109: Preceptoria no processo formativo
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 09 - Poraquê    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
414 CARPE- Curso de Aprimoramento e Reflexão para Preceptores de Enfermagem
Ana Carolina Tavares Vieira, Alice Mariz Porciuncula

CARPE- Curso de Aprimoramento e Reflexão para Preceptores de Enfermagem

Autores: Ana Carolina Tavares Vieira, Alice Mariz Porciuncula

O CARPE – Curso de Aprimoramento e Reflexão para Preceptores de Enfermagem – foi criado em dezembro de 2016 pela coordenação do Programa de Residência em Enfermagem em Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro a partir da demanda pedagógica do próprio grupo de preceptoria do programa. Na época, o programa contava com 38 preceptores de enfermagem responsáveis por 115 residentes de enfermagem. A coordenação do programa buscou a temática 'preceptoria' em referenciais teóricos da enfermagem e de outras categorias profissionais com o intuito de subsidiar as melhores escolhas pedagógicas. Após, foram realizadas leituras em referenciais pedagógicos sobre estratégias de ensino e aprendizagem, andragogia, estilo de aprendizado, técnicas de preceptoria em campo, técnicas de avaliação, técnicas de feedback,  matriz pedagógica individualizada segundo competências dentre outras que nortearam o arcabouço teórico do curso. Todo o curso fora desenhado com a possibilidade de ser aplicado a qualquer nível de atenção ou especialidade da enfermagem. O aprendizado da preceptoria se deu através da mesclagem de diversas técnicas pedagógicas. Dentre elas aulas expositivas breves, brainstorming, aquário, dramatização, simulação, discussões em roda e em grupo, dinâmicas em roda e em grupo, teatro do oprimido e outros. O curso foi realizado no formato de imersão em hotel fazenda para todo o grupo durante três dias com o suporte de três facilitadores. Este formato foi utilizado com o intuito de fortalecer laços entre os preceptores do programa de residência além de fomentar rede social profissional. Os resultados preliminares do curso evidenciam qualificação do processo de preceptoria em campo e melhor condução junto aos residentes com competências maiores a serem desenvolvidas ao longo do treinamento em serviço.

930 A RELEVÂNCIA DA MONITORIA PARA A FORMAÇÃO DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
milton pastor machado

A RELEVÂNCIA DA MONITORIA PARA A FORMAÇÃO DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: milton pastor machado

Introdução: O Programa de monitorias tem como finalidade aprimorar o ensino oferecido na graduação por meio do estabelecimento de práticas e experiências pedagógicas que permitam a interação dos monitores com o corpo docente e discente da instituição; auxiliar os professores no desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de ensino e de aprendizagem; oportunizar aos monitores orientação e aprofundamento relativos aos conteúdo das disciplinas monitoradas, bem como a interação com os alunos no processo de ensino e de aprendizagem; desenvolver nos monitores os conhecimentos e habilidades relativos à prática docente 1 Objetivos: o presente artigo visa descrever minha experiência na monitoria da disciplina de semiologia em enfermagem, vinculada a escola de saúde do centro universitário do Norte Uninorte/Laureate. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado a partir da vivencia discente na monitoria da disciplina de semiologia em enfermagem, que no curso de graduação em enfermagem no centro universitário do Norte Uninorte/Laureate, é oferecido aos discentes do IV semestre. Tal experiência ocorreu no município de Manaus/Amazonas, no período de 31 de marco de 2015 a 11 de julho de 2015, correspondendo ao semestre 2015/01. Resultados e Discussões: em síntese, fora desenvolvido estudos teóricos, atuação pratica, estudos paralelos e analises especificas, além da troca de conhecimento e experiências contribuindo para a pratica futura docência. Sendo assim, o trabalho conjunto do monitor e professor orientador é um facilitador de processo, permitindo que o discente faça a articulação entre o “saber-fazer” de sua profissão competente, e aquilo que é construído de forma científica em sala de aula. Considerações Finais: essa experiência na monitoria foi de suma importância, pois me proporcionou um crescimento pessoal e profissional como acadêmico de enfermagem, além de me favorecer uma visão real da vivência e das atividades de docência.

1230 DE REPENTE, TUTOR DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Liliane Silva do Nascimento, Flavia Sirotheau Correa Pontes, Helder Antonio Rebelo Pontes, Adalberto Lírio de Nazaré Lopes, Teresa Bordalo de Farias, Andrea Pessoa, Rommel Burbano, Andrea Melo

DE REPENTE, TUTOR DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

Autores: Liliane Silva do Nascimento, Flavia Sirotheau Correa Pontes, Helder Antonio Rebelo Pontes, Adalberto Lírio de Nazaré Lopes, Teresa Bordalo de Farias, Andrea Pessoa, Rommel Burbano, Andrea Melo

APRESENTAÇÃO: os programas de residência multiprofissionais são considerados pela Organização Mundial de Saúde, estratégias inovadoras em que os profissionais são preparados para trabalhar em equipes capazes de desenvolver práticas colaborativas. A figura central é o residente e os mentores de sua formação são chamados de tutores e preceptores. Neste ensaio vamos discutir a formação e atuação do tutor nas atividades da residência. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A residência multiprofissional é reconhecida como curso de Pós-Graduação lato sensu e segue normativas das IES formadoras. A função de tutor caracteriza-se por atividade de orientação acadêmica de preceptores e Residentes. No caso deste trabalho, a reflexão gira em torno do fazer-se docente de instituição federal de ensino e tutor concomitantemente. As atividades da universidade seguem o tripé ensino-pesquisa-extensão. Por vezes docentes compõe também o quadro de programas de pós graduação strito senso, atividade com elevado rigor e métrica nacional baseada na produtividade. Assim, o docente se percebe, tutor de residência, sobrepondo o eixo do tripé de formação, em outro nível, na modalidade lato-senso – residência com total de 5760 horas em 24 meses. Desenvolver um plano de trabalho exequível as realidades as quais os residentes vivenciam, bem como acompanhar o desempenho e qualidade de atividades exige capacidade metodológica, fundamentação teórica, vivencia e articulação com o sistema de saúde e seus gestores. Além de suas funções específicas, os tutores devem participar do planejamento e implementação das atividades de educação permanente em saúde para os preceptores, estimular ações voltadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de novas tecnologias para atenção e gestão em saúde e articular integração entre os diferentes níveis de formação. RESULTADOS: A falta de recursos provenientes dos Ministérios para alavancar os programas por meio de incentivos financeiros aos colaboradores de todas as instâncias têm se mostrado limitantes na execução da residência multiprofissional. O desafio de ser docente e tutor num sistema de atenção à saúde em construção na perspectiva amazônida, com suas distorções e imperfeições, tem sido enfrentado com sucesso, na dor e na delícia de aprender o exercício real da residência multiprofissional em todo país. Ademais, as RMS são Programas em crescimento no país e estão se consolidando devido ao seu formato de aprendizagem, agregando ensino e serviço, formando profissionais qualificados com foco no trabalho multiprofissional. É mister a responsabilidade dos centros formadores com a instrução dos profissionais da área da saúde, sendo que esse processo deve refletir a realidade social, política e cultural, fundamentados pelos princípios e diretrizes do SUS, para o trabalho no SUS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Reconhecemos os programas de RMS como estratégia de reorientação da atenção básica, inserindo jovens qualificados no mercado de trabalho, norteados pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir de necessidades e realidades locais e regionais, entretanto, incentivos, valorização e reconhecimento institucional pela figura do tutor devem ser debatidas e normatizadas no Brasil. 

