118: Adolescer: a experiência da rede de saúde
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FEFF Sala 05 - Jirau    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4525 ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA
Felipe Saul da Costa Wanzeler, Júlia Aparecida Devidé Nogueira, Júlia Aparecida Devidé Nogueira

ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA

Autores: Felipe Saul da Costa Wanzeler, Júlia Aparecida Devidé Nogueira, Júlia Aparecida Devidé Nogueira

A Atividade Física (AF) é um fenômeno que recebe destaque no âmbito acadêmico e em políticas públicas contemporâneas em função de seus benefícios diretos e indiretos relacionados à promoção da saúde e prevenção de doenças. No entanto, a prevalência de AF vem, consistentemente, diminuindo em diversas partes mundo, sendo essencial monitorar indicadores de AF e seus fatores associados em diferentes grupos populacionais. Pouco se sabe sobre a AF em populações tradicionais ou rurais, como as que habitam no interior da floresta Amazônica. Desvelar aspectos relacionados a esse comportamento em populações historicamente relegadas ao anonimato científico é fundamental para que ações e políticas públicas possam ser desenvolvidas de forma adequada às necessidades locais. Nesse sentido, a presente pesquisa estimou a AF e investigou suas potenciais associações com variáveis sociodemográficas e de saúde em uma população de adolescentes escolares ribeirinhos do Distrito do Bailique, Macapá, Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e de delineamento transversal, com uma amostra composta por 87 estudantes adolescentes entre 14 e 19 anos de idade. A AF habitual foi estimada por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão longa. Variáveis sociodemográficas, estado nutricional e percepção de saúde autorrelatadas foram sistematizadas e analisadas. A tabulação de dados e as análises estatísticas de qui-quadrado foram realizadas com o auxílio dos programas EpiInfo e SPSS, considerando o nível de significância em p<0,05. As frequências de adolescentes suficientemente ativos em uma semana habitual foram: 67% no domínio deslocamento; 50,5% no domínio domicílio e 49% no domínio lazer. Ao agrupados todos os domínios da AF, 70% dos participantes foram classificados como suficientemente ativos. Diferenças significativas e proporcionalmente expressivas foram identificadas na análise dos domínios da AF por gênero, os rapazes ribeirinhos foram mais ativos nos domínios da AF no lazer (77,6%); enquanto a maioria das moças só atinge aos critérios de AF relacionados à saúde pela frequência e pelo dispêndio elevado de esforço em atividades realizadas nas tarefas domesticas (60%) e no deslocamento (71%); e claramente são excluídas do lazer ativo e/ou ao brincar. Associações entre a AF e outras variáveis independentes foram semelhantes às evidenciadas em estudos sobre o tema, destacando-se a associação entre AF total e classe econômica. A presente pesquisa fornece informações relevantes para a compreensão de algumas variáveis associadas aos padrões de AF dos ribeirinhos adolescentes. Ademais é importante refletir o fenômeno da AF para além dos impactos fisiológicos atrelados ao gasto energético total, e se questionar se a AF no deslocamento e domicílio, muitas vezes realizada em condições adversas, também promove saúde. Para tal, é necessário incorporar outros referenciais teóricos aos estudos, como o da epidemiologia crítica, delineamentos mais robustos e metodologias qualitativas. Sugerimos a realização de mais estudos a partir da realidade dessas populações, com métodos e instrumentos que possibilitem ampliar a compreensão de outros determinantes sociais e também da subjetividade dos seus participantes, uma vez que o contexto em que vivem se difere dos contextos rurais e urbanos evidenciados na maioria dos estudos.

2682 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTOS E DOS RECÉM NASCIDOS DE MÃES ADOLESCENTES INTERNADAS NA CLÍNICA OBSTÉTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA.
Railany Pereira Silva Benoá, Brena Caroline Cordovil Lopes, Simone Aguiar da Silva Figueira, Adagilsa Azevedo Lima, Juliana Silva Araújo, Mayana Silva dos Remédios Matos

CARACTERIZAÇÃO DOS PARTOS E DOS RECÉM NASCIDOS DE MÃES ADOLESCENTES INTERNADAS NA CLÍNICA OBSTÉTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA.

Autores: Railany Pereira Silva Benoá, Brena Caroline Cordovil Lopes, Simone Aguiar da Silva Figueira, Adagilsa Azevedo Lima, Juliana Silva Araújo, Mayana Silva dos Remédios Matos

