa medicação ela precisa recorrer a ONGs, doações, judicialização ou até mesmo sofrer com o desconforto desses efeitos adversos durante o seu tratamento, então o trabalho tem como objetivo elencar os principais medicamentos paliativos prescritos para auxílio da diminuição dos efeitos adversos decorrentes da terapia antineoplásica, identificar os principais efeitos adversos decorrentes da terapia antineoplásica, a medicação mais prescrita para o combate a esses efeitos e avaliar a disponibilidade desses medicamentos paliativos nas farmácias públicas dos municípios da regional de saúde de Ponte Nova. É justificável que com o atual financiamento da Assistência Farmacêutica não seja possível ter a disponibilidade de todos os medicamentos, inclusive até mesmo a RENAME não disponibiliza toda a medicação listada nesse estudo, além disso existe impasses com relação a responsabilidade do fornecimento da medicação onde não é bem claro e estabelecido até onde vai a obrigação do hospital oncológico e onde começa a obrigação do município, pois segundo a portaria 874/2013 o fornecimento da medicação oncológica é de responsabilidade dos hospitais especializados porém a legislação é vaga no que diz respeito à medicação adjuvante, algumas reações indesejadas causadas pelo tratamento com antineoplásicos apresentam uma escassez maior que as outras, é o caso da constipação intestinal, sintoma que causa um desconforto enorme para o paciente e que praticamente todos os municípios da região de saúde não possuem nenhum medicamento para o seu tratamento, com exceção de Cajuri, Santa Cruz do Escalvado, Amaparo do Serra e Ponte Nova que possuem o bisacodil, apenas Ponte Nova possui a lactulose e nenhum município possui supositório de glicerina ou óleo mineral. O mesmo quadro se repete para a diarréia, onde apenas Ponte Nova possui o medicamento loperamida que é o principal recurso para controle das evacuações. Para o tratamento de dor crônica houve uma grande variação na disponibilidade dos medicamentos, porém nessa situação temos um atenuante que é a disponibilidade de protocolo de tratamento de dor crônica pelo componente especializado do SUS, então na falta dessa medicação na prefeitura o prescritor pode requerer o seu fornecimento por via rápida para o paciente por meio de preenchimento de formulário para solicitação da medicação pelo Estado (Portaria GM/MS nº 1554 de 30 de julho de 2013), porém isso muitas vezes não é feito e acaba a paciente procurando no município ou por via judicial um medicamento que é fornecido pelo Estado. A situação mais complicada é o caso da Ondansetrona também conhecida pelo nome comercial Vonau® que é o medicamento de escolha para tratamento de náuseas e vômitos em associação com a dexametasona e um dos medicamentos para tratamento paliativo dos efeitos indesejados da terapia antineoplásica mais prescritos, pois essa medicação apesar de estar presente na lista da RENAME não foi padronizada em nenhum município da região de saúde, as outras opções padronizadas não possuem o mesmo mecanismo de ação e a mesma eficácia, sendo assim nessa situação o paciente tem poucas opções, ou compra o medicamento ou procura a via judicial. Alguns sintomas como a agitação psicomotora, insônia e depressão apresentam uma variação na disponibilidade das medicações, sendo que no mínimo dois medicamentos sempre estão disponíveis em todos os municípios, nessa situação seria interessante um trabalho junto com os prescritores para divulgação dessa disponibilidade para que as sejam preferencialmente prescritos esses medicamentos que estão disponíveis. Apesar de que a maioria dos medicamentos para tratamento dos efeitos adversos decorrentes da terapia antineoplásica está disponível nos municípios da região de saúde de Ponte Nova foi constatado que alguns medicamentos importantes e essenciais como a ondansetrona, o bisacodil, loperamida, lactulose, naproxeno não foram padronizados, além de outros que possuem uma grande variação da disponibilidade entre os municípios, fica a impressão de que os medicamentos que estão disponíveis tem sua presença garantida por outros critérios epidemiológicos independentes da questão oncológica, pode ser que no momento da padronização esse tratamento paliativo da terapia antineoplásica simplesmente não é levado tanto em consideração ou colocado em pauta devido à baixa demanda, além disso acontece também que mesmo medicamentos que são disponibilizados pelo Estado por meio do componente especializado da Assistência Farmacêutica deixam de ser distribuídos por falta de orientação dos prescritores quanto a sua disponibilidade,  preenchimento da documentação ou mesmo descaso pela busca dessa informação, com isso a paciente acaba tendo que comprar a medicação, apelar para a via judicial onerando ainda mais o sistema ou até mesmo abandonando o tratamento devido a esses efeitos colaterais. É necessário a criação de financiamento específico para a aquisição desses medicamentos pois o recurso da assistência farmacêutica já é limitado e muitas vezes impede a inclusão de novos medicamentos na REMUME, principalmente aqueles com demanda relativamente baixa, é preciso também uma legislação específica para que fique bem claro a responsabilidade de cada ente federativo e quais medicações devem ser priorizadas, além disso deve haver um trabalho multidisciplinar envolvendo os médicos, farmacêuticos e os gestores municipais para a padronização da medicação mais utilizada nesse tratamento para que seja feita a inclusão desses medicamentos na REMUME ou então a adequação da receita na medida do possível para a medicação já disponibilizada, para que o paciente tenha uma qualidade de vida um pouco melhor durante o seu tratamento que em si já é muito torturante.