1262 RELATO DE EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO AO EXERCÍCIO DA TUTORIA EM EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Juleimar Soares Coelho de Amorim

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO AO EXERCÍCIO DA TUTORIA EM EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

Autores: Juleimar Soares Coelho de Amorim

APRESENTAÇÃO O Ministério da Saúde (MS) instituiu a política de Educação Permanente em Saúde (EPS) como estratégia de transformação das práticas de saúde e de formação dos profissionais e criou os pólos de EPS, como instância locoregionais. Dessa forma, como estratégia de fortalecimento da implementação da EPS iniciou-se a formação de tutores e facilitadores de EPS em todo o país, recentemente. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência do percurso histórico-metodológico da formação e da tutoria em Educação Permanente em Saúde do curso de Formação Integral Multiprofissional EPS em Movimento. Busco discutir os desafios e os avanços da construção coletiva do curso, as ferramentas pedagógicas, bem como as limitações persistentes por parte do curso, dos participantes e do modelo de educação na saúde no mundo do trabalho. DESENVOLVIMENTO Percurso Histórico-Metodológico Encontro inserido dentro do programa de formação de mediadores de EPS que ocorre nas 435 regiões de saúde do país, pelo qual envolve o aperfeiçoamento e a especialização de atores sociais do trabalho em saúde, especialmente tutores, formadores e trabalhadores em saúde para o exercício qualificado da EPS. Adoto uma posição autorreflexiva para o relato da experiência no Curso de Especialização Educação Permanente em Saúde em Movimento. Participo da primeira turma de formadores, tutores e alunos deste curso, de incorporação da modalidade de ensino a distância (EAD) e presencial ao processo de educação permanente de profissionais do SUS. Em sequência ao período especialmente dedicado à aproximação da EPS (denominado de formação), qualificado como tutor contribui para a especialização de 10 trabalhadores especializandos.   Ferramentas Pedagógicas Foi escolhido para o primeiro encontro um ambiente acadêmico (espaço da sala de aula) em que tutor e aluno eram convidados a desenvolverem narrativas para os encontros presenciais de acordo com as temáticas propostas. Foram propostas “Ofertas” que subsidiaram a experimentação dos atores, que incluíram textos científicos, vídeos, imagens, fotografias, relato de experiências e reflexões sobre a EPS. Através das “Entradas” acessamos os conteúdos teóricos, documentos formativos e textos de problematização. Havia um material didático disponível previamente ao início do curso, ofertado pela equipe gestora, com situações-problemas comuns aos trabalhadores do SUS e que encorajava novas produções no grupo de discussão.   RESULTADOS O período de formação dos tutores foi importante para apreensão da temática, compreensão dos contextos e para despertar “radares” da EPS no cenário de trabalho conforme inserção dos trabalhadores do SUS. Deparei com estranhamento da temática ao compreendê-la como percurso do trabalho. Enquanto tutor exerci função dúbia, ora dedicava a desenvolver a EPS em meu mundo do trabalho, ora experimentava a tutoria com dez trabalhadores da saúde e o maior desafio foi de sempre buscar na prática do meu trabalho a fundamentação para elaboração de novos aprendizados teóricos, e ao mesmo tempo conduzir um grupo de especializando para esta mesma lógica. Foram frequentes as queixas dos especializandos e tutores (no período de formação) sobre o projeto pedagógico não ser propositivo nas atividades rotineiras teóricas do tipo pergunta e resposta, leitura de textos ou produção de trabalhos acadêmicos. Houve estranhamento nos momentos iniciais entre nós participantes, uma vez que a proposta era de percorrer o caminho da prática para a teoria. Os espaços criados na plataforma estiveram abertos e coletivos, em uma sensação de vazio, no entanto, exigiram dos formadores, tutores e alunos contribuições para torná-la atrativa e numerosa de experiências. Justamente nesse âmbito a EPS busca produzir, pedagogicamente, certo desconforto com o que se sabe, um incômodo ante a necessidade de saber para agir. A liberdade proposta no projeto pedagógico e vivenciada na plataforma encontrou inicialmente uma desmotivação pelos participantes, pois o projeto não previa direcionalidade da construção do conhecimento. Aos tutores um desafio estabelecido durante o processo foi a ativação do "radar" dos alunos para identificação de brechas para mudanças no cotidiano, bem como a conceituação pedagógica da EPS e o rompimento com a educação bancária. A estratégia pedagógica adotada na iniciativa desse curso foi contrária aos cursos de capacitação centrados no “modelo escolar” de ensino-aprendizagem. Por meio dos encontros presenciais, foi possível discutir as experiências vividas e os temas foram: a institucionalização da EPS, educação continuada versus educação permanente, metodologias de ensino e aprendizagem, dificuldades do serviço (prática) atender as necessidades da academia (a universidade - teoria), reconhecimento da EPS no dia a dia do trabalho. Porém, fortaleceu-se o “ambiente escolar de aprendizagem” para agregar as pessoas em torno da discussão de uma temática, de estabelecer pactuações para o desenvolvimento do curso e também de avaliar os recursos da plataforma virtual e os próprios participantes. De igual modo, os encontros foram importantes para fomentar o desejo de continuar na especialização e de recriar novos movimentos de EPS no ambiente de trabalho. Por excelência, a Plataforma Otics foi o espaço para navegação nas diversas ferramentas pedagógicas, como o varal de cenas, ofertas, entradas, caixa de afecções, diário cartográfico, fórum e chat. A plataforma era simples de manusear, mas pouco facilitava a interatividade, mesmo com apoio do formador/tutor para tirar dúvidas, partilhar informações e experiências. Não foi possível estabelecer uma rede de conversação síncrona entre os tutores-tutores, tutores-formadores e tutores-alunos, pois cada participante entrava em momento distinto e houve lentidão na velocidade de processamento dos dados. Essa dificuldade desmotivou o grupo e repercutiu por um período em poucos acessos e gerou em mim um desestímulo. Para que atitudes de interesse e motivação fossem despertadas nos sujeitos foi preciso que estes se identificassem com o objeto de conhecimento. Observei dificuldades relacionadas à EAD e à falta de habilidade de alguns participantes no uso do computador, como utilizar a tecnologia disponibilizada na plataforma, o que resultou em mais tempo para aprender a utilizar essa tecnologia, do que propriamente a caminhar seu processo de EPS. Consequentemente, isso foi alvo de queixas nas avaliações realizadas pelos alunos e tutores. A lentidão na velocidade de processamento e as mudanças que ocorreram na organização e estruturação da plataforma durante o percurso, fizeram com que nós (tutores e os alunos) contribuíssemos menos as experiências, frequentássemos menos o ambiente virtual e assim, houve um comprometimento ao partilhar as experiências e a interação entre os mesmos.   CONSIDERAÇÕES FINAIS A experiência vivenciada no curso EPS em Movimento foi exitosa, desafiadora e dúbia, destaco a importância do primeiro encontro presencial para constituição do vínculo e da grupalidade. Os encontros reais intercalados contribuem para manter a motivação, assim como as redes sociais e aplicativos de celulares. O exercício da narrativa sobre o cenário de trabalho pode auxiliar os participantes a construírem uma nova prática pedagógica. Os fóruns e a abertura da caixa de afecções otimizaram a aproximação de cada um dos alunos, respondendo/dialogando com as necessidades, experiências de cada um e a ativação de movimentos que favoreceram a construção coletiva de saberes. As avaliações periódicas e o TCC customizado para relatos da prática de trabalho permitiu acompanhar os avanços no processo de ensino e aprendizagem voltados para as necessidades individuais. Saber lidar com as pessoas é uma característica essencial, sobretudo, pela necessidade de incentivar a equipe e a gestão a acreditarem na EPS enquanto estratégia de mudança.

