11: Vivências e práticas no serviço: desafios para formação
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 06 - Jaraqui    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
4466 Percepções de um acadêmico acerca de oficinas terapêuticas realizadas em um Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande/MS
Cassia Paula Pires

Percepções de um acadêmico acerca de oficinas terapêuticas realizadas em um Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande/MS

Autores: Cassia Paula Pires

Introdução: As oficinas terapêuticas são frutos da Reforma Psiquiátrica e surgiram como ferramenta de assistência aos portadores de sofrimento psíquico (AZEVEDO; MIRANDA, 2011). Metodologia:  Trata-se de um relato de experiência acerca das atividades realizadas por mulheres idosas com diagnóstico médico de depressão e outros transtornos mentais, em um Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande/MS, acompanhadas de 2015 a 2017 por acadêmicos de enfermagem, integrantes da Liga Acadêmica de Saúde Mental em Enfermagem - LASME. Os encontros são realizados semanalmente e o grupo terapêutico das mulheres recebe a denominação de "Lobas". As oficinas tem duração de 2 a 3 horas, onde são realizadas atividades artesanais como o ponto-cruz, aliado a abordagem de temas como depressão, menopausa, educação sexual e outros assuntos que interessam essas mulheres com transtornos mentais. Resultados: Foi notável a interação das pacientes durante as sessões da oficina, onde até mesmo as pacientes com embotamento afetivo apresentaram uma sensível melhora de seus sinais e sintomas. Houve o compartilhamento de experiências através da conversa e a promoção da coletividade com a ajuda mútua das participantes durante a realização do artesanato. Além disso, sabe-se que atividades manuais possui capacidades terapêuticas para acalmar e incentivar a criatividade, sendo de suma importância que isso seja aprendido pelas pacientes do CAPS. Conclusão: Embora ainda incipiente, as oficinas produzidas nos CAPS podem, de maneira subjetiva, promover afetos e valorizar as potencialidades dos pacientes que sofrem de agravos mentais. Esta experiência reforça a necessidade da implementação de oficinas terapêuticas que integrem, capacitem e trabalhem com os sinais clínicos do paciente que vive com sofrimento psicológico e mental.

4473 PROMOVENDO A ARTICULAÇÃO ENSINO SERVIÇO NO MUNICÍPIO DE MACAÉ/RJ.
Monica Feroni de Carvalho, Patrícia Beraldi Santos, Ana Carolina Gaudard e Silva de Paula, Isabela de Atayde Pacheco Cordeiro, Fernanda da Silva dos Santos Costa, Nilton Costa, Alessandra Aniceto, Marcia Regina Viana

PROMOVENDO A ARTICULAÇÃO ENSINO SERVIÇO NO MUNICÍPIO DE MACAÉ/RJ.

Autores: Monica Feroni de Carvalho, Patrícia Beraldi Santos, Ana Carolina Gaudard e Silva de Paula, Isabela de Atayde Pacheco Cordeiro, Fernanda da Silva dos Santos Costa, Nilton Costa, Alessandra Aniceto, Marcia Regina Viana

