108: Monitoria no processo de ensino-aprendizagem
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 11 - Piracuí    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
1359 CONTRIBUIÇÕES DA MONITORIA ACADÊMICA NA DISCIPLINA BASES BIOLÓGICAS II PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ESTUDANTE DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marcos Lima do Nascimento, Bárbara Juliana Carvalho Costa, Beatriz Graça de Araujo, Camila Soares Santos, Ester Alves de Oliveira, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Iracema da Silva Nogueira

CONTRIBUIÇÕES DA MONITORIA ACADÊMICA NA DISCIPLINA BASES BIOLÓGICAS II PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ESTUDANTE DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Marcos Lima do Nascimento, Bárbara Juliana Carvalho Costa, Beatriz Graça de Araujo, Camila Soares Santos, Ester Alves de Oliveira, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Iracema da Silva Nogueira

Introdução: A monitoria é uma modalidade de ensino e aprendizagem, que fomenta a formação integrada do aluno nas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de graduação, sendo esta, uma importante estratégia que incrementa o processo de ensino-aprendizagem durante a vivência acadêmica, propiciando a oportunidade para o estudante desenvolver habilidades inerentes ao ensino, aprofundar conhecimentos na área específica e contribuir com o processo de aprendizagem dos alunos monitorados, permitindo dessa forma o desenvolvimento didático, que irá contribuir para uma formação mais completa e abrangente do estudante de enfermagem. A monitoria da disciplina Bases Biológicas II é oferecida pelo Programa de Monitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e oportuniza ao aluno, regularmente matriculado no curso de graduação, a possibilidade de vivenciar situações de ensino-aprendizagem mediadas por um professor orientador, o que pode ser fundamental para a construção de saberes da experiência a serem mobilizados na prática profissional, principalmente para aquele aluno que deseja futuramente ingressar na docência. A referida disciplina trabalha conhecimentos acerca da Histologia e Embriologia Humana em aulas teóricas e práticas, ministradas por dois docentes, sendo as aulas práticas realizadas em laboratório. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada no contexto da monitoria acadêmica na disciplina de Bases Biológicas II. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência na referida monitoria, que, no curso de graduação em Enfermagem da UEA, a disciplina é oferecida à discentes que estejam cursando o 2º período. Tal experiência ocorreu no período de março a dezembro de 2017, correspondendo aos semestres 2017.1 e 2017.2 e contou com a participação de cinco acadêmicos, sendo quatro do curso de Enfermagem e um do curso de Odontologia. Para ser aluno-monitor, o acadêmico realiza uma prova de seleção contendo assuntos abordados durante o decorrer da disciplina-alvo, tendo como pré-requisito a aprovação na mesma. Uma vez aprovado, desenvolve atividades auxiliares, em relação ao conteúdo teórico-prático da disciplina, juntamente com o professor. Resultados: Atendendo à proposta do Programa de Monitoria, os monitores dão suporte às aulas e avaliações teórico-práticas, desenvolvendo as seguintes atividades acadêmicas: orientação sobre a elaboração de trabalhos acadêmicos, revisão de conteúdo, esclarecimento de dúvidas, elaboração de roteiros para estudo, além de participarem da correção de relatórios referentes às aulas práticas, auxiliando também na aplicação de provas teóricas e práticas, bem como na correção das mesmas, sempre sob supervisão e orientação do docente-orientador. Através dessas atividades é propiciado uma experiência contínua relacionada ao ensino, assim como, o aprofundamento dos assuntos abordados durante a disciplina contribui para uma correlação mais ampla entre a teoria e a prática. Por ser uma disciplina que trata da Histologia e Embriologia Humana, servirá como base para o entendimento das outras disciplinas que fazem parte da matriz curricular do curso de Enfermagem, como Patologia e Fisiologia Humana. Por isso, torna-se necessário o entendimento dos assuntos relacionados e, para isso, a monitoria entra para subsidiar o ensino-aprendizagem e resgatar as potencialidades de cada aluno, retirando suas dúvidas e tornando-o ativo nesse processo de conhecimento. A colaboração de outros quatro monitores possibilitou uma experiência harmoniosa de ajuda, mostrando que o trabalho em equipe somente tem a melhorar a qualidade do ensino. Esse estímulo do trabalho em equipe durante a graduação possibilitou uma abordagem multidisciplinar durante a formação acadêmica e que será útil na prática profissional, uma vez que, trabalhamos com pessoas e para pessoas. Conforme mencionadas anteriormente, as atividades de monitoria foram realizadas em laboratório e em sala de aula. Em laboratório, os monitores mostravam aos alunos, através da técnica de microscopia óptica, a visualização aumentada das lâminas histológicas, bem como suas características e, a partir dela era feito o desenho das estruturas e a caracterização do tecido apresentado conforme a bibliografia obrigatória contida na ementa da disciplina, previamente apresentada aos mesmos. Conforme o andamento das aulas práticas os alunos tiravam dúvidas, recebiam orientações dos monitores para a confecção do desenho e da descrição solicitada para posterior correção e avaliação. Também quando solicitados, ocorriam revisões das lâminas histológicas para a avaliação prática e, durante as revisões, percebia-se o interesse dos discentes em sanar suas dúvidas, rever cada detalhe da lâmina apresentada e correlacionar a teoria com a prática, mostrando uma participação ativa na formação do seu conhecimento. Durante as atividades práticas foi possível estabelecer uma relação interpessoal positiva com os discentes, consequentemente, os mesmos sentiam-se mais à vontade para solicitarem auxílio nas atividades, o que possibilitou um harmonioso desenvolvimento das atividades no transcorrer do ano letivo, contribuindo para um índice de aprovação favorável na disciplina. É importante destacar que na medida em que o período de provas se aproximava e novas dúvidas iam surgindo, a procura dos alunos por orientação dos monitores aumentava, pois, a aproximação desse período, é um fator que contribui para um nível de tensão mais elevado. Conclusão: É de suma importância ressaltar que a experiência na monitoria proporcionou crescimento pessoal e profissional como estudante de enfermagem, uma vez que, favoreceu uma visão real da docência e possibilitou o desenvolvimento de atributos necessários para o trabalho como enfermeiro, para a relação interpessoal entre monitores, docente orientador e discentes, com base em um aprendizado mútuo. Além disso, essa vivência possibilitou aos monitores a necessidade de atualização e aprofundamento de conhecimentos científicos, para que assim, houvesse um maior aproveitamento da experiência, tanto para os monitores quanto para os alunos. Vale ressaltar que o enfermeiro necessita de várias competências que irão nortear a sua prática profissional no campo do ensino, da assistência, da pesquisa, da gestão e da participação política, para que dessa forma, exerça a profissão com qualidade nos diversos cenários onde irá atuar. Os aspectos trabalhados ao longo da monitoria, como trabalho em equipe, ensino e aprofundamento dos conteúdos relacionados à disciplina contribuíram de maneira significativa para a construção do conhecimento que irá embasar a prática de enfermagem futuramente, visto que o enfermeiro é um agente ativo no processo de educação da população e possui o papel de líder na equipe de enfermagem. As experiências vividas na monitoria acadêmica contribuíram para uma formação mais completa e qualificada baseada no tripé institucional da Universidade do Estado do Amazonas, propiciando um ensino de excelência e que certamente irá graduar profissionais capacitados para que o melhor atendimento seja prestado à população.