2569 SER MONITOR EM DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Carlos Rafael Azevedo, Maria Eduarda Leão de Farias, Camila Carlos Bezerra

SER MONITOR EM DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Carlos Rafael Azevedo, Maria Eduarda Leão de Farias, Camila Carlos Bezerra

INTRODUÇÃO: Nas últimas duas décadas, debates acerca da avaliação da educação superior adquiriram grande relevância, envolvendo profissionais e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. No entanto, no âmbito da emergente modalidade de ensino semipresencial, estudos e trabalhos de avaliação ainda são incipientes. Quando abordada no âmbito da modalidade à distância, a avaliação da qualidade da educação adquire maior complexidade e importância visto que as diferenças de espaço e tempo entre professor e aluno podem impactar qualitativamente o processo de aprendizagem em relação ao tempo e ao espaço. As novas tecnologias de estudo permitem diferentes interações no ambiente educacional entre aluno, professor e o monitor, permitindo uma percepção de como pode ser construtivo o modo como às instituições de ensino adotam programas de educação semipresencial. Nessa perspectiva, a oferta de disciplinas semipresenciais em um curso de graduação pode possibilitar a complementação da formação do aluno pelo aprimoramento do perfil comportamental e das habilidades no uso de ferramentas tecnológicas importantes para o profissional contemporâneo. OBJETIVO: Relatar as experiências como monitor da disciplina Gestão em Saúde e Enfermagem I, ofertada na modalidade de ensino semipresencial. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata – se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência que foi vivenciada através do Programa de Monitoria da Escola de Enfermagem de Manaus da Universidade Federal do Amazonas, que tem por objetivo introduzir discentes do curso de enfermagem nas diversas tarefas que compõem a docência de nível superior. As atividades realizadas foram: orientações acadêmicas, orientação de exercícios escolares com supervisão docente, e a participação em fóruns na plataforma de educação semipresencial. RESULTADOS: A modalidade semipresencial incentiva o desenvolvimento de novas competências digitais, como a autonomia, a automotivação, a reflexão crítica, a capacidade de análise e a tomada de decisões diante de situações-problema, o trabalho em equipe, o uso de diferentes linguagens e o fazer colaborativo. Nesse aspecto, entende-se a importância das disciplinas semipresenciais para acadêmicos de enfermagem, haja vista que essas características são fundamentais para um enfermeiro e estão extremamente relacionadas com a disciplina de gestão em enfermagem.  Além disso, permite uma maior flexibilidade ao acadêmico, permitindo acesso à plataforma de educação semipresencial em um horário mais conveniente. Foi notória a falta de pontualidade nas postagens na plataforma, nesse sentido destacam-se a presença dos monitores que puderam alertar sobre a data limite para as postagens. A ligação entre os monitores e os acadêmicos se faz necessária para que ocorra uma melhor comunicação na disciplina. No ponto de vista dos monitores, destacou-se a experiência da docência como um ponto positivo, o que abre uma nova perspectiva a respeito da futura área de atuação profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim como as demais modalidades educacionais, a disciplina Gestão em Saúde e Enfermagem em modalidade semipresencial agregou ganhos na formação profissional para os alunos como a melhoria na qualidade de ensino, trazendo novas experiências no âmbito educacional. Por meio da internet foi possível oferecer outros métodos de ensino, fazendo com que o aluno tivesse mais liberdade para ter o acesso à plataforma e assim ter um maior aproveitamento do conteúdo. Para o monitor, a diferença de uma disciplina presencial para a semipresencial é que o contato com o aluno não se restringe na sala de aula, mas é ampliado por meio digital. Esse tipo de modalidade se constitui em um grande desafio ao frente à necessidade desse modelo de ensino para maior aproveitamento do aluno, visto que, o curso de graduação em Enfermagem na universidade é integral, e esse tipo de modalidade faz parte do projeto pedagógico do curso, com o intuito de ocorrer uma maior articulação entre o aluno e docente sobre os conteúdos que constam na plataforma e nas aulas presenciais.

2875 Relato de experiência sobre o corpo do professor de enfermagem no cenário tutorial
Tayná Lívia Nascimento, Weslley dos Passos Verissímo, Ricardo Luiz Ramos, Cleiry Simone Moreira da Silva, Paulos Sérgio da Silva

Relato de experiência sobre o corpo do professor de enfermagem no cenário tutorial

Autores: Tayná Lívia Nascimento, Weslley dos Passos Verissímo, Ricardo Luiz Ramos, Cleiry Simone Moreira da Silva, Paulos Sérgio da Silva