2375 RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA GINECOMASTIA RESULTANTE DE HORMONIOTERAPIA ANTI-NEOPLÁSICA PROSTÁTICA: Relato de experiência.
Jamil Michel Miranda do Vale, Érika de Cássia Lima Xavier Barros, Maria Margarida Costa de Carvalho, Sandra Suely Oliveira

RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA GINECOMASTIA RESULTANTE DE HORMONIOTERAPIA ANTI-NEOPLÁSICA PROSTÁTICA: Relato de experiência.

Autores: Jamil Michel Miranda do Vale, Érika de Cássia Lima Xavier Barros, Maria Margarida Costa de Carvalho, Sandra Suely Oliveira

Apresentação:As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (2017), para o biênio 2016/2017, são de 61.200 novos casos de câncer de próstata, apesar de sua elevada incidência, se descoberto precocemente possui altas taxas de cura. Neste sentido, no que concerne ao tratamento,a realização do exame do antígeno prostático específico (PSA) contribuiu para a redução dos casos. Concomitante, variados estudos corroboram que pacientes com neoplasia de próstata localmente avançada classificados como alto risco apresentam benefício de sobrevida quando submetidos a hormonioterapia (HT) de longo curso (24 a 36 meses) associada a radioterapia (RT) (HORWITZ et al., 2001; HANKS et al., 2003). Contudo, os efeitos colaterais mais freqüentemente relatados pelos doentes foram ginecomastia (50%) e algia mamária (40%), enquanto naqueles submetidos à castração cirúrgicaou hormonal o desinteresse sexual, fraqueza muscular, ondas de calor e maior tendência àosteoporose e estados depressivos foram os achados mais evidentes. As fraturassecundárias à osteoporose, nesse último grupo, são expressivamente mais frequentes (SEE et al., 2002). A ginecomastia corresponde a proliferação benigna de tecido glandular mamário, no campo da urologia, em especial pacientes com câncer de próstata e tratamento hormonal estão associados a uma prevalência de 15% no caso de bloqueio hormonal completo e 75% em monoterapia (ATLAS DA SAÚDE, 2017).Diante disto, pretende-se relatar o manejo terapêutico de paciente com ginecomastia proveniente de terapia de combate a câncer de próstata. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de natureza exploratório e descritivo com abordagem qualitativa. A experiência ocorreu em um Hospital de referência em Oncologia, no município de Belém, Estado do Pará, no segundo semestre de 2017, no acompanhamento de um paciente acometido por neoplasia prostática. R.O.F., 66 anos, alfabetizado, agricultor, divorciado, 5 filhos. Um caso de câncer na família ocorrido com sua irmã. Nega HAS e DM ou demais patologias. Nega alergias a medicamentos ou alimentos e vícios. Em 2004, apresentou quadro de prostatismo leve e nictúria há aproximadamente 27 dias. Realizou PSA com resultado de 31,6. Em fevereiro de 2005 por meio de biopsia prostática foi diagnosticado com Adenocarcinoma. Exame de Cintilografia não revelou metástases. Tratamento de escolha após radioterapia: 40 aplicações. Após sessões de radioterapia iniciado Zoladexde 3 em 3 meses. Em 2008, apresentou ginecomastia à Esquerda e impotência. Em 2011, solicitado castração, porém paciente resistente ao procedimento.Reicidivando doença, em 2014, PSA 19ng/mL, iniciado uso detamoxifeno. Em 2017, indicado radioterapia para mama realizando 10 sessões e segue em controle fazendo uso da bicalutamida. Resultados: Após descoberta de câncer de próstata o tratamento de escolha seria a prostatectomia, ou segundo Comitê Brasileiro de Estudos em Uro-Oncologia (CoBEU) a terapia hormonal adjuvante (THA) associado a radioterapia em câncer de próstata clinicamente localizado ou localmente avançado. Assim