Trata o presente relato sobre a experiência de construção e execução de projeto aplicativo, elaborado por especializandos do Curso de Preceptoria no Sistema Único de Saúde (PSUS), fruto da parceria entre o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (IEPHSL). Realizado entre março e novembro/2017 no município de Macaé/RJ, o projeto tem por objetivo intervir no macroproblema identificado e priorizado, por meio da utilização de fundamentos do planejamento estratégico situacional e matriz decisória, operacionalizando a análise da viabilidade e a factibilidade para sua concretização, relacionado aos desafios enfrentados na prática da preceptoria em Macaé. Após leitura reflexiva das realidades dos contextos de prática enfrentada por nós, preceptores e trabalhadores da Rede Municipal de Saúde de Macaé, identificou-se o macroproblema: “Desarticulação Ensino-Serviço”. Com a construção da árvore explicativa, os nós críticos identificados por nosso grupo foram: “docentes e preceptores não dialogam de forma efetiva” e “falta de implementação de educação permanente que contemple inclusive os gestores”. Nessa perspectiva, nosso projeto aplicativo buscou identificar as potencialidades e desafios vivenciados por docentes, profissionais de saúde e discentes na perspectiva da melhoria da integração ensino-serviço na Atenção Básica e, consequentemente, da formação de profissionais competentes e comprometidos com o cuidado, que desenvolvam um trabalho interdisciplinar, articulando os diversos saberes e permitindo o diálogo aberto com diferentes profissionais que atuam na atenção à saúde com vistas à melhoria da qualidade da assistência. Objetivo: estimular a articulação ensino serviço por meio da comunicação efetiva entre as instituições de formação em saúde, a rede municipal de assistência em Atenção Básica e a comunidade. Para alcance de tal objetivo, as ações programadas foram: a articulação entre a rede da Atenção Básica e Universidade visando reorganização dos campos de prática dos cursos de saúde por meio de reuniões entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde (gestores, coordenador da Estratégia de Saúde da Família-ESF, coordenadores administrativos e técnicos das unidades de saúde e preceptores) e Universidade (coordenadores de campos de estágios dos cursos de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé - Medicina, Nutrição e Enfermagem); mapeamento e caracterização das Unidades que recebem discentes/residentes para planejamento e elaboração do plano de ação, com a reorganização dos campos de prática, resultando em produto visual (painel-maquete) com a proposta; e apresentação do produto visual para os atores envolvidos. Além disso, foi proposto a criação de grupo de apoio a educação permanente para assessoria à Comissão Integração Ensino-Serviço – CIES, para fomentar a promoção de encontros voltados para educação permanente com temas pré-estabelecidos ou por encomenda específica, utilizando metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem; e produção de plano de ação quadrimestral de atividades). Como resultados, espera-se a discussão e avaliação conjunta entre instituições envolvidas no processo de ensino aprendizagem sobre o  atual estado da arte dos campos de estágio dos cursos de saúde da UFRJ-Macaé; a identificação dos atores relacionados com a utilização das unidades da Atenção Básica como campo de prática dos cursos superiores em saúde da UFRJ-Macaé; a produção do mapeamento dos campos de estágio nas ESFs; a sistematização e visualização geográfica dos campos de prática na atenção básica; a análise situacional e identificação de problemas sob a perspectiva dos cursos de saúde da Universidade e sob a perspectiva da ESF; visão panorâmica, favorecendo o sequenciamento e otimização das atividades; e condução dos atores envolvidos à melhor compreensão da dinâmica e funcionamento dos serviços. Com a criação do grupo de apoio à educação permanente espera-se ampliar e compartilhar conhecimentos entre atores componentes das instituições envolvidas no processo de educação permanente em serviço; e a realização de encontros periódicos entre atores para, no primeiro momento, identificar e priorizar área de intervenção e tema para ação, no segundo momento, planejar a ação e, no terceiro momento, executar a ação de educação em serviço. Os indicadores de êxito das ações serão o número de reuniões realizadas, com a presença de todos os atores envolvidos; a melhoria da distribuição das atividades discentes dentro da rede de Atenção Básica; a redução da sobreposição de discentes de diferentes cursos nos cenários de prática; otimização da utilização dos espaços; ampliação das atividades acadêmicas realizadas nas unidades da ESF; otimização do funcionamento dos serviços; utilização do produto visual, produzido a partir do mapeamento, como instrumento de organização do serviço; e a inserção de políticas de educação permanente no plano municipal de saúde – exercício 2018. Após a execução das ações na rede de Atenção Básica, estas serão estendidas para toda a rede de saúde de Macaé (unidades de atenção primária que não compõem as ESF e unidades de atenção secundária e terciária), reorganizando as atividades didáticas e de assistência, promovendo a integração da atenção básica com a rede hospitalar e os programas especializados, possibilitando ações que favoreçam a implementação de projetos de alta qualificada, projetos terapêuticos singulares e linhas de cuidados em saúde. Considerações finais: Os objetivos da integração ensino-serviço muitas vezes são definidos, geralmente, considerando-se apenas os interesses das universidades. Em situações como esta o sucesso do processo está comprometido, uma vez que integração pressupõe conexão e relação entre as partes. A vivência de alunos e docentes na realidade local é fundamental para a mudança que se pretende na formação em saúde condizente com as necessidades do SUS. A concretização dos objetivos acontece pela ação dos gestores, docentes, alunos e trabalhadores dos serviços. Portanto, o diálogo entre esses atores é a base para fortalecer as parcerias. Baseando-se no princípio de que existem dificuldades na integração ensino-serviço, e embora haja necessidade de alguns enfrentamentos para superação de fragilidades tanto nas instituições formadoras quanto na organização dos serviços de saúde, observa-se que é um processo que vem sendo construído com a sinalização de conquistas importantes. Neste projeto aplicativo pretendemos iniciar conquistas em busca do objetivo geral do nosso trabalho: “Estimular a articulação ensino serviço por meio da comunicação efetiva entre as instituições de formação em saúde, a rede municipal de assistência em atenção básica e a comunidade” e dessa maneira produzir qualidade no cuidado e na formação dos profissionais que atuam e atuarão no Sistema Único de Saúde.

4476 O dispositivo da “Atenção Plena” com grupo de terceira idade na atenção básica, produzindo vivências significativas de cuidado na formação médica
Carla Pontes de Albuquerque, Isabella Prado Gomes Segatto, Gabriel Avellar Rezende, Gabriela Freire

O dispositivo da “Atenção Plena” com grupo de terceira idade na atenção básica, produzindo vivências significativas de cuidado na formação médica

Autores: Carla Pontes de Albuquerque, Isabella Prado Gomes Segatto, Gabriel Avellar Rezende, Gabriela Freire