Introdução: De saída, é fundamental sublinhar o Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO1 com sua conformação curricular integrada, especificamente os eixos estruturantes da proposta curricular do curso de graduação em Enfermagem, que está alicerçado em quatro núcleos: I) semiologia ampliada do sujeito e da coletividade, II) ética e humanismo, III) construção e produção do conhecimento e por fim IV) política e gestão em saúde. Nessa proposta curricular denota-se uma aproximação estudante-professor em diversos cenários de ensino-aprendizagem. Isso permite potencializar o que denominamos de forma arriscada de ensino baseado em experiências da vida. Isso porque misturado aos conteúdos curriculares o que observamos é um conjunto de experiências profissionais e do cotidiano que se movimentam em um continuum pensar a Enfermagem. Um aspecto que pode ser evidenciado nessa acepção, são trocas e partilhas. Sim, nos cenários de ensino-aprendizagem, sejam eles teóricos ou práticos, o que é observado é o encontro, que pode ser o ponto crucial para permitir que o estudante aprenda ou não enfermagem mediante a indução do corpo do professor que se coloca de forma indiferente, solicita, arrogante, atencioso, educado, sensível e flexível diante das necessidades acadêmicas dos estudantes. Baseado nisso, destacamos o cenário tutorial como sendo capaz de horizontalizar as relações entre professores e estudantes de enfermagem. A partir de uma situação problema, inicia-se uma discussão que vai do empirismo ao cientificismo em cima de um caso para a produção de corpos de estudantes críticos e reflexivos diante das necessidades vigentes no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse cenário o ensino e a aprendizagem destacam o uso de um contexto clínico-social para promover o desenvolvimento de habilidades nos estudantes em trabalhar coletivamente e estimular o estudo individual, de acordo com os interesses e o ritmo de cada envolvido. Objetivo: Relatar experiências sobre o corpo do professor no interior do processo de ensino-aprendizagem no cenário tutorial. Sistematização das experiências: As nossas ousadias no plano metodológico para realização deste ensaio foi o relato de experiência realizado a partir da observação de estudantes de enfermagem sobre o corpo do professor no cenário tutorial. O relato de experiência2 consiste no conjunto da descrição dos resultados obtidos, de modo a constituir uma compilação completa e coerente de tudo o que diga respeito ao processo de trabalho desenvolvidos por professores universitários de um curso de graduação em enfermagem situado na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Para sistematização e organização do relato de experiência, dividimos a discussão um pilar de vivências intitulado: O corpo do professor de enfermagem no cenário tutorial. Resultados: A organização das experiências, em um único pilar vivenciado, que versam sobre os professores de enfermagem quando cotidianamente vivenciam os desafios da modernidade quando ensinam os estudantes ou refletem com eles sobre as variadas questões relacionadas ao ofício de cuidar se dobra na palavra de ordem, corpo. Nessa forma de pensar, os professores utilizam a linguagem corporal em no cenário tutorial para apresentar aos estudantes aspectos inerentes ao cuidado de enfermagem. Reconhecemos que os relevos práticos são diversos e por vezes incididos por diferentes concepções teóricas ou filosóficas para enxergar o corpo. As ações de ensinar do professor fluem no interior de uma gestualidade que se expressa de forma corporal e afeta o íntimo do corpo dos estudantes que aprendem o ofício de cuidar no domínio da enfermagem. Para isso, tomamos o espaço onde as pessoas se movimentam para ensinar e aprender enfermagem a partir da compreensão que é na tutoria que a formação acontece. Nesse cenário, a prática pedagógica se objetiva mediante ações e atos de ensinar que se operam por meio dos corpos e neles se expressam3. Nossas experiências na condição de estudantes de enfermagem permitem afirmar que o corpo pode influenciar o processo de aprendizagem de maneira agradável e desagradável à profissão. Fala-se de um corpo estético, corpo expressivo, corpo conteúdo, corpo institucional, que ensina, mas que também aprende. Corpo este, que deve ser entendido numa perspectiva não só de um corpo biológico, mas sim de um corpo que reflete uma marca histórica, perpassando sentimentos, desejos, anseios, emoções que podem ser extensões da vida que se projetam para o interior do cenário tutorial para formar enfermeiros. Corpo que pode ser experienciado na perspectiva de poder quando o professor mantém autoridade direta sobre o estudante seja por elementos avaliativos ou por imposição autoritária e arrogante durante seu gestual e conteúdo quando ensina o oficio de cuidar. Para isso buscamos uma ancoragem direta em Foucault4 para reconhecer que o corpo na dimensão do poder perpassa pelo controle das ideias; a análise das representações como princípio de uma política eficaz. Nessa perspectiva foucaultiana, podemos refletir sobre a formação dos estudantes de enfermagem intimamente ligada com o corpo do professor. O professor, mediador das discussões, é o facilitador de conhecimentos, gerando no estudante uma inquietação para desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas sobre o ser enfermeiro. Baseado nisso, o corpo pode ser observado como receptáculo do poder sobre o qual se exercem relações e redes de influência, sujeitando-o a uma matriz disciplinadora e soberania sobre os estudantes; sendo os elementos avaliativos um dos pontos chaves no processo de formação de enfermeiros. Assim, esse pensamento é tão próximo de nossas experiências acadêmico-profissionais que quando analisamos as cenas cotidianas de cuidar o que podemos inferir são condutas clínicas de cuidar realizadas por enfermeiros de forma unidirecional pautadas em análises estritamente biológicas do corpo cuidado ou mesmo implementação vertical de estratégias guiadas por manuais ministeriais que muitas vezes não leva em consideração os elementos subjetivos dos clientes. Considerações finais: Fazemos aqui uma pausa em nossas relatos com um tom reflexivo para certificação de que o homem está corporalmente inserido no mundo e é afetado pelas tramas de poder nas relações com o outro. Os seus valores, hábitos, crenças, culturas, local em que vive e trajetória profissional são dimensões do corpo do professor que representa em maior ou menor intensidade seu poder. Um segundo encaminhamento diz respeito que o corpo do professor no cenário tutorial induz posturas profissionais a partir da sua forma de vestir, gesticular e falar sobre a profissão. Para não finalizar: esperamos que este relato de experiência contribua para ampliação na forma de pensar a formação de enfermeiros nas multivariadas instituições de ensino superior. Pensamos ainda que um aspecto significativo seja a possibilidade de estudar à formação dos profissionais da área da saúde a partir do objeto corpo do professor, sobretudo no interior de currículos orientados por metodologias ativas de ensino, como foi o caso deste relato de experiência. Referências: 1-      UNIFESO. Plano Pedagógico do Curso de Enfermagem. Teresópolis: Fundação Educacional Serra dos Órgãos, 2016. 2-      Jones, A, Reed R. Weyers J. Pratical Skills in Biology. New York: Longman Scientific e Technical, 1998. 3-      Silva PS, Figueiredo NMA. The teacher’s body elements that influence the teaching-learning process of university nursing students. Invest Educ Enferm. [revista en Internet]. 2017 [citado 2017 Dic 18];35(3):268-275. Disponible en: http://aprendeenlinea.udea.edu.co/revistas/index.php/iee/article/view/329200/20785719 4-      Foucault, M. Microfísica do poder. Tradução: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Graal, 2010.

2899 A MONITORIA ACADÊMICA COMO FERRAMENTA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL
Karoline Costa de Souza, Rizioleia Marina Pinheiro Pina