o esquema indicado seria o uso de HormônioLiberadordoHormônioLuteinizante (LHRH), com início no 1º dia de radioterapia, continuando até o 3º ano (CoBEU, 2002). Todavia,o paciente se manteve resistente ao procedimento sendoindicado terapia hormonal como Zoladexcom início, somente 10 dias após finalização de radioterapia devido o uso dessa medicação estar associado com aumento transitório do tumor, podendo alterar o campo do tratamento.O bloqueio da via de produção da testosterona, em suas diferentes etapas, é o alvo principal da hormonioterapia para o tratamento do câncer de próstata, a denominada terapia de deprivação androgênica ou “castração”, que pode ser medicamentosa ou cirúrgica (orquiectomia bilateral) (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, 2017). Em 2006 apresentou quadro de fraqueza, falta de apetite, dor abdominal e ondas de calor após Zoladex, impotência, nictúria e constipação intestinal, sendo suspenso medicação devido solicitação do paciente no período de 2005 a 2007 e PSA com níveis0,02.Há não adesão a castração cirúrgica e suspensão de tratamento hormonal, trouxe como consequências arecidiva da doença com presença de ginecomastia, paciente segue em acompanhamento ambulatorial. Considerações finais: Portanto, embora todos os recursos tenham sido utilizados para controle da doença, ainda é possível esbarrar na questão cultural como fator para não adesão ao tratamento, principalmente no que diz respeito à virilidade do homem e ainda com o surgimento da ginecomastia que reforça o desconforto com sua auto-imagem. Por outro lado, apesar de a terapia hormonal podermelhorar os resultados terapêuticos do câncer depróstata, ela aumenta efeitos colaterais, uma vez que o mecanismo sinérgico da HT a RT ainda não ecompletamente compreendido (FRANCO; SOUHAMI, 2015), fazendo-se necessário um olhar integral sobre os riscos e benefícios relacionados a terapia empregada. REFERÊNCIAS: ATLAS DA SAÚDE. Ginecomastia. 2017. Disponível em:<http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/aumento-do-tecido-mamario-afeta-entre-40-65-dos-homens-apos-os-50>. Acesso em: 20nov. 2017. COMITÊ BRASILEIRO DE ESTUDOS EM URO-ONCOLOGIA (CoBEU). Uso e Indicações de Bloqueadores Hormonais no Câncer de Próstata. 2002. Disponível em:<http://www.evidencias.com.br/pdf/publicacoes/1b6efa88ce1b2ce4283f7dd5f3204694.pdf>. Acesso em: 20nov. 2017.   FRANCO, R. C.; SOUHAMI, L. Radioterapia e Hormonioterapia no Câncer de Próstata de Risco Intermediário: uma Revisão Crítica. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 61, n. 2, p. 155-163, 2015. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/rbc/n_61/v02/ pdf/10-revisao-de-literatura-radioterapia-e-hormonioterapia-no-cancer-de-prostata-de-risco-intermediario-uma-revisao-critica.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2017. HANKS, G. E. et al. RTOG 92-02: A phase III trialofthe use oflongterm total and rogen suppression following neoadjuvant hormonal cytoreduction and radiotherapy in locallya dvanced carcinoma oftheprostate. J Clin Oncol, v. 21, n. 21, p. 3972-8, 2003. HORWITZ, E. M. et al. Subsetanalysis of RTOG 85-31 and 86-10 indicates an advantage for long term vs. short-term adjuvant hormones for patients with locally advanced prostate cancer treated with radiationtherapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys, v. 49, n. 4, p. 947-56, 2001. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Oncologia: Hormonioterapia no câncer de próstata. Disponível em: <https://www.einstein.br/especialidades/oncologia/ exames-tratamentos/hormonioterapia -cancer-prostata>. Acesso em: 25 nov. 2017. 

