106: Estudos de avaliação em saúde: encontros com a inclusão nos territórios
Debatedor: A definir
Data: 31/05/2018    Local: FCA 02 Sala 09 - Poraquê    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
1451 QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE: ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS
Nara Bezerra Custódio Mota, Brena Dielle Anastacio de Sousa, Jamilia Soares de Farias, Antonio Charles de Oliveira Nogueira, Cassio Marques Ribeiro, Luís Rocildo Caracas Vieira e Souza

QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE: ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS

Autores: Nara Bezerra Custódio Mota, Brena Dielle Anastacio de Sousa, Jamilia Soares de Farias, Antonio Charles de Oliveira Nogueira, Cassio Marques Ribeiro, Luís Rocildo Caracas Vieira e Souza

Apresentação: Ao considerar o aumento da população idosa no Brasil nas últimas décadas e o avanço de políticas públicas voltadas para atender a essa camada social, este trabalho objetiva reconhecer quais os aspectos biopsicossociais que podem interferir na qualidade de vida das pessoas da terceira idade relatando, a partir de alguns autores, o processo histórico de promoção do bem-estar do idoso e como os aspectos biopsicossociais refletem no processo de envelhecimento. Desenvolvimento do trabalho: O presente estudo classifica-se por ser uma pesquisa bibliográfica e descritiva, justificando a abordagem qualitativa como a mais adequada a esse tipo de estudo. A pesquisa tem como base teórica, conceituando a satisfação com a vida, o bem-estar subjetivo, o bem-estar psicológico e a qualidade de vida, pontuações históricas da promoção da saúde do idoso, assim como mudanças fisiológicas e o envelhecimento, o processo de sociabilidade, aspectos psicológicos e possibilidades de intervenção. Resultados: Os resultados obtidos nesse estudo indicam que os aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais interferem sim na qualidade de vida das pessoas idosas. Constataram-se ainda as possibilidades de intervenções, buscando dar foco ao trabalho do psicólogo, já que o mesmo pode, além dos trabalhos individuais e grupais de psicoterapia, fazer a interseção entre os multiprofissionais, que se tornam necessários para cada caso em particular. Considerações finais: Nesse sentido, as temáticas desenvolvidas nesse trabalho merecem ser estudadas cada vez mais, para que surjam ideias e práticas acessíveis à sociedade, de modo que visem o bem-estar dos idosos de forma holística. Sendo a importância desse estudo alertar aos acadêmicos, profissionais e toda a sociedade acerca das mudanças que acontecem durante o processo de envelhecimento, como também buscar alternativas práticas para serem desenvolvidas de forma ampla, já que tendemos a viver mais.

1493 HÁBITOS ALIMENTARES DE ALUNOS NA FASE ESCOLAR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ
Itamara Rodrigues Moura, Luara Rebelo Nunes, Gabriel Sousa de Paiva, Stephany Bruce da Silva, Adjanny Estela Santos de Souza

HÁBITOS ALIMENTARES DE ALUNOS NA FASE ESCOLAR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ

Autores: Itamara Rodrigues Moura, Luara Rebelo Nunes, Gabriel Sousa de Paiva, Stephany Bruce da Silva, Adjanny Estela Santos de Souza

Apresentação: O organismo absorve as substâncias necessárias para a manutenção da vida através da alimentação, portanto, é fundamental o consumo variado de alimentos que forneçam os nutrientes indispensáveis para o crescimento físico, cognitivo e psicossocial do indivíduo. Segundo o Ministério da Educação, a fase escolar abrange a faixa etária de 6 a 10 anos, nesse período inicia o processo de preferências gustativas, a formação dos seus hábitos alimentares, o desenvolvimento intelectual e metabólico é intenso, logo, o organismo expressa elevado apetite e maior demanda nutricional. O objetivo deste trabalho é identificar o conhecimento e comportamento alimentar de crianças em fase escolar de uma escola pública do município de Santarém, analisar os resultados levando em consideração idade e a questão socioeconômica dos alunos selecionados para amostra e com isso promover intervenções para transformar os hábitos alimentares e o estilo de vida das crianças, através de uma educação alimentar e nutricional. Desenvolvimento do trabalho: O estudo trata-se de uma Atividade Integrada em Saúde (AIS), sendo esta, parte do projeto político pedagógico do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará – Campus XII, baseado nas etapas do arco de Maguerez, visando levantar informações sobre determinado problema na sociedade, através de uma pesquisa de campo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com número de parecer: 1.318.965, tendo como título: “Estudos das doenças metabólicas identificadas em instituição de ensino no município de Santarém-Pará”. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Anselmo Pietrulla, no Município de Santarém-Pará, onde foram realizadas três visitas na instituição. No dia 27 de outubro de 2016 houve o reconhecimento do ambiente, e uma breve conversa com a diretora da escola sobre os costumes alimentares dos alunos. Posteriormente, no dia 3 de novembro de 2017, ocorreu a coleta de dados, através de um questionário, o qual foi aplicado a 43 crianças com idades entre 6 a 9 anos, os alimentos escolhidos para serem usados no questionário foram selecionados de acordo com as iguarias da região e situação financeira dos alunos. Após o relato da Diretora e a avaliação do inquérito realizado na escola sobre a alimentação dos estudantes, na terceira visita, foi elaborada e executada uma dinâmica com o propósito de promover um maior conhecimento sobre hábitos alimentares saudáveis e a importância de todos os nutrientes para o organismo humano. Foram feitas brincadeiras lúdicas que incentivavam o consumo de uma boa alimentação, e ao término da dinâmica houve a partilha de frutas (uva, banana, tangerina, melancia e maçã) em espetinhos, objetivando despertar o interesse das crianças. Resultados e/ou impactos: No questionário aplicado foram feitas perguntas relacionadas aos hábitos alimentares com o propósito de conhecer os alimentos que estão presentes na rotina das crianças, suas preferências e seus conhecimentos a respeito do que é saudável. Os dados apontaram como alimentos mais consumidos pelos alunos no desjejum, o pão, o café e o leite. No entanto, apenas 58% dos alunos informaram que consumiam leite no café da manhã, o que mostra a necessidade de uma atenção para essas crianças que não tem a presença do cálcio no desjejum. Aproximadamente 18,4% das crianças da amostra não consomem a merenda escolar, sendo que 2,3% delas especificaram que levavam de casa, ou compravam no mercado mais próximo da sua casa. A merenda oferecida nas escolas da rede pública é o resultado do Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE), criado em 1954, com o intuito de fornecer uma merenda de boa qualidade, capaz de suprir, no mínimo, 15% das necessidades nutricionais das crianças durante os 200 dias letivos. A variedade nutricional nessa fase é indispensável, dessa forma é essencial ver o intervalo entre as aulas como cooperador do processo de desenvolvimento mental, por isso, as crianças que optam por merendas externas acabam sendo prejudicadas, visto que, a maioria desses lanches possuem altos valores calóricos e não oferecem a quantidade de nutrientes necessários. As crianças da rede pública diferenciam-se em relação as da rede particular, pois, muitas vezes, são mais suscetíveis a comprar alimentos industrializados e de baixo valor nutricional devido a maior facilidade que encontram e a independência promovida pelos pais. Dentre os alimentos que as crianças mais gostam citados no questionário, é possível notar três tipos de escolhas com maior predominância, são elas respectivamente: frutas (67%), verduras/legumes (56%) e frituras (47%). Porém uma questão observada no momento que os pesquisados realizavam o questionário, foi de que muitos viam o inquérito como uma “prova”, na qual, eles tinham que marcar a questão correta, podendo essa atitude justificar as elevadas escolhas dessas duas opções. Outro fator a ser ressaltado é o relato da diretora, de que muitas crianças tinham hábitos de comer frituras compradas fora da instituição, fundamentando assim a terceira maior porcentagem. O ambiente escolar também se mostra como um formador de gostos alimentícios, uma vez que as crianças passam uma boa parte do seu dia na escola. Diante disso, o Ministério da Educação juntamente com o corpo docente das instituições de ensino apresenta programas, como o PNAE, manuais, cartilhas e ações, com o intuito de educar os estudantes, já que os estabelecimentos de ensino geralmente fornecem os nutrientes necessários na comida. Foi percebido também que os alunos possuem conhecimento sobre o que é uma alimentação saudável, eles apontaram os alimentos que consideram os mais saudáveis e tivemos como resultado, as frutas com 84%, e verduras/legumes com 51%. Considerações finais: No decorrer da pesquisa foi observado que as crianças possuem certo conhecimento a respeito do que é saudável, mesmo que básico. No entanto, boa parte ainda apresenta maus hábitos alimentares. Nessa faixa etária as crianças formam seus gostos alimentares, e dependem, acima de tudo, das influências externas para essas escolhas. A família é uma das principais influenciadoras na alimentação da criança e nas características das formações dos futuros adultos, sendo assim, os estímulos para formar bons gostos alimentares devem partir primeiramente do convívio familiar. Diante disso, é necessário que haja educação em saúde como ferramenta para elaborar uma abordagem centrada na criança e sua família, uma vez que a família também é formadora dos costumes alimentares, além de reforçar as atividades lúdicas voltadas para a área nutricional, e com isso estimulando os interesses dos alunos para uma alimentação que atinja os padrões nutricionais recomendados.

2196 AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES DE ACADÊMICOS DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR NO MUNÍCIPIO DE SANTARÉM-PA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Juliana Siva Araújo, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Railany Pereira da Silva Benoá, Suan Kell dos Santos Lopes, Eulália Cecília Pantoja Ramos

AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES DE ACADÊMICOS DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR NO MUNÍCIPIO DE SANTARÉM-PA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Juliana Siva Araújo, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Railany Pereira da Silva Benoá, Suan Kell dos Santos Lopes, Eulália Cecília Pantoja Ramos

APRESENTAÇÃO: Segundo a Organização Mundial de saúde (OMS), a má alimentação e a inatividade física estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de patologias, principalmente as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Para uma alimentação saudável é imprescindível a escolha de alimentos saudáveis, a forma de preparo e o tempo para alimentar-se. Neste contexto, os hábitos alimentares dos universitários, geralmente, apresentam-se inadequados devido à rotina e falta de tempo para prepará-los, com isso, são levados a procurar meios mais práticos para conseguir manter sua alimentação, através de alimentos processados e fast food. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é descrever os hábitos alimentares dos acadêmicos de uma instituição pública de ensino superior do município de Santarém-PA. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo de cunho qualitativo do tipo relato de experiência, realizado através de uma ação em saúde a respeito dos hábitos alimentares da comunidade acadêmica, no primeiro semestre de 2017, em uma universidade pública do município de Santarém – PA. Neste dia, os participantes tiveram acesso a receitas regionais com custo benefício acessíveis, assim como dos alimentos encontrados na região com seus respectivos valores nutricionais e, por conseguinte fôra ofertado a degustação. RESULTADOS: A ação foi realizada nas dependências da universidade, onde os discentes dos cursos de fisioterapia, enfermagem, medicina, educação física e música tiveram acesso a informações sobre alimentos saudáveis da região, além de suas degustações. Durante este momento, relataram conhecer sobre “hábitos saudáveis” como ingerir hortaliças, legumes e frutas durantes as refeições, mas, não os praticavam com frequência por fatores socioeconômicos e de tempo para prepara-los devido à sobrecarga na grade curricular ou apenas por não conhecerem formas de preparar dietas práticas e saudáveis que possam ser conciliadas com suas rotinas, optando por alimentos mais rápidos ofertados dentro da instituição. Tal relato demonstra que possivelmente esses estudantes possam sofrer uma carência nutricional, devido à baixa ingestão de alguns nutrientes presentes nos alimentos apresentados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: De um modo geral, a alimentação dos universitários é inadequada, pois de acordo com os relatos dos mesmos, há uma maior ingesta de alimentos processados e à base de açúcar, e  o baixo consumo de nutrientes essenciais como frutas, verduras, legumes e grãos, que são ricos em compostos bioativos, fibras, vitaminas, minerais e ácidos graxos poli-insaturados que auxiliam na prevenção das doenças crônicas, além disso, o estudante busca praticidade e rapidez, limitando-se a ingestão de alimentos práticos, porém pobres em nutrientes importantes para o desenvolvimento e manutenção do indivíduo.