Apresentação: A gravidez representa um evento fisiológico na vida da mulher, sendo caracterizado por uma série de alterações e modificações em seu organismo, podendo ser percebidas de forma diferente de acordo com características biopsicossociais apresentadas por cada gestante, sendo a idade materna em que a gestação é concebida um fator desencadeador de possíveis complicações tanto maternas quanto fetais. Nesse contexto, a gravidez na adolescência é tida, mundialmente, como problema relevante de saúde pública, tanto nos países desenvolvidos como naqueles considerados em vias de desenvolvimento. A adolescência compreende a fase de transição entre a infância e a idade adulta, em que o desenvolvimento da sexualidade é de fundamental importância para o crescimento do indivíduo em direção à sua identidade adulta, determinando sua autoestima, relações afetivas e inserção na estrutura social. O Estatuto da Criança e do Adolescente, sob a Lei Nº 8.069/90, circunscreve a adolescência como um período que vai dos 12 aos 18 anos de idade, enquanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) delimita adolescência como a segunda década de vida (10 aos 19 anos). No Brasil, a gravidez nesta faixa etária teve uma queda de 17% no ano de 2015, quando comparado com dados de 2004, segundo dados preliminares do SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde (MS), o que em números absolutos, representa cerca de 100 mil casos a menos entre os anos pesquisados. Entretanto, a taxa de natalidade de adolescentes no Brasil, ainda é considerada alta, dadas as características do contexto de desenvolvimento brasileiro, sendo observado que tem relação direta com variáveis como: renda, raça/cor e escolaridade que são significativas na prevalência desse tipo de gravidez, pois adolescentes pobres, negras ou indígenas e com menor escolaridade tendem a engravidar mais cedo que outras adolescentes. Diante da importância desta temática, este trabalho tem como objetivo geral caracterizar os partos e os recém-nascidos (RN) de mães adolescentes internadas na clínica obstétrica de um Hospital Público no interior da Amazônia, e como objetivos específicos, descrever a faixa etária mais incidente de partos em adolescentes, identificar a idade gestacional (IG) no momento do parto e avaliar as condições de nascimento com base no APGAR e peso ao nascer. Desenvolvimento do trabalho: Este estudo é do tipo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa e análise estatística. Os dados para este estudo foram coletados do livro de registros dos partos realizados nos meses de Agosto e Setembro de 2017 na Clínica Obstétrica de um Hospital Público no interior da Amazônia. Fizeram parte da amostra, os registros de 149 partos de adolescentes compreendendo a faixa etária de 10 a 19 anos, com base na classificação da OMS. Os dados foram coletados no mês de Outubro de 2017, tendo como instrumento de coleta, um formulário contemplando as seguintes variáveis: faixa etária, idade gestacional no momento do parto, via de parto, APGAR e peso ao nascer. Na coleta de dados procurou-se manter o sigilo e o anonimato sobre a identificação das pacientes, para isso utilizou-se de ordem numérica, para identificar e organizar as informações coletadas. Os dados obtidos foram lançados em planilhas e processados por meio de recursos de estatística descritiva, mediante a utilização do programa Excel (Microsoft para Windons-2016), para posterior análise e discussão. Resultados e/ou impactos: A ocorrência da gravidez precoce é multicausal e agrupa aspectos, como por exemplo, a idade em que ocorre a menarca, pois quanto mais cedo, mais a adolescente fica exposta a uma gestação. Em nossa pesquisa, cerca de 21,5% (149) dos partos realizados, dentre os 697 registrados nos meses de Agosto e Setembro, são mãe de adolescentes. Para condensação dos dados a faixa etária foi organizada em dois subgrupos. No primeiro subgrupo fizeram parte as parturientes de 12 a 14 anos, e no segundo subgrupo, as parturientes de 15 a 19 anos. A divisão do primeiro subgrupo, justifica-se no Art.217-A do Código Penal Brasileiro (CPB), que “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos caracteriza estupro de vulnerável”. Em nosso estudo, 2% (3) dos partos, ocorreram nesta faixa etária, caracterizando casos de estupro de vulnerável, enquanto o subgrupo com a faixa etária de 15 a 19 anos, representou 98% (146) dos partos. Tratando-se da via de parto notou-se uma prevalência de partos vaginais (78,8%) contra 21,2% cesáreas. Apesar de se apresentar como minoria, a indicação para intervenção cirúrgica é alarmante devido à ausência de informações. Pois, dentre as 32 cesáreas realizadas apenas 11 possuem justificativa registrada. Em meio a estas, 4 adolescentes encontravam se com IG inferior a 37 semanas caracterizando um estado de prematuridade de acordo com o MS. A prematuridade tem influência direta no risco de baixo peso ao nascer. Neste estudo, subdividiu-se os RN com peso inferior a 2.500Kg; entre 2.500Kg a 4.000Kg e superior a 4.000Kg, onde 75% (113) das crianças encontra-se dentro do peso ideal estipulado pelo Manual de Neonatologia (2.500Kg a 4.000Kg), se contrapondo as demais pesquisas onde RN’s de mães adolescentes comumente apresentam-se com peso inferior a 2.500Kg. Além de verificar as medidas antropométricas do RN, é de extrema importância realizar uma avaliação clinica imediatamente após o nascimento do RN afim de verificar as condições de nascimento no 1° e 5° minuto de vida da criança, sendo esta identificada como o índice de APGAR. O índice de APGAR de primeiro minuto é considerado um diagnóstico da situação presente, enquanto o índice de APGAR no quinto minuto avalia o prognóstico da saúde neurológica do recém-nascido. 4% (6) dos RN’S estudados apresentaram APGAR entre 0 a 3, 9% (13), entre 4 a 6, 14% (21) igual a 7 e 69% (104) entre 8 a 10 no primeiro minuto. Enquanto no quinto minuto os valores encontrados foram 4% (5) de 0 a 3, 1% (2) de 4 a 6, 2% (3) igual a 7, 89% (134) entre 8 a 10. A análise dos dados permitiu observar que dentre os 150 nascidos vivos 10,5% permaneceu apresentando índice de APGAR menor que 7 após o quinto minuto de vida e destes 100% encontra-se com peso inferior à 2.500Kg caracterizando baixo peso, indicando uma possível relação entre as duas variáveis. Conclusão: De modo geral, os números obtidos na pesquisa referentes às mães e a saúde dos recém-nascidos apresenta resultados satisfatórios. Contudo vale ressaltar a ausência de registro nos prontuários de dados importantes, principalmente em relação as indicações de cesarianas. É notável que o índice de gravidez entre adolescentes na região é preocupante, diante disto, o profissional enfermeiro, juntamente com os demais profissionais, tem papel imprescindível na orientação e conscientização a respeito das implicações de uma gravidez precoce buscando estratégias resolutivas na diminuição desta que já é considerado um problema de saúde pública.

5118 CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA QUANTO A ABORDAGEM GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Rosiane Luz Cavalcante, Ana Carolina de Gusmão, Wanderson Luis Teixeira, Karine Ximendes Vericio, Ana Carla Marques de Gusmão

CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA QUANTO A ABORDAGEM GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores: Rosiane Luz Cavalcante, Ana Carolina de Gusmão, Wanderson Luis Teixeira, Karine Ximendes Vericio, Ana Carla Marques de Gusmão

Introdução: O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90, circunscreve a adolescência como o período de vida que vai dos 12 aos 18 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) delimita a adolescência como a segunda década de vida (10 aos 19 anos) e a juventude como o período que vai dos 15 aos 24 anos (B). As sociedades passaram a enxergar a gravidez como um problema de saúde pública, sobretudo no século XX, quando o intercurso sexual e o número de gravidez entre jovens sofreram um enorme aumento no pós Guerra. Nos países desenvolvidos, embora a atividade sexual comece em uma idade precoce como na Europa, a adequada contracepção é muitas vezes disponível para os adolescentes, assim como as clínicas de aborto em vários países. Apesar das diferenças entre regiões, o número de gestações e partos em adolescentes é relativamente baixo em comparação com as outras regiões do mundo. A gravidez na adolescência no Brasil e nos países em desenvolvimento é considerada um risco social e um grave problema de saúde pública, devido principalmente a sua magnitude e amplitude, como também aos problemas que dela derivam. Dentre estes se destacam: o abandono escolar, o risco durante a gravidez, este derivado muitas vezes pela não realização de um pré-natal de qualidade, pelo fato da adolescente esconder a gravidez ou os serviços de saúde não estarem qualificados para tal assistência. Nesse contexto, No abito da enfermagem quais as abordagens são utilizada, a biomédica ou a psicossocial? Objetivo: Apresentar como os estudos no âmbito da enfermagem em saúde pública estão abordando a gravidez na adolescência. Para em segunda instância, averiguar se estes estudos conseguem conduzir uma abordagem diferente da biomédica, enfocando em caracteres sociais e psicológicos destes jovens e em quais conclusões chegaram. Metodologia: Trata-se de revisão bibliográfica. A pesquisa ocorreu na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foram definidas as bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Coleciona SUS. Na pesquisa empregaram-se os descritores conforme o Descritores em Saúde (DECs): gravidez na adolescência, enfermagem em saúde pública e planejamento familiar combinados com o termo booliano “and”. Os critérios de inclusão: estudos (dissertações, relatórios e artigos) em português numa linha temporal de 2005 a 2014 de pesquisas realizadas apenas no Brasil no idioma português cujo assunto principal fosse a relação entre gravidez na adolescência e assistência de enfermagem e em saúde pública, conforme oportunizou a filtragem da BVS. Foram excluídos estudos que disponibilizavam apenas o resumo. Os artigos foram agrupados em unidades de significados que permitiram a síntese de múltiplos estudos publicados. Resultados/Discussão: Optou-se por empregar apenas o descritor gravidez na adolescência na primeira etapa da pesquisa, objetivando assim ver a amplitude inicial do tema, 17 publicações foram encontradas: todas na base de dados BDENF por conta da filtragem dos critérios de inclusão. As combinações de descritores gravidez na adolescência and enfermagem em saúde comunitária geraram um resultado imediato de 4 publicações: 3 na BDENF e 1 na Coleciona SUS. Por fim, as combinações gravidez na adolescência and planejamento familiar geraram 4 publicações: a totalidade na base LILACS. Desse total de 25 artigos encontrados, 20 publicações permaneceram dentro do recorte bibliográfico em virtude da análise de seus resumos. Haja vista a não inserção destes dentro do enfoque proposto pela revisão foram excluídos: 4 da base BDENF e 1 da base LILACS, por constatar-se que a discussão de resultados dos mesmos não abordava aspectos socioeconômicos nem psicológicos das jovens grávidas. Tratando-se do tipo de publicação: encontrou-se 1 dissertação de mestrado – BDENF, 1 relatório técnico – Coleciona SUS, e 18 artigos, compondo assim a maior parte dos estudos, aproximadamente 85,71% da amostra. A base de dados BDENF deteve o maior percentual de publicações, devido à abordagem metodológica traçada, de um universo de 20 foram 16 (80%), seguida pela LILACS com 3 publicações (15%) e Coleciona SUS detinha apenas 1 artigo (5%). Os anos de maiores incidências de estudos foram: 2007 com 4 (20%), 2009 com 4 (20%) 2010 com 4 (20%), seguidos por 2011 com 3 (15%), 2012 com 2 (10%), 2013 com 2 (10%), e o ano de 2005 com 1 artigo (5%). A finalidade da presente revisão é mostrar como o saber científico em Enfermagem em saúde pública está abordando a gravidez na adolescência, se os estudos chegam a conclusões comuns sobre o estado social e psicológico das jovens. Situações de vulnerabilidade foram apontadas pelo presente revisão, um dos estudos destacou que com o namoro, aumenta a confiança no parceiro, e as práticas sexuais desprotegidas se tornam frequentes em decorrência do envolvimento afetivo e da intimidade do casal. Isso fica patente na reincidência na gravidez, evidenciada por estudo de porte menor e que mesmo assim demonstrou que a probabilidade de uma segunda gestação, devido a falta de aconselhamento, pode ser por conta de terem um novo parceiro que não o pai do bebê, o mesmo estudo também evidencia que estas moças repetem o passado obstétrico de suas mães e se afastam dos estudos. Os estudos em sua maioria chegaram a um constructo de que, essas jovens mães carecem de uma perspectiva de vida sólida, por vez as dimensões socioeconômicas e culturais da vida das mesmas favorecem gravidezes precoces e mal assistidas, pela dificuldade no acesso a bens sociais como educação, transporte, lazer e renda. Inegavelmente, a gravidez indesejada leva a algum prejuízo no projeto de vida dessa adolescente e, por vezes, na própria vida. Há, concomitantemente, possíveis outros riscos relacionados ao aborto e a doenças sexualmente transmissíveis, entre as quais a AIDS. Conclusão: A Presente revisão mostrou que a ciência enfermagem está embasada em critérios biomédicos e psicossociais na assistência a adolescente grávida, ampliando o conceito de saúde que favorece uma atenção integral, conforme preconiza as políticas de saúde. Os estudos qualitativos exploratórios, que somaram o maior montante nesta pesquisa, apresentam subsídios para uma prática segura. Conhecer a realidade que envolve a gravidez na adolescência possibilita uma aproximação do serviço de saúde e a consolidação de um espaço de diálogo e o aconselhamento destas jovens e de seus parceiros quanto a prática saudável, segura e a emancipação dos sujeitos na construção de autonomia no planejamento familiar, bem como a redução de riscos durante a gravidez.