4067 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO COM NEOPLASIA DE ESÔFAGO
JOÃO ENIVALDO SOARES DE MELO JUNIOR, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Jairo Pereira Moraes, Josué Rodrigues de Sousa, Cléo da Costa Araújo

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO COM NEOPLASIA DE ESÔFAGO

Autores: JOÃO ENIVALDO SOARES DE MELO JUNIOR, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Jairo Pereira Moraes, Josué Rodrigues de Sousa, Cléo da Costa Araújo

Introdução: Conceitua-se o Processo de Enfermagem como uma construção teórica-metodológica ao cuidado prestado por profissionais de Enfermagem aos usuários do serviço de saúde, sendo o instrumento determinante para uma assistência eficiente e eficaz, bem como um método documental para registrá-la. As fases do PE são: coleta de dados de Enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação. Logo, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) serve para operacionalizar este processo. Objetivo: Sistematizar a assistência de enfermagem à uma paciente portadora de neoplasia de esôfago. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, vivenciado no mês de junho de 2017 durante a prática da atividade curricular Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva, da Universidade Federal do Pará. O local do estudo foi um hospital universitário, referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias em Belém do Pará. Durante a experiência, aplicou-se o processo de enfermagem. Os dados foram coletados no prontuário do paciente, analisados, identificados os diagnósticos de enfermagem e implementadas as intervenções de enfermagem necessárias afim de obter os resultados esperados, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. O paciente foi selecionado de forma aleatória para o estudo. Tratava-se de um paciente crítico em 2º dia de CTI que evoluia +/- 6 meses com epigastralgia, perda ponderal, plenitude gástrica, náuseas e vômitos, pirose e refluxo-gastrointestinal. Atentou-se para o histórico do paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. Resultados: Após observar os achados, destacaram-se os diagnósticos de enfermagem: proteção ineficaz, risco de aspiração e integridade tissular prejudicada. As intervenções de enfermagem foram estabelecidas com base nos diagnósticos, das quais destaca-se: avaliar a presença de sinais flogísticos em cateter e/ou venóclise além de realizar troca de curativos com soluções determinadas por técnicas assépticas e desinfecção dos dispositivos de administração de medicações; monitorar nível de consciência; avaliar padrão respiratório, realizar aspiração da via aérea e avaliar sinais de insuficiência respiratória, registrar mudanças na SatO2, SvO2, CO2, corrente terminal e mudanças nos valores da gasometria arterial, manter a permeabilidade das vias aéreas e manter equilíbrio Eletrolítico e acidobásico; Conclusão: A utilização da sistematização da assistência em Enfermagem, bem como o processo de Enfermagem, são instrumentos valiosos e essenciais para a condução na organização dos serviços e dos cuidados prestados a esses profissionais. Entretanto, infere-se a alta complexidade desse instrumento no início da vida acadêmica, haja vista a relação a ser feita entre as teorias que norteiam a enfermagem, as necessidades humanas básicas, o raciocínio lógico-crítico-reflexivo e os instrumentos de cuidado da profissão, conduzindo o aprendiz a prática do raciocínio clínico. Evidenciando a importância da SAE no para a equipe de saúde e os resultados alcançados através das intervenções propostas.