2300 AVALIAÇÃO POSTURAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE BIOFOTOGRAMETRIA EM TRABALHADORES RURAIS DA ATIVIDADE LEITEIRA
Katieli Santos de Lima, Priscila Rodrigues da Silva, Elisete Cristina Krabbe, Milene Almeida Ribas, Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Lincoln Silva, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

AVALIAÇÃO POSTURAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE BIOFOTOGRAMETRIA EM TRABALHADORES RURAIS DA ATIVIDADE LEITEIRA

Autores: Katieli Santos de Lima, Priscila Rodrigues da Silva, Elisete Cristina Krabbe, Milene Almeida Ribas, Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Lincoln Silva, Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho

APRESENTAÇÃO A postura tem implicações fundamentais na saúde e no bem-estar de grande parte do corpo. Isso porque ela define a quantidade e a distribuição do esforço sobre várias estruturas, como ossos, músculos, tendões, ligamentos e discos. Hábitos inadequados causam sobrecarga sobre as estruturas que dão suporte ao nosso corpo, provocando desequilíbrios que geram desvios posturais. Para isso, surgiu a fotogrametria, método que consiste em aplicar a fotogrametria à curta distância, geralmente para capturar medidas das formas e dimensões do corpo humano. A análise fotográfica tem sido um dos métodos mais utilizados para a avaliação postural e comparação dos resultados de tratamentos das alterações posturais. O uso da fotogrametria pode simplificar a quantificação das variáveis morfológicas relacionadas à postura, trazendo dados mais corretos do que aqueles obtidos pela observação visual. Esse é um importante fato tanto para a credibilidade da fisioterapia clínica quanto para a confiabilidade das pesquisas em reabilitação. Mensurar medidas angulares no corpo humano representa à investigação de disfunção articular, sendo um parâmetro importante no acompanhamento fisioterapêutico, na motivação e adesão do paciente ao tratamento, quantificação dos distúrbios e registro da eficácia da intervenção. As imagens são obtidas na avaliação inicial, durante e no final do tratamento para observar as alterações iniciais e/ou as transformações físicas mensuráveis. O objetivo do estudo foi avaliar a presença de escoliose através da biofotogrametria digital em trabalhadores rurais. METODOLOGIA A pesquisa foi um processo planejado e participativo de um compromisso da EMATER/ASCAR, UNICRUZ e UDESC, caracteriza-se por ser do tipo descritivo, sendo desenvolvida com o apoio do Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Pecuária de Leite no Noroeste do Rio Grande do Sul. Para a análise postural foi utilizado a fotogrametria, com os seguintes passos: palpação de pontos anatômicos de referência, colocação de marcadores de isopor sobre os pontos anatômicos, registros fotográficos digitais e digitalização dos pontos e análise da postura por meio do software Kinovea® versão0.8.15. Para análise dos desvios posturais, inicialmente os participantes precisaram ficar de roupa íntima e sem calçados, assim pontos anatômicos foram palpados e demarcados com bolas brancas de isopor de 15 mm de diâmetro, fixadas nos participantes com fita dupla face para posterior cálculo dos ângulos no software. Os pontos demarcados foram: acrômio, espinha ilíaca ântero-superior (EIAS), espinha ilíaca póstero-superior (EIPS), processos espinhosos da 7ª vértebra cervical (C7), processos espinhosos das vértebras da coluna torácica (T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11 e T12) e processos espinhosos das vértebras da coluna lombar (L1, L2, L3, L4 e L5). O programa de análise de dados Kinovea foi escolhido por se tratar de um método simples, rápido e de fácil execução, pois permite traçar digitalmente as retas que determinam valores angulares em graus para pontos de referência correspondentes posicionados assimetricamente em relação aos lados direito e esquerdo do corpo. Houve a aplicação do Questionário do Trabalhador adaptado de Moraes (2002) constituído de questões fechadas e abertas, que tem como objetivo levantar dados específicos, dados pessoais e as condições de trabalho. Os indivíduos permaneceram em ortostatismo atrás de um fio de prumo. Foram posicionados na vista lateral onde o fio de prumo passava pelo meio do ombro, na vista anterior pelo meio do tórax e na vista posterior pelo meio da coluna e do quadril. As imagens foram capturadas com uma máquina fotográfica digital posicionada paralela ao chão, sobre um tripé nivelado e fixado, sendo padrão para todas as fotos. A quantificação dos ângulos entre os pontos anatômicos foi gerada automaticamente pelo programa seguindo as convenções do mesmo, onde foram marcados os pontos determinados pelo protocolo e após gerar o relatório de análise. A identificação da escoliose se fez por meio das flechas de Charrière e Roy, o qual se correlaciona com o ângulo de Cobb. RESULTADOS Na análise dos dados obtidos pelo estudo realizado com a população de trabalhadores rurais na atividade leiteira composta por 38 produtores, constatamos que 53% (n=20) eram do gênero feminino e 47% (n=18) do gênero masculino. Do total das 20 mulheres participantes, 15% (n=3) não apresentaram escoliose; 45% (n=9) apresentaram escoliose torácica direita; 30% (n=6) escoliose torácica esquerda; 5% (n=1) escoliose lombar direita, 5% (n=1) apresentou escoliose lombar esquerda e torácica direita. Do total de 18 homens, 38,9% (n=7) não apresentaram escoliose; 38,9% (n=7) apresentaram escoliose torácica direita; 11,1% (n=2) apresentaram escoliose torácica esquerda; 11,1% (n=2) apresentaram escoliose lombar esquerda e torácica direita. Nenhum participante do gênero masculino apresentou escoliose lombar direita assim como também, nenhum participante indicou sinal de escoliose lombar esquerda e escoliose lombar direita e torácica esquerda. Sabe-se que que o menor esforço físico que os sistemas muscular e ligamentar exercem para manter as estruturas ósseas dentro do padrão da normalidade é a postura ideal para o nosso corpo, porém a má postura é qualquer outra posição que eleve o estresse das articulações, provocando dores e desconfortos corporais, podendo levar a incapacidade consequentemente diminuindo a qualidade de vida. Os trabalhadores rurais da atividade leiteira frequentemente relatam queixas de dores presentes em diversos segmentos corporais como membros e coluna, podendo afetar diretamente na qualidade de vida e consequentemente diminuir a sua produtividade. CONCLUSÃO Os resultados obtidos neste estudo evidenciaram que a maior parte dos produtores leiteiros apresentaram desvio postural na coluna vertebral, a escoliose, tendo maior incidência nas mulheres em comparação aos homens. Esta pesquisa abordou sucintamente os desvios posturais apresentados por indivíduos que sofrem sobrecargas físicas e mentais inerentes ao trabalho, são necessários estudos ergonômicos mais aprofundados para se compreender as causas dessas alterações posturais e gerar ações eficazes na redução desse problema. Por enquanto, ações de educação em saúde devem ser fomentadas para que ocorram mudanças de comportamentos posturais nesta população, visto que são de baixo custo e alicerçam como estratégias capazes de modificações na qualidade de vida e os sujeitos participantes podem proliferar esses novos conhecimentos, intensificando o bem-estar de pessoas próximas de seu convívio.

3145 PERFIL COMPORTAMENTAL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EXPOSTOS AOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C
Carlos Eduardo Bezerra Monteiro, Francisca Moreira Dantas, Josiane Montanho Mariño

PERFIL COMPORTAMENTAL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EXPOSTOS AOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C

Autores: Carlos Eduardo Bezerra Monteiro, Francisca Moreira Dantas, Josiane Montanho Mariño