1245 PERFIL DAS ADOLECENTES MÃES E DE SUAS GESTAÇÕES EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Nathália Arnoldi Silveira, Elisete Cristina Krabbe, Alaides de Abreu Santos, Nataeli Pereira Santos, Nathália Billing Garces, Rafaela da Rosa Recktenwald, Talia Hahn Augusto, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

PERFIL DAS ADOLECENTES MÃES E DE SUAS GESTAÇÕES EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO RIO GRANDE DO SUL

Autores: Nathália Arnoldi Silveira, Elisete Cristina Krabbe, Alaides de Abreu Santos, Nataeli Pereira Santos, Nathália Billing Garces, Rafaela da Rosa Recktenwald, Talia Hahn Augusto, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

IntroduçãoAs modificações do padrão comportamental dos adolescentes, no exercício de sua sexualidade, vêm exigindo maior atenção dos profissionais de saúde, devido a suas repercussões, entre elas a gravidez precoce, na adolescência, que afeta um percentual de jovens na escola pública.Segundo a Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990, descreve no Estatuto da Criança e do Adolescente que a adolescência corresponde ao período de vida entre 12 e 19 anos. Em razão de suas repercussões, faz-se necessária uma ação conjunta da sociedade e também uma visão mais crítica com relação aos programas de prevenção da gravidez. No Brasil ainda temos um elevado número de alunas grávidas, sendo a região Nordeste a que mais tem mães adolescentes. Cruz Alta, município em que realizamos a pesquisa tem nas escolas públicas adolescentes que após serem mãe precisam abandonar os estudos, para cuidar do filho e/ou trabalhar para dar sustento ao filho. Vemos que a maioria das gravidezes em jovens adolescentes não são planejadas. Para tentar diminuir o número de jovens grávidas tem sido realizado diversas divulgações de ações em educação sexual e direitos reprodutivos, como a distribuição da pílula combinada, anticoncepção de emergência, mini-pílula, anticoncepcional injetável mensal, entre outros. A gravidez na adolescência pode implicar em diversas situações, como o abandono da rotina escolar, atritos familiares, sonhos e planos muitas vezes são adiados ou não mais realizados bem como o distanciamento de círculos de convivência. Desta forma, o objetivo deste trabalho é descrever o perfil das mães e de suas gestações, conhecimento sobre métodos contraceptivos e atitudes referentes a gestação durante a adolescência, das alunas do Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, localizado na cidade de Cruz Alta/RS.  Metodologia A pesquisa é um estudo exploratório e descritivo, que foi realizado com alunos do gênero feminino que estavam grávidas ou que já foram mães na adolescência, frequentadoras do Ensino Médio e Técnico Profissionalizante (Enfermagem, Secretariado, Contabilidade e Administração) do IEE Professor Annes Dias, matriculados no ano de 2017, totalizando 29 alunas. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário, elaborado pelos autores, e validado por profissionais da área, aplicado de forma individual em sala de aula. Nele constavam questões sobre o planejamento do filho, relacionamentos familiares, consultas e conhecimento sobre os métodos contraceptivos. A análise dos dados foi realizada sob a forma de percentuais, utilizando-se o software estatístico Microsoft Excel. Para o atendimento a Resolução 466/2012, denominadas Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICRUZ - Número do Parecer: 2.354.137. Não houve risco à saúde física ou psicológica dos participantes da pesquisa e, a fim de manter a confidencialidade das informações, os questionários não contêm nomes. Os pesquisados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Assentimento.   Resultados e Discussões A pesquisa teve uma amostra total de 29 alunas que foram ou são gestantes durante a adolescência. 94% (n= 27) das adolescentes tiveram sua primeira gravidez entre 15 e 19 anos, porém o maior índice encontra-se na faixa dos 17 aos 19 anos, totalizando 77% (n=22). No momento da pesquisa, 35% (n=10) da população da nossa amostra cursam o Técnico em Enfermagem, sendo que a idade atual das mulheres pesquisadas varia de 16 a 52 anos. Em relação ao estado civil das adolescentes: quando engravidaram 83% (n=24) estavam junto com o companheiro, sendo que destas, 38% (n=9) encontravam-se casadas, atualmente 45% (n=13) da amostra estão casadas. Podemos verificar no estudo um elevado índice de adolescentes que não planejaram a gestação, totalizando 55% (n=16). Durante a descoberta da gravidez, 76% (n=22) estavam estudando e destas 48% (n=10) tiveram que deixar o ambiente escolar após engravidar. Referente ao relacionamento com os pais, as entrevistadas afirmaram que 83% (n=24) possuem um bom relacionamento com suas respectivas mães e 69% (n=20) com seus pais. Na adolescência os pais são fundamentais para que eles possam auxiliar nas diversas dúvidas e auxiliar nos momentos difíceis. O suporte da família é significativo para vivenciar uma gestação, particularmente na fase da adolescência. Quanto ao acompanhamento do pré-natal, constatou-se que 97% (n=28) das entrevistadas realizaram o acompanhamento e observou-se que 55% (n=16) realizaram mais de 6 consultas durante a gestação. O pré-natal é muito importante durante a gestação, pois através dele podem-se detectar problemas em casos existentes, e seu principal objetivo é “acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal” (BRASIL, 2006). Sobre o conhecimento dos métodos contraceptivos, em nosso estudo, 86% (n=25) informaram que conhecem a pílula e 75% (n=22) sabem que o uso da camisinha auxilia na contracepção. Verificamos uma baixa porcentagem de conhecimento sobre os demais métodos contraceptivos, notando que se faz necessário políticas de educação em saúde para que os jovens tenham um maior conhecimento sobre os métodos e que desta forma os índices de gravidez não planejada na adolescência possam diminuir.  Conclusão Com o desenvolvimento desse projeto pode-se certificar que a maioria das adolescentes grávidas não teve sua gravidez planejada e a incidência do maior número de gravidez deu-se entre os dezessete e dezenove anos. A maioria das mulheres entrevistadas desconhecem os diversos métodos contraceptivos existentes, sendo necessária a realização de ações de esclarecimento e expansão de novas informações para garantir a segurança das adolescentes, em relação a gravidez não planejada. Notou-se nesse estudo que a grande maioria das jovens teve apoio da figura materna e/ou paterna, porém mesmo assim foi elevado o número de jovens que deixaram de frequentar a escola após a gravidez. Portanto, a gravidez na adolescência é uma realidade, sendo necessárias políticas públicas voltadas à prevenção e ao acompanhamento da adolescente e da criança. Nesse sentido além do apoio familiar, serviços de saúde, educação e assistência social precisam envolver-se para garantir que a adolescente possa dar continuidade no seu processo de formação social e pessoal. 