Iniciado em março de 2017, o projeto de extensão integrado ao PETGRADUASUS envolve estudantes da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, no desenvolvimento de atividades na Estratégia de Saúde da Família no Centro Municipal Dom Helder Câmara, situado no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. A presença cotidiana de idosos na respectiva unidade é preponderante. Na assistência a maiores de 60 anos são frequentes as queixas trazidas por estes de cansaço, estresse, solidão e insônia.Nas diferentes práticas experenciadas na equipe de saúde, os extensionistas participam de um grupo operativo voltado para a terceira idade e integrado por professor de dança, fonoaudióloga e outros trabalhadores da unidade. Tal coletivo desenvolve atividades lúdicas, educacionais e de cuidado. As temáticas vivenciadas nas rodas semanais são consensuadas a partir dos interesses dos participantes. Algumas práticas integrativas têm ativado potentes interações e contribuído para a maior autonomia dos idosos.Na "Atenção Plena", adaptação da técnica "Mindfullness", há busca por um estado de consciência que envolva estar atento às experiências, momento a momento, de forma receptiva e sem julgamento prévio. A prática se torna um meio proprício para preparar as pessoas para os desafios diários. Os benefícios neurocognitivos se estendem para o bem estar emocional, trazendo vitalidade e promovendo saúde. Pesquisas científicas apontam contribuições desta prática em diversos campos, como no clínico, na psicoterapia, na educação, no ambiente laboral. "Atenção Plena" é um conceito que vai além de meditação e é uma base potente para exercícios respiratórios, corporais, de memória, dentre outros.Durante os meses que a técnica foi aplicada em periodicidade quinzenal no grupo, com orientação para exercícios diários da mesma, o retorno dos idosos que particpavam do grupo foi muito positivo. As impressões narradas por estes foram de melhora da concentração e da mémória, maior ânimo, alívio de tensões e também diminuição de insônia.Se por um lado tal vivência foi analisada pelos idosos como prazerosa e produtiva, na perspectiva dos estudantes representou uma oportunidade significativade vivenciar um cuidadao mais profundo, não capturado pela normativa da racionalidade biomédica.

4495 INTERCÂMBIO INTERNACIONAL NO FORTALECIMENTO DE REDES NA FORMAÇÃO MÉDICA
Vanderléia Pulga, Iury Daron, Iury Daron, Iury Daron, Raquel Buffon, Raquel Buffon, Raquel Buffon

INTERCÂMBIO INTERNACIONAL NO FORTALECIMENTO DE REDES NA FORMAÇÃO MÉDICA

Autores: Vanderléia Pulga, Iury Daron, Iury Daron, Iury Daron, Raquel Buffon, Raquel Buffon, Raquel Buffon

Apresentação: O fortalecimento de redes de parcerias é um dos elementos fundamentais na execução de ações colaborativas e solidárias. Através do Programa “Formação de Atores Sociais a partir da Educação Popular em Saúde” da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Passo Fundo/RS (UFFS/PF), foi possível fortalecer redes internacionais entre a UFFS e a Universidade de Bolonha (UNIBO) com estudantes de medicina das duas universidades, docentes e comunidades da região norte do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento e Método: Desde 2013 vem sendo construída parceria entre a UFFS e a Unibo através de ações conjuntas entre professores das duas instituições. Em 2015 e 2016 cinco estudantes de medicina da Unibo realizaram intercâmbio na UFFS. Com permanência solidária e de mais de 30 dias os estudantes, junto com professores da UFFS e da Unibo fizeram visitas em comunidades rurais, urbanas, em serviços de saúde da Estratégia de Saúde da Família, em aulas de Saúde Coletiva e em vivências com os estudantes em Passo Fundo, Pontão, Marau, Palmeira das Missões e Chapecó. Resultados: Esse processo foi central para troca de conhecimentos e debates sobre os Sistemas Comparados de Saúde com a análise conjunta do Sistema Único de Saúde do Brasil, dos Sistemas de Saúde na Itália e na Europa. Além disso, o conhecimento sobre os processos de formação médica no Brasil e na Itália foi outro elemento de destaque apresentado por todos os envolvidos. Considerações Finais: Os estudantes e docentes italianos estão buscando no Brasil novos elementos para poder avançar nas reflexões e produções sobre o tipo de organização do sistema de saúde para dar conta dos desafios atuais e preparar a ação médica futura diante do envelhecimento das sociedades e das mudanças no perfil epidemiológico. Esse intercâmbio foi possível pela ação solidária e interinstitucional.   Palavras-chave: Intercâmbio internacional. Medicina. Extensão.

4513 PARTO VAGINAL CONDUZIDO POR ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM BASEADO NA TEORIA DO CONFORTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Aviner Muniz de Queiroz, Débora Pena Batista e Silva, Alyne Nogueira Paz, Raquel de Maria Carvalho Oliveira, Sarah Vieira Figueiredo, Leticia Alexandre Lima, Ilvana Lima Verde Gomes, Macedônia Pinto dos Santos

PARTO VAGINAL CONDUZIDO POR ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM BASEADO NA TEORIA DO CONFORTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Aviner Muniz de Queiroz, Débora Pena Batista e Silva, Alyne Nogueira Paz, Raquel de Maria Carvalho Oliveira, Sarah Vieira Figueiredo, Leticia Alexandre Lima, Ilvana Lima Verde Gomes, Macedônia Pinto dos Santos