Apresentação: A hepatite B é causada pelo vírus da hepatite B (HBV), sendo um vírus DNA pertencente à família Hepadnaviridae, considerado altamente infectivo. É uma doença viral que cursa de forma assintomática ou oligossintomática, prejudicando a sua identificação e o tratamento na fase aguda. A hepatite C é ocasionada pelo vírus da hepatite C (HCV), um vírus do tipo RNA no qual pertence ao gênero Hepacivirus e família Flaviviridae. Na maioria dos casos a infecção é subclínica ou assintomática, representando uma ameaça significativa para a saúde pública, podendo transmitir o vírus a outros, sem o conhecimento. As hepatites virais têm grande importância para a saú­de pública no Brasil e no mundo devido ao número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações. Constitui-se um importante desafio especialmente pela prevalência da infecção e risco de desenvolvimento das complicações crônicas incluindo cirrose, insuficiência hepática crônica e carcinoma hepatocelular. O objetivo do estudo é descrever o perfil sociodemográfico e comportamental dos acadêmicos do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia expostos aos vírus das Hepatites B e C. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal, aninhado à pesquisa intitulada “Hepatite B e C em estudantes de enfermagem: prevalência e associação com os fatores de risco”. A amostra foi composta por 94 acadêmicos do curso de Bacharelado em Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) localizado no município de Coari, Amazonas.  O curso de enfermagem do ISB tem 5 turmas por semestre (ocorre apenas uma entrada de 40 alunos por ano). Desta maneira, no período em que os dados foram coletados, os alunos cursavam o 1º, 3º, 5º, 7º e 9º semestres. O estudo teve como critérios de inclusão graduandos de ambos os sexos, matriculados regularmente nos cinco semestres do curso, onde foram selecionados de forma aleatória. Estiveram excluídos da pesquisa os acadêmicos afastados de sala de aula quando o motivo da reclusão não se relacione com o evento estudado, a exemplo dos casos de licença maternidade e outras patologias. Foram excluídos, ainda, os alunos oriundos de povos indígenas, bem como os discentes com matrículas trancadas. Os dados foram coletados por 2 entrevistadores previamente treinados, nos meses de Julho e Agosto de 2017 no laboratório de Enfermagem do ISB, em local privado. Os pesquisadores envolvidos explicaram os objetivos do estudo, procedimentos e destino dos dados, bem como informaram que a participação na pesquisa consiste de forma voluntária e que os resultados seriam tratados com confidencialidade, garantindo o anonimato das informações. Os entrevistados participantes do estudo assinaram duas vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário composto por três blocos (1) informações gerais: dados sociodemográficos; (2) informações comportamentais e (3) resultados dos exames (teste rápido das Hepatites B e C). Os dados foram tabulados e analisados com o auxilio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 20.0 for Windows. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas, que aprovou conforme Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 67016317.6.0000.5020, resguardando todos os aspectos éticos dos estudos envolvendo seres humanos. Resultados e/ou impactos: Dos 94 estudantes do curso de graduação em enfermagem avaliados 62,8% (n=59) eram do sexo feminino e 37,2% (n=35) do sexo masculino, com faixa etária entre 16 e 39 anos, obtendo uma média de idade de 22,5 anos. Se tratando da situação conjugal 78,7% eram solteiros, 11,7% união estável e 9,6% casados. Quanto aos fatores comportamentais em que estão expostos aos vírus das Hepatites B e C, 8,5% dos alunos realizaram tatuagens e 91,5% não fizeram tatuagens, 97,9% efetivaram transfusão sanguínea e 2,1% não executaram a transfusão sanguínea, no uso de preservativo durante as relações sexuais 54,3% garantiram usar sempre, 37,2% relataram usar às vezes e 3,2% não faziam uso do preservativo. De 94 acadêmicos entrevistados, 58 estudantes já haviam realizado aulas práticas conforme a matriz curricular do curso de Bacharelado em Enfermagem do ISB. Durante a fase das aulas práticas do curso 8,6% dos alunos tinham se acidentado com material perfurocortante. Quanto ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) necessários em estágio, 10,3% dos graduandos costumavam utilizar às vezes durante a realização dos procedimentos e 89,7% afirmaram fazerem uso sempre dos EPI’s. Considerações Finais: Os estudantes da área de enfermagem encontram-se inseridos no grupo de risco para a infecção pelo vírus da hepatite B e C, pois o currículo é constituído de um ciclo básico de matérias que englobam as disciplinas das áreas biológicas e humanas, onde aprende-se na teoria e, posteriormente, aplica-se na prática nos laboratórios do curso com simuladores e depois com pacientes  hospitalizados e em situações de risco, o que aumenta a exposição à infecções. Vários fatores de risco podem estar associados à transmissão do HBV e HCV como o uso de drogas injetáveis, transfusão de sangue, realização de tatuagens e relação sexual desprotegida. Os acidentes com materiais perfurocortantes de­vem ser considerados por representarem gravidade especial, devido à possibilidade de contaminação biológica. A pesquisa abordada torna-se relevante para ampliação da visão dos estudantes de enfermagem sobre esse grave problema de saúde pública que pode ser de uma cronicidade elevada, levando em consideração a evolução para estágios irrevogáveis de assistência hepatológica, aumentando substancialmente o risco de morte, pois a hepatite B juntamente com a do tipo C são patologias progressivas que tem aumentado suas incidências. Recomenda-se que os acadêmicos de enfermagem expostos às infecções pelos vírus da Hepatite B e vírus da Hepatite C em função de contato com pacientes e manipulação de fluidos corporais, sejam todos conscientizados da necessidade da utilização permanente dos equipamentos de proteção individual EPI’s, e de fazer a prevenção da hepatite B através da vacinação. Destaca-se que a pesquisa pode caracterizar como uma importante ferramenta para a instituição pertencente, uma vez que permite conhecer as características dos seus alunos, possibilitando estratégias de intervenção na promoção da saúde. Propõem-se, também, estu­dos adicionais de investigação da soroprevalência de imunidade pós-vacinação e de procedimentos frente aos acidentes com material perfurocortante.

3241 PERFIL ALIMENTAR DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, CADASTRADOS NO PROGRAMA MUNICIPAL DE NUTRIÇÃO INFANTIL “LEITE DO MEU FILHO”, NA CIDADE DE MANAUS-AM.
Amanda Lins, Veramor Vieira Freire, Tania Batista, Jocilane Vasconcelos, Janderlane Silva, Thaize lima, Francisca souza

PERFIL ALIMENTAR DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, CADASTRADOS NO PROGRAMA MUNICIPAL DE NUTRIÇÃO INFANTIL “LEITE DO MEU FILHO”, NA CIDADE DE MANAUS-AM.

Autores: Amanda Lins, Veramor Vieira Freire, Tania Batista, Jocilane Vasconcelos, Janderlane Silva, Thaize lima, Francisca souza

Em Manaus-AM, os beneficiários do Programa Bolsa Família do Ministério da Saúde, tem acesso ao Programa de Nutrição Infantil “Leite do Meu Filho”, de iniciativa da Prefeitura Municipal, onde são fornecidas fórmulas lácteas como complementação nutricional para crianças de 0 a 12 meses de idade (mediante indicação de médico pediatra ou nutricionista, e nos casos de morte materna e mães com HIV), assim como para os de 13 a 48 meses de idade, segundo os critérios pré-estabelecidos pelo programa. O mesmo possibilita que as crianças beneficiadas tenham acesso ao acompanhamento de saúde e de desenvolvimento nas Unidades Básicas de Saúde, visando prevenção de doenças e a redução dos índices de desnutrição e mortalidade infantil. A avaliação dos marcadores de consumo alimentar elaborados pelo Ministério da Saúde possibilita o reconhecimento de alimentos e/ou comportamentos que se relacionam à alimentação saudável ou não saudável e permite maior acompanhamento das condições sociais, de saúde e educação. Pensando neste fato, buscou-se avaliar o perfil alimentar das crianças de 6 a 48 meses, ativas no Programa de Nutrição Infantil “Leite do Meu Filho” e acompanhadas no período de junho de 2016 a agosto de 2017, em Manaus-AM. Para tal utilizou-se as informações contidas no formulário de marcadores de consumo alimentar aplicado através de entrevista com as mães das crianças acompanhadas no Programa de Nutrição Infantil “Leite do Meu Filho”,  e lançados no sistema de monitoramento  da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e no E-Sus. Foram avaliadas 6870 crianças de 6 a 48 meses de idade, de ambos os sexos.  654 crianças na faixa etária de 6 a < 24 meses e 6216 na faixa etária de 2 a < 5 anos. Os indicadores avaliados para menores de 2 anos foram: aleitamento materno continuado, alimentos ricos em ferro e vitamina A e consumo de alimentos ultraprocessados, onde 54,78% dos avaliados consomem bebidas adoçadas. Para a faixa etária de 2 a <5 anos, foram avaliados indicadores como hábito de realizar no mínimo 3 refeições/dia, hábito de comer na frente da TV, consumo de frutas, verduras e feijão e consumo de alimentos ultraprocessados, onde 63,13% responderam sim para o consumo de refrigerantes, sucos de caixinhas, suco em pó, e ainda 29,09% consumiram macarrão instantâneo,  salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados caracterizando consumo de alimentos não saudáveis, carências de micronutrientes e a predisposição ao excesso de peso. A avaliação de marcadores de consumo alimentar permite a implementação de ações que promovam hábitos alimentares saudáveis junto à população atendida pelo programa, a exemplo disso podemos destacar as oficinas com as mães dos beneficiários sobre práticas alimentares saudáveis com base no guia alimentar para população brasileira.

3384 ALIMENTANDO BOAS IDEIAS: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E ATIVIDADES EDUCATIVAS VOLTADAS AOS ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE LAGARTO-SE
Ricardo Cardoso dos Santos, Laís Nogueira Santos Carvalho, Caroline Rodrigues de Oliveira Marques, Ricardo Tadeu Alves Santos, Sanmile Bibiana Leite Batista Medeiros, Gabriel Cardoso Santos, Marina Rodrigues Barbosa

ALIMENTANDO BOAS IDEIAS: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E ATIVIDADES EDUCATIVAS VOLTADAS AOS ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE LAGARTO-SE

Autores: Ricardo Cardoso dos Santos, Laís Nogueira Santos Carvalho, Caroline Rodrigues de Oliveira Marques, Ricardo Tadeu Alves Santos, Sanmile Bibiana Leite Batista Medeiros, Gabriel Cardoso Santos, Marina Rodrigues Barbosa

Pesquisas de base populacional destacam elevadas taxas de excesso de peso na adolescência, sendo atribuído ao sedentarismo e adoção de práticas alimentares inadequadas. A Educação Nutricional (EN) objetiva desenvolver autonomia e segurança em relação a escolhas alimentares saudáveis e prazerosas, propiciando o atendimento das necessidades fisiológicas e psicossociais. Objetivou-se com o estudo aplicar um programa de EN visando o desenvolvimento de boas escolhas alimentares de adolescentes do município de Lagarto-SE. Trata-se de um estudo intervencional realizado com 238 adolescentes (50% meninas e 50% meninos), entre 10 e 15 anos, do 5º ao 7º ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Lagarto-SE. Foram realizados cinco encontros quinzenais na escola, com duração média de 50 minutos por turma para a avaliação nutricional e desenvolvimento das ações de EN. A avaliação antropométrica foi realizada pela coleta de peso e estatura e os dados foram analisados pelo Microsoft Office Excel® e WHO AnthroPlus®. A classificação foi por meio do IMC/idade. As ações de EN se iniciaram com a Confecção de Crachás, dinâmica quebra-gelo, objetivou entender as escolhas alimentares dos escolares, seguido do Semáforo Alimentar e Pirâmide Alimentar, que trabalharam a alimentação saudável por meio da escolha adequada dos grupos alimentares, seguido pela última dinâmica, a preparação de um lanche coletivo. Ainda nesse último encontro, os adolescentes avaliaram o programa através do questionário: “Que bom!”, “Que pena!”, “Que tal?”. A idade média dos 209 adolescentes participantes da antropometria foi de 12 anos (±1,13). Em relação aos parâmetros antropométricos, o IMC médio foi 18,38 kg/m² (±3,46). Do total de participantes, 49,76% eram meninas e 50,23% meninos. O peso médio entre as meninas foi de 44,64 kg (±9,82) e o IMC 18,89 kg/m² (±3,47). Já entre os meninos, o peso médio foi de 41,37 kg (±11,67) e o IMC de 17,88 kg/m² (±3,4). A partir dos dados, foi possível classificá-los da seguinte forma: entre os meninos, 38,75%, 56,79%, 4,6% são eutróficos, com sobrepeso e obesos, respectivamente. Já entre as meninas 43,21%, 49,15%, 7,7% são eutrófícas, com sobrepeso e obesas, respectivamente. Em relação à avaliação qualitativa do programa, como pontos positivos, ressaltaram ter aprendido brincando a importância da alimentação e nutrição e a mudança dos hábitos; 8,18% afirmaram ter gostado de algum dos alimentos. Entre os desafios a serem superados, relataram o fim dos encontros e a periodicidade, alguns afirmaram ter bagunçado ou não prestar atenção e 20% disseram não ter gostado de algum dos alimentos. Como sugestões de superação destes desafios, propuseram novas comidas, dinâmicas e a inserção da temática na sala de aula e 45,45% falaram sobre a continuação do programa. Com isso, foi possível perceber uma elevada taxa de sobrepeso e obesidade entre os adolescentes. As ações educativas foram desenvolvidas de forma prazerosa e com boa adesão e participantes de todos os voluntários envolvidos. 