3256 Prevalência de cárie dentária em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM
CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, ISAMIRA GÓES BATISTA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

Prevalência de cárie dentária em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM

Autores: CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, ISAMIRA GÓES BATISTA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

Cárie dentária é descrita como uma doença infecciosa de progressão lenta na maioria dos casos, raramente é autolimitante e, na ausência de tratamento adequado, progride até que toda estrutura dentária seja destruída. O presente trabalho teve como objetivo estimar a prevalência de cárie dentária em crianças da Escola Municipal Bom Socorro na cidade de Barreirinha – AM. Trata-se de estudo transversal e observacional envolvendo estudantes da primeira e segunda série do ensino fundamental. A pesquisa seguiu a padronização da Organização Mundial de Saúde (OMS) através do índice para cárie dentária e necessidade de tratamento. Realizada por acadêmicos finalistas dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas inseridos em uma Unidade Básica de Saúde, Barreirinha. Verificou-se que dos 45 alunos participantes do exame epidemiológico da cavidade bucal, apenas 2 (4,4%) apresentaram-se livres de cárie. A média do CPO-D (dentes permanentes  cariados, perdidos e obturados) aos 6, 7, 8 e 9 anos de idade foram respectivamente 0,60; 1,56; 1,61 e 3,25. A maior prevalência foi encontrada aos 9 anos, onde nenhum desses escolares apresentaram livres de cárie. A média do ceo-d (dentes decíduos cariados, extraídos e obturados) aos 6, 7, 8 e 9 anos de idade foram de 6,20; 4,72; 5,33 e 4,5. A maior prevalência foi encontrada aos 6 anos, onde nenhum desses escolares apresentaram livres de cárie. Observou-se uma maior necessidade de tratamento odontológico para restauração dentária 18 (40%) e exodontia 18 (40%); seguido por tratamento endodôntico 7 (15,6%). Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de ações de educação em saúde para esses escolares, pois o número de escolares livres de cárie foi baixo.

4119 Pse: formando jovens multiplicadores de saúde
erllen rayssa vaz da silva, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, valeria oliveira lima da silva, arlei barbosa da costa

Pse: formando jovens multiplicadores de saúde

Autores: erllen rayssa vaz da silva, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, valeria oliveira lima da silva, arlei barbosa da costa

Apresentação O PSE realizou em 2017 o primeiro curso de formação entre pares com o objetivo de formar jovens multiplicadores de saúde, substituindo os modelos tradicionais de intervenção baseados na figura dos profissionais de saúde como fonte de conhecimento por novas estratégias embasadas no protagonismo juvenil. Descrição da experiência Os alunos foram selecionados pelas equipes pedagógicas de cinco escolas vinculadas ao PSE, o perfil solicitado foram alunos com desenvoltura social, boa comunicação e cursando do 8º ao 3º ano do ensino médio. O curso usou abordagens diferenciadas, explorando todas as temáticas propostas por meio de oficinas, rodas de conversas, vídeos e dinâmicas para trabalhar os temas mais agravantes no município, o mesmo foi dividido em três dias com a expectativa de qualificar esses jovens para atuarem em suas escolas como multiplicadores de saúde. No primeiro dia foram abordados temas pertinentes a saúde sexual e reprodutiva com ênfase na gravidez precoce e IST/AIDS, no segundo dia foram os temas de saúde mental com foco nos prejuízos causados pelo uso de drogas e no terceiro dia foi a violência nas escolas com foco no bullying. Para a realização do curso foram acionados os profissionais do CAPS, NASF, CRAS e do CTA. Assim cada tema foi trabalhado por uma equipe distinta favorecendo o conhecimento dos adolescentes sobre os setores existentes na cidade, seus papeis e atribuições. Impactos Quem melhor do que um adolescente para conversar com outro adolescente? A proposta da intervenção no ambiente escolar de ser realizada pelos próprios alunos se baseia na ideia de que os educandos conhecem as melhores abordagens para usarem com seus pares e sabem melhor do que os profissionais de educação e saúde o que esta acontecendo entre eles sendo a base dessa estratégia o empoderamento do aluno sobre seu papel de protagonista em sua vida e na sua escola agindo pela multiplicação de conhecimentos para o cuidado da sua saúde de seus pares. O curso teve uma excelente aceitação pelos gestores das escolas participantes, os quais já se interessaram para incluir novos alunos no próximo curso a ser ofertado, principalmente pelo fato de acreditarem que os alunos participantes conseguiram entender melhor a dimensão dos problemas existentes facilitando a trabalho deles dentro da escola. Foram formados 23 jovens, os quais se comprometeram em repassar todas as informações aprendidas para suas respectivas turmas. Considerações finais O ambiente escolar possui uma fonte incomparável de oportunidades para a realização de ações promotoras de saúde com a finalidade de incentivar sempre os alunos no desenvolvimento de hábitos saudáveis, logo, a ideia de implantar um núcleo de adolescente para identificar as problemáticas de suas escolas e criar estratégias nas quais eles como educandos assumem um papel como atores principais na manutenção da saúde de seus colegas gera uma responsabilidade diferenciada, sendo uma estratégia inovadora e perspicaz.