1644 Monitorias extras como método de fixação e complementação das aulas práticas de anatomia humana
Carlos Eduardo Colares Soares, Thaise Farias Rodrigues, Karolliny Correa Barauna, Quelly Christina França Alves Schiave

Monitorias extras como método de fixação e complementação das aulas práticas de anatomia humana

Autores: Carlos Eduardo Colares Soares, Thaise Farias Rodrigues, Karolliny Correa Barauna, Quelly Christina França Alves Schiave

Apresentação: O conhecimento e compreensão da anatomia humana é umas das bases para o ensino médico, podendo constantemente os alunos apresentarem dificuldades nesse processo, principalmente por serem conteúdos extensos e muitas vezes nunca vistos antes. Dessa forma, as aulas práticas extras, organizadas pelos monitores, sendo chamadas de monitorias extras, apresentam-se como um método de revisão, fixação e complementação das aulas normais. O trabalho tem como objetivo mostrar as atividades de ensino práticas organizadas pelos monitores da disciplina de anatomia humana II como auxílio na aprendizagem dos conteúdos. Desenvolvimento do trabalho: Além das atividades normais de monitoria na disciplina que consistem na participação e revisão dos conteúdos nas aulas práticas, são organizados pelos monitores aulas práticas extras com autorização dos professores e solicitação prévia dos técnicos do laboratório para a utilização do espaço, materiais e peças anatômicas. Essas atividades são realizadas em horários acessíveis para os monitores e alunos, normalmente contam com a presença de 3 a 5 monitores que dividem os assuntos a serem revisados, é feito o convite aos alunos da disciplina e todos podem participar. Também são realizados simulados das provas práticas. Resultados e impactos: Nota-se, pela participação dos alunos nessas atividades, que elas são muito positivas e essenciais para a fixação e bom aprendizado do conteúdo, já que muitas vezes a quantidade de alunos para apenas um professor dificulta a visualização e compreensão das estruturas. Além disso, apresenta-se como um bom método para os monitores adquirirem prática no ensino e melhorarem sua didática. Considerações finais: A realização das monitorias extras apresenta-se como um dos meios de garantir que qualquer dificuldade presente no processo de ensino ou aprendizado seja superada e que esse conhecimento essencial e uma das bases da medicina sejam bem repassados.

1865 CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORIA ACADÊMICA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lowisa Consentini Garcia, Ester Alves de Oliveira, Beatriz Graça de Araújo, Camila Soares Santos, Marcos Lima do Nascimento, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Iracema da Silva Nogueria

CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORIA ACADÊMICA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lowisa Consentini Garcia, Ester Alves de Oliveira, Beatriz Graça de Araújo, Camila Soares Santos, Marcos Lima do Nascimento, Victor Nei Vasconcelos Monteiro, Paulo Philip de Abreu Gonzaga, Iracema da Silva Nogueria

INTRODUÇÃO: As diretrizes e bases da educação nacional, preconizam que os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seus planos de estudos. Atendendo esta recomendação, a Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas, institui o Programa de Monitoria Universitária, ofertando semestralmente, vagas para os alunos que desejam ingressar no referido Programa. O Programa de Monitoria refere-se a uma atividade de ensino e aprendizagem que permite a ampliação da formação acadêmica, tendo como objetivo oferecer aos acadêmicos dos cursos de graduação, possibilidades de desenvolver a vivência nas atividades de apoio didático aos docentes em diversas disciplinas. A atuação como aluno-monitor é uma oportunidade que possibilita ao discente o desenvolvimento de habilidades relacionadas à docência, permite que o mesmo aprimore seus conhecimentos acerca da área em questão, assim como contribui no processo de ensino-aprendizagem dos alunos acompanhados pelos monitores, tornando-se um facilitador e mediador da aprendizagem de outros discentes. Inúmeras são as atribuições de um Programa de Monitoria Universitária, dentre elas, a construção e o crescimento da autonomia do aluno-monitor, o desenvolvimento do senso de responsabilidade, o estímulo da capacidade de pensar criticamente e propor estratégias no exercício da monitoria, além do incentivo de melhora no comprometimento com as atividades e plano de estudo, para facilitar o aprendizado e a ampliar o vínculo entre professor, aluno-monitor e discentes. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada na disciplina Imunologia, por acadêmicos da área da saúde participantes do Programa de Monitoria da Universidade do Estado do Amazonas. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência produzido a partir da vivência como aluno-monitor na disciplina Imunologia, a qual é ofertada aos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no segundo semestre de 2017, contendo carga horária de 90 horas, sendo 60 horas de aulas teóricas e 30 horas de aulas práticas. Os conteúdos programáticos abordados referem-se à introdução ao sistema imune, células do sistema imune, órgãos linfoides, dinâmica da resposta imune, antígenos, Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC), anticorpos, sistema complemento, tolerância e autoimunidade, reações de hipersensibilidade e imunização.  O período do Programa de Monitoria iniciou-se em agosto de 2017 e encerrou-se em dezembro de 2017. Como pré-requisitos para inscrição do Programa, é necessário que o aluno tenha cursado, com aprovação no mínimo um período acadêmico; que o mesmo tenha sido aprovado na disciplina objeto de monitoria e obtido média igual ou superior a sete; comprovar disponibilidade de tempo para exercer seu papel como monitor, sendo necessária apresentação de declaração específica. Uma vez aprovado, deverá atender as exigências referentes a apresentação de documentação, publicadas no Edital, a fim de que possa atuar como aluno-monitor na disciplina na qual foi aprovado. O aluno poderá exercer a monitoria por, no máximo, dois anos consecutivos, ou não, podendo ser na mesma disciplina ou em disciplinas diferentes.  RESULTADOS: A principal atuação do aluno-monitor foi no auxílio às atividades práticas que ocorriam no Laboratório de Imunologia e, eventualmente, no auxílio de aplicação das provas junto aos professores. Dentre outras atividades exercidas pode-se destacar o apoio aos professores na realização de trabalhos práticos, experimentais e atividades em laboratório; na orientação dos alunos, para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo da disciplina e as práticas realizadas no laboratório de Imunologia, além de revisões dos conteúdos em períodos de pré-avaliação; também cabia ao aluno-monitor realizar a correção dos relatórios referentes as práticas realizadas e posteriormente, a organização das notas em planilhas para que fosse passado aos professores da disciplina para lançamento no Sistema Digital da Universidade, de acesso exclusivo dos mesmos. Durante o desempenho da monitoria, sentiu-se a necessidade de atualização e aprofundamento dos assuntos inerentes à disciplina, para que então, se pudesse desenvolver com eficiência e eficácia as funções de monitoria, ou seja, a experiência incentivou a busca de grande aprendizado pelo monitor, trazendo melhoria no processo de ensino e aprendizagem tanto do aluno-monitor quanto dos alunos que estavam cursando a disciplina. Devido o contato direto com os alunos, na condição também de acadêmico, a monitoria proporcionou acontecimentos inimagináveis e únicos ao monitor-aluno, como a satisfação de contribuir com o aprendizado, a observação do desempenho acadêmico, e inclusive incentivar o interesse pela prática docente como futura prática profissional do aluno-monitor. Vale ressaltar que o Programa de Monitoria possibilitou o alcance de mais conhecimentos teórico-práticos, e através dessa vivência, agregou novas experiências resultantes do apoio pedagógico aos professores, durante o seguimento da disciplina. A atividade de revisão, relacionada aos conteúdos abordados na disciplina e demais atividades realizadas com os docentes e acadêmicos, auxiliou significativamente no aperfeiçoamento do desempenho como monitor, conferindo mais segurança para sua atuação. Foi possível perceber melhor relacionamento interpessoal entre  discentes e aluno-monitor, em virtude de ambos estarem na condição de acadêmicos, o que lhes possibilitava mais conforto para solicitarem ajuda em atividades e esclarecimentos de dúvidas, evidenciando assim, a contribuição da monitoria no processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista que os alunos observavam os monitores como uma ‘ponte’ de ligação entre eles e os docentes, facilitando a resolução de questões, que passaram então a serem solucionadas de maneira mais ágil e prática, já que os monitores já tinham experiência por terem cursado a disciplina e conhecerem a metodologia de ensino. CONCLUSÃO: É interessante enfatizar que a atuação do aluno-monitor como mediador do processo ensino-aprendizagem, se constitui uma atividade de ampliação e aprimoramento do conhecimento da disciplina alvo e dos aspectos didáticos e pedagógicos, além de servir como incentivo para o exercício da docência de jovens universitário que tiveram a oportunidade de serem inseridos no Programa de Monitoria Universitária. Assim sendo, reafirma-se que a experiência na monitoria foi de fundamental contribuição para a formação acadêmica, pois possibilitou um crescimento pessoal e profissional, além de favorecer e mostrar uma visão real da vivência e das práticas de docência. Os ensinamentos adquiridos junto aos professores e alunos monitorados agregaram à carga intelectual e social do aluno monitor, revelando-lhe novos horizontes e perspectivas acadêmicas.