A disciplina Enfermagem em Saúde da Mulher no 6º semestre da Universidade Estadual do Ceará (UECE) possibilita aos alunos interligar a realidade observada nos estágios acadêmicos com o que aprenderam em sala de aula. No estágio acadêmico, os alunos desenvolvem suas habilidades teórico-práticas realizando assistência de enfermagem às pacientes e como avaliação final da disciplina foi estabelecido que esses elaborassem um estudo de caso. Dentre os conteúdos abordados no semestre, o de parto vaginal foi uma das temáticas de destaque da disciplina, diante disso optou-se por esse assunto para a elaboração do estudo de caso. As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), destacam as boas práticas para o parto normal e nascimento, estabelecendo que o parto é natural e que precisa apenas de cuidados. Apesar de evidências científicas que demonstram os benefícios do parto vaginal, muitas mulheres optam pela cesariana por medo, insegurança, falta de conhecimento e pela dor. A OMS recomenda que a taxa de cesáreas não deve ultrapassar 15%, no entanto no Brasil a taxa de prevalência é alta e estar relacionada com fatores socioeconômicos e culturais e não à riscos obstétricos. É essencial a mudança dessa realidade, e a assistência de enfermagem voltada para as boas práticas do parto normal pode ajudar nessa mudança, possibilitando o empoeiramento e autonomia da gestante. A gravidez e o parto para a mulher são momentos de ansiedade, dúvidas e de medo, principalmente para as primíparas. Sendo preciso que o profissional promova um cuidado direcionado para amenizar esses sentimentos que podem interferir no trabalho de parto. Os profissionais de saúde devem aumentar a autoestima e encorajar a participação da mulher no seu planejamento de cuidado, além de promover o conforto. As visões e desejos da parturiente são importantes e tem que ser respeitados. A participação do acompanhante durante a gravidez e trabalho de parto é fundamental. Para assistir com qualidade, a enfermeira necessitar embasar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a uma teoria de enfermagem, visto que a teoria organiza o cuidado. A Teoria do Conforto de Katharine Kolcaba, aborda que o conforto é uma experiência imediata, caracterizada por sensação de alívio e tranquilidade, considerando os contextos. Sendo então a satisfação das necessidades humanas básicas, oriunda do cuidado de enfermagem, atribuída pela prática de intervenções denominadas “medidas de conforto”. A Teoria de Katharine Kolcaba propicia a assistência de enfermagem da parturiente de acordo com suas necessidades básicas, respeitando suas opiniões e desejos, desde que estes não interfiram na sua saúde e na do feto. Diante disso, o trabalho teve como objetivo relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem durante a condução do parto vaginal em um banheiro do Centro de Parto Normal de um hospital no Município de Maracanaú-CE. O estudo é caráter descritivo, constituído em um relato de experiência de uma vivência de acadêmicas de enfermagem, no 6° semestre da UECE, na disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher, durante o estágio no Centro de Parto Normal (CPN) de um hospital de referência do município de Maracanaú-CE, que ocorreu no dia 14 de dezembro de 2017. A amostra é composta por uma parturiente. As informações foram obtidas por meio da experiência de conduzir o parto vaginal. Buscou-se durante o trabalho de parto realizar uma assistência baseada na teoria do conforto de Katharine Kolcaba. Para a realização de um cuidado de enfermagem de qualidade, primeiramente, foram observados o histórico da parturiente, realizado anamnese e exames físicos, e desenvolvidos diagnósticos de enfermagem de acordo com a Classificação Internacional de Enfermagem (NANDA) que representassem as necessidades da parturiente no trabalho de parto. Na avaliação foram apontados os resultados esperados para que a cliente alcançasse um maior conforto. No planejamento foram determinadas as intervenções. Ao final, foi observado se todos os resultados esperados foram alcançados atendendo as necessidades da paciente. O Estudo respeitou a dignidade e autonomia humana, conforme as normas da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Durante o segundo dia das acadêmicas de enfermagem, em um dos campo de obstetrícia, nos foi solicitado que acompanhássemos uma Parturiente de 20 anos, primigesta, encaminhada para o Centro de Parto Normal (CPN) com 9 cm de dilatação, bolsa rota, orientada, mas agitada e não cooperativa, queixava-se do ambiente hospitalar pelo número de profissionais na sala de parto (SP) e da posição em decúbito, pois relatava fortes dores lombares. Paciente mostrava-se ansiosa, com medo e também foi observado que a acompanhante (mãe) deixava a parturiente insegura, pois solicitava constantemente a cesárea argumentando que a filha não iria conseguir progredir com o parto vaginal. Foi realizada a coleta de dados e elencados os diagnósticos de enfermagem, tornando possível o emprego correto da escuta e massagem terapêuticas para o relaxamento da parturiente para o alívio da dor aguda, além do emprego de palavras de encorajamento e suporte visto que se tratava da sua primeira gestação, conseguindo transmitir confiança reduzindo a ansiedade, medo e a insegurança. Foi solicitada a redução da equipe e também que a mãe se ausentasse por instantes da SP, para acalmar a parturiente. Após a saída da acompanhante e de parte da equipe, a parturiente sentiu-se mais confortável para solicitar um banho e relatou vontade de defecar, foi levada ao banheiro e oferecida a posição semi-sentada ao chuveiro, e neste momento deu início aos puxos sem que o profissional precisasse induzir, observou-se o polo cefálico do RN e prosseguiu o parto em decúbito dorsal com as pernas semi-fletidas em um colchão no local. RN nascido vivo, do sexo masculino, colocado em contato pele-a-pele. Delivramento e desprendimento da placenta na modalidade Baudelocque Schultze; placenta integra. O 4º período clínico evoluiu fisiologicamente, formação de globo de pinard, sangramento transvaginal fisiológico. Apresentou-se orientada, deambulando sem apoio, sem queixas e orientada acerca dos cuidados perineais. Assim, é visto que assistência de enfermagem que foi prestada a mulher em trabalho de parto foi um desafio para as acadêmicas de enfermagem mas uma experiência bastante enriquecedora, que possibilitou um olhar mais humanístico, sem deixar de lado o uso de teorias e da qualidade da assistência de enfermagem, tendo em vista que cada personagem exerceu seu papel, onde a paciente é a protagonista do seu parto e a enfermagem pode fazer avaliação, prestar as medidas de conforto, o apoio emocional, as informações e instruções. Quanto a utilização da teoria do conforto pode facilitar e favorecer o parto vaginal com a redução do medo e o alívio da dor e das queixas da parturiente. A condução do parto dentro do banheiro evidenciou o empoderamento da mulher e também dos profissionais, demonstrando que o cuidado é mais profundo do que o procedimento exclusivamente tecnicista, mas nos desafia a experimentar as individualidades e a lidar de maneira profissional e não menos excelente. 