1307 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PESQUISA REALIZADA COM JOVENS SUBMETIDOS AO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO EM UM QUARTEL DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL
Katieli Santos de Lima, Elisete Cristina Krabbe, Lincoln Silva, Noé Gomes Borges Júnior, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PESQUISA REALIZADA COM JOVENS SUBMETIDOS AO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO EM UM QUARTEL DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL

Autores: Katieli Santos de Lima, Elisete Cristina Krabbe, Lincoln Silva, Noé Gomes Borges Júnior, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

Introdução O Serviço Militar consiste no exercício de atividades específicas desempenhadas pelas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e compreende, na mobilização, todos os encargos com a Defesa Nacional. Todo jovem que completa 18 anos de idade deve se alistar no Serviço Militar Obrigatório. Alguns vão prestar o serviço, outros serão dispensados por excesso de contingente e receberão seu certificado de reservista. O Serviço Militar Obrigatório contribui para a formação do caráter cívico e da cidadania dos jovens brasileiros, introduzindo valores éticos, morais, físicos e culturais, difundidos e praticados nas Forças Armadas. A estrutura e os objetivos do serviço militar exigem que os militares possuam uma adequada aptidão física. Por esta razão, no quartel, são empregados diversos testes físicos e análises corporais, com o intuito de controlar o nível físico e assim poder intensificar e promover a melhoria e a manutenção do desempenho dos mesmos. Sabe-se também que o Quartel tem como missão o ensino do civismo ao recruta e entende-se que após sua baixa, ele retornará à sociedade melhor preparado para que possa continuar a contribuir com a mesma, por isso, na seleção também se leva em conta os aspectos culturais, psicológicos e morais dos jovens ingressantes. Desse modo, verifica-se a necessidade de se conhecer as condições dos indivíduos em diferentes aspectos, dentre eles a composição corporal, o perfil deste ingressante, a flexibilidade, força de preensão manual, força isométrica de extensão lombar e eletromiografia lombar e dores e desconfortos, haja vista que dependendo do sua capacidade física, o sujeito poderá ser destinado a trabalhar em algum setor específico, pois as funções variam desde cozinheiros, pedreiros, mecânicos, auxiliares de sessões, dentre outras.Metodologia Este relato de experiência é parte de uma pesquisa realizada pelo curso de Fisioterapia da Universidade de Cruz Alta/UNICRUZ, que foi desenvolvida nas dependências de um quartel, localizado na cidade de Cruz Alta, no estado do Rio Grande do Sul/Brasil, nos dias 1, 2 e 3 de março de 2016, mês da incorporação dos conscritos. Todos os recrutas ingressantes foram convidados a participar, totalizando 155 indivíduos. Inicialmente, os recrutas que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e após foram encaminhados às demais salas para a aplicação dos protocolos de avaliação. Os participantes responderam a um questionário com dados sociodemográficos e após foi verificada a estatura, peso e realizada a bioimpedância permitindo a medição mais precisa e completa utilizando a impedância bioelétrica através das mãos e pés com a balança Omron HBF-514 com Full Body Sensor (Sensor de Corpo Inteiro). Também foram aplicados os testes de flexibilidade pelo Flexiteste de Pavel e Gil (1995), adaptado somente em oito movimentos e com o Banco de Wells. Foi realizada a avaliação de desconfortos nas partes do corpo, modificado, de Corlett e Manenica (1980), antropometria das mãos e teste da força máxima da preensão manual, usando o dinamômetro digital - NB 900, desenvolvido pelo Laboratório de Instrumentação (LABIN) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Além disso, também foi verificada a força isométrica lombar, a qual foi realizada por meio de uma célula de carga acoplada a um sistema de aquisição de dados, também foi desenvolvido pelo LABIN da UDESC.   Resultados A amostra foi composta por 155 recrutas, sendo que 63,2% (n=98) declaram-se de etnia branca; 25,2% (n=39), pardos; 11,0% (n=17), preta e 0,6% (n=1), amarela. Os participantes são oriundos de 16 municípios do estado do Rio Grande do Sul: Cruz Alta, Panambi, Marau, Ernestina, Camargo, Condor, Augusto Pestana, Passo Fundo, Santa Bárbara do Sul, Saldanha Marinho, Redentora, Jaboticaba, Ibirubá, Pejuçara, Seberi e Viamão. Referente ao grau de escolaridade dos participantes, 10,3 (n=16) haviam iniciado o Ensino Superior; 45,2% (n=70) possuíam o Ensino Médio Completo; 35,5% (n=55), Ensino Médio Incompleto; 4,5% (n=7), Ensino Fundamental Completo e 4,5% (n=7), Ensino Fundamental Incompleto. Ao serem questionados sobre a prática de atividade física, 88,4% (n=137) relataram que praticavam alguma modalidade esportiva, sendo que as mais citadas foram a prática de corridas, futebol e academia. As médias encontradas para idade foi de 18,18 anos; 1,73m de estatura; a massa corporal de 69,89Kg; IMC de 23,44Kg/m²; 17,37% de gordura corporal e 42,50% de massa muscular. Referente ao metabolismo basal, a média encontrada foi de 1671,83Kcal. A maioria dos jovens apresentaram resultados positivos quanto a flexibilidade no teste com o Banco de Wells, bem como com o Flexiteste de Pavel e Gil. Em função das atividades que os militares exercem durante o período de treinamento, muitas vezes são obrigados a exercer suas atividades de forma contínua e repetitiva, necessitando se utilizar de movimentos que exigem flexibilidade para sua execução. Porem níveis altos de flexibilidade podem desproteger as articulações, levando a lesões como luxações e frouxidões ligamentares. Conforme a avaliação realizada para dores e desconfortos de Corlett e Manenica, 25,2% (n=39) não referiram dores em nenhum segmento corporal. Os demais apresentaram algum tipo de dor corporal, sendo a maioria dores esporádicas e alguns apresentando dores constantes. Os fatores de risco biomecânicos ligados ao desenvolvimento de distúrbios osteomusculares, são ocasionados por forças excessivas sobre as estruturas corporais, colocando estas sobre uma elevada carga de exposição. Referente à análise dos dados da força de preensão manual e da força isométrica de extensão lombar, os dados coletados não foram totalmente analisados para descrevermos quais resultados foram obtidos neste estudo. Considerações finais Sair da sala de aula para adquirir conhecimento acerca das disciplinas e aplicar diversos protocolos para análise de uma determinada população contribui para o processo de ensino-aprendizagem e para uma formação acadêmica diferenciada e mais preparada para o mercado de trabalho. Como o jovem ingressante realiza diversas atividades em seu novo ambiente de trabalho, dependendo do seu perfil antropométrico, sua força muscular e composição corporal, ele poderá ser destinado a trabalhar em algum setor mais específico, tendo em vista que as funções variam desde cozinheiros, pedreiros, mecânicos, auxiliares de sessões, dentre outras. Com os protocolos aplicados e grande parte dos dados analisados, verificamos que os jovens ingressantes no Serviço Militar Obrigatório estavam aptos para a prática da rotina militar, visto que os resultados encontrados, em sua maioria, estavam dentro da normalidade.

2356 Relato de experiência do apoio técnico distrital da área técnica de saúde da criança e do adolescente no distrito de Saúde Leste
Roseane Dibo Dantas Muniz, Thaize Maria Silva Lima, Mara Nogueira Varela, Ana Cristina Cruz, Jocilane Vaconcelos, Veramor Freire, Ivone Amazonas Abolnik

Relato de experiência do apoio técnico distrital da área técnica de saúde da criança e do adolescente no distrito de Saúde Leste

Autores: Roseane Dibo Dantas Muniz, Thaize Maria Silva Lima, Mara Nogueira Varela, Ana Cristina Cruz, Jocilane Vaconcelos, Veramor Freire, Ivone Amazonas Abolnik

Realizar ações de sensibilização em saúde da criança e adolescente é fundamental para a melhoria do desenvolvimento das ações das equipes de saúde. O presente trabalho mostra um pouco das ações realizadas pelo Distrito de Saúde Leste, junto com a sede da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, através do Núcleo de Saúde da Criança e Adolescente, para garantir a continuidade do processo de trabalho em atenção integral a saúde da criança e do adolescente na zona leste de Manaus. Para a realização das referidas ações, foi desenvolvido um planejamento no final do ano de 2016, que foi realizado em sua integridade e foram desenvolvidas as seguintes ações: seis oficinas da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil com implantação da estratégia  em nove novas unidades,  entrega do fluxograma de atendimento ao binômio mãe-bebê em amamentação à todas as equipes que fazem parte das estratégia no distrito, capacitação em coleta de teste do pezinho com aulas teórico-práticas, duas capacitações da caderneta de saúde da criança, quatro capacitações da caderneta de saúde do adolescente, roda de conversa sobre a linha guia de cuidado à saúde da criança, adolescente e suas famílias em situação de violências, abordando os tipos de violência, prevenção, e registro de denúncias. Através destas ações do distrito, os servidores foram sensibilizados na realização de atividades voltadas ao programa de saúde da criança e adolescente.  As unidades com melhor desempenho receberam certificação de reconhecimento trimestral, sendo motivadas quanto à realização das atividades propostas nos indicadores prioritários, voltadas para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da população infanto-juvenil de suas áreas de abrangência. A prática do planejamento e monitoramento nas ações de saúde é fundamental para o alcance de melhorias e deve ser continuamente fortalecida. É o que o Distrito de Saúde Leste vem fazendo em todas as áreas técnicas dos programas de saúde, alcançando bons resultados nos indicadores prioritários e melhorando a qualidade no atendimento e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes da zona leste da cidade.