3437 PERCEPCÕES DE MONITORAS DA DISCIPLINA DE PRÁTICAS COMPLEMENTARES EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luciene Oliveira da Cruz, Beatriz Miranda de Paula Santos, Sandra Greice Becker

PERCEPCÕES DE MONITORAS DA DISCIPLINA DE PRÁTICAS COMPLEMENTARES EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luciene Oliveira da Cruz, Beatriz Miranda de Paula Santos, Sandra Greice Becker

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares são mundialmente difundidas, sendo usadas como formas de prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde. Podemos citar como exemplo, a Medicina tradicional chinesa que tem sua maior expressão na acupuntura e auriculoterapia, musicoterapia e Medicina Ayurveda como algumas das mais diversas práticas. Visando a interação dos acadêmicos com as práticas, foi incluída a disciplina de “Práticas Complementares em Saúde”, no curso de enfermagem, como uma opção para o discente conhecer e se aproximar mais das formas alternadas de prevenir problemas e trabalhar a promoção da saúde, assim como, conhecer a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Objetivo: Descrever a experiência acadêmica de monitoria na disciplina de “Práticas Complementares em Saúde”, ofertada no curso de enfermagem pela Universidade Federal do Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, onde pudemos experienciar pela segunda vez esta disciplina, primeiro como estudantes e em 2017/2, como monitoras. Poder reunir as práticas integrativas e complementares em uma disciplina é uma maneira de mostrar aos acadêmicos que existe um leque de opções para se tratar problemas de saúde, mas que o principal foco das práticas integrativas e complementares é promover saúde e prevenir patologias. Durante a disciplina, foi notável a interação dos discentes com as práticas e a significância da mesma no ensino superior, pois permite sensibilizar e estimular o acadêmico a conhecer mais sobre elas e a fortalecer essas práticas na sua área de atuação. No decorrer da disciplina foram ministradas aulas teóricas e práticas, algumas com a participação de profissionais da área, convidados para falar um pouco a respeito de sua prática. A disciplina permitiu a interação da monitoria com os alunos, tirando dúvidas, auxiliando nos debates e na programação da “II Feira de Práticas Complementares em Saúde” organizada pelos estudantes da disciplina, sob supervisão da professora e auxílio da monitoria. Por meio da monitoria, acompanhamos os alunos, auxiliamos a docente e estivemos aprendendo novas práticas e pontos de vistas apresentados por eles, através de rodas de conversas, onde cada um era responsável em trazer uma pesquisa sobre determinada prática ou política concernente à disciplina. Impacto: O processo de monitoria permite ao acadêmico conhecer a perspectiva docente, enriquecer seu conhecimento cientifico e desenvolver ou treinar habilidades como percepção, sensibilidade, metodologias de ensino, critérios éticos e de justiça especialmente em avaliações e um pouco da maestria, necessárias ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Como disciplina optativa de 30hs, a disciplina em si não traz como objetivo treinar os alunos a exercerem as práticas complementares em saúde, mas as apresentou e estimulou os estudantes na buscá-las para o exercício profissional. Dentre as conclusões desta experiência, avaliamos que a disciplina poderia integrar o currículo não só como optativa, mas que todos pudessem ter este conhecimento na sua formação acadêmica.

3541 Experienciação de Monitoria em Saúde Mental Coletiva no Curso de Psicologia
Cristina Machado Gomes, Rafael Wolski de Oliveira, Maria de Fátima Bueno Fischer

Experienciação de Monitoria em Saúde Mental Coletiva no Curso de Psicologia

Autores: Cristina Machado Gomes, Rafael Wolski de Oliveira, Maria de Fátima Bueno Fischer

