Anais

Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida
Revista Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020) – Editora Rede Unida
ISSN 2446-4813 DOI 10.18310/2446-48132020
http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-unida/issue/view/65
 

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Anais do 14º Congresso Internacional da Rede Unida. Saúde em Redes, v. 6, supl. 3 (2020). ISSN 2446-4813.
Trabalho nº 10037
Título do Trabalho: ORGANIZAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO BAIXO AMAZONAS - PARÁ
Autores: Marcos Roberto Galvão Castro, Hendrick Nobre de Sousa, Sabrina De Oliveira Gama, Juliana Gagno

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência sobre o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), em um município rural remoto do Baixo Amazonas no Oeste do estado do Pará, com cerca de 12.000 habitantes. Sabemos que esse profissional tem ganhado cada vez mais destaque na discussão da Atenção Básica(AB) dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), assim esse trabalho tem o objetivo de relatar a visão dos pesquisadores sobre o papel desse profissional da saúde no território. Desenvolvimento: Foi realizada pesquisa qualitativa, por roteiro semiestruturado, com coleta de dados nos dias 24 e 25 de julho de 2019, com a equipe de discentes e docente na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), parceiros da pesquisa nacional: Atenção Primária à Saúde em territórios rurais e remotos no Brasil, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Foram entrevistados gestores municipais, médicos, enfermeiros, ACS e usuários, totalizando 13 entrevistas. Resultado: No município estudado há 3 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), mesmo sendo um município pequeno e com 100% de cobertura ESF, existem áreas descobertas pelo profissional ACS, ou seja, a quantidade é insuficiente para suprir a necessidade de toda a população. Entretanto, os ACS demonstraram-se organizados no processo de trabalho e registros, e além de serem o primeiro acesso à saúde por parte dos moradores, são capacitados, através de cursos, para lidar com as peculiaridades da região. Ademais, são responsáveis por ajudar na organização da atenção básica do município, marcando consultas para populações de difícil acesso e realizando pequenos procedimentos. Mesmo com toda a dificuldade, no que diz respeito a falta de material, tamanho do território, dispersão populacional e déficit no quadro de profissionais na região, é nítido o empenho e a extrema importância desses profissionais para a população, em especial de áreas rurais. Considerações finais: É notória a relevância dos ACS nas equipes ESF:  realizam visitas domiciliares levando os médicos ou enfermeiros na casa do paciente, trabalhando a logística peculiar do seu território; são responsáveis por realizar busca ativa dos usuários que estão com o tratamento atrasado ou sem adesão a algum tratamento; e auxiliam na organização da AB. Pode-se dizer que os ACS são responsáveis por ser a ligação entre a unidade básica de saúde (UBS) e a comunidade, se mostrando o profissional de maior vínculo com os moradores e promotor de uma maior resolutividade na ESF.