1915 CÂNCER CEREBRAL EM UM IDOSO INTERNADO NA CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO LOCALIZADO EM SANTARÉM-PARÁ
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Renê Silva Pimentel

CÂNCER CEREBRAL EM UM IDOSO INTERNADO NA CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO LOCALIZADO EM SANTARÉM-PARÁ

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Renê Silva Pimentel

Apresentação: O câncer cerebral (neoplasia cerebral) sucede quando células ‘normais’ cerebrais crescem impulsivamente, transformando-se em células ‘anormais. Particularmente em idosos brasileiros, a incidência de tumores cerebrais são raros, contudo, o aumento de mortes está se elevando com o decorrer dos anos. Precedentes patológicos como: epilepsia, traumatismo craniano, exposição à radiação eletromagnética e a pesticidas, contato com determinados animais, infecções como a virose e outras, bem como padrão de dietas e síndromes hereditárias, têm sido associados de acordo com estudos, ao risco de para a ocorrência de câncer de cérebro. Os sinais e sintomas incidem de acordo com a velocidade de crescimento do tumor. Os sintomas são: convulsões, dor de cabeça, náuseas e/ou vômitos, alterações visuais, cognitivas, de consciência e de fala, fraqueza e/ou dormência em algum dos braços ou pernas, entre outros. Enquanto que o tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico e radioterápico. Desenvolvimento do trabalho: Trata – se de um estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no Hospital Municipal de Santarém (HMS) durante aula prática de Clínica Cirúrgica, no período de 10 a 25 de outubro de 2017. A partir da identificação estrutural, material, funcionamento e de recursos humanos do hospital, foi possível estudar o caso. Resultado e/ou discussão: No dia 29/09/2017, A.A.S., cliente do sexo masculino, 65 anos, apresentou: AVC a 03 meses, não deambula a 03 dias, falta de apetite. Quadro Clínico: 03 dias de desportação, astenia, hipóxia. Apresentou Acidente Vascular Cerebral (AVC) em julho/2017. Nega febre, nega vômito. Ao exame físico de admissão: Eupinéico, acianótico, anictérico e desorientado, Glasgow 14, pupilas isofotorreagentes, hemiparético a esquerda incompleto e proporcionado (força grau III). Com história de hemiparesia súbita há aproximadamente 03 meses precedida de tontura sem tendência de queda há 2 semanas antes de um suposto AVC. É hipertenso. Nega alergias. Sem história de crise convulsiva. TC do crânio: presença de expansina a qual se inicia em região temporal direita e se estende até região frontal parental, à direita edema perilesional importante com DLM e ectasia ventricular contralateral. Considerações Finais: O cliente continuou com febre e cefaleia, aguardando transferência para um hospital de média e alta complexidade da região, para realização de cirurgia.  A debilitação do cliente idoso com CA cerebral interferi na logística de uma família. As dificuldades e limitações apresentadas pelo cliente envolvia seus filhos, sua origem propriamente dita, pelo fato dele não ter apoio familiar, o que interferia diretamente em sua subjetividade e psicológico. A neoplasia cerebral por mais que seja de baixa magnitude – na maioria das vezes, necessita de mais ações preventivas como forma de reduzir o índice alto de mortalidades ocorridos por essa patologia. Acompanhar o idoso no período de aula prática foi de grande relevância para a acadêmica.

1906 ARTRITE SÉPTICA EM UM ADOLESCENTE INDÍGENA INTERNADO NO HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTARÉM/PARÁ - RELATO DE CASO
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Renê Silva Pimentel

ARTRITE SÉPTICA EM UM ADOLESCENTE INDÍGENA INTERNADO NO HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTARÉM/PARÁ - RELATO DE CASO

Autores: Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Renê Silva Pimentel

Apresentação: O povo indígena Munduruku se situa em determinadas regiões e territórios nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso. No estado do Pará, eles se localizam no sudoeste, calha e afluentes do rio Tapajós, mais precisamente nos municípios de Santarém, Jacareacanga e Itaituba. Os Munduruku não são considerados índios isolados, porém, ainda residem em regiões de floresta, próximo aos rios. É corriqueiro para esse povo estar em contato direto com a natureza, principalmente crianças e adolescentes. Atividades de caça, como a pesca, é algo que é repassado de indígena para indígena desde criança para que este aprenda. O contato com a natureza, bem como com a família, parentes e atividades do povo, é primordial e substancial visto por eles. O processo saúde-doença-cura para os povos indígenas é diferente da concepção para os não-indígenas. Com isso, têm-se que a artrite séptica acomete principalmente articulação dos joelhos e quadril, sendo mais prevalente em homens, atingindo em extremos da idade. Além de ser uma infecção que causa muita dor, visto que um patógeno como vírus, bactéria ou fungo parasitou aquela articulação, essa patologia pode progredir para a degeneração e agravos inflexíveis na articulação. Desenvolvimento: Trata – se de um estudo descritivo do tipo relato de caso, ocorrido durante aula prática de Clínica Cirúrgica, no período de 10 a 25 de outubro de 2017, em um hospital municipal localizado em Santarém-Pará. A partir da identificação estrutural, material e funcionamento do hospital, foi evidenciado e selecionado um caso clínico. Resultados e/ou discussão: No dia 23/08/2017, cliente do sexo masculino, J.W.S.M., 14 anos, deu entrada no hospital na emergência com dor no quadril, já apresentava há 03 dias, após trauma na poção direita ocasionado por uma voadeira enquanto pescava. Sentia dor funcional, ficou internado e foi operado dois dias depois de dar entrada, com diagnóstico de artrite séptica de quadril direito. Recebeu alta no dia 29/08/2017. No dia 11/09/2017 o cliente indígena retornou ao setor de emergência do hospital com queixa principal: dor no quadril. Alegava que sentia dor intensa. O mesmo foi encaminhado para o infectologista, havendo dificuldade de deambular. Ao exame físico da admissão: apresentava sinais vitais normais dentro dos parâmetros, consciente, orientado no tempo e espaço. Glasgow 15. Escala de dor 8. Sem edema, dor com limitação de movimento de quadril. Alteração de sensibilidade em coxa. Considerações Finais: O paciente apresentou melhora após o procedimento de tração. Tanto os pais quanto o cliente se mostraram colaborativos, porém, por culturalmente serem mais reservados, o diálogo foi algo construído com o tempo. Sendo esta, uma vivência positiva, desafiadora e distinta para a discente, a nível acadêmico e profissional. Percebeu-se que a preocupação dos progenitores em relação a cultura do adolescente e de seu povo, era muito presente. Concomitante a isso, ainda se faz necessária a sensibilidade e conhecimento de alguns profissionais da saúde direcionado aos indígenas, em relação a cultura, a saúde, a doença, a cura e aos direitos desses povos.