Apresentação A monitoria é, em muitas universidades, um apoio pedagógico oferecido aos alunos para aprofundar seus conhecimentos em determinados conteúdos e, principalmente, como forma de auxiliar às dificuldades de aprendizado dos conteúdos trabalhados em aula. Essa ferramenta, complementar às atividades de sala de aula, tem valor singular no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que oferece ao aluno uma visão do conteúdo em uma linguagem de pares, alunos e monitor (colega de curso), a qual proporciona uma aproximação das necessidades do aluno e com as expectativas do professor. De maneira geral, as atividades da monitoria compreendem o auxílio ao professor, nas tarefas didáticas, na preparação de aulas e elaboração de trabalhos, atenção aos alunos quanto as suas dúvidas e dificuldades, individualmente ou em grupos, em sala de aula ou em horários definidos. Neste fazer existe a possibilidade de uma ampla faixa de atividades como realização de estudos dirigidos, trabalhos práticos e experimentais compatíveis com seu grau de conhecimento e experiência na disciplina. Outrossim, aplicação de seus conhecimentos práticos adquiridos através de vivências em outras atividades, estágios e outras disciplinas, dessa forma facilitando o relacionamento entre alunos e professor no desenvolvimento das atividades acadêmicas. A aplicação dessas metodologias complementares permite também avaliar o andamento da atividade de ensino do ponto de vista do aluno, oferecendo ao professor orientador uma rica fonte de sugestões e melhorias, tornando dinâmica a elaboração do planejamento didático da disciplina, num compartilhamento de saberes/fazeres numa relação horizontalizada. O objetivo deste trabalho é relatar uma experiência de monitoria na disciplina de Saúde Mental Coletiva do curso de Graduação em Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Importante destacar que foi o primeiro curso no RS a incluir no currículo a referida disciplina alicerçada nos ideários da reforma psiquiátrica, anterior até das aprovações das leis Estadual e Nacional. A atividade acadêmica tem como conteúdo programático: A história da loucura; Reforma Psiquiátrica no Brasil e outros modelos internacionais; Desinstitucionalização da loucura; Luta Antimanicomial; Sistema Único de Saúde - SUS, conceitos e diretrizes; Controle Social e a importância do protagonismo dos usuários na construção da política; Política de Saúde Mental brasileira e outras experiências internacionais; Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e especificidades da atenção nos diferentes dispositivos. Além do conteúdo teórico, a disciplina prevê saídas de campo, bem como a participação de usuários, gestores, residentes e trabalhadores dos serviços de saúde mental no compartilhamento de experiências através de palestras, eventos e rodas de conversa.Desenvolvimento do trabalho O processo de experiência no trabalho de monitoria se deu através do acompanhamento das aulas, auxílio nas dúvidas dos alunos quanto ao conteúdo programático e participação em saídas de campo, especificamente no Mental Tchê - Encontro dos mentaleiros (usuários, trabalhadores, estudantes, familiares e simpatizantes da luta antimanicomial), em São Lourenço do Sul/RS; na Parada do Orgulho Louco, em Alegrete/RS (eventos gaúchos protagonizados pela militância da luta antimanicomial) e no encontro do Movimento de Luta Antimanicomial, em Bauru/SP. Na disciplina de Saúde Mental Coletiva as monitorias foram realizadas em duas turmas, associando atividades de participação em sala de aula, estudos dirigidos, atendimentos extraclasse e saídas de campo. Na Unisinos, grande parte dos alunos trabalham além de estudar, o que traz alguns pontos positivos, como o enriquecimento das aulas com experiências de vida, mas também, em algumas ocasiões, gera dificuldades para o aprendizado devido ao cansaço e acúmulo de tarefas dos estudantes. Outro aspecto importante diz respeito as próprias concepções sobre a loucura que os alunos trazem, muitas vezes pautadas no senso comum que não difere da construção histórico/social. Nesses aspectos a monitoria contribui ativamente, uma vez que permite levantar, tanto nas aulas como nos acompanhamentos, as dúvidas e questões dos alunos que muitas vezes ficam para depois, com o receio de ser uma questão muito simples, ou que possa atrapalhar a aula. Também se destaca a mediação do professor e monitor no contato dos alunos com a rede de serviços de atenção Psicossocial e usuários dos serviços. As vivências do monitor também contribuem para essa troca de informação e para a motivação em relação a aprendizagem, pois permite demonstrar que as atividades práticas relacionadas com a disciplina não estão distantes da realidade do mundo trabalho. Resultados As atividades em sala de aula iniciaram com a observação da turma e posteriormente foram alternando com acompanhamentos nas aulas e atendimentos extraclasse. Nesses atendimentos foram tratadas dúvidas pontuais referentes ao conteúdo ou algum reforço ou revisão referente a explicação dada em aula. A partir dessas experiências em sala e extraclasse, a observação dos alunos e o acompanhamento das atividades possibilitou o desenvolvimento de estudo dirigido, em especial nos períodos próximos às avaliações, quando as dúvidas dos alunos e a procura pela monitoria eram mais frequentes. O acompanhamento e a participação em eventos, como o Mental Tchê e o encontro do Movimento de Luta Antimanicomial em Bauru demonstram oportunidades que podem ser vivenciadas pelos alunos desde os semestres iniciais. A participação da monitoria nesses eventos permite o compartilhamento das informações com os alunos, com uma visão e linguagem próximas dessa forma contribuindo para o debate em aula sobre o tema e facilitando a articulação entre a experiência, prática e a fala do professor sobre o conteúdo relacionado. É praticamente uma vivencia de extensão da sala de aula. Estes eventos, necessitam da mobilização dos alunos para a organização e participação. A articulação da monitoria nesse aspecto é de fundamental importância para identificar o interesse junto aos estudantes, a associação dos temas, a interface com o professor ou ainda o vínculo com outras disciplinas relacionadas. Esse envolvimento fortalece a participação dos alunos nos movimentos de luta essenciais para formação, ultrapassando os espaços institucionais da academia. Considerações finais A vivência desta experiência evidencia a importância da monitoria em compartilhar as experiências entre os pares, reconhecendo e identificando necessidades dos alunos da disciplina. Além disso, expande-se para cenários de prática onde o aluno pode visualizar o contexto do trabalho em saúde mental, assim como em relação aos movimentos sociais, possibilitando a ampliação do acadêmico de psicologia relacionando teoria com a prática e assim, oportunizando e viabilizando outras formas de conhecimento para além das práticas institucionais. Fazer assim a educação em ato. Percebeu-se que a participação em eventos de saúde mental se apresenta como potencializadora para o processo de monitoria, possibilitando a construção da relação entre teoria e prática, bem como o reconhecimento e a importância desses espaços na formação e na luta pela defesa e garantia dos direitos sociais, numa psicologia ética, implicada e com compromisso social.

3902 A RELEVÂNCIA DO PROJETO DE MONITORIA COMO FERRAMENTA DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Karina Barros Lopes, Bruna Damasceno Marques, Emilly Melo Amoras, Eliseu da Silva Vieira, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Daiane de Souza Fernandes, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

A RELEVÂNCIA DO PROJETO DE MONITORIA COMO FERRAMENTA DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Autores: Karina Barros Lopes, Bruna Damasceno Marques, Emilly Melo Amoras, Eliseu da Silva Vieira, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Daiane de Souza Fernandes, Stelacelly Coelho Toscano de Brito

Apresentação: O projeto de monitoria acontece para ressignificar o processo ensino- aprendizagem, no que tange o papel do monitor e do coordenador do projeto, que implica em comprometimento, responsabilidade, fomentação da busca pelo conhecimento, troca de saberes, construção de uma experiência real técnico-científica, bem como a promoção de subsídio para que esse produto gere resultados que sejam utilizados de forma expressiva pelo o acadêmico, docente e sociedade. Este trabalho tem por objetivo: Difundir a relevância desta experiência para os acadêmicos, enquanto profissionais em formação e como o resultado de tal irá repercutir em larga escala intra e extra-universidade. Descrição da experiência: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência,  vivenciada no período de maio a setembro de 2017, durante a monitoria da Atividade Curricular de Atenção Integral à Saúde do Adulto e do Idoso (AISAI), da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará. A vivência durante este período pode ser considerada singular, proporcionando ao aluno-monitor aprendizados ímpares, transformando-o em protagonista do seu processo de aprendizagem por meio da atividade de monitoria. As práticas operacionais desempenhadas pelo aluno enquanto monitor compreendem: auxílio na construção de planejamento para o semestre e de planos de aulas junto as docentes, participação na construção de trabalho de conclusão de atividade curricular junto aos discentes da turma, bem como a colaboração em trabalhos científicos, discussões sobre os temas abordados durante as aulas teóricas-práticas, atualizações em várias áreas da Enfermagem. Da mesma maneira trabalham na construção de uma aprendizagem significativa e horizontal, trabalhando a visão holística, facilitando a comunicação entre discentes e docentes, potencializando e desenvolvendo novas habilidades para docência, trazendo uma nova forma de atuar enquanto monitoria na Enfermagem. Resultados: Esforço, compromisso, dedicação, compreensão, trabalho em equipe, escuta ativa, conhecimento teórico-científico e prático, são algumas qualidades trabalhadas para obter um resultado satisfatório na execução deste projeto. Essas qualidades, quando vinculadas a outras competências, são fundamentais para a formação de um profissional enfermeiro de excelência,e são estimuladas nos alunos como monitores pra que apreendam esta visão e a desenvolvam em suas atividades acadêmicas enquanto alunos e em seus campos de trabalho quando profissionais. Considerações finais: Desta forma, ressaltamos a imprescindível aplicabilidade de projetos de monitoria que sejam inovadores, bem como outras iniciativas que envolvam ensino, pesquisa e extensão, que visem impulsionar o aluno para seu amadurecimento acadêmico, pessoal, curricular e como futuro profissional, destaca-se também a maestria com que alguns docentes conduzem essa atividade, proporcionando não só para o monitor, como também para os outros alunos envolvidos oportunidades singulares, que sem dúvida serão um diferencial, mesmo para aqueles que não optem por atuar como docentes futuramente. Diante do exposto, ratifica-se a necessidade de que as instituições de ensino superior, tenham um olhar sensível sobre a temática e a encorajem, promovendo recursos- sejam eles financeiros, materiais ou físicos, para a implementação deste tipo de atividade durante a formação acadêmica em Enfermagem.

