Nota de Solidariedade e Repúdio / Nota di Solidarietà e Ripudio

26/11/2021 11:40
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Nota de Solidariedade e Repúdio / Nota di Solidarietà e Ripudio

 

Nos dias 22 a 26 de novembro de 2021 está sendo realizada edição brasileira do 11º Laboratório Italo-brasileiro de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, Brasil. O conjunto dos participantes, composto principalmente por pessoas vinculadas a diversas instituições de ensino, pesquisa e de sistemas sócio-sanitários no Brasil e na Itália, mas também com participantes de outros países, informado pela mídia e redes sociais e com detalhes obtidos diretamente com lideranças indígenas e servidores da FIOCRUZ, manifesta sua solidariedade aos pesquisadores da instituição de reconhecida competência técnica e solidariedade que foram impedidos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) de atuar diretamente com as comunidades indígenas da etnia Yanomami, em ação integrada com esse povo indígena. Na mesma oportunidade, manifesta seu veemente repúdio à decisão da FUNAI, que paradoxalmente tem como missão a proteção da saúde e da vida das populações indígenas e que, no momento presente, atua de forma equivocada, abandonando sua missão institucional e colocando em risco a vida das populações indígenas. Há um equívoco na ocupação de instituições por ideias e ações que negam a institucionalidade construída ao longo do tempo, como acontece com a FUNAI, e a visibilidade internacional produz redes de solidariedade que não ignoram o tempo de crise que o Brasil está ultrapassando. Ao mesmo tempo em que a notícia da negativa do direito à saúde do povo Yanomami é protagonizada pelo Governo Brasileiro, também há informações múltiplas na mídia demonstrando a existência de uma verdadeira cidade de balsas de mineradores irregulares no leito do Rio Madeira, que vem se formando há 15 dias, depois do surgimento de um boato da existência de ouro nas áreas indígenas ao longo daquele Rio. Situação que está acontecendo com a observação passiva de autoridades. Nos manifestamos também com um repúdio à omissão criminosa das autoridades brasileiras na defesa da vida e da saúde dos povos indígenas, exterminando saberes tradicionais e ancestrais e a vida desses povos. Os povos tradicionais dos diferentes territórios locais são parte da vida global e não podem ser objeto de extermínio, sob pena de prejuízos à vida e a cultura universal.

 

L'edizione brasiliana dell'11° Laboratorio italo-brasiliano di formazione, ricerca e pratica nella salute collettiva si svolge a Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasile, dal 22 al 26 novembre 2021. Il gruppo di partecipanti, composto principalmente da persone legate a varie istituzioni di insegnamento, ricerca e sistemi socio-sanitari in Brasile e in Italia, ma anche con partecipanti di altri paesi, sono stati informati dai media e dalle reti sociali e oltre che direttamente condai leader indigeni e funzionari della FIOCRUZ, esprime la sua solidarietà ai ricercatori dell'istituzione di riconosciuta per la sua competenza tecnica e solidale, che sono stati impediti dalla Fondazione Nazionale degli Indiani (FUNAI) a lavorare direttamente con le comunità indigene di etnia Yanomami, in azione integrata con questo popolo indigeno. Allo stesso tempo, esprime il suo forte ripudio della decisione del FUNAI, che paradossalmente ha come missione la protezione della salute e della vita delle popolazioni indigene e che, attualmente, sta agendo in modo sbagliato, abbandonando la sua missione istituzionale e mettendo a rischio la vita delle popolazioni indigene. C'è un errore nell'occupazione delle istituzioni da parte di idee e azioni che negano l'istituzionalità costruita nel tempo, come succede con il FUNAI, e la visibilità internazionale produce reti di solidarietà che non ignorano il momento di crisi che il Brasile sta attraversando. Contemporaneamente alla notizia della negazione del diritto alla salute del popolo Yanomami da parte del governo brasiliano, si moltiplicano anche le informazioni dei media che dimostrano l'esistenza di una vera e propria città zattera di minatori irregolari nel letto del fiume Madeira, che si sta formando da 15 giorni, dopo la comparsa di una voce sull'esistenza dell'oro nelle zone indigene lungo quel fiume. Questa situazione si sta verificando senza nessun intervento da parte delle autorità competenti. Esprimiamo anche il nostro ripudio dell'omissione criminale delle autorità brasiliane in difesa della vita e della salute dei popoli indigeni, sterminando le conoscenze tradizionali e ancestrali e la vita di questi popoli. I popoli tradizionali dei diversi territori locali fanno parte della vita globale e non possono essere sterminati, in quanto procura un danno alla vita stessae alla cultura universale.

 

Mossoró, 25 de novembro de 2021.