A MONITORIA ACADÊMICA COMO FERRAMENTA PARA ESCOLHA PROFISSIONAL

Autores: Karoline Costa de Souza, Rizioleia Marina Pinheiro Pina

APRESENTAÇÃO: A monitoria acadêmica é uma oportunidade de estimular as habilidades didáticas e de comunicação do monitor, promovendo o desenvolvimento da autonomia e levando à escolha da docência como carreira profissional. Outra característica é a interação do discente com o docente orientador e com os discentes matriculados na disciplina. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, que possui a finalidade de discorrer sobre as vivências durante as atividades de monitoria realizadas durante a disciplina Processos Educacionais Aplicados à Saúde, presente na matriz curricular do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O Programa de Monitoria oferece vagas para discentes bolsistas e não bolsistas, com a finalidade de oportunizar a experiência de monitoria a um grupo maior de discentes. A seleção exige dos discentes candidatos, critérios relacionados ao rendimento escolar, a saber: coeficiente de rendimento nas disciplinas cursadas acima de cinco pontos e coeficiente acima de sete na disciplina em que o discente pleiteia a vaga para a monitoria, além de disponibilidade de 12 horas dedicadas à monitoria. Os discentes selecionados como monitores devem cumprir a carga horaria exigida, realizar atividades planejadas junto ao docente orientador, entregar mensalmente relatórios com informações relacionadas às atividades desenvolvidas ao longo do mês, assim como organização de materiais de estudo sobre os conteúdos que serão abordados em sala de aula, reuniões com o docente orientador e auxílio individual referente às atividades da disciplina para os discentes. A monitoria agrega benefícios à Instituição, ao discente monitor e discente matriculado na disciplina, pois o monitor é um facilitador no processo de ensino-aprendizagem. RESULTADOS E IMPACTOS: Quanto aos benefícios adquiridos durante a monitoria, está o desenvolvimento do senso de responsabilidade por parte do discente monitor, a oportunidade de se colocar como facilitador no processo de formação de seus pares, o despertar para a busca de conhecimento, uma vez que este se torna referencia em facilitar a compreensão dos discentes, tornando-se essencial a busca constante por temas que se relacionem com a disciplina. A experiência de monitoria oportuniza ao discente o despertar para uma carreira docente, além de ser fundamental para a escolha profissional do monitor, uma vez que na maioria das vezes ocorre identificação com a docência ainda durante a graduação. Os benefícios vão para além da questão curricular, ao oferecer apoio aos discentes através do esclarecimento de dúvidas, nesse sentido o monitor participa transformando e sendo transformado pelo processo de ensinar. Na disciplina processos educacionais, foi possível realizar incentivo individual com cada discente interessado em ingressar na carreira da pesquisa científica, o que se confirmou com a ampla participação de discentes interessados em participar de eventos científicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por conseguinte, a monitoria é uma oportunidade de estimular a criação da autonomia nos momentos de escolhas, além do desenvolvimento de habilidades de comunicação. Quando vivenciada em sua plenitude, se torna em fonte de realização pessoal através da escolha profissional. Portanto, a experiência de monitoria é uma escolha que traz benefícios a curto, médio e longo prazo.

3054 O USO DE NARRATIVAS DE PRÁTICAS NA FORMAÇÃO DE PRECEPTORES PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Gleide Magali Lemos Pinheiro, Erica Vernaschi Lima, Lyra Cândida Calhau Rebouças, Karlla Christina Albuquerque Bispo

O USO DE NARRATIVAS DE PRÁTICAS NA FORMAÇÃO DE PRECEPTORES PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores: Gleide Magali Lemos Pinheiro, Erica Vernaschi Lima, Lyra Cândida Calhau Rebouças, Karlla Christina Albuquerque Bispo

Nas últimas décadas a formação em saúde vem se modificando com base no entendimento de que o processo de educação deve fundamentar-se em leituras da realidade, permeadas por interrogações cujas respostas podem ser interpretadas como disparadores para novas indagações. Nessa mesma direção é correto afirmar que a formação profissional em saúde, deve pautar-se na convicção de que não existe conhecimento pronto e acabado e sim, aquele que se transforma com base nas interações entre as pessoas e destas com os cenários pelos quais figuram. O uso de Metodologias Ativas na formação superior em saúde, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação, emerge como valiosa alternativa para estimular a elaboração de processos de aprendizagem tidos como significativos que, por conseguinte, podem apresentar possibilidades de transformação das práticas profissionais, uma vez que esse processo valoriza a diversidade de situações vivenciadas no mundo do trabalho e na realidade dos educandos. Esse relato de experiência objetiva descrever a utilização de Narrativas de Prática como estratégia de construção do conhecimento na formação de preceptores para o Sistema Único de Saúde em nível de especialização, em um curso ofertado durante nove meses, na modalidade semipresencial, com uma carga horária de 480 horas, sendo 390 presenciais e 90 em EAD, totalizando onze encontros com duração de nove meses. Participaram da proposta, profissionais de saúde que atuam como preceptores de residência médica e de residência multiprofissional em um município do Nordeste brasileiro, totalizando 37 profissionais que atuavam na rede de Atenção Básica e na rede hospitalar, contemplando profissionais com formação em: Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Farmácia, Odontologia, Fonoaudiologia, Educação Física e Enfermagem. Com base em um Termo de Referência discutido com grupos de até dez educandos, eles foram convidados a produzirem, individualmente, uma Narrativa de Prática em uma lauda, na qual deveriam registrar uma situação vivenciada durante o desenvolvimento de suas atividades de preceptoria, registrando aí posturas, comportamentos e atitudes próprias e das pessoas envolvidas, sem nenhuma identificação. A produção de Narrativa de Prática no campo da educação está relacionada à habilidade de estimular o educando a olhar reflexivamente para comportamentos individuais e coletivos das pessoas envolvidas no processo de produção do cuidado, se incluindo no processo, de forma que, a partir daí inicie uma análise crítico/reflexiva sobre tais comportamentos, já vislumbrando possibilidades de ressignificação. Para o processamento das Narrativas de Prática, foi selecionada a Espiral Construtivista como estratégia educacional que comporta seis momentos denominados de: Identificando problemas; explicando problemas: elaborando questões; buscando novas informações; construindo novos significados e avaliando o processo. A dinâmica se constitui numa socialização das Narrativas produzidas, seguindo o princípio de que nenhum educando leia a sua própria produção, processo esse gerenciado pelo Facilitador de Aprendizagem. Após a leitura de todas as narrativas, os educandos são estimulados a caminharem na Espiral Construtivista, sendo que, nesse primeiro momento, o processo segue até a elaboração de questão(ões) de aprendizagem e, a partir daí, são conduzidos para o momento de busca de novas informações que serão socializadas em encontro posterior, por meio da produção de um texto reflexivo fundamentado em artigos científicos, denominado de Nova Síntese, visando a construção de novos significados. Durante a socialização das Novas Sínteses, foi evidenciada a produção de novos significados a partir do confronto entre os saberes prévios dos educandos, experiências consideradas válidas pelos próprios e as informações contidas nas referências consultadas. Observou-se que a articulação entre esses novos saberes e a narrativa da prática levam a reflexões sobre posturas e atitudes assumidas na condição de preceptores e mobiliza interesses sobre a necessidade e importância de desenvolver competências que contribuam para um aprendizado significativo e um cuidado efetivo. Essa estratégia educacional prevê, ao final, um momento de avaliação no qual os educandos externalizam significados da ação e sentimentos/emoções emergidos durante a mesma. Nesse momento, observou-se que os educandos demonstraram sentimentos de satisfação, de realização e valorização por realizarem uma atividade cujas reflexões tiveram origem em suas experiências cotidianas. Para eles, discutir sobre narrativas originadas em suas realidades, contribuem para aproximações significativas com o processo de aprendizagem, considerando que há maior empenho e interesse na busca por novos significados como forma de resolver problemas e potencializar ações que resultem em melhores estratégias de preceptoria. Referiram ainda que as questões elaboradas a partir do processamento das narrativas de práticas, permite ao educando o fortalecimento de vínculos com seus contextos profissionais, diferindo assim de outras ações educacionais. Para eles, buscar respostas para questionamentos que emergiram de situações que tem uma forte aderência com suas realidades profissionais, sejam elas individuais e/ou coletivas, constitui-se como uma atividade desafiadora e estimulante, fato esse que fez com que se empenhassem mais na busca pelas possíveis respostas. Diante dessas constatações, entende-se que práticas pedagógicas na perspectiva das Metodologias Ativas precisam estimular o potencial criativo dos educandos, contribuindo para a formação de profissionais melhores preparados que possam cooperar para o resgate de suas necessidades e valorize os cenários nos quais os processos de formação se materializam. Na realidade atual de saúde, o que se observa na prática é uma formação dissociada da realidade, pautada em treinamentos para implantação/implementação de normas e protocolos que, na maioria das vezes são realizadas fora do contexto profissional e, geralmente, não estão vinculadas às necessidades de aprendizagem da demanda criando um paradoxo com a configuração do Sistema Único de Saúde que exige estratégias de formação cada vez mais próximas dos cenários de prática. Desse modo, é possível afirmar que a dinamicidade de relações e papéis no contexto da saúde, remete à necessidade de repensar o processo de formação destes profissionais, considerando a tendência em desenvolver propostas pedagógicas baseadas nas Metodologias Ativas, estimulando reflexões sobre a realidade local. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde imprime a esse processo a necessidade de formação vinculada à prática profissional, cujas necessidades de aprendizagem devem emergir do contexto. Nessa direção, as estratégias educacionais com Metodologias Ativas em pequenos grupos encontram eco na citada política, vez que estimula o desenvolvimento de competências necessárias ao profissional de saúde, tendo em vista a valorização de práticas educacionais que estimulam a capacidade de análise crítica de contextos e a problematização de saberes para desenvolvimento das competências específicas de cada trabalhador.