4523 A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA MORTE NA EMERGÊNCIA
Lara Abreu Ribeiro Alves, José Ricardo Ferreira da Fonseca, Thiago William Barros Cunha

A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA MORTE NA EMERGÊNCIA

Autores: Lara Abreu Ribeiro Alves, José Ricardo Ferreira da Fonseca, Thiago William Barros Cunha

INTRODUÇÃO: A equipe de enfermagem, lida diariamente com uma linha tênue que liga a vida e a morte, a todo o momento estão suscetíveis a eventos que podem acarretar a perda de um indivíduo, como as paradas cardiorrespiratórias. Numa sala de emergência, a chances dessas intercorrências virem a acontecer são ainda maiores, devido ao estado crítico de saúde dos clientes ali internados e as possíveis admissões de pacientes em estado crítico, oriundos do ambiente extra hospitalar. Nesse contexto, nota-se a necessidade da inserção do acadêmico de enfermagem nesse ambiente, o contato desde a academia com os desafios ocupacionais, como a morte em serviços de emergência, pode prepará-lo melhor para enfrentamento das adversidades da vida profissional. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no enfrentamento da perda de um paciente na emergência. MÉTODO: Narrativa de experiência no enfrentamento diante da morte nas atividades práticas da Liga de Trauma e Emergência que transcorreram dentro de um hospital público do município de Manaus, sob uma perspectiva da ética da alteridade de Emmanuel Lévinas. RESULTADOS: Os estudantes sentiram fraquezas emocionais ao se depararem com a morte de um paciente. Sentimento de impotência, medo, angústia e tristeza fizeram parte desses momentos. Os enfermeiros plantonistas contribuíram para o enfrentamento dessa questão, pois sensibilizaram par um olhar não apenas no contexto patológico e psicológico que o paciente passava durante a internação. Puderam compreender a morte sob uma perspectiva ética, olhar o outro como a si mesmo, compreender sua essência humana, considerando o cuidado nesse contexto como um processo ético. Perceberam, ainda, a morte na terminalidade como o fim para todo sofrimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É de grande relevância para formação de futuros profissionais o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento frente à essa situação, uma vez que deverão lidar com a morte por toda vida.

4855 Instrumentos De Avaliação Como Ferramenta Para Identificação De Diagnósticos De Enfermagem Risco De Queda Na Consulta Ao Idoso: Relato De Experiência
Sabrina Silva, Milena Simas, Simone Gomes, Manuela Seidel, Luenne Chaves, Izabela Silveira, Viviane Aguiar

Instrumentos De Avaliação Como Ferramenta Para Identificação De Diagnósticos De Enfermagem Risco De Queda Na Consulta Ao Idoso: Relato De Experiência

Autores: Sabrina Silva, Milena Simas, Simone Gomes, Manuela Seidel, Luenne Chaves, Izabela Silveira, Viviane Aguiar