4001 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE COGNITIVA DE IDOSOS CADASTRADOS NOS GRUPOS DE CONVIVÊNCIA EM PARINTINS-AM
Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Rafaela Pantoja Cavalcante, Dayse Azevedo Mendes, Alessandra Sâmila de Oliveira Cantuário, Hilare Da Silva Menezes, Layanne Tavares dos Santos, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE COGNITIVA DE IDOSOS CADASTRADOS NOS GRUPOS DE CONVIVÊNCIA EM PARINTINS-AM

Autores: Flávia Maia Trindade, Fernanda Farias de Castro, Rafaela Pantoja Cavalcante, Dayse Azevedo Mendes, Alessandra Sâmila de Oliveira Cantuário, Hilare Da Silva Menezes, Layanne Tavares dos Santos, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro

Apresentação: O envelhecimento antes visto como uma situação familiar para os países ditos desenvolvidos, atualmente apresenta-se com maior intensidade nos países em desenvolvimento, acarretando uma série de repercussões que modificam o cenário econômico e social desses países. O envelhecimento traz consigo o declínio das capacidades físicas e cognitivas, que variam conforme o estilo de vida adotado por cada indivíduo. Estudos epidemiológicos de avaliação de déficit cognitivo entre a população idosa são de suma importância e podem servir de subsídios para a elaboração de políticas públicas de atenção à saúde para essa faixa etária. Entre os testes mais utilizados para o rastreio de déficits cognitivos em idosos está o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Os pontos de corte desse instrumento sofrem variações de acordo com o nível de escolaridade e habilidades prévias dos idosos. Requer preservação parcial das capacidades sensório-motoras e de linguagem e o contato direto entre o entrevistado e o avaliador. Tendo em vista as problemáticas que envolvem o processo de envelhecimento populacional, surge a necessidade de avaliações sobre as alterações do envelhecimento e suas consequências na capacidade cognitiva. Com isso, o presente estudo teve por objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico e realizar o Rastreio a capacidade cognitiva por meio da Mini Exame do Estado Mental – MEEM dos idosos que frequentam os centros de convivência na cidade de Parintins – AM e assim contribuir para o planejamento de atividades junto aos grupos. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa, envolvendo idosos da cidade de Parintins - AM. Parintins. A população participante da pesquisa foi composta por idosos de 60 anos e mais, participante dos grupos de convivência distribuída na cidade, coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEMASTH). Participaram do estudo, 11 grupos, com um total de 1.286 idosos cadastrados e uma amostra composta de 296 participantes. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, com aprovação sob o Parecer 2.363.992. A coleta de dados foi realizada em duas fases: a que tratou de permissão para a realização da pesquisa e a aplicação dos instrumentos composto por dados sobre o perfil do idoso (gênero, idade, escolaridades estado civil, renda etc.), condições de saúde e hábitos de vida  e a aplicação do MEEM. O rastreio do estado mental é constituído de duas partes, uma que abrange orientação, memória e atenção, com pontuação máxima de 21 pontos, e outra que aborda habilidades específicas como nomear e compreender, com pontuação máxima de 9 pontos, totalizando um escore de 30 pontos. Os valores mais altos do escore indicam maior desempenho cognitivo. Devido a conhecida influência do nível de escolaridade sobre os escores totais do MEEM, autores como Bertolucci et al (1994), Caramelli e Nitrini (2000) Brucki et al (2003) adotam notas de corte diferentes para pessoas com distintos graus de instrução . Nesta pesquisa foi utilizado a nota de corte sugerida por Brucki et al, sendo: 20 pontos para analfabetos; 25 pontos para pessoas com escolaridade de 1 a 4 anos; 26,5 para 5 a 8 anos; 28 para aqueles com 9 a 11 anos, considerando a recomendação de utilização dos escores de cortes mais elevados. Quanto à análise dos dados, estes foram apresentados por meio de tabelas, onde se calculou as frequências absolutas simples e relativas para os dados categóricos. Na análise dos dados quantitativos foi calculada a média e o desvio-padrão para os dados que apresentavam distribuição normal por meio do teste de Shapiro-Wilk ao nível de 5% de significância, já nos casos onde a hipótese de normalidade foi rejeitada foram calculados a mediana e os quartis (Qi). Na estimativa dos resultados dos instrumentos ainda foram calculados os respectivos Intervalos de Confiança ao nível de 95% (IC95%). Na comparação das médias quando aceita a hipótese de normalidade foram aplicados os testes t-student e Análise de Variância (ANOVA), sendo que nos casos que apresentaram diferença para mais de duas médias foi aplicado o teste de Tukey . O software utilizado na análise foi o programa Minitab versão 17 e o nível de significância fixado na aplicação dos testes estatísticos foi de 5%. Resultados: Participaram da pesquisa 296 idosos, desse total a maioria, 179 (60,5%) era do sexo feminino. A respeito da faixa etária, a maior parte, 72 (24,3%) tem entre 70 e 75 anos. Quanto à situação conjugal, 176 (46%) eram casados, 89 (30%) viúvos. Com relação à escolaridade, a maioria sabe ler e escrever, 221 (74,7%), sendo que destes, 167 (56,4) cursou apenas o primário. Quanto à renda mensal, a grande maioria, 214 (72,3%) declarou receber entre 1 a 2 salários mínimos. Verificou-se que em relação ao tabagismo, a maioria 159 (53,7%) declararam que nunca fumaram, 124 (41,9%) são ex fumantes e 13 (4,4%) são fumantes ativos. Quanto ao uso de álcool, 172 (58,1%) nunca beberam, 96 (32,4%) pararam de beber e 28 (9,5%) afirmaram que ingerem bebidas alcoólicas. Quanto à prática de atividades físicas, 191 (64,5%) disseram que realizam; 89 (46,6%) fazem caminhada e 67 (35,1) fazem dança. Quanto a frequência da prática de atividade física, a maioria 108 (56,5%) realizam de 1 a 2 vezes por semana. Dos principais problemas de saúde enfrentados, a maioria relatou hipertensão arterial (50%) e osteoartrose (19,6%). De acordo com os pontos de corte utilizados no MEEM, escores abaixo de 20 pontos em idosos sem escolaridade são indicativos de declínio cognitivo; abaixo de 25 para quem tem escolaridade também é sugestivo de déficit cognitivo. Dos 167 idosos que cursaram até o primário 86 (51,5%) tiveram uma pontuação <25. Em relação aos 62 idosos que afirmaram não ter cursado nenhuma série, 19 (30,6%) obtiveram pontuação <20. Dos 44 que começaram ou concluíram o 1° grau, 16 (36,4%) fizeram pontuação <26,5. Dos 17 que declararam ter o 2° grau incompleto ou completo, 2 (11,8%) fizeram uma pontuação <28. E por fim dos 6 idosos que tem ensino superior, 2 (33,3%) tiveram uma pontuação <29. Somando assim um total de 125 idosos com comprometimento cognitivo. Houve associação significativa da média do instrumento de avaliação da capacidade cognitiva com as variáveis gênero (p 0,005*), idade (p<0,001**) e escolaridade (p 0,001**) tabagismo (p<0,001**) e a realização de atividades físicas (p 0,031*). Considerações finais: Os resultados desse estudo confirmaram que o MEEM é influenciado pelas variáveis idade, escolaridade, tabagismo e a prática de atividade física e que uma parcela significativa dos idosos parintinenses apresentam declínios cognitivos. Tais resultados indicam a necessidade de reforçar a importância do diagnóstico precoce do déficit cognitivo, o que permite o tratamento mais eficaz e possibilita desenvolver ações efetivas que promovam a melhoria na qualidade de vida dos idosos. Os dados obtidos nesta pesquisa serão disponibilizados para a Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEMASTH) para que sejam tomadas medidas cabíveis que venham contribuir para a promoção do cuidado com a saúde dos idosos cadastrados nos centros de convivência, que sejam implementadas atividades que trabalhem corpo e mente, possibilitando melhoras na qualidade de vida do público participante.

4044 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DAS MORTES MATERNAS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL NO PERÍODO DE 2010-2014
Luciana Virginia de Paula e Silva Santana, Caroliny Oviedo Fernandes, Ana Paula de Assis Sales, Grazielli Rocha de Rezende Romera, Helena Pereira Vargas, Karina Sayuri Sugano Chiu, Maria de Lourdes Oshiro, Adelmo Benevides de Santana Junior

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DAS MORTES MATERNAS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL NO PERÍODO DE 2010-2014

Autores: Luciana Virginia de Paula e Silva Santana, Caroliny Oviedo Fernandes, Ana Paula de Assis Sales, Grazielli Rocha de Rezende Romera, Helena Pereira Vargas, Karina Sayuri Sugano Chiu, Maria de Lourdes Oshiro, Adelmo Benevides de Santana Junior