3292 Avaliação antropométrica em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM
CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, ISAMIRA GÓES BATISTA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

Avaliação antropométrica em escolares do ensino fundamental no município de Barreirinha – AM

Autores: CARLOS EDUARDO GARCEZ TEIXEIRA, FLAVIA EMANUELLE COSTA SILVA, LAURAMARIS DE ARRUDA RÉGIS-ARANHA, LAURO ANTONIO DIÓGENES GONÇALVES, SUELEN CRISTINA DE SOUZA SILVA, ISAMIRA GÓES BATISTA, LUIZ AUGUSTO DA SILVA BELÉM, RAFAEL DE OLIVEIRA MOTA

A desnutrição infantil ainda se faz presente nos dias atuais. No Brasil esse índice ainda permanece alto devido à má distribuição de renda e à desigualdade social entre as classes sociais. Além disso, observa-se que a prevalência de desnutrição é maior entre as crianças de seis a dez anos, como resultado de hábitos alimentares inadequados para essa fase de crescimento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a antropometria em crianças da Escola Municipal Bom Socorro na cidade de Barreirinha – AM. Trata-se de estudo transversal e observacional envolvendo estudantes da primeira e segunda série do ensino fundamental, realizado com auxílio de fita métrica e balança mecânica devidamente calibrada para obtenção dos dados antropométricos e cálculo de índice de massa corpórea (IMC). Este estudo foi realizado por acadêmicos finalistas dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas inseridos em uma Unidade Básica de Saúde, Barreirinha. Utilizaram-se as medidas do Z escore como método de classificação das variáveis Estatura para Idade (E/I) e IMC para idade conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Das quarenta e sete crianças analisadas, vinte e cinco (53,19%) eram do sexo masculino e vinte e duas (46,8%) do sexo feminino. A idade da população estudada variou entre 6 a 9 anos. Os resultados que obtivemos desse estudo mostram que 89,4% (n=42) dos escolares encontram-se dentro do padrão nutricional adequado, enquanto 4,3% (n=2) apresentam diagnóstico de magreza, 4,3% (n=2) de sobrepeso e 2,1% (n=1) de obesidade.  Não houve casos de escolares com magreza acentuada ou obesidade grave. A realização de indicadores antropométricos é importante nessa fase da vida para detecção de crianças com riscos nutricionais, sendo uma importante tarefa para os profissionais de saúde, professores e pais. O rastreamento por meio dessa avaliação não somente possibilita o diagnóstico de distúrbios nutricionais, mas também permite apontar os possíveis fatores de risco envolvidos, o que contribui para o desenvolvimento de ações de prevenção, promoção e recuperação de saúde.

4029 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ESCOLARES COM IDADE DE 11 A 14 ANOS
Jessica Emily Freire Gomes, Lucas de Souza Nascimento, Jordana Negreiros Mota Rocha, Elias Santiago Pinto

AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ESCOLARES COM IDADE DE 11 A 14 ANOS

Autores: Jessica Emily Freire Gomes, Lucas de Souza Nascimento, Jordana Negreiros Mota Rocha, Elias Santiago Pinto

INTRODUÇÃO A aptidão física relacionada à saúde concerne em um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a realização de tarefas diárias, ocupações ativas nas horas de lazer, envolvendo saúde e habilidades esportivas, proporcionando um menor risco de desenvolver doenças hipocinéticas (causadas pelo sedentarismo) ou condições crônico-degenerativas. Desta maneira, justifica-se que toda criança e adolescente deve participar de algum tipo de atividade física durante sua vida para possuir facilidades nas atividades funcionais cotidianas. Cada vez mais existem dados demonstrando que o exercício, a aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção, com a reabilitação de doenças e com a qualidade de vida, sendo a Educação Física Escolar uma aliada através das práticas de atividades físicas e desportivas com a finalidade de prevenção de doenças e a promoção da saúde em escolares, além de desenvolver também habilidades específicas voltadas para modalidades esportivas. Embora conhecendo sobre os benefícios de se ter uma boa aptidão física há indícios de que crianças e adolescentes apresentam, atualmente, baixos níveis de aptidão física. Essa preocupação com a melhora da qualidade de vida torna-se uma questão de grande importância social, levando ao surgimento de pesquisas com o propósito de investigar os fatores envolvidos na aptidão física de escolares. Nesse contexto, a aptidão física relacionada à saúde engloba componentes que devem apresentar níveis satisfatórios que desenvolvidos corretamente e aliado a prática regular de atividade física traz diversos benefícios para a saúde. O nível de aptidão física relacionada à saúde é definido pelo desempenho obtido em testes que avaliam a composição corporal, flexibilidade articular, força e resistência muscular e cardiovascular. Portanto esse estudo tem o objetivo de avaliar através do nível de aptidão física relacionada à saúde de escolares entre 11 a 14 anos pertencentes a uma escola privada de ensino situada no município de Manaus (AM).   METODOLOGIA Esse estudo apresenta uma pesquisa descritiva com base de dados em análise quantitativa. Participaram dessa pesquisa 50 escolares com faixa etária entre 11 a 14 anos de ambos os sexos. A amostra foi composta por escolares de uma escola privada em Manaus (AM). O teste de bateria utilizado foi o Projeto Esporte Brasil versão 2016 (PROESP-Br), que é uma bateria de teste, modo de observação permanente dos indicadores de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e do estado em que se encontram as crianças e jovens entre 07 e 17 anos. O teste foi subdividido em duas vertentes da aptidão física, uma relacionada à saúde (AFS), que consiste em: Índice de Massa Corporal (IMC), Razão Cintura Estatura (RCE), aptidão cardiorrespiratória (Apc), flexibilidade (Flex), resistência muscular localizada (Rml). E outra para o desempenho esportivo (AFDE), que consiste em: força explosiva dos membros superiores (Fms) e membros inferiores (Fmi), agilidade (Agi) e velocidade (Vel) e Aptidão Cardiorrespiratória (Apct). A bateria de testes utilizada no estudo contemplou 2 etapas: medidas de crescimento corporal compostas por: massa corporal (peso), estatura (altura), envergadura e perímetro da cintura; e os testes de aptidão física relacionada a saúde: composição corporal (índice de massa corporal), aptidão cardiorrespiratória (teste da corrida-caminhada dos 6 minutos), flexibilidade (teste sentar e alcançar) e resistência muscular localizada com a contagem do número de abdominais executados corretamente em um minuto (sit-up). Desta forma, foram usadas as variáveis: índice de massa corporal, flexibilidade, resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória. Por conseguinte, a avaliação dos resultados da aptidão física relacionada à saúde dos adolescentes foi classificada conforme os critérios do Manual do PROESP-BR. Para a análise, os dados foram tabulados no Microsoft Office Excel 2010 e os resultados foram comparados aos critérios de referência apresentados no Manual do PROESP-BR para cada tarefa, os quais classificam as crianças em zona de risco à saúde ou zona saudável.   RESULTADOS Analisando os dados obtidos do índice de massa corpórea, verificou-se que 80% dos escolares estão em uma zona saudável e 20% em uma zona de risco. Os resultados da flexibilidade obtidos pelo teste de sentar e alcançar mostra que 92% dos escolares estão na zona saudável e apenas 8% numa zona de risco. No teste de resistência abdominal pudemos observar que 82% dos alunos estão numa zona saudável e 18% em uma zona de risco, pois não realizaram a quantidade mínima de abdominais exigida para atingir a zona saudável indicado pelo PROESP-BR. A resistência cardiorrespiratória foi a aptidão física que apresentou a maior similaridade de números em porcentagem, embora 52% dos escolares apresentaram níveis satisfatórios da zona saudável e 48% dos adolescentes achem-se na zona de risco segundo os dados do PROESP-BR.   CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos resultados das análises, observa-se que em todas as variáveis os escolares encontram-se em uma zona saudável, mas com uma atenção especial a variável de aptidão cardiorrespiratória onde a porcentagem ficou praticamente igualada entre os alunos em zona saudável e zona de risco, embora a maioria chegando a níveis suficientes para manutenção da saúde de acordo com o PROESP-BR, a zona de risco dessa variável requer atenção, pois estudos apontam que a baixa aptidão cardiorrespiratória está associada a elevados índices de colesterol e triglicerídeos, pressão arterial e sensibilidade às insulinas e riscos maior de obesidade. Tais resultados comprovam que a prática de atividade física na idade escolar é conveniente para estimular a adoção de hábitos de vida ativa, diminuindo o risco de doenças e demais fatores negativos associados a um estilo de vida sedentário. Desta forma, a aptidão física relacionada à saúde deve ser uma das principais preocupações dos profissionais da área de Educação Física, pois estudos têm evidenciado que o número de crianças e adolescentes não atendem aos critérios de aptidão física desejáveis para se ter uma boa qualidade de vida. Sendo assim, o Profissional de Educação Física deve buscar metodologias que preservem a saúde de escolares, a fim de evitar o sedentarismo e o desenvolvimento das doenças crônicas, assim como buscar alternativas que possam auxiliar na tentativa de resolver as patologias associadas à falta de atividades físicas. Por isso, vale ressaltar que ao tratarmos de aptidão física devemos estar observando fatores de prevenção e redução dos riscos de doenças promovendo maior disposição para as atividades diárias.   PALAVRAS-CHAVES: Aptidão física; Saúde; Escolares.