3953 A importância da fundamentação pedagógica para uma atuação assertiva na preceptoria.
Tainá Duarte Meinicke Farias, Nélia Beatriz Caiafa Ribeiro, Mario Jorge Sobreira da Silva, Rosilene de Lima Pinheiro, Fernando Lopes Tavares de Lima, Mônica Nogueira da Costa Figueiredo

A importância da fundamentação pedagógica para uma atuação assertiva na preceptoria.

Autores: Tainá Duarte Meinicke Farias, Nélia Beatriz Caiafa Ribeiro, Mario Jorge Sobreira da Silva, Rosilene de Lima Pinheiro, Fernando Lopes Tavares de Lima, Mônica Nogueira da Costa Figueiredo

As perspectivas de reorientação na formação de profissionais de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS) de modo a atender aos seus princípios e diretrizes, vêm cada vez mais exigindo um preparo dos docentes e preceptores para além do conhecimento no sentido técnico-científico. A demanda por qualificação pedagógica para profissionais de saúde que exercem ensino, em especial a preceptoria, é questão recorrente em todas as esferas de discussão sobre formação em saúde. Em vista disso, a equipe da Coordenação de Ensino do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva elaborou o “Curso de Qualificação Didático-Pedagógica para Preceptores”, com o objetivo de aprimorar o exercício da função de preceptoria nos Programas/Cursos ofertados pela instituição. Desenvolvimento O curso, que apresenta carga horária de 40 horas, é desenvolvido a partir de atividades que proporcionam a participação ativa dos profissionais inscritos, e aborda temas como: formação em saúde com foco na interdisciplinaridade e trabalho em equipe; o preceptor como agente formador em educação na saúde; concepções de educação; estratégias de ensino aplicáveis à função de preceptoria; avaliação do processo ensino-aprendizagem; planejamento e metodologias de ensino para educação na saúde. Resultados Os resultados demonstram que os conhecimentos e experiências adquiridos no curso contribuíram, de modo geral, para uma mudança na prática da preceptoria, de modo que, a partir do seu reconhecimento como membro da equipe de educação e do entendimento de seu papel no processo de ensino-aprendizagem, os preceptores puderam aplicar melhor qualidade no planejamento e organização das ações educacionais. Considerações finais Alguns desafios se apresentaram para a construção ação educacional. Um deles foi definir uma carga horária que possibilitasse a participação integral dos preceptores de forma a atingir os objetivos propostos sem comprometer as atividades assistenciais. Outro, foi organizar uma ação que agregasse diferentes categorias profissionais de modo que todos se sentissem contemplados e estimulados. O novo desafio que se configura é estender a ação educativa a temas não abordados no curso, mas que são extremamente importantes para o exercício assertivo da preceptoria, passando por questões éticas, relacionais, espirituais, entre outras.

4906 Preceptoria em saúde e Metodologias Ativas
mauricia monteiro

Preceptoria em saúde e Metodologias Ativas

Autores: mauricia monteiro

  Trata-se de um relato de encantamento e deslocamento na prática do trabalho - a partir do conhecimento de tecnologias educacionais usadas nas metodologias ativas de ensino e aprendizagem – protagonizado por vinte alunos da especialização multidisciplinar em preceptoria e em residência médica no Sistema Único de Saúde- SUS. Curso presencial, realizado em onze encontros mensais de três dias, em um município da região metropolitana da grande Belém do Pará e, tendo como objetivo apresentar a esses profissionais, tecnologias educativas que fomentam a participação efetiva do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Desenvolvimento Dos muitos indicados pelos gestores locais da secretaria de saúde- SESAU e do centro de ciências da saúde - UEPA, foram selecionados vinte profissionais, entre os que atuam na docência e na assistência ao usuário do SUS, a maioria com alguma experiência em preceptoria. Entre os vinte, apenas duas médicas e uma enfermeira referiram alguma vivência em metodologias ativas, para a maioria foi uma inovação que gerou inicialmente espanto e incredulidade. No decorrer dos encontros e com as ferramentas pedagógicas sendo apresentadas o encantamento e as transformações começaram a ser espontaneamente testemunhadas: a docente do curso de fisioterapia levou de imediato para sua prática com os alunos o cine viagem, seguido da reflexão sobre o sentimento aflorado e ouviu de muitas vozes que “todos os cursos deveriam ouvir nossos sentimentos “. A médica que assiste na Estratégia Saúde da Família, aplicou junto aos agentes comunitários de saúde -ACS de sua equipe, a problematização, com base na realidade do cotidiano e se entusiasmou com a celeridade que elencaram os problemas e apontaram hipóteses e ao final, na auto avaliação, expressaram o quanto se sentiram partícipes e respeitados em seus saberes. A auto avaliação, a avaliação do grupo e do facilitador foram adicionados às práticas de trabalho de todos os especializandos inclusive, fizeram muitos relatos de inserção na prática pessoal, familiar. A escuta qualificada, a autonomia e o protagonismo do aluno - eles vivenciando-as, como alunos do curso – contrapondo-se à prática metodológica que todos viveram na sua formação, seduziu do mais antigo ao mais moderno, sem reservas. E depoimentos com essa afirmação, foram repetidos várias vezes no decorrer da especialização. Resultados/Impactos Ao final do curso foi emocionante a narrativa reflexiva de cada um, referindo o deslocamento profissional e como ser humano obtido após conhecerem as metodologias ativas e as tecnologias pedagógicas nela utilizadas. Educadores mais humanos e, referências a arrependimento eficaz de postura equivocadas como docentes cerceadores  de seus alunos, foram algumas sinalizações das transformações advindas das novas construções que ocorreram no processo ensino-aprendizado  dos especialistas em preceptoria no SUS. Considerações finais As metodologias ativas não são apenas um método diferente do hegemônico modelo tradicional de ensino e aprendizagem ainda vigente são, em verdade, a oportunidade de que um novo profissional, um novo cidadão se construa, a partir do encantamento em interagir com empatia e respeito pela comunidade e pelos futuros profissionais.