Introdução: Os óbitos maternos representam um grave problema de saúde pública. As estatísticas sobre a mortalidade materna constituem melhor indicador da saúde da população feminina e uma ferramenta fundamental de gestão de políticas públicas voltadas para fundamentar as análises de programas e ações de atenção à saúde. Está associada à negligência da atenção à saúde no momento da gestação, parto e puerpério. A morte de mulheres durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, excluindo fatores acidentais ou incidentais, é a definição de morte materna instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). As taxas de mortalidade materna (MM) ainda são altas, violando os direitos humanos das mulheres, que atingem desigualmente as regiões brasileiras. Sua maior prevalência é entre mulheres de classes sociais baixas, com pouco acesso aos bens como: saneamento básico, moradia, emprego, educação, entre outros. A morte materna se caracteriza como um indicador receptivo das condições de vida das mulheres em idade fértil e também da qualidade da atenção obstétrica de que essas mulheres têm acesso. Quando se comenta acerca da organização dos serviços oferecidos e das condições de vida da mulher, sabe-se que a MM está diretamente relacionada e será pesquisada como um indicador que contempla a qualidade de vida de uma população e também reflete a efetividade das políticas públicas de saúde. Estudar os índices de mortalidade materna desperta o interesse em aprofundar o conhecimento como o estado de Mato Grosso do Sul vem lidando com esse assunto tão importante para o norteamento de assistências voltadas a mulher. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos no estado de Mato Grosso do Sul. Método: Trata-se de um recorte de uma pesquisa baseada em dados secundários, do tipo transversal, descritivo, realizada no período compreendido entre janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Foi realizado análise das variáveis quantitativas dos óbitos maternos no estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Sistema de Informação de Mortalidade. Este estudo faz parte de um projeto maior intitulado “Mortalidade materna em mato grosso do sul: características epidemiológicas no período de 2010-2014,” aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, em 16 de dezembro de 2015, sob o registro CAAE: 51346215.4.0000.0021.  Foi solicitado autorização à Secretaria Estadual de Saúde para adquirir e manusear os dados referentes à mortalidade materna em MS e, a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pois para esse estudo não houve pesquisa de campo com entrevistas em seres humanos. Resultados: De acordo com os dados disponibilizados pelo SIM, foram identificadas 136 mortes maternas, em mulheres de 10 a 49 anos, residentes no Estado de Mato Grosso do Sul no período de 2010 a 2014. Considerando o total de nascidos vivos no estado neste mesmo período (210.874), obteve-se uma razão de mortalidade materna média de 65/100.000 nascidos vivos. O ano que apresentou a menor taxa de RMM foi 2013 com 52,01 por 100 mil nascidos vivos. Enquanto que a maior taxa RMM foi em 2010 com 74,76. Conforme os valores para RMM recomendado pelo Ministério da Saúde – entre 21 e 35 por 100 mil nascidos vivos - e a meta da OMS em reduzir para 20 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos; nenhum dos anos do período de estudo apresentaram-se dentro do preconizado. Percebe-se que ao longo dos anos estudados, houve uma diminuição nos coeficientes de mortalidade Verificou-se maior número de óbitos maternos nas mulheres com mais de oito anos de escolaridade (55,1%), da raça/cor parda/preta (61,7%), com estado civil solteira (46,3%) e de 30 a 39 anos de idade (40,4%). O local de ocorrência do óbito foi predominantemente hospitalar (91,2%). Houve o predomínio das causas obstétricas diretas, com acentuada participação da hipertensão. As principais causas dos óbitos maternos foram: edema, proteinúria, transtornos hipertensivos da gravidez parto e puerpério (19,9%), complicações do trabalho de parto e parto (19,9%), complicações relacionadas ao puerpério (11%) e gravidez terminando em aborto (9,6%). A medicalização do parto em conjunto com altas taxas de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias e a falta de treinamento de equipes especializadas são alguns fatores apontados como barreiras para que as taxas de mortalidade materna não diminua no país, estendendo-se ao estado de Mato Grosso do Sul. Sabe-se que a mortalidade materna discorda segundo classe social, escolaridade, níveis de renda, dentre outros, e, por esse motivo, a sua análise é qualitativamente melhor quando as variáveis são incluídas. Para se prevenir mortes maternas, é fundamental que ocorra um acesso organizado dos serviços de saúde e uma boa qualidade no atendimento. A assistência deve ser estabelecida desde antes da gravidez, por meio de educação em saúde com o planejamento familiar, cursando todas as etapas do pré-natal, trabalho de parto e parto, cuidando do binômio como um todo, com continuidade dos cuidados desde os primeiros dias de vida do recém-nascido e até se findar o período puerperal.  Considerações Finais: Neste estudo, percebeu-se a necessidade de caracterizar o perfil desses óbitos maternos em suas variadas particularidades, podendo resultar na elaboração de pontos de atenção qualificada à saúde materna condizente com o real cenário. A análise quantitativa torna-se importante pois mostra a situação da saúde materna, e possibilita melhores práticas, permitindo mecanismos de análise e decisões por gestores e profissionais de saúde. Reflexões devem ser feitas quanto ao modelo de atenção à mulher gestante e puérpera, e como a Rede Cegonha pode impactar na atual realidade. Para a implantação efetiva do programa é imprescindível que descreva o perfil epidemiológico da população em suas variadas demandas e determinantes, podendo resultar na elaboração de projetos de atenção qualificada à saúde materna condizente com o real cenário. Os coeficientes de mortalidade materna apontam para desigualdades sociais, apresentando uma realidade que necessita de intervenções na área da saúde, para que se tenham indicadores satisfatórios no setor materno-infantil, mostrando um panorama em mudança sendo construído por meio de esforços para suprir desfechos evitáveis utilizando assistência qualificada. As informações adquiridas na pesquisa auxiliam na caracterização de uma realidade e criam subsídios para a implantação de ações em saúde direcionadas às verdadeiras necessidades das mulheres, possibilitando resultados significativos voltados a melhor assistência para estas. É fundamental que haja uma ampliação do acesso aos serviços de saúde e o comprometimento efetivo dos profissionais envolvidos com a assistência à mulher durante o pré-natal, parto e puerpério. Neste contexto de melhoria na assistência, espera-se uma prospecção tanto no acolhimento, busca ativa e compreensão, número de consultas nas unidades de serviços de saúde e no reforço a humanização da assistência, sustentada pelas práticas do acolhimento, da orientação, do acesso aos serviços de saúde, da assistência a mulher em sua totalidade no âmbito hospitalar, sanando casos de violência obstétrica e proporcionando cuidados intensivos e necessários a essas mulheres em um momento peculiar de suas vidas.

4273 Perfil epidemiológico e clínico dos casos de câncer gástrico atendidos em um hospital público do oeste do Pará, no período de junho de 2013 a junho de 2016.
Kamila Brielle Pantoja Vasconcelos, Iria Lúcia Ribeiro Mafra, Ellen Caroline Santos Navarro, Martha Nunes Freitas, Antônia Regiane Pereira Duarte, Gilvandro Ubiracy Valente

Perfil epidemiológico e clínico dos casos de câncer gástrico atendidos em um hospital público do oeste do Pará, no período de junho de 2013 a junho de 2016.

Autores: Kamila Brielle Pantoja Vasconcelos, Iria Lúcia Ribeiro Mafra, Ellen Caroline Santos Navarro, Martha Nunes Freitas, Antônia Regiane Pereira Duarte, Gilvandro Ubiracy Valente

O câncer gástrico é uma lesão que geralmente ocorre em algum ponto da mucosa do estômago, fruto da multiplicação celular descontrolada, característica de malignidade. Essa proliferação celular vai substituindo o tecido normal e pode invadir outras camadas do próprio órgão, como a camada muscular e a do revestimento externo, alcançando órgãos vizinhos. Originário da palavra karkínos, do grego, que em português significa caranguejo, a palavra câncer, citada primariamente pelo “pai da medicina”, Hipócrates, é uma enfermidade conhecida há muito tempo. Além disso, há relatos de acometimento pela doença em múmias do Egito, evidenciando a presença de neoplasia em humanos há milhares de anos antes de Cristo. O câncer de estômago apresenta um alto índice de casos em nível mundial, estando em segundo lugar no que se refere ao número de mortes. Desconsiderando os tumores de pele, não melanoma, o câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente na região Norte. Múltiplos fatores podem dar origem à neoplasia maligna gástrica. O processo primário da doença é o desencadeamento do desenvolvimento de tumores a partir de tecidos lesionados na mucosa gástrica. As lesões na mucosa ocorrem devido à influência dos fatores de risco, o que significa que a doença pode se desenvolver ou por exposição a fatores endógenos, associados a questões genéticas e/ou exógenos, relacionados a questões ambientais. Outro importante aspecto em relação ao assunto é o estadiamento da doença o qual através deste, identifica-se  o nível que esse tumor se encontra, pois através dele podem-se descrever aspectos dessa doença em determinado paciente, como a localização, a disseminação, e quais funções de outros órgãos do corpo estão sendo afetadas. Desse modo, o sistema de estadiamento utilizado para esse tipo de câncer é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer. O sistema TNM – tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M) – utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer: T – Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas; N – Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito; M – Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo .Diante do contexto problemático apresentado, questiona-se, qual o perfil epidemiológico dos casos de câncer gástrico diagnosticados na região Oeste do Pará? A partir da relevância do assunto, esse estudo objetivou identificar o perfil epidemiológicos e clínico dos casos diagnosticados de câncer gástrico em um hospital público de referência na região Oeste do Pará, no período de junho de 2013 a junho de 2016, bem como identificar a prevalência de câncer gástrico a partir da variável sexo, faixa etária, nível de escolaridade, zona onde reside, elencando o estadiamento de câncer gástrico nos casos no referido hospital. Essa pesquisa apresenta caráter descritivo, transversal, documental com abordagem quantitativa.Quanto à coleta de dados, inicialmente foi realizada uma revisão de literatura, por meio de analise de artigos em bases de dados científicos, como: Scielo, Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer, entre outros artigos publicados. Foram considerados aptos para a pesquisa, os artigos que identificaram a frequência entre indivíduos do sexo masculino e feminino, descreveram a faixa etária de maior incidência, a ocupação, o ano de diagnóstico e estadiamento da doença. A técnica de coleta de dados ocorreu por análise de prontuários de pacientes diagnosticados com câncer gástrico no Hospital Regional de Santarém, no período de junho de 2013 a junho de 2016, utilizando-se como instrumento de pesquisa um questionário composto por sete perguntas que atendiam às variáveis necessárias para atender os objetivos do estudo. Em relação à amostragem, foi constituída por 67 prontuários de pacientes, com idade entre 20 e 80 anos, atendidos com câncer gástrico no Hospital Regional de Santarém, no período de junho de 2013 a junho de 2016. Sobre a análise dos dados, as variáveis necessárias à pesquisa foram analisadas através de porcentagens simples e posteriormente calculados em planilhas do programa Microsoft Excel 2010. Quanto aos aspectos éticos, este estudo atende todos os preceitos da resolução 466/12, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, sobre as pesquisas envolvendo seres humanos. Nela foram inclusos prontuários de pacientes na faixa etária de 20 a 80 anos e excluídos os de pacientes diagnosticados com outro tipo de Câncer e os que não apresentaram as variáveis necessárias ou incompletas e/ou ilegíveis. Quanto aos resultados encontrados, foi observado que o ano com maior número de casos de neoplasia gástrica foi 2014, apresentando 42%, 28 casos; o sexo mais acometido foi o masculino, com 54 casos, correspondendo a 79%; a faixa etária com maior número de casos foi 41 a 60 anos, tendo 45%, 30 casos; as ocupações mais citadas pelos pacientes foram agricultor e doméstica com, respectivamente, 29% (19 casos) e 12% (8 casos); a escolaridade da maior parte dos pacientes é fundamental incompleto, apresentando 57%, correspondendo a 38 casos; o maior número de casos é de pacientes que residem na zona urbana, apresentando uma porcentagem de 75% (50 casos); os estadiamentos mais frequentes foram IIA, IIIA e IV, tendo 10% (7 casos), 15% (10 casos) e 10% (7 casos), respectivamente. Vale ressaltar a significativa porcentagem de prontuários sem informações sobre o estadiamento, o que pode se tornar uma barreira para a construção de um perfil realmente próximo ao pesquisado. A pesquisa revelou que a maior prevalência de câncer gástrico foi em pessoas do sexo masculino, com idade entre 41 e 60 anos, apresentando escolaridade de nível fundamental incompleto, sendo residentes da zona urbana. Isso pode servir de orientação para campanhas de prevenção, permitindo uma abrangência mais satisfatória do público que se enquadra nesse perfil epidemiológico.Observou-se também que os casos de neoplasia gástrica são geralmente diagnosticados em padrões de estadiamento avançado. Tendo maior número de casos os estádios IIA, IIIA (maior número) e IV. Faz – se necessária a atuação do profissional enfermeiro na promoção e prevenção das neoplasias. Nesse sentindo, o enfermeiro supervisor da estratégia em saúde da família, através de diferentes instrumentos como educação popular, visitas domiciliares e consultas de enfermagem, pode informar à população os fatores de risco, contribuindo assim para a prevenção e viabilização de um diagnóstico precoce. Diante dos resultados, esse estudo desperta uma reflexão a respeito da necessidade de se intensificar a publicidade e ocorrência de campanhas que esclareçam e divulguem aspectos do câncer gástrico, que ainda é pouco conhecido pela sociedade e acomete um grande número de pessoas em todo o mundo.