1113 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Hellen Cristina Avila, Paula Joyce Lages

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

Autores: Hellen Cristina Avila, Paula Joyce Lages

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo viabilizar o conhecimento do profissional de enfermagem quanto aos cuidados a pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), buscando contribuir na melhoria da qualidade de vida. O estudo buscou identificar o que versa a literatura sobre a sistematização da assistência de enfermagem para pacientes com LES e quais as medidas gerais no cuidado a estes pacientes. Logo, o estudo busca descrever a sistematização da assistência de enfermagem para pacientes com LES, além de identificar as medidas gerais no cuidado com base na literatura. As doenças autoimunes apresentam sua base firmada em um tripé, formado por fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Onde apenas um desses fatores ou a associação dos mesmos promove o aparecimento de uma doença autoimune. O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, multissistêmica e crônica caracterizada por um vasto conjunto de autoanticorpos, particularmente anticorpos antinucleares ou fatores antinúcleo (FANs).Trata-se de uma patologia que afeta predominantemente o sexo feminino, na idade entre 20 e 60 anos. Suas principais manifestações clínicas são febre, lesões na pele, articulações e sistema renal e em torno de 80 a 100% dos casos de LES, as articulações, a pele e o sangue são as áreas mais afetadas as alterações no sistema nervoso central e cardiopulmonar ocorrem em mais de 50 % dos pacientes e em cerca de 10% deles ocorre trombose causada pela produção de anticorpos anticardiolipina. As limitações e alterações físicas e biológicas causadas pelo quadro de LES afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes por ele acometida e a pratica dos profissionais. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia que presta o cuidado de enfermagem fundamentado cientificamente, contribuindo para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde individual, familiar e da comunidade, fornecendo uma assistência de qualidade. A Enfermagem responsabiliza-se pela reabilitação, tanto na fase aguda da doença ou patologia, como na fase crônica, e suas ações o envolvem para atender as necessidades nos cuidados de saúde dos pacientes individualmente, impulsionando os mesmo a avaliarem sua prática no sentido de examinar, descrever, explicar e determinar os aspectos dessas respostas que exijam uma intervenção de enfermagem. MÉTODOS Trata-se de um estudo de revisão de literatura, de cunho descritivo que analisou estudos publicados em revistas científicas e livros. Para as buscas dos artigos utilizaram-se os descritores: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, identificados no Descritores em ciência da saúde (DESC). Foram capturados 75 artigos nas bases de dados, após a leitura foram excluídos 29 que estavam repetidos e incompletos nas bases acessada e por fim foram selecionados 21 para a elaboração da revisão descritiva. Após a leitura dos 21 artigos, destacamos os pontos principais de informação sobre o tema principal do estudo que é a LES e assistência de Enfermagem, desta forma construímos um texto para análise e desenvolvimento dos resultados, com o intuito da obtenção do objetivo deste estudo. Como forma de tornar didática a compreensão dos cuidados de enfermagem e a LES, desenvolvemos uma tabela orientadora com eixos norteadores de DOMINIO, DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES, perfazendo um total de 12 domínios que se sustentam através Diagnostico de Enfermagem Da North American Nursing Diagnosis Association (Nanda). RESULTADOS E DISCUSSÃO A Sistematização da Assistência de Enfermagem para pacientes com LES O LES atinge em sua maioria adultos acometendo preferencialmente áreas expostas á luz solar, caracterizada por áreas de vários tamanhos, eritematosa, descamativas, bem definidas, que evoluem deixando cicatriz na face ou no couro cabeludo. Embora a doença afete todas as raças, estudos norte-americanos mostram prevalência de três a quatro vezes maiores em mulheres negras do que em brancas, acometendo entre 12 mulheres para cada homem, o que justifica a predominância de pacientes, em idade reprodutiva o acometimento de diversos órgãos e/ou sistemas pode ocorrer de forma simultânea ou sequencial e a frequência varia conforme a composição étnica e o tempo de evolução da doença. Entre as manifestações clinicas mais frequente destacam-se as lesões de pele denominadas de vespertilio ou asa de borboleta, em maças do rosto e dorso do nariz, discoides que são bem delimitadas e profundas, dores nas articulações das mãos, Inflamação pleural no pericárdio e renal, alterações sanguíneas tais como diminuição dos glóbulos vermelhos e brancos, linfócitos ou plaquetas, a hipertermia mesmo na ausência de infecção o emagrecimento e a astenia, a hepatoesplenomegalia e gânglio também podem ocorrer em fase ativa da doença. As doenças crônicas como LES, ao longo de sua evolução concorrem com comprometimento clinico e funcional distinto como importante impacto na vida dos pacientes, os sentidos atribuídos pela pessoa acometida por essa doença pode influenciar no seu tratamento e na forma de como lidar com as dificuldades e com os percalços implícitos nesse processo. A assistência de enfermagem deve ser voltada para o fornecimento de informações sobre a doença, os cuidados de controle diário e suporte social. O ensino do autocuidado é um aspecto essencial para promover maior independência ao individuo no momento de lidar com alterações relacionadas ao distúrbio, ao regime terapêutico, as reações adversas de medicamentos e a sua segurança em casa. A sistematização dos cuidados, com bases em modelos teóricos, proporciona meios para organizar, analisar e interpretar dados dos clientes, ressaltando que, através do processo de enfermagem os cuidados prestados são individualizados e direcionados aos problemas de saúde do paciente que requerem assistência de enfermagem. O processo de diagnóstico de enfermagem (DE) tem como foco as respostas humanas às enfermidades seu tratamento e os processos de vida de cada paciente. As manifestações aqui apresentadas estão relacionadas principalmente as alterações orgânicas acarretadas pela doença crônica e autoimune LES, uma vez que as limitações físicas afetam os pacientes em seus aspectos emocionais e sociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização dos diagnósticos de enfermagem possibilita o aprimoramento e atualização dos conhecimentos em enfermagem, na tentativa de identificar e reconstruir uma melhoria na qualidade de vida de cada paciente, proporcionando uma relação enfermeiro e paciente sempre buscando o sucesso nas intervenções prestadas evitando complicações decorrentes da doença. O desenvolvimento de uma estratégia para a melhoria da qualidade de vida do paciente com LES requer uma atenção voltada para seus principais problemas e agravantes. Durante as buscas de artigos para a elaboração deste estudo observou-se que o LES interfere na qualidade de vida principalmente pela falta de informação sobre a doença levando muitos pacientes a ter uma baixa autoestima piorando assim o enfrentamento.   