Apresentação: Simultaneamente ao processo de envelhecimento humano emergem gradativamente fatores que podem maximizar o risco de queda em pacientes idosos. Taís fatores podem ser intrínsecos quando relacionados as alterações fisiológicas e patológicas como perda de massa muscular e óssea, diminuição da motricidade e acuidade visual; ou extrínsecos quando o risco de quedas está associado ao ambiente, iluminação e tipo de calçado utilizado. As consequências da queda interferem diretamente na capacidade dos idosos no desenvolvimento de suas atividades de vida diária, desta forma podem refletir na diminuição ou perda da autonomia e independência. Torna-se imprescindível a atuação do enfermeiro no processo de identificação deste risco para que medidas profiláticas sejam adotadas em busca da diminuição dos eventos de queda. O uso  de ferramentas combinadas para identificação do risco de queda permite a implementação de medidas que intervirão nas causas associadas ao risco de queda permitindo ao enfermeiro a identificação do diagnóstico de enfermagem pela taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA 2015 -2017) na busca de um melhor planejamento do cuidado. Diante do exposto tem-se como objetivo demonstrar a necessidade de instrumentos de avaliação como ferramenta para identificação do diagnóstico de enfermagem risco de queda na consulta ao idoso. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará, no período de aulas práticas da Atividade Curricular de Introdução à Enfermagem, em agosto de 2017, em uma Unidade Municipal de Saúde do município de Belém, Pará. A consulta de enfermagem foi realizada com um idoso de 76 anos, semianalfabeto e com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica. O estudo foi dividido em três momentos: anamnese e exame físico, aplicação do Teste de Alcance Funcional (TAF) e Timed up And Go (TUG) para verificação do equilíbrio e mobilidade funcional e a escala de Downton para avaliação do risco de queda; e identificação do diagnóstico de enfermagem para risco de queda baseado no North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), versão dos anos 2015/2017. No primeiro momento com a anamnese e exame físico identificou-se histórico de quedas anteriores, uso de medicamentos hipotensores e alterações auditivas fazendo o uso de aparelho auditivo bilateral. No segundo momento o idoso foi submetido ao TAF, realizado com auxílio de uma régua fixada na parede a altura de seu acrômio. O idoso necessitou posicionar-se perpendicularmente a fita com o quadril alinhado, pés paralelos entre si, com um dos braços estendido num ângulo de 90°, a altura da régua, nesta posição foi orientado a executar uma inclinação máxima de alcance com o braço, contudo permanecendo com os pés fixos no chão. O teste foi realizado 3 vezes e os resultados foram obtidos por meio da média aritmética de suas medidas. Foi executado o TUG para avaliação do equilíbrio e mobilidade do idoso. Neste teste o idoso necessitou levantar de uma cadeira sem apoio, caminhar por uma distância de 3 metros, dar um giro de 180° caminhar e retornar e sentar-se novamente sem auxílio. O último instrumento foi escala de Downton, que consistiu em questionamento referentes a fatores de risco de quedas. A escala envolve quedas anteriores, administração de medicamentos, déficit sensorial, estado mental e deambulação. Resultados: Os testes foram essenciais para avaliar a existência de riscos potenciais de queda no paciente idoso. No TAF segundo padrões de avaliação valores menores que 15 cm indicam fragilidade para risco de quedas, contudo o idoso obteve uma média aritmética de 35,5 cm. Desta maneira, não apresentou desequilíbrio funcional neste instrumento. No TUG o paciente executou a atividade, no tempo de 19,11 segundos, estando dentro do padrão esperado. Na escala de Downton o idoso teve uma pontuação maior que 3, valor este que indica maior risco de quedas, tais riscos foram relacionados a relato de quedas anteriores, uso de hipotensores e déficit sensorial evidenciado por alterações auditivas. Dos três instrumentos aplicados, apenas um identificou o risco de queda. Tal resultado evidencia a importância de associar dois ou mais instrumentos como forma de confirmação. No caso do idoso que realizamos a consulta apresenta um bom equilíbrio funcional, identificados no TAF e TUG, mas com risco para queda devido os fatores analisados na escala de Downton. Desta maneira, com o auxílio dos instrumentos de avaliação e os fatores relacionados com o aumento da possibilidade do idoso cair encontrados no North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) como a presença dos fatores de risco envolvendo a idade avançada, uso de medicações e déficit visual e auditivo, identificou-se o diagnóstico de enfermagem Risco de queda. Os instrumentos utilizados revelaram que as avaliações podem ser realizadas em tempo hábil e não possuem nenhum tipo dificuldade de entendimento para o cliente e para a equipe de enfermagem, por esse motivo, os objetos utilizados nos testes deveriam ser de uso diário da prática clínica, pois permitem uma execução de baixo custo e fácil organização. O idoso quando sofre queda, apresenta na sua grande maioria um declínio na vida social e funcionalidades diárias, uma vez que o medo de uma nova queda se torna constante. Para o idoso fica evidenciado a perda das capacidades do corpo, o que potencializa uma o processo de depressão pós queda. Diante de toda a problemática que envolve o risco de queda, fica claro que os resultados obtidos demonstram a importância dos enfermeiros utilizarem nas consultas aos idosos instrumentos de modo a obterem um diagnóstico de enfermagem preciso, afim de elaborar e colocar em prática medidas preventivas para que os riscos sejam atenuados e/ou modificados. Vale ressaltar, que o enfermeiro deve sensibilizar os idosos a respeito dos riscos em que o mesmo está exposto e encorajá-lo a adaptar-se à nova realidade. Considerações Finais: Torna-se perceptível a relevância da utilização de ferramentas de avaliação de risco de quedas durante a consulta de enfermagem ao paciente idoso, em que o enfermeiro é essencial neste processo, assim como fundamental para a orientação de medidas profiláticas de possíveis eventos de quedas, contribuindo para a redução dos índices de quedas em idosos e para sua qualidade de vida.