4870 Avaliação da qualidade de vida dos portadores de hemofilia A, em tratamento no Hemopa Santarém-PA no ano de 2016
Ellen Caroline Santos Navarro, Rogério Tiago Fonseca Vieira, Kamila Brielle Pantoja Vasconcelos, Martha Nunes Freitas, Antônia Regiane Pereira Duarte, Jarrier Gonçalves de Sousa

Avaliação da qualidade de vida dos portadores de hemofilia A, em tratamento no Hemopa Santarém-PA no ano de 2016

Autores: Ellen Caroline Santos Navarro, Rogério Tiago Fonseca Vieira, Kamila Brielle Pantoja Vasconcelos, Martha Nunes Freitas, Antônia Regiane Pereira Duarte, Jarrier Gonçalves de Sousa

A hemofilia é uma coagulopatia que atinge milhares de pessoas no Brasil e no mundo, tendo como principal sintoma, episódios hemorrágicos espontâneos ou traumáticos, afetando a interação biopsicossocial do indivíduo. A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue, causada pela deficiência dos fatores VIII e IX da coagulação (proteínas plasmáticas do sangue responsáveis pela ativação do processo de coagulação sanguínea). Existem dois tipos de hemofilia, a do tipo A que indica a deficiência do fator VIII e a hemofilia do tipo B, caracterizada pela deficiência do fator IX. Estas hemofilias não são distinguidas clinicamente, pois ambas se manifestam sob as formas leve, moderada, severa ou grave. Os principais sinais e sintomas da hemofilia A são: hemartroses, atingindo e desgastando principalmente as articulações, cartilagens, os músculos e, depois, a parte óssea; artropatia do hemofílico (comprometimento da articulação que leva à artrose da articulação e resulta em desvios, retrações ou encurtamento do membro afetado); além de epistaxe, dores nas articulações, atrofia muscular, dores intensas. O hemofílico pode sangrar internamente, especialmente nos joelhos, tornozelos e cotovelos. Seu tratamento baseia-se apenas uma convivência adaptada aos distúrbios hematológicos, para isso, é fundamental a educação do paciente e família, para que haja o conhecimento sobre sua patologia, dessa forma, conseguirá viver e conviver com a deficiência de maneira saudável e se tornar um cidadão produtivo, plenamente incluído na sociedade. A avaliação da Qualidade de Vida (QV) relacionada à saúde significa as perspectivas do paciente sobre o impacto gerado em sua vida pela doença e tratamento. Diante deste contexto surge a questão problema: qual a Avaliação da qualidade de vida dos portadores de hemofilia A, em tratamento no Hemopa Santarém-PA no ano de 2016. O estudo mostra-se importante uma vez que o déficit de esclarecimento e orientação adequada por parte da equipe multiprofissional dificulta um entendimento sobre como conviver com essa coagulopatia, seguindo essa teoria acredita-se que os portadores de hemofilia A, possuem baixa qualidade de vida, devido a sua conduta diária de restrições e cuidados e fazendo com que os mesmos sintam-se inseguros ao desempenhar as atividades de seu cotidiano e ao acesso a saúde quando envolve procedimentos invasivos. Desse modo se faz necessário uma abordagem mais ampla sobre a hemofilia A e seus efeitos na qualidade de vida desses pacientes. A qualidade de vida está ligada diretamente com a percepção do indivíduo sobre sua doença, onde suas limitações físicas e psicológicas, surgem como variáveis de aceitação de sua realidade dentro de um contexto sócio cultural e econômico, com o envolvimento amplo em seu cotidiano. O presente estudo objetiva de forma integral avaliar se os portadores de Hemofilia A,  em tratamento no Hemopa Santarém-PA, possuem qualidade de vida, especificando se as atividades cotidianas foram comprometidas após o diagnóstico da hemofilia A; identificar entre os níveis de fator de coagulação (leve, moderado e grave) qual que mais interferem na qualidade de vida dos portadores de hemofilia A e conhecer a percepção de segurança desses pacientes em relação ao cotidiano e assistência recebida. Trata-se de um estudo descritivo quantitativo, na forma pesquisa de campo, com busca ativa e passiva. Participaram pacientes de ambos os sexos, com diagnostico de hemofilia A congênita que residem neste município. Foi utilizado como instrumento um questionário especifico e validado de avaliação (método WHOQOL-bref). As questões do WHOQOL-bref são compostas de 4 domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, com as suas respectivas facetas. Este método é um instrumento de avaliação multidimensional e transcultural, onde as variáveis vão desde (1 até 2,9) necessita melhorar; (3 até 3,9) regular; (4 até 4,9) boa e (5) muito bom. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram selecionados  os portadores de hemofilia A, em tratamento no hemocentro de Santarém-Pa (HEMOPA), no ano de 2016, que somaram 44,  destes apenas 22 pacientes se enquadraram  nos critérios de inclusão, no entanto, deste total, 05 pacientes não residiam no endereço informado em sua ficha de inscrição, 02 pacientes não se encontravam no município no período da coleta de dados, e 01 se recusou a fazer parte do estudo, 01 falecido, restando portanto  apenas 13 indivíduos, destes 11 do sexo masculino e 02 do sexo feminino, os quais serviram de base  da amostra dessa pesquisa. Foi realizado a busca ativa desses pacientes e aplicado o questionário, conforme as normas regulamentadoras que constam no TCLE (termo de consentimento livre esclarecido). Os resultados mostraram que com relação ao gênero a predominância maior foi do sexo masculino com 84.6% e apenas 15,4% do sexo feminino, justificando que a hemofilia é característica no gênero masculino. Homens possuem um único alelo de fator VIII (XY) enquanto as mulheres possuem dois alelos (XX). Homens com um alelo com mutação (XhY, hemizigose) terão a doença, enquanto mulheres com um único alelo com mutação (XhX, heterozigose) serão portadoras e, portanto, com 50% de probabilidade de transmitir o alelo anormal à sua prole, em cada gestação. Em observância ao universo dos entrevistados a prevalência maior foi dos casos classificado como leve, o que leva acreditar que nesses indivíduos o fato de serem portadores de hemofilia não interfere diretamente em suas atividades cotidianas, pois os riscos do surgimento de hemorragias são mínimos em relação aos demais níveis. No que norteia as indagações pertinentes a segurança dos portadores de hemofilia A, em relação a assistência em saúde recebida, nota-se que dos entrevistados 46,15% sentem-se seguros, 53,84% mostram-se inseguros de modo geral. Em relação a qualidade de vida dos portadores de hemofilia A, possuem uma pontuação média geral de 3,68 sendo considerada como regular qualidade de vida. Foi possível observar ainda que houve semelhança na pontuação dos domínios físico (3,67), Psicológico (3,90), Relações Sociais (3,94) e Meio Ambiente (3,32). Ao abordar sobre a Qualidade de vida dos portadores de hemofilia A, constatou-se que esta patologia é de origem genética, e que a disfunção dos fatores sanguíneos responsáveis pela coagulação pode levar a hemorragias espontâneas ou traumáticas e que também traz consequências biopsicossociais. Dentro desses contextos conclui-se que os hemofílicos de Santarém -Pará apresentam regular qualidade de vida, sendo que o déficit maior desta qualidade se deve à baixa renda e dificuldade de acesso aos serviços de saúde, mostrando que ainda é preciso uma atenção mais completa a esses pacientes. Porém, mesmo com um escore médio indicando que o portador de hemofilia não possui uma boa qualidade de vida, foi possível constatar que os portadores de hemofilia A do município estudado mostram-se inseridos na sociedade em seus vários aspectos, refutando uma das hipóteses levantadas para o direcionamento deste estudo, tornando possível   ter a confirmação de que hemofilia A não é sinônimo de má qualidade de vida. Este trabalho não visa esgotar o tema abordado, mas servir de fonte para novas pesquisas e análises sobre os vários aspectos que possam colocar em evidência tal disfunção sanguínea, possibilitando torna-la mais conhecida pelos profissionais de saúde, fato que possibilitaria uma melhor segurança na abordagem dos portadores dessa patologia.

4491 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL: AÇÃO EDUCATIVA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE-MS
Luciana Virginia de Paula e Silva Santana, Grazielli Rocha de Rezende Romera, Caroliny Oviedo Fernandes, Larissa Rocha de Rezende, Ana Paula de Assis Sales, Adelmo Benevides de Santana Júnior

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL: AÇÃO EDUCATIVA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE-MS

Autores: Luciana Virginia de Paula e Silva Santana, Grazielli Rocha de Rezende Romera, Caroliny Oviedo Fernandes, Larissa Rocha de Rezende, Ana Paula de Assis Sales, Adelmo Benevides de Santana Júnior