1259 USO DA PAPAÍNA ASSOCIADA AOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NO TRATAMENTO DE LESÕES DO TIPO PÉ DIABÉTICO
MARIA CRISTINA CHIAPINOTTO, MARIA BEATRIZ ALVES

USO DA PAPAÍNA ASSOCIADA AOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NO TRATAMENTO DE LESÕES DO TIPO PÉ DIABÉTICO

Autores: MARIA CRISTINA CHIAPINOTTO, MARIA BEATRIZ ALVES

  APRESENTAÇÃO: Pé Diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos. O paciente com lesão do tipo pé diabético demanda da enfermagem uma assistência sistematizada a fim de beneficiar a reabilitação e prevenir complicações como amputação do membro, no intento de proporcionar uma melhor qualidade de vida; todavia, quando os profissionais encontram com essas situações clínicas, medidas devem ser tomadas para reverter o caso e favorecer o sucesso do tratamento. As úlceras de pés (também conhecido como pé diabético) e a amputação de extremidades são as complicações crônicas do diabetes mellitus (DM) mais graves e de maior impacto socioeconômico. As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a pessoa com diabetes um risco de 25% em desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida. Estudos estimam que essa complicação é responsável por 40% a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores. Aproximadamente 20% das internações de indivíduos com diabetes ocorrem por lesões nos membros inferiores. Oitenta e cinco por cento das amputações de membros inferiores no DM são precedidas de ulcerações, sendo que os principais fatores associados são a neuropatia periférica, deformidades no pé e os traumatismos. Nos Estados Unidos, os pacientes diabéticos correspondem a cerca de 3% da população total e mais de 50% deles são submetidos à amputação de membros inferiores. Cerca de 1 a 4% de pacientes diabéticos desenvolvem úlceras nos pés por ano e, em 15%, pelo menos uma vez na vida.  Para tratar esses agravos, inúmeros produtos têm sido usados, dentre eles a papaína, extraída do látex do mamoeiro Carica papaya, é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e de peroxidases, que causam a proteólise, degradação de proteínas do tecido desvitalizado e da necrose em aminoácidos, sem modificar o tecido viável, devido a 1-antitripsina, globulina humana encontrada apenas no tecido saudável que inativa as proteases da papaína, impedindo a degradação desse tecido, sendo bastante eficiente no tratamento de feridas. É indicada no tratamento de úlceras abertas, infectadas e no desbridamento de tecidos desvitalizados ou necróticos em diferentes concentrações conforme o ferimento. Para lesão necrótica papaína a 10%, com exsudato purulento de 4 a 6% e com tecido de granulação 2%. Há mais de 20 anos no Brasil, a papaína tem sido amplamente utilizada no tratamento de feridas em  instituições públicas e privadas,  sendo um recurso de uso fácil e de baixo custo, onde atualmente faz parte de protocolos para tratamento de feridas em atendimento ambulatorial, hospitalar  e domiciliário; estando difundida nas diversas regiões geoeconômicas do Brasil. Os Ácidos Graxos Essenciais (AGE) são necessários para manter a integridade da pele e barreira de água, não são sintetizados pelo organismo, não há contraindicação de uso concomitante com outras coberturas, pode ser aplicado diretamente no leito da úlcera ou em gaze para manter meio úmido até a próxima troca. Este estudo é um relato de caso clínico que tem