4033 Monitoria: um chamado para docência em Enfermagem
Graciana de Sousa Lopes, Monike Emyline Andrade Rodrigues, Fabrício de Souza Melo, Déborah Cristina Pinheiro da Silva, Vitória Bentes Bandeira, Yana dos Santos Maia, Alex Bruno Rodrigues Lucas, Érika Juliane M. Lima

Monitoria: um chamado para docência em Enfermagem

Autores: Graciana de Sousa Lopes, Monike Emyline Andrade Rodrigues, Fabrício de Souza Melo, Déborah Cristina Pinheiro da Silva, Vitória Bentes Bandeira, Yana dos Santos Maia, Alex Bruno Rodrigues Lucas, Érika Juliane M. Lima

Introdução: a enfermagem oferece uma gama de possibilidades de atuação no mercado de trabalho. É na academia que o futuro enfermeiro tem acesso às primeiras experiências que irão direcioná-lo, de acordo com suas preferências e afinidades, à atuação profissional após formado. Os programas de monitoria das Instituições de Ensino Superior (IES) estão intimamente ligadas à qualidade da formação acadêmica na graduação e à gestão do ensino, além das práticas educativas inerentes à formação universitária. Deste modo, através da monitoria é possível despertar no acadêmico o interesse pela docência, uma vez que o contato mais íntimo com as ferramentas pedagógicas por detrás dos conteúdos ministrados em sala de aula pode despertar um novo olhar no processo ensino-aprendizagem. Porém, o desafio para esses acadêmicos é de refletir sobre a prática de forma a se tornarem protagonistas de sua formação desenvolvendo ações transformadoras de forma consciente, uma vez que, por anos, passaram por uma educação tradicional, meramente conteudista, de reprodução, sem ação reflexiva. Neste sentido, seguindo os preceitos de Paulo Freire e da Pedagogia Libertadora, a educação é uma ferramenta capaz de levar o acadêmico à autonomia, igualdade e liberdade. Objetivo: descrever as percepções de acadêmicos de Enfermagem no desenvolvimento de atividades de monitoria na disciplina Semiologia e semiotécnica e Sistematização da Assistência de Enfermagem. Metodologia: Relato de experiência realizado em uma Instituição de Ensino Superior (IES), na cidade de Manaus-AM, Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO). Os monitores participaram de reuniões conduzidas pela professora responsável pela disciplina. Foram incentivados, através do diálogo ou processo dialógico, a participar de forma ativa e reflexiva das programações metodológicas da disciplina. A análise foi feita a partir preceitos da Pedagogia Libertadora de Paulo Freire. Resultados: foi possível perceber que através da implementação do processo dialógico de Freire no cotidiano das atividades dos discentes envolvidos na monitoria, houve um maior entendimento do processo de consciência de si, no qual os acadêmicos de enfermagem monitores assumiram um posicionamento de protagonistas de ações relacionadas ao processo ensino aprendizagem, podendo fazer uma comparação da aula tradicional com metodologias ativas de forma consciente. Da mesma maneira, pensar a prática das ações, do ponto de vista do docente, também foi possível, uma vez que o processo dialógico possibilita o diálogo frequente entre professor e monitores, estreitando a parceria e deixando os discentes próximos às dificuldades e desafios do planejamento das atividades acadêmicas. Considerações finais: os acadêmicos envolvidos no programa de monitoria foram selecionados através de processo seletivo. Uma vez iniciadas as atividades, diversas reuniões ajudaram na implementação do processo dialógico no qual o diálogo foi muito explorado, foram utilizadas as chamadas “palavras geradoras/ palavras do cotidiano” que possibilitaram a discussão coletiva de temas pertinentes às disciplinas. Desta forma, os acadêmicos puderam analisar a prática de forma consciente correlacionando com as necessidades na formação do enfermeiro docente.

4050 IMPORTÂNCIA DA MONITORIA NA ATIVIDADE CURRICULAR ENFERMAGEM OBSTÉTRICA, GINECOLOGICA E NEONATAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
TAIS PEREIRA DA COSTA, Elisângela Ferreira da Silva, Joanna Angélica Azevedo de Oliveira, Milene Neves Soares, Luana Rocha Pereira, Débora Talitha Neri

IMPORTÂNCIA DA MONITORIA NA ATIVIDADE CURRICULAR ENFERMAGEM OBSTÉTRICA, GINECOLOGICA E NEONATAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: TAIS PEREIRA DA COSTA, Elisângela Ferreira da Silva, Joanna Angélica Azevedo de Oliveira, Milene Neves Soares, Luana Rocha Pereira, Débora Talitha Neri

APRESENTAÇÃO: O exercício da monitoria é uma prática destinada aos discentes que têm o interesse em aprofundar-se nos conteúdos da atividade curricular, assim como de sanar dificuldades encontradas nas temáticas abordadas em sala de aula. Frison e Moraes (2010) apontam que com o desenvolvimento da monitoria, o aluno tem a oportunidade de se tornar mais autônomo, sabendo se posicionar frente à determinadas situações que envolvam o aprendizado. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de quatro acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Pará na vivência das atividades de um projeto de monitoria. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, desenvolvido através do projeto de monitoria MONIT17360392201482/2017, dentro da Atividade Curricular Enfermagem Obstétrica, Ginecológica e Neonatal, no período de julho a agosto de 2017. RESULTADOS: A prática da monitoria, inclui acompanhar discentes em atividades de práticas hospitalares, auxílio ao professor em aulas teóricas e elaboração de atividades sobre conteúdos ministrados. A monitoria em Enfermagem fornece subsídios para o acadêmico desenvolver uma prática com maior segurança e precisão e desenvolve-se como uma ferramenta facilitadora para o desenvolvimento teórico-prático dos monitores, bem como dos monitorados, uma vez que conhece as dificuldades apresentadas pelos alunos e pode propor junto ao professor mecanismos que facilitem o processo de ensino. Outro ponto a ser mencionado é a criação de vínculo com os professores, não somente com aqueles onde acadêmico está inserido no papel de monitor, mas também com os de outras atividades curriculares, dando a possibilidade de crescimento e amadurecimento através das experiências dos professores CONSIDERAÇÕES FINAIS: as atividades de monitoria são capazes de estimular o aluno monitor a construir projetos pessoais, estabelecer e cumprir metas, buscar maneiras para superar suas dificuldades e fazer uso destas no exercício da atividade de monitoria.