Introdução: A infância é um período em que desenvolve-se grande parte das potencialidades humanas. Os distúrbios que incidem nessa fase são responsáveis por graves consequências no futuro dessa faixa etária; por isso a importância do programa Saúde da Criança do Ministério da Saúde, assim como todas as ações que estão voltadas para garantir um bom crescimento e desenvolvimento a todas as crianças. A taxa de mortalidade infantil vem caindo nas últimas décadas no Brasil. Em virtude de ações de redução da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram. Na década de 90 as mortes infantis caíram de 47,1 para 15,6 em 2010. Contudo, a meta de garantir a toda criança brasileira o direito à vida e à saúde ainda não foi obtida, pois as desigualdades regionais e sociais perseveram. Muitas mortes de crianças com menos de um ano ainda acontecem no período neonatal, sendo a maioria no primeiro dia de vida. Assim, um número significativo de mortes por causas evitáveis através de ações dos serviços de saúde como a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido faz parte da realidade social e sanitária do País. A maior parte do desenvolvimento do cérebro das crianças acontece antes que elas atinjam três anos de idade. Em um curto período de 36 meses, as crianças desenvolvem suas habilidades de pensar e falar, aprender e raciocinar, e começam a constituir os alicerces dos seus valores e comportamentos sociais quando adultos. Esta fase é decisiva para a formação da personalidade de cada pessoa, e junto com as transformações neuropsíquicas e comportamentais estabelecem as bases necessários à construção do ser humano. O equilíbrio futuro deste indivíduo dependerá da harmonia em que ocorreu esse processo. As necessidades biológicas da criança devem ser atendidas em cada etapa do seu processo de crescimento e desenvolvimento, desde a concepção até a vida adulta. Cada etapa se apoia nas conquistas da fase anterior e impulsiona a seguinte. Os direitos da criança devem ser garantidos desde seus primeiros momentos de vida, uma vez que esses primeiros anos fazem parte de um período de mudanças valiosas e que exerce influência duradoura. Em nosso país, o Estatuto da Criança e do Adolescente garantem estes direitos. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar e contribuir com o crescimento e desenvolvimento das crianças que se encontram em baixo peso em uma área atendida por uma Unidade Básica de Saúde da Cidade de Campo Grande - MS, trazendo benefícios para a saúde e crescimento das crianças, suas famílias e da comunidade. Método: Trata-se de um relato de experiência de uma ação, realizada em uma UBSF de Campo Grande - MS, praticado nos dias 05, 12, 19 e 26/05, e nos dias 02 e 09/06 de 2017, na própria Unidade com alunos, professores e pais, onde foram abordados assuntos relacionados a alimentação adequada para cada criança em sua faixa etária;  a importância de uma boa alimentação; aspectos (além da alimentação) que influenciam no crescimento e desenvolvimento infantil; doenças e vulnerabilidades agravadas pela condição do baixo peso e receitas práticas, econômicas e saudáveis que as mães ou responsáveis possam fazer em casa. A população atendida foi crianças baixo peso que foram selecionadas devido os resultados do SISVAN da UBSF. Foram elaborados convites e entregues pessoalmente para pais e responsáveis de 17 crianças. Após o primeiro contato, obteve-se um grupo de 10 crianças e suas respectivas mães e responsáveis. Foram realizados analises dos resultados através da pesagem semanal de todas as crianças da participação do interesse das mães e responsáveis em aprender e contribuir para o crescimento das crianças. Resultados: Pretendeu-se trabalhar com um grupo de 17 crianças e seus pais ou responsáveis, mas por questões particulares da família, houveram 7 (41%) que não participaram do Grupo, e 10 (59%) que participaram ativamente das reuniões e se envolveram na busca de ganho de peso de suas crianças.  Destas 10 crianças, 60% eram meninos e 40% meninas, com idades entre 08 meses a 05 anos e todos com índices de peso abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde para sua idade. Baseando-se na pesagem semanal que era realizada nos dias de reunião, obteve-se um resultado onde 4 (40%) crianças ganharam até 300g, 4 (40%) ganharam de 301 a 600 gramas e 2 (20%) crianças ganharam de 601 a 900 gramas. 100% das crianças ganharam peso.  O exame físico é um procedimento fundamental na obtenção da coleta de dados, pois, com base nele, são levantados dados sobre o estado de saúde das crianças, a fim de avaliar, analisar e planejar a assistência. Conforme o Ministério da Saúde, a variação do peso, com relação à idade da criança, é muito mais rápida do que da estatura e reflete, quase que imediatamente, qualquer deterioração ou melhora no estado de saúde, mesmo em processos agudos. Em um prazo de poucos dias, podem ser observadas alterações importantes no peso, cuja mensuração é mais fácil e mais precisa que à estatura; dessa forma todo ganho de peso para essas crianças torna-se um beneficio ao crescimento das mesmas. O desenvolvimento psicossocial inter-relaciona aspectos biológicos, psíquicos, cognitivos, ambientais, socioeconômicos e culturais, por meio dos quais a criança vai adquirindo maior capacidade para mover-se, coordenar, sentir, pensar e interagir com os outros e com o meio que a rodeia. Conclusão: O crescimento e desenvolvimento das crianças estão relacionados a vários fatores intrínsecos como os genéticos e metabólicos; e extrínsecos (alimentação, saúde, habitação, cuidados com a criança) e, portanto, deverá ser vista como um todo. Deduz-se, por essas razões, que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento necessita de uma equipe multiprofissional, por necessitar de intervenções que fogem da competência de um só profissional. Observou-se através dessa ação, que estas reuniões facilitaram o acesso das mães e responsáveis a mais informações e deram a oportunidade de sanar dúvidas. Notou-se o interesse em entender e aprender a importância do peso no crescimento das crianças e despertou a atenção para a alimentação e bem-estar das mesas. Diante disso, enfatiza-se que acompanhar o estado de saúde da criança é “cuidar” para que ela atinja o crescimento pessoal e social. A promoção da saúde por meio de ações educativas, atendem também a outras necessidades da criança, tais como amor, nutrição, comunicação, higiene, imunização, sono, afeto e segurança. Para isso, é necessário que as mães sejam orientadas, incentivadas e se sintam seguras nos cuidados com a criança.

2281 PERFIL DA QUALIDADE DE VIDA DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS DO MUNICÍPIO DE COARI-AM.
Paula Andreza Viana Lima, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Victor Linec Maciel Barbosa, Rodrigo Damasceno Costa, Andriele Valentim da Costa, Mariana Paula da Silva, Abel Santiago Muri Gama

PERFIL DA QUALIDADE DE VIDA DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS DO MUNICÍPIO DE COARI-AM.

Autores: Paula Andreza Viana Lima, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Victor Linec Maciel Barbosa, Rodrigo Damasceno Costa, Andriele Valentim da Costa, Mariana Paula da Silva, Abel Santiago Muri Gama

Apresentação: A Universidade é um local de diferentes contextos sociais e culturais, onde o aluno se depara com uma nova realidade, levando-o a buscar adaptação em diversos aspectos, tanto acadêmico, quanto na vida pessoal. Nesta perspectiva, a formação de profissionais deve ser direcionada não apenas a conhecimentos técnicos e científicos, mas englobar uma visão humana ampla do indivíduo, preparando-o para o enfretamento de situações desagradáveis em sua vida acadêmica e profissional, que poderão repercutir em seu bem-estar físico, psíquico e social, interferindo em sua saúde e qualidade de vida. Neste sentido, o objetivo desse trabalho é descrever a qualidade de vida de estudantes universitários de uma Universidade Federal do interior do Amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, realizado com alunos de graduação do Campus avançado da Universidade Federal do Amazonas, o Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), no município de Coari. O estudo foi realizado com 360 estudantes de diferentes cursos de graduação. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário autoaplicável, com perguntas referentes a informações socioeconômicas e demográficas, vida acadêmica, consumo de medicamentos e qualidade de vida. Para a avaliação da qualidade de vida, utilizou-se o instrumento WHOQOL-bref, que se refere a satisfação com a saúde, relações pessoais, meio ambiente e domínio físico e psicológico. A pesquisa foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2017 e cada participante assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Dos 360 alunos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (59,4%), com média de idade de 21 anos e 78 (21,7%) era do curso de Biologia e Química. Em relação a percepção do indivíduo quanto a sua qualidade de vida, 59,9% avaliou como boa.  Quanto a satisfação com o curso, 47,5% informaram estar satisfeitos, enquanto 27,8% informaram estar “mais ou menos satisfeito” e 26,7% informaram estar mais ou menos satisfeitos com o convívio entre colegas. No que diz respeito a satisfação com o sono, 19,7% informaram estar insatisfeitos e 24,4% estavam insatisfeitos com o acesso ao serviço de saúde. Considerações finais: O estudo aponto baixo nível de satisfação na maioria das questões do instrumento de avaliação de qualidade de vida. Desta forma, evidencia-se que a Universidade precisa adotar medidas que visem a melhoria da qualidade de vida desses estudantes, uma vez que, grande parte das insatisfações estão relacionadas a dificuldades encontradas no contexto acadêmico, como falta de sono, devido a sobrecarga de disciplinas por período. Neste contexto, ressalta-se a importância do estudo no sentido de conhecer os conflitos enfrentados pelos alunos, possibilitando o planejamento de estratégias por parte dos gestores da Universidade, com intuito de aumentar os níveis de satisfação dos estudantes de graduação.

1128 PASMEEN: Promoção De Saúde Mental Em Estudantes Do Ensino Médio No Instituto De Educação Do Amazonas No Município De Manaus
Andreia Doria Cardoso da Silva, Bruna da Silva Simões, Thays Cristine Torres Martins

PASMEEN: Promoção De Saúde Mental Em Estudantes Do Ensino Médio No Instituto De Educação Do Amazonas No Município De Manaus

Autores: Andreia Doria Cardoso da Silva, Bruna da Silva Simões, Thays Cristine Torres Martins