2633 Trabalho de parto: A mulher como protagonista deste processo
Gisele Ferreira de Sousa, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Géssica Rodrigues Silveira, Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Adalgisa Azevedo Lima

Trabalho de parto: A mulher como protagonista deste processo

Autores: Gisele Ferreira de Sousa, Cristiano Gonçalves Morais, Antonia Irisley da Silva Blandes, Géssica Rodrigues Silveira, Lays Oliveira Bezerra, Jéssica Samara dos Santos Oliveira, Adalgisa Azevedo Lima

Apresentação: A gestação é um dos períodos importantes da vida da mulher, assinalado por uma grande variedade de transformações sejam estas biológicas, socais e psicológicas que culminam o com grande momento do parto. Em todo este processo a mulher é a protagonista, exercendo papel principal como agente ativo durante o trabalho de parto, em contrapartida  observa-se a adoção de técnicas e tecnologias que apesar de facilitarem o parto, subtraem a autonomia e a tomada de decisão das mulheres durante este processo, em vista disso as novas políticas de saúde da mulher incentivam a participação ativa durante os partos e a diminuição de procedimentos cirúrgicos como as cesarianas, com a finalidade de expandir esta autonomia das gestantes. Corroborando com esses fatores, o presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência do parto humanizado, transcorrido no leito, vivenciada pelos discentes de Enfermagem no setor obstétrico de um hospital público de Santarém. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, do tipo relato de experiência foi realizado pelos discentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, em meados de outubro de 2017 no setor obstétrico de um hospital público de Santarém. Neste período foram acompanhadas 13 parturientes que, junto dos seus respectivos acompanhantes, evoluíram para parto normal no leito nas dependências da instituição de saúde. Resultados e/ou impactos: Observou-se que a adoção da técnica de lateralizarão das parturientes, para a realização do parto no leito, é pouco implementada, entretanto as mulheres que o realizaram, demonstraram grande aceitabilidade e conforto após o nascimento do bebê, principalmente pelo fato de serem efetuados de acordo com as necessidade e escolha de cada parturiente em diálogo, observação e amparo do profissional atuante. Notou-se que as primigestas demonstraram maiores dificuldades para realizar o parto principalmente pelo receios e medos conexos a inexperiência natural, isto exigiu maiores ações em prol do conforto e orientações empregados pela equipe de Enfermagem durante o procedimento. Houve a presença de acompanhantes em todos os partos observados durante o período relatado neste estudo, sendo composto majoritariamente por mulheres que forneciam o amparo e conforto emocional a todo o momento de estadia das parturientes no setor obstétrico. Após a realização dos partos normais todas as mulheres apresentaram sinais clínicos normais, sem complicações. Considerações finais: O parto é um procedimento natural da vida humana, cuja a participação ativa da mulher durante este processo dever ser visto de forma indissociável, a experiência vivenciada durante a execução deste estudo só vem a demonstrar que práticas embasadas pelos princípios de humanização e equidade incentivados pelos Sistema Único de Saúde, quando postos em prática, possuem efeitos benéficos palpáveis.

4328 AÇÃO SOCIAL EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE IDOSOS NA CIDADE DE MANAUS/AM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Horlando Junior Santos Lages Alcantara, Ingrid dos Santos Araujo, Pedro Salaza Costa, Rosevelto Maia Borges, Bahiyyeh Ahmadpour, Rebeka Bustamante Rocha, Reinaldo de Araújo Xavier, Thiago Jonathan Silva dos Santos

AÇÃO SOCIAL EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE IDOSOS NA CIDADE DE MANAUS/AM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Horlando Junior Santos Lages Alcantara, Ingrid dos Santos Araujo, Pedro Salaza Costa, Rosevelto Maia Borges, Bahiyyeh Ahmadpour, Rebeka Bustamante Rocha, Reinaldo de Araújo Xavier, Thiago Jonathan Silva dos Santos