por objetivo demonstrar o uso da papaína 10% associada aos AGE no tratamento de lesão do tipo pé diabético. MÉTODO: estudo de caso clínico realizado durante atendimento hospitalar e domiciliar, em Sobradinho/RS. Os registros foram realizados em diário de campo e método fotográfico durante consultas de enfermagem para realização de curativos. O paciente foi esclarecido da possibilidade de documentação do caso, tendo assinado TCLE. RESULTADOS: Paciente LS, 36 anos de idade, sexo masculino, cor branca, ensino fundamental incompleto, etilista, com diagnóstico médico de diabetes mellitus tipo 2. Apresentava lesão há 1mês em 1º dedo de pé E causada por trama com calçado, a qual se estendeu para dorso do pé e terço inferior da perna formando focos infecciosos, apresentando complexa cicatrização. Em 30/06/2016 apresentava uma extensa lesão no dorso do pé e terço inferior da perna, com tecido necrótico de coagulação e liquefação, dor leve, exsudação purulenta em grande quantidade, odor fétido, sinais de infecção, pele adjacente com hiperemia, calor e rubor. Foi realizado cultura de secreção apresentando bactérias do tipo anaeróbias. Pela gravidade do caso paciente tinha indicação de amputação da perna pelo cirurgião vascular, mas optou-se primeiro em tratar. Foi internado onde realizou tratamento sistêmico com três tipos de antibióticos (Levoflaxacino,  Metronidazol e  Oxacilina ) por via endovenosa. Como tratamento tópico foi usado papaína 10%, cobertura secundária gazes embebidas com AGE e atadura. A troca no início era realizada duas vezes ao dia devido saturação intensa. A assepsia era realizada com solução fisiológica 0,9% sempre aquecida em torno de 37º. Quando houve diminuição da quantidade de exsudato os curativos eram realizados a cada 24 horas. Paciente permaneceu internado por um período de 23 dias e após os curativos foram realizados no domicilio da mesma forma. A cobertura com papaína 10% e AGE foi mantida até o final do tratamento mesmo com a formação de tecido de granulação, e como tratamento sistêmico antibiótico via oral com Levofloxacino por 4 meses. Os ácidos graxos essenciais eram colocados em média 4 vezes ao dia sobre as gazes diretamente no leito da lesão com a finalidade de manter o meio úmido e facilitar a remoção dos apósitos sem causar trauma. Houve excelente evolução do caso com cicatrização da lesão em 164 dias de tratamento evitando a amputação do membro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da papaína associada aos ácidos graxos essenciais mostrou-se uma técnica simples, de baixo custo e de fácil manipulação. Considera‐se que, mesmo com fatores que interferem na cicatrização o uso da papaína 10% associada aos AGE apresentou real efetividade no tratamento da lesão do tipo pé diabético. Houve redução do tecido necrótico e exsudato, formação de tecido de granulação e epitelização com aceleração de cicatrização da lesão, tornando possível concluir ser esta uma relevante alternativa para o tratamento de lesões crônicas. A escolha desta terapêutica reduziu o risco de amputação do membro agredido.  Desta forma, é importante o conhecimento do profissional dos produtos disponíveis no mercado para o tratamento, da fisiologia da cicatrização, dos fatores de risco e o tipo da lesão, para a indicação da terapêutica correta das lesões. As condutas devem ser baseadas em evidência científica para garantir a efetividade do tratamento. 