4378 Monitoria de Semiologia Médica: relato de experiência
Nicolas Babilônia Cavalcanti, Gabriele Silva Marinho

Monitoria de Semiologia Médica: relato de experiência

Autores: Nicolas Babilônia Cavalcanti, Gabriele Silva Marinho

O seguinte trabalho trata-se de um relato de experiência sobre um semestre letivo no qual se foi prestado a função de monitor no curso de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas, na disciplina de Semiologia Médica. Tem por objetivo descrever e compartilhar o que significa ser monitor, como a atividade enriquece nossos conhecimentos acerca da disciplina objeto da monitoria e como ocorre uma troca mútua de conhecimento entre monitor e alunos monitorandos.As atividades da monitoria deram-se em dois momentos: ora discussões teóricas em sala de aula, ora atividades práticas em hospital próximo; além de plantões de dúvidas às vésperas das avaliações. Um aluno que se julgue apto a exercer a atividade de monitor deve ter noções de como saber lidar com outras pessoas, ter domínio geral da disciplina em questão, um mínimo de aptidão para ensinar e saber se comunicar com clareza de ideias. Quando o aluno retorna à disciplina como monitor, este adquire maior maturidade de como tratar o conteúdo da matéria, além de conseguir enriquecer os conhecimentos adquiridos anteriormente; isso tudo confere ao monitor a capacidade de otimizar o suporte aos alunos monitorandos. Do mesmo modo que o monitor tem ganho pessoal com a atividade, os monitorandos ganham mais uma fonte de aprendizado, fora aula expositiva e prática com professores e através dos livros-texto. As discussões são ricas e diversificadas, pois a participação dos alunos é essencial nesse processo. A monitoria é uma via de mão dupla no aprendizado.O resultado é a construção dinâmica do conhecimento, com ganho para todas as partes, incluindo professores, pois estes requerem os monitores como ajudantes. Por fim, aqueles alunos os quais demonstrarem interesse, recomenda-se fortemente a inserção nos programas de monitoria, pois terão grandes ganhos pessoais e profissionais.

4458 Aprendizagem ativa através da monitoria: um relato de experiência
Rebeca De Oliveira Alves Melo Martins

Aprendizagem ativa através da monitoria: um relato de experiência

Autores: Rebeca De Oliveira Alves Melo Martins

O subsequente trabalho refere-se um relato de experiência na monitoria da disciplina de Pneumologia, na Universidade do Estado do Amazonas. Tem como objetivo ressaltar a importância da monitoria na formação do aluno no ensino superior, a qual vai além do auxílio aos monitorandos.  O próprio monitor é beneficiado, através da aprendizagem ativa e da troca de conhecimentos entre o professor da disciplina e o monitor. As funções do aluno-monitor durante o período letivo incluíam: auxílio aos alunos nas aulas práticas no ambulatório de Pneumologia do Posto de Atendimento Médico Codajás; desenvolvimento de oficinas a respeito de conteúdos previamente ministrados pelo professor na sala de aula; auxílio ao professor na aplicação das avaliações teóricas e, por fim, estar a disposição dos alunos em horários marcados semanalmente com o intuito de sanar possíveis dúvidas que ainda restassem sobre o conteúdo explanado. Os resultados da experiência foram enriquecedores para todos os envolvidos. Ao professor da disciplina, foi possível a união forças com os monitores no sentido de alcançar os alunos de forma mais eficiente, tornando-se mais acessível. Aos monitorandos, foi possível a consolidação do aprendizado, uma vez que o conteúdo ministrado em sala de aula era colocado em prática no ambulatório e nas oficinas realizadas. O maior ganho intelectual, porém, foi do aluno-monitor. A este foi dada a oportunidade de contribuir diretamente na formação de outros alunos do seu curso, o que aprimorou o seu próprio conhecimento a respeito da disciplina. Além disso, foi estimulado o trabalho em equipe entre os quatro monitores responsáveis pela turma e foi aprimorada a relação interpessoal entre o aluno-monitor, os monitorandos e o professor. Por fim, observa-se que o programa de monitoria é extremamente válido no método de aprendizagem ativa, pois resulta em ganhos para aluno que se dispõe a exercer a função de monitor, para o professor e para os monitorandos, resultando em um sistema de aprendizagem mais acessível e eficaz na formação dos alunos do ensino superior.

4969 Monitoria como atividade facilitadora na aprendizagem da Saúde Coletiva III na Faculdade de Medicina: um relato de caso dos monitores da disciplina
Ariele dos Anjos de Oliveira, Alladin Anderson Ramos Barbosa, Fabiana Mânica Martins

Monitoria como atividade facilitadora na aprendizagem da Saúde Coletiva III na Faculdade de Medicina: um relato de caso dos monitores da disciplina

Autores: Ariele dos Anjos de Oliveira, Alladin Anderson Ramos Barbosa, Fabiana Mânica Martins

APRESENTAÇÃOO trabalho objetiva relatar a importância da atividade de monitoria durante a graduação, tanto para os docentes instruídos que tem um acompanhamento mais individualizado, como principalmente para a consolidação da aprendizagem dos monitores, bem como sua influência benéfica no estímulo à docência, como previsto nas diretrizes curriculares dos cursos de medicina. DESENVOLVIMENTO Realizou-se uma vivência em atividades teórico-práticas por discentes do curso de medicina, na atividade de monitoria da disciplina de Saúde Coletiva 3 durante os semestres de 2016.2 e 2017.1 na Universidade Federal do Amazonas. Durante este período os monitores acompanhavam as aulas teóricas da disciplina auxiliando o professor na aplicação de atividades expositivas auxiliando os alunos durante esse período. Nas sextas feiras cada grupo de aluno era designado para uma unidade básica de saúde e cada monitor responsável por um grupo acompanhava as atividades de cada grupo juntamente com o professor, os monitores eram preparados para orientar a iniciação dos alunos como observadores ativos das unidades básicas de saúde de várias zonas da capital. Estas práticas acontecem na rede básica de atenção à saúde de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, acompanhando os alunos e ao mesmo tempo conhecendo a realidade de Atenção Básica de Manaus, acompanhando o processo de trabalho dos profissionais que atendem os usuários do SUS no território, acompanhando o agentes comunitários de saúde, os dentistas e médicos e aprendendo sobre a metodologia para se aproximar da população, de acordo com as diretrizes curriculares para a formação do curso de Medicina. RESULTADOS A presença do monitor nas atividades teóricas e práticas é de fundamental importância pois  sua figura extrapola a representação social no âmbito acadêmico, já que não se trata apenas do título e das horas extracurriculares recebidos, mas principalmente como instrumento facilitador da aprendizagem, bem como acompanhamento mais íntimo com os alunos que estão cursando a disciplina, e dessa forma tornam-se instrumentos de identificação de problemas psicopedagógicos dos alunos, sendo um canal de identificação e comunicação para os professores sobre possíveis dificuldades que estejam ocorrendo, além disso, é visível a reciclagem do conhecimento do monitor nesse momento de troca, facilitando a assimilação de correlações clínicas ao longo da graduação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os aspectos observados, constata-se a influência positiva da monitoria, tanto para a desenvoltura como para a oratória do monitor, cumprindo o objetivo de introdução à docência. Essa experiência possibilita que o monitor viva a experiência novamente de forma mais madura e proporciona nos espaços de formação do conhecimento a facilitação do aprendizado na formação dos futuros médicos, pelo fato de estarmos no SUS e para o SUS que é o sistema pelo qual trabalhamos, lutamos e defendemos. Logo, percebemos a Atenção Básica à Saúde como um espaço de aprendizagem e o monitor como um facilitador no processo de aprendizagem, uma vez que ele já vivenciou essa experiência.