Apresentação: O envelhecimento populacional se configura como um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea. A atual dinâmica de crescimento da população idosa é fruto de novas formas de se alimentar, avanços médicos, nos medicamentos e tantos outros fatores que contribuíram para a elevação significativa da expectativa de vida da população mundial. Tais aspectos também se associam ao fato de que esse crescimento, no Brasil, não foi acompanhado de políticas públicas adequadas a ponto de conferir a essa população uma qualidade de vida elevada e uma velhice tranquila. Tendo em vista essa conjuntura, o presente estudo objetiva relatar as experiências obtidas pelo uso da Arteterapia como uma ferramenta fundamental para amenizar os efeitos negativos da saúde mental nesse público em um núcleo de assistência filantrópica da cidade de Manaus/AM. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado no contexto da disciplina Saúde Coletiva I, ministrada no primeiro período do curso de Graduação em Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), campus Manaus, consistindo na intervenção da realidade da atenção primária, a partir do desenvolvimento de práticas de educação em saúde na rede, abordando temas transversais relacionados à saúde e promovendo ações integrativas sob o contexto comunitário, objetivando o público da terceira idade e sendo realizado no  Núcleo de Assistência Professora Tereza Siqueira Tupinambá. Resultados: O Núcleo de Assistência Professora Tereza Siqueira Tupinambá surgiu da necessidade dos idosos do bairro do Educandos de uma assistência tanto médica, quando psicossocial. Esse núcleo vez é mantido através e doações, eventos beneficentes e voluntariado, e oferece uma rede de atenção à melhor idade, composta por uma equipe multidisciplinar, contando com profissionais gerontológicos de múltiplas áreas, como geriatria, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, todos capacitados para realização de consultas, exames e terapias variadas. Além do cuidado médico, é ofertado aos pacientes estímulos sócio culturais, incentivando suas aptidões físicas, cognitivas e emocionais. Terapias integrativas como acupuntura, massagens terapêuticas e oficinas artísticas são utilizadas paralelas ao tratamento médico como forma de garantir maior conforto e adesão aos tratamentos. A atividade foi baseada na fabricação de sabonetes artesanais, que tinha como objetivo principal a reintegração social por meio do aprendizado de um novo ofício. Este por sua vez seguiu parâmetros como a capacidade de realização de todas as etapas produtivas pelo idoso, assim como a presença de estímulo integrativo, psicomotor e emocional. Buscava-se, deste modo, reintroduzir o idoso na dinâmica social, respeitando suas limitações, mas promovendo máxima autonomia e diligência. Paralelos a esta atividade, foram abordados temas relativos à educação em saúde, como Hipertensão arterial, suas complicações e métodos de prevenção, os prejuízos da insolação diária sem a proteção solar, a importância do equilibro alimentar e necessidade de estímulos intelectuais para manutenção da boa capacidade de compreensão e pensamento. Para isso utilizou-se de múltiplas fontes de conhecimento e o auxilio de instrumentação medica para realização de exames como aferição da pressa arterial, frequência cardíaca, índice de massa corporal (IMC) e teste de glicemia. Cerca de 40 idosos e seus familiares compareceram ao evento, e foram subdivididos em 5 subgrupos para melhor atenção de suas necessidades. Posteriormente estas unidades eram encaminhados para realização de uma atividade sequencial. A primeira atividade voltava-se à fabricação de sabonetes artesanais. Queixas relativas à sensação de solidão e deslocamento social relatada pelos idosos foram motivadoras para realização desta atividade, posto que o artesanato na terceira idade é uma ferramenta  importante na manutenção da capacidade psicomotora, representando um meio de interação social e podendo servir, entre outras aspectos, como fonte de renta complementar. Um folder com o passo a passo foi entregue e, a partir dele, apenas fornecendo suporte e orientação, deixamos os próprios idosos realizarem a fabricação, bem como a ornamentação e embalagem. Esta ação teve por objetivo incentivar sua diligência, autonomia e a prática de atividades no cotidiano do idoso. Ao fim da realização, a euforia e alegria dos participantes eram notórias, pois todos os objetivos traçados como metas foram alcançados. O desejo de manter a produção, seja como fonte de renda, seja como o meio terapêutico havia sido introduzido. Durante a realização da atividade, os relatos de que iam ensinar o que aprenderam para parentes, ou que iam fabricar para venda, ou mesmo para serem lembrancinhas para chás de bebês ou aniversários de seus netos comprovavam o que havíamos pensado, como também o interesse de saber as lojas que ofertavam os materiais e seus respectivos preços. Após essas atividades, os idosos eram encaminhados para o estande de promoção a saúde, onde foram trabalhados 4 temas: A importância da higiene na terceira idade para a saúde, a hipertensão arterial, diabetes e a importância da proteção solar. Esses 3 temas foram estabelecidos de acordo com as necessidades dos idosos. O primeiro tema foi direcionado a contextualizar a fabricação dos sabonetes e a importância da higiene na manutenção da saúde. O segundo e terceiro tema foi com relação a necessidade dos idosos de esclarecer suas dúvidas, quebrar tabus e entender um pouco mais das principais doenças que afetam a maior parte dos integrantes do grupo. O último tema, tratou dos altos números de câncer de pele na região, visto a alta incidência solar. Seguindo as atividades, no terceiro estande foi realizada a verificação da glicemia capilar, pressão arterial e IMC, catalogando os dados obtidos com os históricos já existentes dos pacientes, para melhor monitoramento. Os projetos de extensão desenvolvidos pela Universidade Federal do Amazonas em parceria com o corpo social representam, para o acadêmico de medicina, a oportunidade de conhecer a realidade  de sua comunidade sob uma nova ótica.  Por meio dos conhecimentos adquiridos no seio universitário o estudante torna-se capaz de compreender de modo singular e holístico o conjunto de fatores que, concomitantes, retratam a realidade da saúde brasileira. Conclusão: Desenvolver este projeto junto ao Núcleo de Assistência Professora Tereza Siqueira Tupinambá representou não apenas o exercício do aprender, mas a compreensão da importância do conhecimento da assistência básica de saúde, posto que, é através dela que se desenvolvem as diretrizes de atenção ao paciente, além da compreensão do processo de adoecimento que se reflete no combate efetivo das enfermidades. A ação multidisciplinar e integrativa aplicada trouxe uma nova perspectiva frente sua vasta aplicação e resultado. Percebeu-se que quando utilizadas de maneira conjunta, as múltiplas formas de tratar resultam em uma elevado índice de sucesso e melhora do quadro geral dos pacientes. Estas questões em conjunto proporcionam ao profissional a renovação do espirito de descoberta, o desejo de expandir o conhecimento, a reunião de possibilidades e o intercâmbio frutífero de novas ideias.