4526 DIFICULDADES VIVENCIADAS PELA EQUIPE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA QUANTO A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Rosiane Luz Cavalcante, Wanderson Luis Teixeira, Ana Carolina de Gusmão, Karine Ximendes Vericio, Adriany Vieira dos Santos

DIFICULDADES VIVENCIADAS PELA EQUIPE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA QUANTO A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Rosiane Luz Cavalcante, Wanderson Luis Teixeira, Ana Carolina de Gusmão, Karine Ximendes Vericio, Adriany Vieira dos Santos

A Saúde da Família é uma das principais estratégias, propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, para reorientar o modelo assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da atenção básica (BRASIL, 1997). Ela procura reorganizar os serviços e reorientar as práticas profissionais na lógica da promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, enfim, da promoção da qualidade de vida da população, constituindo-se em uma proposta com dimensões técnica, política e administrativa inovadoras. Ela pressupõe o princípio da Vigilância à Saúde, a inter e multidisciplinaridade e a integralidade do cuidado sobre a população que reside na área de abrangência de suas unidades de saúde (BRASIL, 1998). Entre as macroprioridades do Pacto em Defesa da Vida, possui especial relevância o aprimoramento do acesso e da qualidade dos serviços prestados no SUS, com a ênfase no fortalecimento e na qualificação das equipes de Estratégica da Saúde da Família (ESF); a promoção, informação e educação. Educação em Saúde integra um instrumento promotor da qualidade de vida aos indivíduos, famílias e comunidades, através da articulação de saberes e recursos intrínsecos, atingindo dimensões que ultrapassam o biológico. Encontra-se estreitamente vinculada à promoção da saúde, impulsionando, juntas, a qualidade no cotidiano dos indivíduos (BRASIL, 2010).  Objetivo: Este tem por objetivo evidenciar de forma descritiva soluções encontradas pela equipe saúde da família para melhor a participação da população nas ações de promoção em saúde na comunidade. Desenvolvimento: Este estudo trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma equipe da atenção básica, quanto ao desenvolvimento de ações de educação em saúde em uma comunidade periférica da Capital Belém Pará. As ações preventivas, promocionais e curativas que vinham sendo realizadas pelas equipes de Saúde da Família, já evidenciam um forte comprometimento com os profissionais de toda a equipe, com destaque nas ações do agente comunitário de saúde. Observou-se que apesar da breve divulgação previa das ações, havia pouca participação comunitária nas ações. É preciso bem mais que divulgação das ações para a efetiva participação da comunidade nas ações educativas, é preciso ofertar atrativos que favoreçam a presença desses usuários. Após planejamento em equipe, fora decidido usar novas estratégias e com recursos próprio, oferecer atrativos para aumentar a participação da população nas ações de educação em saúde na comunidade.  A equipe decidira continuar com as prévias divulgações internas (na unidade de saúde) e na área externa, quanto aos atrativos utilizados pelas equipes a realização de testes rápidos de Sífilis, Hepatite B, Hepatite e HIV, aferição de pressão arterial e glicemia capilar, IMC. Logo pode-se observar uma significativa melhora na participação dos usuários nas ações educativas. Devido ao exposto pode-se entender que para atrair o público alvo nas ações de educação em saúde é necessário o comprometimento de toda a equipe e que através de ações simples pode-se desenvolver ações de promoção a saúde.  

4125 CUIDANDO PARA MELHOR CUIDAR
erllen rayssa vaz da silva, KARLEN DA FONSECA VINHOTE, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, arlei barbosa da costa, VALERIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA

CUIDANDO PARA MELHOR CUIDAR

Autores: erllen rayssa vaz da silva, KARLEN DA FONSECA VINHOTE, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA, arlei barbosa da costa, VALERIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA

No município de Nova Olinda do Norte o alcance de cobertura da atenção básica chega a 100% do território municipal, contudo sabemos que para ter tal alcance precisamos ter profissionais de excelência e que desenvolvam suas funções adequadamente. Revendo o perfil dos profissionais das equipes de estratégia saude da família e a gama de atribuições que competem a cada um deles foi proposto pelo núcleo de atenção a saude da famili – NASF o projeto CUIDANDO PARA MELHOR CUIDAR visando Reduzir os agravos à saúde dos funcionários das equipes de estratégia saúde da família. Através de acompanhamento profissional e promoção do auto cuidado. Métodos O projeto teve a durabilidade de três meses e no primeiro encontro foram realizadas as avaliações e orientações clínicas de fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, educação física, farmácia e médica. Em seguida aconteceram oficinas para orientação de cuidados específicos com os profissionais do NASF, em paralelo, o educador físico realizou ginastica laboral uma vez por semana nas unidades de saúde e as nutricionistas o acompanhamento mensal dos profissionais.  Por fim as equipes foram reavaliadas e pelo empenho da maioria dos profissionais que tiveram o autocuidado e redução de agravos cada equipe recebeu o SELO CUIDANDO PARA MELHOR CUIDAR. Impactos Após a análise dos resultados ficou nítido que os profissionais de saude estão cuidando mais dos usuários do que cuidando da sua própria saude, tendo em vista que as alterações posturais e nutricionais foram as mais diagnosticados o projeto teve como resultado final uma redução de comportamentos e hábitos inadequados entre os profissionais, embora, pelo pouco tempo de acao nem todos tenham se sensibilizado pela proposta do projeto foi possível perceber que a maioria entendeu a importância do autocuidado. Considerações finais O projeto teve uma abordagem inovadora entre os profissionais de saúde do município de nova Olinda do norte, o mesmo criou uma competição saudável entre os colegas quanto aos melhores resultados e mostrou que é possível se cuidar no ambiente de trabalho. A repercussão positiva gerou convites de outros setores para o desenvolvimento do projeto in loco, mostrando assim, o interesse de outros gestores pelo cuidados de suas equipes.