2004 PIRÂMIDE DE MILLER APLICADA À EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA DA MONITORIA NO ALOJAMENTO CONJUNTO
Amanda Marinho da Silva, Aldina Iacy Paulain Holanda, Agda Tainah Moura dos Santos, Gisele Dias Reis

PIRÂMIDE DE MILLER APLICADA À EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA DA MONITORIA NO ALOJAMENTO CONJUNTO

Autores: Amanda Marinho da Silva, Aldina Iacy Paulain Holanda, Agda Tainah Moura dos Santos, Gisele Dias Reis

APRESENTAÇÃO O Alojamento Conjunto consiste em uma unidade de cuidados hospitalares em que o recém nascido (RN) sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24 (vinte e quatro) horas por dia, no mesmo ambiente, até a alta hospitalar, onde auxilia o estreitamento de vínculo entre a mãe e o filho, além de facilitar o início da amamentação e a prestação de todos os cuidados assistenciais, uma vez que a puérpera está cercada por profissionais da saúde que podem orienta-la acerca dos cuidados essenciais nesta fase. Deste modo, a mulher aprende a tomar conta do filho e se sente mais segura no momento de levá-lo para casa. Essa unidade se dá sob a orientação e supervisão de uma equipe multiprofissional, a qual o profissional enfermeiro faz parte, em vista disso este espaço vem sendo inserido a partir dos cursos de graduação, em teoria e prática, possibilitando o primeiro contato do acadêmico com o binômio, tanto na assistência de enfermagem quanto na educação em saúde com a mãe e o acompanhante. Uma estratégia utilizada dentro da universidade é o Programa de Monitoria, que foi desenvolvido como estratégia institucional para a melhoria do processo ensino-aprendizagem da graduação, com o objetivo de estimular o interesse pela docência através do desempenho de atividades ligadas ao ensino, possibilitando a experiência da vida acadêmica, por meio da participação efetiva em diversas funções da organização e desenvolvimento em determinadas unidades curriculares, além de possibilitar a apropriação de habilidades em atividades didáticas. OBJETIVO Descrever a aplicação da Pirâmide de Miller à experiência pedagógica da monitoria de Saúde da Mulher no Alojamento Conjunto para acadêmicos de Enfermagem.DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Trata-se de um relato de experiência de acadêmicas do curso de enfermagem no Programa de Monitoria da Disciplina de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, durante as aulas práticas no Alojamento Conjunto de uma maternidade de referência da cidade de Manaus, ocorridas no mês de Novembro de 2017. Foi utilizada a Pirâmide de Miller, aplicada às aulas práticas, como método avaliativo da cognição, competências e habilidades dos acadêmicos, que consiste em quatro etapas: Saber, Saber como fazer, Mostrar como faz e Fazer.  A etapa do Saber consiste no domínio teórico de fatos e mecanismos, o qual é avaliado com provas variadas desde provas com questões abertas, testes de múltipla escolha, dissertações e exames orais. Em Saber como Fazer, ocorre a aplicação do conhecimento teórico cuja forma avaliativa tem como objetivo usar o conhecimento para tomar decisões e solucionar problemas, contextualizando-os com a clínica. A terceira etapa, Mostrar como Faz corresponde à avaliação de habilidades e competências clínicas. E por último, a etapa do Fazer, que representa a avaliação do desempenho no próprio ambiente de trabalho, onde a prática é exercida.RESULTADOS E/OU IMPACTOS:1. Saber Antes das aulas práticas, os discentes tiveram o embasamento científico necessário sobre o Alojamento Conjunto, sua política de implantação e assistência de enfermagem prestada ao binômio em suas 24 (primeiras vinte e quatro) horas após o parto. Seu conhecimento foi avaliado por meio de testes avaliativos com questões abertas e de múltipla escolha, obtendo um desempenho de um pouco mais de 55%, indicando um conhecimento mediano. No campo prático, apesar de todo conteúdo teórico abordado, eles demonstraram insegurança em seu conhecimento teórico, o que refletiu na sua habilidade prática. 2. Saber como Fazer Como depende da etapa anterior, houve aulas práticas no laboratório de habilidades da universidade, onde foi ensinado como realizar o exame físico e os primeiros cuidados com o RN e a puérpera. Alguns acadêmicos aproveitaram a oportunidade como treinamento para o que veria na maternidade, além de tirarem suas dúvidas quanto à teoria e aos procedimentos.3. Mostrar como Faz Ao chegar à maternidade, os pacientes foram distribuídos aos discentes, totalizando quatro binômios por discente, de forma aleatória e com casos clínicos diversos, a fim de proporcionar uma experiência mais ampla. Ocorrida nas primeiras aulas práticas no alojamento conjunto da maternidade, a terceira etapa teve a participação expressiva das monitoras, demonstrando e acompanhando a abordagem ao binômio, os cuidados a serem prestados, a educação em saúde com a família sobre os cuidados ao RN e com a mãe, além do esclarecimento das dúvidas surgidas. A forma de avaliação da terceira etapa da Pirâmide de Miller é a observação direta do atendimento aos pacientes reais, ou seja, o examinador analisa o processo de trabalho do examinado. Portanto, verificou-se que a partir daí os acadêmicos perderam mais o medo do primeiro contato durante a anamnese e exame físico e já tinham mais segurança em realizar a educação em saúde.4. Fazer Depois dos primeiros dias na maternidade, as habilidades e competências de comunicação, autonomia, gestão do tempo, qualidade da assistência e educação em saúde melhoraram significativamente na medida em que iam estudando e perdendo o medo. Observou-se que a insegurança estava relacionada principalmente com o déficit de conhecimento, evidenciado quando avaliados através de exames orais, análise do processo de trabalho, modo de preenchimento de prontuários (Sistematização da Assistência de Enfermagem) e verificação dos indicadores relativos ao binômio. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste contexto, fica evidente que o programa de monitoria é uma importante estratégia para a cristalização do conhecimento, onde permitiu que as acadêmicas pudessem se apropriar melhor do conteúdo referente à disciplina Atenção Integral a Saúde da Mulher, aperfeiçoar as habilidades a nível prático, além da aproximação com a prática pedagógica. O aluno monitor funciona como um apoio pedagógico aos discentes, onde atua como minimizador das dificuldades que estes podem encontrar no decorrer da disciplina, uma vez que o ensino teórico-prático é transmitido de forma mais simples, passando por todas as etapas de avaliação da Pirâmide de Miller (Saber, Saber como fazer, Mostrar como faz e Fazer), além de facilitar o desenvolvimento das competências e habilidades dos discentes, tais como: a comunicação, a autonomia, a gestão de tempo, a qualidade da assistência de enfermagem e a educação em saúde. Sugere-se, portanto, para futuros estudos, a aplicação da Pirâmide de Miller para educação permanente com profissionais de enfermagem em diversas unidades de saúde a fim de avaliar o seu conhecimento teórico-prático.