807 VIVENCIAS NA FACILITAÇÃO; CONQUISTAS E DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DOS PORTFÓLIOS REFLEXIVOS
DEBORA DAIANA LOPES FERREIRA

VIVENCIAS NA FACILITAÇÃO; CONQUISTAS E DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DOS PORTFÓLIOS REFLEXIVOS

Autores: DEBORA DAIANA LOPES FERREIRA

Este trabalho consiste na descrição da vivência educacional como facilitadora no curso Gestão de Emergências em Saúde Pública com enfoque para o portfólio reflexivo como um instrumento valioso no processo de aprendizagem destacando as conquistas e desafios. O objetivo é relatar as experiências vividas na facilitação no curso de Gestão de Emergências em Saúde Pública a partir de uma metodologia descritiva abordando o portfólio reflexivo como método de ensino, aprendizagem e avaliação no âmbito da formação centrada em competências, bem como as conquistas e os desafios ao utilizar esse instrumento. O despertar surgiu ao perceber ao longo dessa trajetória como o processo de mudança em alguns especializandos foi valioso e fortalecedor levando em consideração que o primeiro contato com o instrumento foi algo assustador, tenso, frustrante, impactante e desconhecido por muitos. Vivenciar momentos de desconstrução do tradicional para construção de novos saberes em adultos foi uma tarefa árdua. Por alguns momentos os desafios foram mais evidentes que as conquistas. Orientar a construção de um instrumento novo para muitos foi algo complexo mas que trouxe grandes resultados. Os portfólios trazem na sua essência a construção de um novo ser, renovado na esperança de contribuir para uma saúde com mais qualidade, para um SUS melhor, para um ensino melhor. A literatura e a experiência nos fazem destacar que o portfólio é um instrumento de aprendizagem, tanto para o estudante como para o docente/facilitador.  Avaliar por meio de portfólios demanda tempo, paciência e prática. Os comentários do professor/facilitador e do aluno junto às amostras são importantes para explicar e analisar contextos, demonstrar como determinados trabalhos foram desenvolvidos e o que ocorreu durante a execução. Acompanhar portfólios de 20 participantes do Curso de Gestão de Emergências em Saúde Pública no decorrer desses 8 meses proporcionou repensar o quanto a prática educacional deve ser renovada no Brasil e principalmente na nossa região. A falta de conhecimento pelos especializandos, dificuldade na elaboração, na escrita, portfólios descritivos e pouco reflexivos, a falta de compromisso na entrega do instrumento foram algumas situações críticas vivenciadas no decorrer desse processo de construção dos portfólios. No início do curso era evidente sentimentos como frustração, dúvidas e arrependimentos por parte da turma na sua grande maioria por não ter conhecimento das metodologias ativas e suas ferramentas. O que veio acompanhado também da falta de entendimento quanto à essência do curso e mais uma vez o sentimento de frustração por não ser um curso voltado para emergência hospitalar. Como facilitadora me sentia num campo guerra, bombardeada de perguntas, sentimentos negativos e resistências. A medida que o curso acontecia foi possível observar alguns produtos bem elaborados. A criatividade na construção e a pontualidade na data da entrega foi algo motivador. Cada um com características próprias, singulares, porém todos com muita descrição e pouca ou quase nenhuma reflexão. As composições eram diversas: físicos, digitais, blogs, personalizados, de tudo um pouco. Títulos como um “matuto na cidade”; “metamorfose”, descreviam a criatividade e a singularidade com detalhes ricos e muito bem elaborados. Porém não foi possível acompanhar todos pelo não compromisso na entrega conforme pactuado. A trajetória profissional foi um dos itens necessários que deveriam constar nos portfólios. Caberia ao facilitador uma leitura minuciosa. Assim, foi possível identificar histórias de vidas surpreendentes e emocionantes. Os momentos em duplas permitiam conhecer a abordagem e a criatividade escolhida pelo colega, bem como comparar com aquilo que estava faltando no seu e o que poderia absorver da ideia do outro para composição do instrumento. Uma troca de experiências onde um acrescenta saberes ao outro. Trabalhar individualmente fortalece o relacionamento especializando/facilitador, contribuindo para uma convivência mais próxima. É um momento para identificar como aquele produto está sendo elaborado e se realmente o participante entendeu a essência do portfólio. São momentos agradáveis, que nos leva a analisar um material rico e compreender como esse instrumento está colaborando no processo de aprendizagem do especializando. Esse momento permite ao estudante realizar a autoavaliação em processo, avaliação dos conteúdos e a avaliação do facilitador, além de permitir o desenvolvimento da capacidade metacognitiva. Baseia-se no feedback entre facilitador e estudante, com o foco nos resultados gerais de desempenho. O instrumento de acompanhamento do portfólio (Apêndice A), foi aplicado na metade do curso como uma forma de compreender qual era a percepção do especializando na construção do seu portfólio. Diante daquele impresso, caberia analisar o andamento do seu produto e se contemplava alguns requisitos essenciais que deveriam constar. Os termos satisfatórios e pode melhorar foram utilizados, lembrando que o objetivo não foi avaliar o especializando mas levá-lo à reflexão se o portfólio correspondia aos requisitos mínimos solicitados. Entre as fragilidades da confecção do portfólio, destaco algumas dificuldades apontadas como a dificuldade relativa ao tempo, dificuldade da habilidade escrita; dificuldade operacional para a confecção do portfólio e redigir, organizar e estruturar. Todavia, os especializandos o reconhecem como um importante instrumento reflexivo. A cada acompanhamento era visível um crescimento, por mais pequeno que fosse. O medo, temor, o desconhecimento não era tão evidente. Já existia um pensamento de tornar o portfólio algo valioso e necessário para o produto final no caso, o TCC. Para a elaboração deste trabalho, era necessário um portfólio completo, com sínteses crítico reflexivas bem elaboradas. Nessa trajetória de aprendizagem foi notória a transformação gradativa no papel dos especializandos. Seres mais pensantes, questionadores, mais críticos foram aflorando no decorrer dos encontros. Pessoas percebendo-se capazes de estruturar, de construir e desconstruir, selecionando as informações e refletindo criticamente sobre os fatos, as teorias e os valores nelas presentes de forma implícita ou explícita. Pouco a pouco, os estudantes foram se empoderando, buscando novas fontes que subsidiassem suas reflexões, assumindo uma atitude mais responsável, comprometida e questionadora. Enquanto facilitadora, posso afirmar o quão gratificante é fazer parte desse crescimento, desse movimento de descobertas, de mudanças e de enriquecimento pessoal e profissional. As orientações, os momentos juntos, as discussões foram fundamentais e serviram como adubo para fortalecer as pequenas sementes. Tivemos bons frutos, pessoas engajadas e com novos pensamentos a partir do contato com as metodologias ativas e todas as ações envolvendo esse processo. Provocar um ser humano mais crítico é a grande recompensa nessa caminhada. Observar pessoas que se transformaram, que viram nesses instrumentos a forma de crescer, sendo percebido em suas ações, reflexões e análises críticas me faz perceber o quanto valeu a pena vivenciar todos os desafios. Cada portfolio traz consigo uma identidade, uma singularidade, uma produção que necessita de tempo, paciência, dedicação. Aliado às sínteses reflexivas foi possível encontrar uma gama de criatividade, de dedicação, de histórias emocionantes no mesmo espaço de textos, narrativas e evidencias. Afinal, um portfólio não se resume apenas a uma pasta, a fotos, a textos, ele traz na sua essência a característica, a particularidade do seu autor. E que esse instrumento esteja guardado não somente como meio físico, mas que o conhecimento ali existente permeie por um longo tempo na mente daqueles que o criaram, possibilitando torná-los cada vez mais críticos e reflexivos nas suas ações, sejam pessoais, sejam profissionais. 