Apresentação: A adolescência é caracterizada por ser a fase do desenvolvimento humano em que ocorre múltiplas e intensas alterações no estado físico e mental. Isto ocorre, porque o adolescente está descobrindo as responsabilidades e atividades da adultez, ocasionando no mesmo, sensações como curiosidade, euforia, confusão, com comportamentos impulsivos e constantes mudanças de opiniões e metas. Expondo isso, os adolescentes estão propensos a desenvolver inúmeros transtornos mentais, como depressão, ansiedade e alguns comportamentos de risco à saúde como automutilamento, uso de drogas e suicídio, tendo em vista que a saúde mental, física e social são domínios precisamente interligadas interdependentes e em equilíbrio para o bem-estar geral dos indivíduos. Observando os dados alarmantes descritos na literatura, a saúde mental necessita ser entendida como uma questão de saúde pública, sendo relevante intervir na promoção da saúde mental dos adolescentes em escolas de ensino médio, pois, são jovens e a todo tempo sofrem pressões dos pais, da escola, da necessidade de crescer e se tornar um adulto, da necessidade de fazer uma faculdade, dentre outros aspectos na qual muitas vezes não sabem lidar e a visão distorcida e errônea que as pessoas tem dos transtornos mentais, fazem com que os adolescentes se tornem omissos em buscar tratamento. Através da explanação deste cenário, temos como objetivo neste projeto, desenvolver ações de promoção a saúde mental e prevenção contra transtornos mentais, em uma escola de ensino médio com turno integral, focando em pontos como: contribuir na construção do conhecimento acerca da interface entre estes transtornos; estimular a adoção do exercício da empatia e do entendimento emocional a diversas situações comuns nessa idade e proporcionar um ambiente que ofereça um bem-estar psicológico. Desenvolvimento: O cenário escolhido para a realização do projeto de intervenção será o Instituto de Educação do Amazonas, localizado na Avenida Ramos Ferreira, 857, Centro, no município de Manaus. As ações serão voltadas para estudantes do ensino médio, na qual os autores envolvidos são os acadêmicos de enfermagem juntamente com os professores da Instituição. Para a aplicabilidade das intervenções, utilizaremos papéis, canetas, câmeras fotográficas, cartilhas, placas com rostos de várias expressões diferentes de sentimento, jogo de xadrez, e alguns materiais de esportes, como bolas, redes, apitos, cordas, dentre outros. Estes recursos serão adquiridos e custeados após a submissão e aprovação do projeto em programas de projetos de extensão da Universidade do Estado do Amazonas. Afim de atingir o nosso objetivo, utilizaremos 3 intervenções que serão realizadas no total de 36 dias. A divisão das intervenções dar-se-á de acordo com o ano e a turma, sendo que cada ano escolar possui 4 turmas (A, B, C e D) e a execução das intervenções serão realizadas em 3 dias seguidos com cada ano e turma, iniciando pelo primeiro ano A do ensino médio e finalizando com o terceiro ano D. No 1° dia de intervenção, será realizada uma oficina temática com a duração de 2 horas, divididas entre 3 temas, nos quais abordaremos a interface entre os principais transtornos psicológicos como a depressão, ansiedade, transtornos alimentares e suas consequências; as principais características marcantes no desenvolvimento psicológico dos adolescentes como a variabilidade humor constante, preocupação com a aparência e a auto afirmação de personalidade e a questão da conscientização quanto ao reconhecimento de comportamentos depressivos e suicidas, além das males causados pelo uso predominante nesta fase de drogas. Serão utilizados para a realização da oficina materiais e recursos de aprendizagem como banners, cartilhas, vídeos e encenações  e os estudantes poderão fazer seus questionamentos no decorrer da oficina. No 2° dia de intervenção, será realizada uma roda de conversa em uma sala disponível pela instituição, no tempo de 2 a 3 horas. Esta será mediada através de um roteiro de roda de conversa com perguntas norteadoras como “Você fala sobre seus sentimentos com alguém? ”, “Com que frequência você desabafa seus sentimentos? ”, “Você já teve pensamentos depressivos sobre si mesmo?”, dentre outras. Será utilizado também um instrumento denominado “emocionômetro”, onde iremos elaborar expressões faciais em plaquinhas e distribuir entre os alunos. Após todos receberem suas plaquinhas, iremos lançar a pergunta “Sinceramente, como você está se sentindo hoje? ”, e cada estudante irá levantar a plaquinha na qual representa seu sentimento naquele momento. Iremos instigar aos alunos que responderam com expressões de tristeza, medo e apreensão para demonstrarem seus sentimentos, propiciando um ambiente confortável e acolhedor livre de julgamentos. No 3° dia, serão realizados no horário de almoço da instituição atividades dinâmicas como xadrez, esportes e danças, proporcionando bem-estar físico e psicossocial devido a promoção de atividades que promovam relaxamento e contribuam para uma melhor relação interpessoal. Resultados: Baseando- se em informações descritas na literatura, espera-se que através destas intervenções e da metodologia escolhida, consigamos atingir o objetivo de promover uma saúde mental nos adolescentes, explicando a importância de se articular a saúde física com a saúde mental, buscando um equilíbrio entre ambas, e da relevância de realizar atividades que proporcionem lazer, deixando-os menos ansiosos e mais relaxados. A promoção de um ambiente acolhedor, livre de julgamentos e de uma escuta sentimental reduzirão seus medos e anseios frente às mudanças que ocorrem nesta fase, estimulando a curiosidade, expressão de sentimentos e a empatia com outras pessoas. Como forma de prevenção dos transtornos mentais, o conhecimento dos principais transtornos e o reconhecimento dos seus sinais e sintomas deverão ser repassados e dialogados, assim os jovens poderão reconhecer e estimular precocemente a busca pelo atendimento em saúde adequado do transtorno em questão, e perceber que não estão solitários e nem precisam se sentir envergonhados sobre buscar esse atendimento. Considerações finais: Ressaltar a importância de se realizar ações de promoção em saúde mental são tão relevantes quanto ações voltadas para a saúde física, pois, ambas são interligadas, e caracterizam a qualidade de vida de um indivíduo. Na problemática apresentada dos adolescentes, a perspectiva de uma saúde mental adequada encontra-se deficitária e frente aos dados alarmantes, reforçam que os transtornos mentais se caracterizam como um grande agravo de saúde pública, que necessita de um olhar minucioso dos profissionais de saúde e de educação, a fim de que estes possam repensar em conjunto meios que promovam o bem-estar mental e previnam o acometimento dos transtornos mentais nos adolescentes, assim reduzindo o alto índice dos mesmos.    

1432 Avaliação antropométrica e aplicação de questionário de frequência alimentar aos discentes dos cursos integrados do IFAM CPA.
georgina raquel alfaia, Emmina Lima da Cruz de Souza, Lênon Corrêa de Souza, Jair Canto Brelaz

Avaliação antropométrica e aplicação de questionário de frequência alimentar aos discentes dos cursos integrados do IFAM CPA.

Autores: georgina raquel alfaia, Emmina Lima da Cruz de Souza, Lênon Corrêa de Souza, Jair Canto Brelaz

Este trabalho caracteriza-se como relato de experiência do Projeto Integral “Avaliação antropométrica e aplicação de Questionário de Frequência Alimentar (QFA) aos discentes dos cursos integrados do IFAM Campus Parintins”. Trata-se de um projeto na área de Nutrição para apoio ao Programa de Alimentação Escolar, vinculado a Assistência Estudantil do Campus, realizado com as turmas dos 1º e 2º anos dos cursos de nível técnico integrado, entre os meses de julho a novembro de 2017, com a participação de 215 alunos. As atividades realizadas foram avaliação do estado nutricional através da aferição de peso e altura, atendimento individualizado aos adolescentes com alteração de peso e aplicação do QFA para identificação dos padrões de consumo alimentar subsidiando o planejamento do cardápio da alimentação escolar, de acordo com os hábitos alimentares destes. Tanto o excesso quanto a o baixo consumo alimentar, acarretam problemas de saúde aos indivíduos, sendo a alimentação inadequada, um dos fatores predominantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que ocasionam forte impacto na saúde pública do Brasil. Uma das formas mais simples de prevenção a DCNT é a avaliação nutricional, que deve ser realizada para aferir as alterações nutricionais nos dando norteamento para o atendimento individualizado adequado, resultando na recuperação ou conservação da saúde dos adolescentes. Entretanto a averiguação do consumo alimentar como fator de risco para qualquer tipo de doença, exige instrumentos de avaliação adequados. Entre as diversas metodologias para esta estimativa, o uso de QFA é um método excelente, pois fornece informações sobre hábitos alimentares ou padrão dietético individual, tem baixo custo e é de fácil entendimento. Dados como estes, são importantes, pois norteia-nos de qual deve ser a abordagem adequada, pois a nutrição apropriada é importante em todas as fases da vida, porém, no período da adolescência, é extremamente relevante para que estes alcancem o potencial biológico esperado para o crescimento e desenvolvimento do organismo e em se tratando de ambiente escolar, colaborar de forma positiva no aprendizado, pois há diversos estudos que apontam a falta de concentração em sala de aula como resultado da falta de alimentação adequada. Nesse sentido, a detecção de adolescentes com riscos nutricionais passa a ser uma tarefa primordial a equipe multidisciplinar que atua neste Instituto.  (poderia ser equipes multidisciplinares e elencar talvez bem objetivamente o que cada um poderia fazer). No IFAM onde um número relativo de alunos ficam o dia inteiro, devido o curso de ensino médio ser integrado ao curso técnico, as ações de orientação nutricional constituem importante meio de informação e formação de hábitos alimentares. Entretanto tem que haver interesse, pois mesmo repassando conhecimento nem sempre essas noções se estabelecem em comportamentos alimentares saudáveis, pois, grande parte dos adolescentes ainda são muito influenciáveis pelo meio em que vivem, e nem sempre sofrem influência de forma positiva. A amostra desse projeto foi constituída por 215 discentes, sendo 61,86% (n=133) do sexo feminino e 38,13% (n=82) do sexo masculino. Dentre estes, 37,2% (n=80) estavam com alteração de peso, porém somente 26,25% (n=21) procuraram o serviço de nutrição para atendimento nutricional, o que é considerado um número baixo de atendimento, embora os mesmos tenham marcado consulta, porém não compareciam alegando falta de tempo, ou seria de interesse? De acordo com esses dados, pode-se concluir que atividades coletivas talvez surtam mais efeitos, devido ao número maior de pessoas que se consegue abranger em menos tempo. Em relação ao consumo mensal de alimentos, do grupo das frutas, a banana foi a mais consumida (98%), seguida de laranja a abacaxi (91,6%), maçã e pera (83,25%), uva (71,16%), melancia (69,76%), goiaba (65,1%), mamão (63,72%). No grupo das verduras e legumes o tomate foi o mais consumido com 73%, seguido da alface (67,9%), cenoura (64,65%), pepino (45,11%), Couve (40%), brócolis e repolho (20,9%). Foram observados com estes dados, que os adolescentes que participaram do projeto têm consumo alto de alimentos fonte de fibras, vitaminas e minerais, fatores importantes na prevenção de algumas doenças, como: obesidade, câncer, diabetes, dislipidemia, dentre outras. A carne de frango foi a mais consumida no grupo das carnes e ovos com 99%, seguida por carne de boi (95,8%), ovos (91,16%), peixes (86%), linguiça (73,95%), carne de porco (52%), sendo todas estas, fonte de proteína de alto valor biológico, consideradas fatores primordial para formação e manutenção muscular, sendo extremamente necessário na adolescência. No grupo de leite e derivados, o consumo de leite está em (89,3%), iogurte (80%), queijos amarelos (62,32%) e queijos magros (27,44%). Esse consumo baixo de queijos magros pode ser justificado pelo fato da região ter oferta maior de queijos com teor elevado de gordura, e o valor dos queijos magros serem altos. Todavia observa-se consumo bom de alimentos deste grupo, que são fontes de cálcio, nutriente essencial para a formação e manutenção óssea, principalmente nesta fase de vida. No grupo de arroz e massas, o consumo de arroz lidera com (97,20%), lasanha (84,18%), pizzas (77,67%), farinha e farofas (64,65%), alimentos ricos em carboidrato, nutriente importante como fonte primária de energia. No grupo dos pães e biscoitos, o pão está em primeiro lugar com 95,81%, biscoito recheado 84,8%, biscoito sem recheio (67,4%), observa-se o consumo alto de biscoitos recheados, alimento rico em gordura trans e saturada, que se consumida a médio e longo prazo acarretam problemas de saúde como dislipidemia, entupimentos e enrijecimento de artérias, dentre outros DCNT. Do grupo das bebidas; 93,48% dos discentes tomam sucos naturais; 89,76% tomam refrigerante; 82,32% fazem uso de café com açúcar; 61,86%; consomem sucos industrializados; 41,39% tomam café sem açúcar, 7,9% já tomam cerveja e 13,48% tomam caipirinha, um ponto negativo, pode-se citar o consumo alto de refrigerantes e sucos industrializados, sendo alimentos pobre de nutrientes e ricos em açúcar e conservantes, fatores que colaboram para o surgimento de diabetes e alergias, porém o ponto positivo seria o baixo consumo de bebidas alcóolicas. No grupo dos doces, observa-se também o consumo elevado destes:  chocolate, bombom ou brigadeiro (87,44%); 74,88% comem bolo sem recheio ou cobertura; 74,41% consomem pelo menos uma vez no mês doces concentrados, tortas e pudins; 86,51% tomam sorvetes; 60% comem balas e pirulitos, deste, a maior parte consomem diariamente; 57,67% fazem uso de açúcar, mel ou geleia e 22,79% consomem gelatina.. O consumo exagerado de alimentos deste grupo pode resultar no surgimento de diabetes, resistência insulínica e síndrome metabólica, dentre outras doença. Tendo sido atingido o objetivo do projeto, sugere-se que sejam realizadas atividades voltados para a qualidade de vida, com base no tripé “alimentação saudável, saúde mental e atividade física”, devendo ser realizado por toda a equipe multidisciplinar deste Instituto.