3872 PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LEPTOSPIROSE
Karina Barros Lopes, Emilly Melo Amoras, Bruna Damasceno Marques, Elizabeth França de Freitas, Ana Sofia Resque Gonçalves, Gabriela Campos de Freitas Ferreira, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Evandro Cesar Natividade De Sousa

PRÁTICAS ACADÊMICAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM LEPTOSPIROSE

Autores: Karina Barros Lopes, Emilly Melo Amoras, Bruna Damasceno Marques, Elizabeth França de Freitas, Ana Sofia Resque Gonçalves, Gabriela Campos de Freitas Ferreira, Julliana Santos Albuquerque Ribeiro, Evandro Cesar Natividade De Sousa

Apresentação: A leptospirose é uma doença infecciosa aguda e febril, potencialmente grave, causada por espiroquetas do gênero Leptospira, que inclui uma espécie patogênica, L. interrogans, e uma espécie de vida livre, L. biflexa. A leptospirose é uma zoonose e pode ter ocorrência em meio rural, relacionada com atividades agrícolas e pecuárias, mas pelas condições habitacionais e de saneamento básico existentes nas grandes cidades do Brasil, é crescente sua incidência urbana. É clara a correlação entre a curva pluviométrica, a presença de roedores em domicilio e peridomicilio, as condições precárias de trabalho e moradia com o número de caso. O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos das espécies Rattusnovegicus (ratazana ou rato-de-esgoto), Rattusrattus(rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita), onde o mesmo é capaz de eliminar a leptospira viva através da urina durante toda vida. Ocasionalmente a infecção se dar através do contato direto com a urina ou carne de animais e, excepcionalmente por mordeduras de roedores contaminados. Outros reservatórios de importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. O perfil epidemiológico da leptospirose em Belém está relacionado com o desordenado crescimento urbano da cidade e com a falta de saneamento básico. A doença se manifesta de duas formas: anictérica e ictérica. O quadro clínico se inicia com calafrios, febre (temperatura atingindo 39 à 40 °C), mialgias intensas, principalmente nas panturrilhas, e vasodilatação cutânea e de mucosas, sobretudo ocular (hiperemia conjuntival).O diagnóstico deverá se basear primeiramente nos elementos positivos de ordem epidemiológica e clínica. Para o diagnostico especifico vários são os métodos utilizados, tais como: cultura, exame microscópico, inoculação em animais de laboratório, reações sorológicas e detecção de IgM especifica pela reação de ELISA. Os principais exames laboratoriais para o diagnóstico inespecíficos são: hemograma e bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, Gama GT, fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+). Se necessário, solicitar: radiografia de tórax, ECG e gasometria arterial. A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Na frase precoce, deve ser utilizado a Amoxacilina durante 5 a 7 dias. Na fase tardia deve ser utilizada Penicilina G, Ceftriaxona ou Cefotaxima. A duração do tratamento com os antibióticos intravenosos são de pelo menos, 7 dias. As principais medidas de suporte são: reposição hidroeletrolítica (Ringer Lactato ou Soro Fisiológico); transfusão de sangue e derivados; nutrição enteral ou parenteral; proteção gástrica; Vitamina K intramuscular de acordo com a atividade de protrombina; analgésicos; antitérmicos e antieméticos, se necessário.  O acompanhamento do volume urinário e da função renal são fundamentais para se indicar a instalação da diálise peritoneal precoce, o que reduz o dano renal e a letalidade da doença. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), durante a internação de pacientes acometidos por leptospirose, proporciona melhoria significativa da qualidade da assistência prestada ao cliente, pois se trata de um método científico de trabalho que por meio do Processo de Enfermagem ocorre o planejamento individualizado das ações elaboradas pelo profissional enfermeiro. A SAE é extremamente importante para o cuidado, pois o enfermeiro precisa conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isso de seus conhecimentos e habilidades científicas, para que se tenha a organização, ocasionando a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde do indivíduo, família e comunidade. O objetivo deste trabalho é relatar, sobretudo, a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, a partir da utilização da SAE a um paciente com leptospirose, referindo, a interrelação da sistematização da assistência com a humanização do cuidado no que diz respeito a esta patologia. Desenvolvimento: trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular Enfermagem em Doenças Transmissíveis, da Faculdade de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará. O local de estudo foi um hospital universitário, o estudo foi realizado durante o mês maio de 2017. Para desenvolver o presente relato, aplicou-se o processo de enfermagem, que é composto pelas etapas de: histórico de enfermagem ou anamnese; diagnóstico de enfermagem; planejamento de enfermagem; prescrição de enfermagem e avaliação da assistência de enfermagem. Os dados coletados foram analisados, posteriormente foram identificados os diagnósticos de enfermagem, implementadas as intervenções necessárias e verificados os resultados esperados, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC. O paciente foi selecionado de forma aleatória para o estudo. Ao primeiro contato com o paciente, foram coletadas as informações sobre o seu estado atual; este se apresentava: consciente, orientado no tempo e espaço, ictérico (principalmente a esclerótica, conjuntiva ocular e cavidade oral na região de palato); dificuldade de movimentação no leito, devido acesso venoso periférico e consequentemente suporte para o soro (Ringer Lactato), eliminações urinárias não apresentavam mais colúria (aspecto límpido). Posteriormente consultamos o prontuário, para identificar o histórico do paciente, condições de chegada, motivo da internação, tratamento realizado e evolução do quadro clinico. Resultados: Após a análise dos problemas identificados, o paciente teve os seguintes diagnósticos de enfermagem: risco de desequilíbrio eletrolítico, relacionado a disfunção renal e volume de líquido insuficiente; risco para infecção, relacionado a exposição ambiental a patógenos aumentada, hospitalização e procedimentos invasivos; disposição para  eliminação urinária melhorada, relacionado a expressão do desejo por melhorar a eliminação urinária e mobilidade no leito prejudicada, caracterizado por capacidade prejudicada para virar-se de um lado para o outro, relacionado a barreira ambiental (suporte para o soro). Para tais diagnósticos foram implementadas as seguintes intervenções, respectivamente: controle de eletrólitos (manter solução intravenosa com eletrólitos em um gotejamento constante, conforme o apropriado) e controle hidroeletrolítico (obter amostras laboratoriais para monitoramento de níveis alterados de líquidos ou eletrólitos; controle de doenças transmissíveis e controle da infecção; controle da eliminação urinária (monitorar a eliminação urinária, inclusive frequência, odor, volume e cor, conforme apropriado); cuidados com o repouso no leito, posicionamento (determinar o nível de mobilidade e as limitações dos movimentos) e promoção da mecânica corporal (assistência no autocuidado). Após a execução da SAE espera-se atingir os seguintes resultados: equilíbrio hídrico, função renal melhorada, hidratação, normalidade das eliminações urinária, desempenho da mecânica corporal e mobilidade. Considerações finais: Mediante o exposto foi possível observar a implementação efetiva de um plano de cuidados embasado da SAE. Com isso, é notória a importância da SAE implementada pelo profissional enfermeiro, visto que está se da por meio de conhecimentos e habilidades científicas, para uma melhor assistência ao paciente, promovendo o cuidado integral ao mesmo, tendo uma visão holística sobre o paciente, onde além dos aspectos biológicos, se considera os aspectos sociais, econômicos, culturais, psicológicos e outros. O enfermeiro deve utilizar a SAE como instrumento obrigatório nas práticas de cuidado, prevenindo agravos, garantindo reabilitação e promoção da saúde por meio do processo de enfermagem, levando em conta a individualidade de cada um, assim, interferindo diretamente na qualidade de vida do paciente.