1612 Encantos e sentimentos de ser facilitador
Ana Julia Duarte

Encantos e sentimentos de ser facilitador

Autores: Ana Julia Duarte

Os cursos vinculado ao programa de desenvolvimento institucional do Sistema Único de Saúde e desenvolvidos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do hospital Sírio Libanês, têm como diretriz fundante o uso das metodologias ativas. Estas metodologias priorizam o crescimento autônomo, estimula a interação entre os sujeitos e promove avaliação qualitativa processual para acompanhar o percurso da aprendizagem. Tais prerrogativas desta concepção carrega potências e desafios a serem superados com tempo, estudo e dedicação na prática reflexiva do docente. Deste modo, esta pesquisa demonstra o crescimento educacional de sete facilitadores que atuaram em cursos de Apoio ao Sistema Único de Saúde, no período de março a dezembro de 2017, em Porto Velho/RO. Estes facilitadores são também trabalhadores da saúde e foram selecionados para serem facilitadores. De modo concomitante do exercício da facilitação, cursavam a especialização em processos educacionais com ênfase em avaliação por competência. Ao final desta pós-graduação os facilitadores produzem um trabalho de conclusão de curso, que foi o principal objeto de análise deste estudo, no sentido de encontrar as marcas do crescimento calcado no princípio de gramisciano‘trabalho como princípio educativo’. Outro importante aspecto que fez o grupo avançar no perfil de competência no tocante a educação foi a reflexão da prática. Nestes momentos interativos ocorreram significativas reflexões críticas sobre as suas vivências, o que é coerente com os princípios da educação permanente em saúde no sentido de mobilizar as capacidades e competência de se posicionar como educador em metodologia ativa. Ao final, observa-se por meio dos trabalhos de conclusão dos especializandos revelações importantes vivenciadas, ao mesmo tempo, apontam para trabalhos futuros no âmbito educacional, valorizam as trocas para aprofundamento dos saberes, no sentido de encorpar a equidade entre os sujeitos que aprendem autonomamente. E sobretudo, direcionam para novos e diferentes desafios da gestão da educação permanente em saúde.  

3748 A experiência de formação em preceptoria dos programas de residência médica da Escola de Saúde Pública do Ceará
Luciana Ribeiro Conz, Camila Alves Soares, André Luis Bezerra Tavares, Alciléa Leite de Carvalho

A experiência de formação em preceptoria dos programas de residência médica da Escola de Saúde Pública do Ceará

Autores: Luciana Ribeiro Conz, Camila Alves Soares, André Luis Bezerra Tavares, Alciléa Leite de Carvalho

A Escola de Saúde Pública do Ceará, por meio do Centro de Residências iniciou em 2017 o projeto de apoio pedagógico aos programas de residência médica no Ceará, por meio de editais que preveem a formação de um núcleo docente estruturante na instituição e estimulam o desenvolvimento de competências pedagógicas e educacionais com e para preceptores nos diversos cenários de prática. Considerando os 82 programas a ela vinculados, de todas as especialidades, ofertados por diferentes hospitais do estado e instituições cooperadas, têm-se, em média, 640 residentes anualmente. Os preceptores envolvidos nos diversos programas apontam dificuldades de diversas ordens que limitam a atuação da preceptoria: falta de compreensão dos gestores sobre sua atuação; falta de capacitação pedagógica para atuarem enquanto educadores em serviço; falta de um “horário protegido” para exercer atividades docentes; ausência de um plano de cargos e carreiras que inclua a valorização da preceptoria com um diferencial de remuneração, dentre outras. O Ministério da Saúde (2015) aponta o perfil de competência do especialista em educação na saúde, no exercício da preceptoria, representado pela articulação de três áreas de competência que delimitam o escopo de trabalho da atuação profissional: Atenção à saúde e Preceptoria; Gestão do trabalho e da educação na saúde; e Formação em serviço e produção de conhecimento na saúde. Considerando essas necessidades formativas, percebeu-se a importância de um acompanhamento sistemático da preceptoria em sua atuação de ensino em serviço. O objetivo deste trabalho, portanto, é compartilhar a experiência da ESP/CE na implantação e acompanhamento de uma formação de preceptores de diversos programas de residência médica no Estado do Ceará. A formação de preceptores ocorre por meio de dois encontros mensais com duração de três horas na própria ESP/CE, além de seminários e reuniões extraordinárias. Os encontros são espaços de discussão de temas pertinentes à prática médica na lógica de ensino em serviço. Alguns temas abordados foram: o ser preceptor; trabalhos de conclusão de curso e residências integradas em rede. Está previsto para os demais encontros: metodologias ativas; processos avaliativos e diversos outros. Cabe ressaltar que a definição dos temas bem como a condução dos momentos presenciais se dá juntamente com os próprios preceptores, estimulando a capacidade pedagógica e valorizando os conhecimentos prévios dos mesmos. Está em desenvolvimento também um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) por meio de plataforma moodle da instituição, que se constitui como mais um espaço possível para possibilitar a troca de experiências e disponibilizar materiais de apoio para a formação. Até o presente momento, já identificamos o início de um processo potente de integração e diálogo entre os preceptores dos diversos programas. Considerando que tal experiência ainda se encontra em processo de implementação, estimamos como outros resultados: a introdução de novas competências pedagógicas que dialoguem com as necessidades de saúde da população, qualificação de profissionais especialistas para atuarem no SUS e um estímulo a participação desses trabalhadores nos coletivos de preceptoria.