3133 Acompanhamento de lesões crônicas em um paciente domiciliado de Campo Grande - MS
Adrielly Campos da Silva, Lizandra Alvares Félix Barros

Acompanhamento de lesões crônicas em um paciente domiciliado de Campo Grande - MS

Autores: Adrielly Campos da Silva, Lizandra Alvares Félix Barros

O presente trabalho, trata-se de um estudo de caso de um paciente em ambiente domiciliar, portador de lesões crônicas. Esse estudo teve como objetivo expor evidências obtidas em uma proposta terapêutica para fechamento de lesões crônicas do tipo úlcera venosa em um paciente domiciliado por meio da aplicação do processo de enfermagem e uso de curativos específicos. A amostra foi constituída por um paciente do sexo masculino, aposentado, 83 anos, portador de 3 lesões em membros inferiores, sendo uma lesão venosa em ambas as pernas e uma lesão neuropática em calcâneo direito. Ausência de doença pré-existente, não faz uso de medicamentos, nega ser fumante e etilista. Apresenta mobilidade reduzida em articulação do tornozelo em ambos os membros e Dependência parcial decorrente de sequelas motoras de acidente automobilístico há 2 anos. Com dificuldade de apoiar os pés, usa muletas ou cadeira de rodas para locomoção. Para escolha adequada do curativo, foi realizada uma coleta de material microbiológico das lesões utilizando swab estéril com meio Stuart, seguindo técnica padronizada. O resultado expôs a presença de microrganismos com antibiogramas demonstrando susceptibilidade variável. A lesão da região do calcâneo direito, apontou a presença da bactéria Edwardsiela tarda. A literatura aponta que tal microrganismo não é comum em seres humanos, sendo encontrado geralmente no intestino de cães. Não foram utilizados antibióticos via oral e considerando aspectos de ordem social, optou-se no curativo o uso de Polihexanida (PHMB) 0,2% para limpeza e hidrogel PHMB 0,1% associado a cobertura de Espuma de Alginato com Prata. Os curativos foram trocados a cada 72 horas, com 11 trocas em média no período analisado (27 dias). Durante as visitas, eram passadas orientações específicas sobre alimentação e hidratação da pele, higiene, mobilidade e curativo. A análise evolutiva do paciente demonstrou contração de 36%, com média diária de 0,7037 mm²/dia na lesão 1, contração de 82%, com média diária de 0,2963 mm²/dia na lesão 2 e contração de 50%, com média diária de 0,0163 mm²/dia na lesão 3. Observou-se que o a taxa de retração cicatricial e condições gerais do paciente começando a apresentar-se mais intensa com a adesão às orientações e não somente com o uso do curativo. Tal dado expôs a importância de abordagem multifatorial no contexto do processo de enfermagem em 5 etapas, e não apenas para o curativo isoladamente.